terça-feira, 25 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19045: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XLIV: Mais etnorretratos: bajudas e mulheres de Nova Lamego, Bissau e São Domingos


Foto nº 19 > Mulher grande, felupe, São Domingos


Foto nº 13 > Bajuda mandinga, Nova Lamego


Foto nº 16 > Bajuda, mandinga, Nova Lamego


Foto nº 18 > Bajuda manjaca, Nova Lamego


Foto nº 11 > Bajuda papel, Bissau


Foto nº 11 > Bajuda manjaca, São Domingos


Foto nº 17 > Mulher grande, felupe, São Domingos


Foto nº 14 > Bajuda balamta, Nova Lamego


Foto nº 15 > Mulher felupe, São Domingos



Guiné > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e Dão Domingos, 1967/69) > Mulheres grandes e bajudas

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira (*), ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, set 1967/ ago 69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 90 referências no nosso blogue.


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas: 
T301 – Postais de Nus Etnográficos:
B - Mulheres e Etnias na Guiné há 50 anos:
 NOVA LAMEGO, BISSAU, SÃO DOMINGOS 


I - Anotações e Introdução ao tema:

 Mais ums série de 10 "etnorretratos" de  Bajudas - que são as raparigas solteiras, bem como de Mulheres Grandes – as casadas.

São tudo imagens puras das nossas mulheres guineenses,  de diferentes etnias,  que vi e conheci na Guiné, entre 1967/1969, em diversos locais por onde passei (Bissau, Nova Lamego, São Domingos).

Este Tema já foi já parcialmente publicado noutras datas anteriores, ficaram outras fotos por esquecimento. O texto que vou inserir nesta fase e em outras fases é o mesmo, adaptando-se a cada tipo de fotografias e mulheres.

As fotos que se seguem, na sequência de outras anteriores e as seguintes, fazem parte do meu álbum pessoal; As fotos aqui representadas, referem-se a raparigas bajudas ou mulheres grandes, de diferentes etnias, habitantes do território da Guiné, na sua diversidade.

Capturadas predominantemente em São Domingos, Susana e Varela, na zona Norte, onde passei a maior parte do tempo – 18 meses, bem como na zona Leste de Nova Lamego, nos primeiros 5 meses onde permaneci nesta zona, e algumas em Bissau ao longo da comissão.

Em São Domingios existiam vários tipos de etnias, felupes, fulas, balantas, caboianas, manjacos, banhuns, mancanhas, cassangas, mandingas, e outras.

Em Nova Lamego, predominavam de longe os fulas, depois os mandingas e pajadincas, E entre os fulas havia castas, tais como, futa fulas, futa fula preto, fula forro, fula preto.

As felupes já andavam avançadas 50 anos em relação ao Ocidente, pois usavam apenas tanga e fio dental, como se pode ver em algumas fotos deste meu álbum dos ‘nus etnográficos’ . Já utilizavam muitas pulseiras e colares por todo o corpo, era ume espécie de selecção entre elas.

As fotografias a preto e branco foram capturadas entre Setembro 67 até Fevereiro de 68 em Nova Lamego e depois desta data algumas em Bissau em Março 68, finalmente em São Domingos a partir de Abril de 68.

As fotografias – slides – a cores só começam em finais do 1º semestre de 68, embora também tenha a preto e branco depois dessa data, pois que, ora fazia fotos a preto e branco, ora a cores, conforme a Camara Fotográfica, e os rolos que havia disponíveis.

Era mais fácil tirar fotos às ‘bajudas ‘ raparigas solteiras e ainda muito jovens. As ‘mulheres grandes’ só deixavam tirar fotos se o régulo ou o marido autorizassem, e depois combinava e dava-lhes uma foto para elas, em troca do favor.

Não afirmo que todas as etnias estejam certas, era o que escrevia nas fotos, mas a maioria só escrevia passado algum tempo, e depois nos slides não dava para escrever, é apenas por intuição e lembrança das mesmas.

As felupes são fáceis de identificar, pela sua nudez, tanga e fio dental, pelos roncos usados como pulseiras nos braços, no tronco, colares ao pescoço, cabelos trabalhados, pelas tatuagens no corpo todo, e por tudo aquilo que desse mais nas vistas aos rapazes guineenses, era isso a que normalmente se dizia de ‘fazer ronco’.

Espero que quem as visualizar, goste, é esse o meu propósito, sem qualquer interesse que não seja mostrar as gerações vindouras como eram as diferentes culturas  e tipologias humanas no nosso antigo território da Guiné.

