quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16988: Em busca de.. (273): Armindo da Luz (ou Cruz?) Ferreira, ex-1.° cabo n.° 300, 1.° Batalhão Expedicionário do RI 11 (Cabo Verde, Ilha do Sal e Ilha de Santo Antão, junho de 1941 - dezembro de 1943), avô de Albertina Gomes (médica, Noruega)... Diligências do nosso blogue e colaboradores, Augusto Silva Santos e José Martins


Cabo Verde > Ilha de Santo Antão > 1943 > A trágica miséria em que grande parte da população vivia no interior da ilha... Recorde-se que em 1940 e depois em 1942 e anos seguintes a seca prolongada foi responsável por uma das maiores catástrofes demográficas da história de Cabo Verde: este é, de resto, o pano de fundo do romance Hora di Bai, publicado em 1962, pelo escritor português Manuel Ferreira (1917-1994), também ele mobilizado como expedicionário em 1941, para São Vicente.


Cabo Verde > Ilha de Santo Antão > 1943 > Festa de São João. A companheira do Armindo da Luz (ou Cruz ?) Ferreira, mãe de Armindo Maria Gomes (, nascido por volta de 1942, ) e avó de Albertina Gomes (, hoje médica patologista, a viver e a trabalhar na Noruega), era natural de Santo Antão. Dizemos "era", porque presumimos que já tenha morrido. 

Fotos (e legendas): © Augusto Silva Santos (2012). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem, com data de ontem, de Augusto Silva Santos
 [, ex-fur mil, CCAÇ 3306 / BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73]


Assunto - Procuro dados ou família do ex-1°cabo n° 300 /1° Bat Exp do RI 11, Cabo Verde (1941-1944)

Olá, boa noite!

Relativamente ao assunto em questão (*), lamentavelmente até agora não tenho nada de relevante a acrescentar.

Tentei, através da escassa documentação que ainda possuo sobre a passagem do meu falecido pai [, Feliciano Delfim Santos (1922-1989)], por terras de Cabo Verde, nas datas assinaladas, descortinar algo que pudesse ajudar na pesquisa, mas não encontrei nada.

Tenho algumas fotos, onde eventualmente poderá estar presente a pessoa procurada (Armindo Ferreira) mas, infelizmente, para além do local e da data, nas mesmas não aparece qualquer outra identificação ou referência.

Também já tentei encontrar ex-camaradas do meu pai desse tempo (tinha referência de alguns, dos convívios que faziam anualmente), mas a informação entretanto recolhida é de que já faleceram, o que é perfeitamente natural (nesta altura já contariam entre os 95 e os 97 anos).

O meu pai era dos mais novos, pois apresentou-se na altura como voluntário para o serviço militar, com 18 anos.

Vou continuar a tentar, mas receio não conseguir nada de positivo.

Melhores Cumprimentos,
Augusto D. Silva Santos


2. Mensagem, do mesmo dia, do José Martins, 
nosso colaborador permanente [, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70]

Boa noite

Tive conhecimento, através da neta [, Albertinba Gomes,] que nos contactou, que Armindo da Luz (ou Cruz ?) Ferreira teria nascido na zona de Lisboa e que teria prestado serviço na polícia.

Contactada a PSP, pediram a informação da data de nascimento e a sua naturalidade, sem as quais não poderiam iniciar a pesquisa.

Esses mesmos elementos serão pedidos pelo Arquivo Geral do Exército.

Vamos ver o que se consegue.
José Martins


3. Comentário do editor

Obrigado, Augusto... Infelizmente, é uma geração praticamente  já extinta... O único contacto que ainda mantenho com malta do tempo do meu pai, Luis Henriques (1920-2012) é com um ex-furriel, António Correia Caxaria, de quase 100 anos [, nasceu em finais de 1917, era portanto dois anos e meio mais velho que o meu],  mas que esteve sempre no Mindelo, com ele...

Vou publicar a tua mensagem, apesar de tudo... Pode ser que o nosso "Sherlock Homes", o Zé Martins, consiga descobrir algo mais, nos arquivos... Ele tem um sexto sentido apuradíssimo, e a persistência, própria de um bom investigador... Já tem feito milagres...

Ao que parece, e segundo informação da neta, a dra. Albertina Gomes, o nosso camarada Armindo teria passado pela PSP - Polícia de Segurança Pública... Há alguma esperança de encontrar o seu nome nos arquivos desta corporação policial, se soubermos o ano exato em que nasceu...

Se o teu pai foi voluntário, com 18 anos, tendo nascido em 1922, o Armindo deveria ser dois anos mais velho, deve ter nascido em 1920, tal como o meu pai... O meu nasceu em 19/8/1920, ainda tinha 20 anos, ia fazer 21, quando chegou ao Mindelo em julho de 1941, tendo regressado em setembro de 1943. Nunca saiu de São Vicente, mas teve camaradas em Santo Antão. Recordo-me de me ter falado que pediram voluntários para Santo Antão (, a ilha de que era originária a avó paterna da Albertina Gomes).

 O Armindo regressou a Portugal em finais de 1943 e provavelmente deve ter entrado para PSP, e  casado. Não sabemos se manteve posteriormente contacto com a família em Santo Antão.
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4 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Este caso, como a maioria de outros semelhantes, começa pela obtenção de dois dados, aparentemente simples, mas sem os quais é quase impossível iniciar uma pesquisa:

Local de nascimento ou de registo, assim como a data de nascimento (há casos em que apenas o ano facilita) para se poder localizar o nome nos cadernos de recenseamento militar.

Sendo o nosso blogue lido por muitos antigos combatentes que, devido a seus conhecimentos na sociedade, possam ter contacto com funcionários dos registos civis, pedindo-lhes que tentem encontrar, os dados que nos faltam.

Como me referiram como local de nascimento "próximo de Lisboa" fiz uma busca rápida dos concelhos, perto de Lisboa ( não se podendo esquecer que a cidade, em cerca de 1830, integrava uma zona rural vasta, nos arredores), e já existentes à data, e surgem-me, como prováveis, os concelhos de Loures e Almada e, numa outra hipótese, Cascais.

Qualquer dado é uma pista importante, até para recordar o filho do Armindo Ferreira, que ainda está vivo, mas já um pouco esquecido.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Zé, querias dizer: "a cidade, em cerca de 1930 [ e não 1830], integrava uma zona rural vasta, nos arredores)"...

http://atlas.fcsh.unl.pt/docs/DanielAlves_2004_Evolucao_das_freguesias_da_cidade_de_Lisboa_ao_longo_do_seculo_XIX.pdf

José Marcelino Martins disse...

Exatamente: 1930.

Em 1830 já seria na Torre do Tombo.

Dá para alterar?

Ab.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Para alterar o teu comentário, em teu nome, tens que ser tu... Primeiro, eliminas o teu comentário e voltas a "postar" outro com o ano correto (1930)... Eu também o posso fazer, como editor, mas o comentário virá como "anónimo" (embora com o teu nome no fim)... Enfim, acho que não vale a pena, a correção fica "on line", nesta caixa de comentários...

um abraço, LG