II – As Legendas das fotos:


F11 – Bajuda Papel, Bissau, Abril 68

F12 – Bajuda Manjaca, Nova Lamego, 68

F13 – Bajuda Mandinga, Nova Lamego, 68

F14 – Bajuda Balanta, Nova Lamego, 67

F15 – Mulher Grande Felupe, São Domingos, 1968.

F16 – Bajuda Mandinga, Nova Lamego, 68

F17 – Mulher Grande Felupe, São Domingos, 1968.

F18 – Bajuda Manjaca, Nova Lamego, 67

F19 – Mulher Grande Felupe, São Domingos, 1968.

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BÇAÇ 1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

NOTA FINAL DO AUTOR:

As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados.


Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder.


Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘juízos de valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir.

Em, 2018-09-19

Virgílio Teixeira

____________

17 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, parabéns pelos teus "etnorretratos"... Ainda bem que foste um fotógrafo "compulsivo": tinhas tempo, dinheiro e máquina fotográfica... Foste uma testemunha do tempo e lugar que te calharam, na tua comissão de serviço militar na Guiné, enter 1967 e 1969... Cinquenta anos depois, não é mais possível "capturar", como tu bem dizes, esta realidade... Com o "rolo compressor da globalização" (que nivela tudo e todos...) e com os "fundamentalismos" a formatar os "usos e costumes"...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em Bambadinca, as raparigas e as mulheres já não andavam de tronco nu quando vinham á sede do poder. Tinha chefe de posto, missionário, professora, chefe dos correios, tenente coronel,comerciante
..Era a tugolandia...Nas suas tabanca, eram elas quem mais ordenava...

Anónimo disse...

Obrigado Luís pelas tuas oportunas observações. Realmente isto acabou, aqui na Guiné, mas há quase puro nudismo, hoje em dia, por esse mundo perdido das vistas do comum dos mortais.
Em Nova Lamego, nas ruas, aquilo já era uma sede de sector, já era quase civilizado, as raparigas e mulheres não andavam de tronco nu, só nas tabancas e algumas, foram aquelas que consegui convencer.
Em S. Domingos era outra realidade bem diferente. Por um lado as Felupes eram mesmo assim, ao natural, embora nas festas e roncos no único lugar disponível, em frente da casa do administrador, elas já se vestiam com todos os roncos, quanto mais melhor. Nas suas tabancas não era assim, e bem conheces aquelas do rio em que a malta quase as devorava, outro poste passado.
As outras raças/etnias andavam à vontade nas ruas, mas não havia mais ninguém para as ver além da tropa, e nas tabancas era assim mesmo, ao natural. Mas nunca fotografei nenhuma nua completa, não andavam assim 'vestidas'.
Agora é só recordar, tenho tudo organizado, e fica para a posteridade.
Abraço, Virgilio

Anónimo disse...

É claro que eu tenho outras fotos mais atrevidas, onde eu entrava, e as mãos nunca estavam quietas, não sei se isso, o apalpar, tem assim tanto significado imoral, mas acho que não, em especial naquele tempo, era ainda um rapaz. Hoje não aprecio muito essas fotos, não são trofeus de guerra, já tenho mais pudor em as mostras em especial à família, mas estão lá, no seu capitulo, guardadas.
Afinal nós não fomos nenhuns santos, nem hoje sou, mas também não conheço nenhum.
Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Das interessantes aulas de mamografia vamos passar para as acima referidas fotos das apalpadelas?
Senhor Editor,mais doutas aulas de sociologia tropical?
R.Santos Silva.

Anónimo disse...

Etnorretratos a 99 por cento mamas?
Muito intelectual Sr.Professor L.G.
Etnorretratos africanos?
Ou antes de uma certa mentalidade europeia
”espantada” com tanta liberdade natural?
Sem nada ter contra as mamas ,em jornal de caserna pelos 99 por cento,anceio agora pelas futuras fotos das referidas apalpadelas.
R.Santos Silva.

Anónimo disse...

Senhor R. Santos Silva:

Na qualidade de autor destas fotos, tantas nos quiosques como postais ilustrados, à venda para turista ver, não acho graça nenhuma aos seus circunspectos comentários.
De qualquer forma não vai haver mais, já chega para esta década.
Sem cumprimentos
VT/.

Valdemar Silva disse...

Virgílio
Assim não dá gosto, atirar a bola pra canto numa jogada sem perigo.
Venham mais, mesmo com elas de lenço 'à minhota', mas com a devida explicação que as raparigas 'andavam mesmo assim' e não houve um interesse/curiosidade de lhes ver as maminhas, a maior parte deviam ter 13/14/15 anos de idade, que por cá nem o sovaco peludo, quanto mais as mamas, se podia ver.
Vá lá que não houve a ideia de fotos de nu integral, para depois serem oferecidas 'para mais tarde recordar', como aquelas muito usadas por cá do bebé todo nu a mijar pró ar.
Venham mais… mas de Nova Lamego que eu tão bem conheci.

Ab.
Valdemar Queiroz

paulo santiago disse...

Atendendo aos peitos,penso que não será bajuda a mulher retratada na foto 18.

Anónimo disse...

Caros Amigos e Camaradas.

Depois de todos estes comentarios quase se pode gritar desde aqui: MAMA MIA !

Um grande abraco do J.Belo

Anónimo disse...

Para o Paulo Santiago:
É natural que possa haver lapsos ou incertezas. Para isso em Nota Final nos Postes, eu comecei a fazer as minhas ressalvas, pois como disse nada é 100% certo, foi aquilo que escrevi há 50 anos. Mas ainda hoje me lembro desta moça, apesar dos peitos um pouco caídos, eu julgo que seria bajuda. As mulheres grandes eram mais difíceis de retratar, e estavam quase sempre acompanhadas.
Mas é sempre uma foto, ao natural, ninguém lhe puxou a roupa para baixo, era assim que andavam nas ruas e nas tabancas.
Obrigado pelo comentário atento, é isso que pretendo, e não criticas de gente cheia de pudor, atrasado talvez, meio século.
Virgilio Teixeira

Cherno Baldé disse...

Caro amigo Paulo Santiago,

A imagem da foto 18, também, retrata uma Bajuda, sim. Os seios estao caidos, mas ainda sao novos, nota-se pelos mamilos. Se perguntarem ao alfero Cabral de Missira, ele vos dira que seios ha muitos.

A proposito, uma pequena estoria:

Contam que andava um certo turista europeu em Bissau que nas suas deambulaçoes nocturnas encontra uma miuda bem constituida e de peito cheio, a quem faz uma proposta para um encontro em privado. Chegados ao quarto do hotel, o turista começa a despir a miuda. Esta, no entanto, pede ao Turista um adiantamento de 50% do contrato que este paga de imediato.

Qual nao foi o espanto do Turista quando a miuda se despiu e ele ve com os seus olhos famintos que as mamas que pareciam papaias em riste (mamas firmes) bem montadas em cima do peito, eram moles e cumpridas caindo ao longo do corpo que nem uma esponja olhada. O Turista perdeu o apetite e mandou a miuda embora, com 50% do contrato.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

Anónimo disse...

Valdemar, boa observação, uma jogada sem perigo...
Eu por natureza, e já é tarde para mudar, reajo muito a quente, é um defeito ou feitio, pouco interessa.
Aqueles comentários de um 'SENHOR' que nem conheço, parece que está a acusar alguém de apalpar as raparigas, e se fosse? Que idade tínhamos então nessa época?
Tenho a consciência muito bem tranquila, de não deixar 'manchas negras' na Guiné.
Fui amigo de todas as raparigas e rapazes, pais e filhos, porque gostava deles, e me distraiam daquela monotonia, do isolamento de São Domingos, de tudo.
Está tudo explicado nos comentários e legendas que faço, era assim que andavam, e então as Felupes da 'Ilha Maldita' era quase um nu integral, que nunca apanhei, nem as publicaria em situação alguma.
Apesar dos comentários pouco agradáveis, a minha primeira reacção de deixar tudo e não publicar mais nada, no dia seguinte, dá-me 'pica' para fazer mais e melhor, afinal já vi aqui muita coisa que não fica atrás de mim. E tenho tantas fotos, que não sei quando elas serão todas editadas, o tempo não se compadece, e há sempre episódios do dia a dia que deixam outras para trás.

Vejam este caso do 'Ex-Padre Puim' que apareceu agora ao fim de tantos anos, e foi o Poste que coloquei do Capelão Moita que despoletou esta 'onda' e só por isto, fico grato a mim próprio por perder - ou ganhar - tanto tempo com estes Postes e fotos inesquecíveis. Eu devia ter entrado para a Tabanca há 10 anos atrás.
Virgilio Teixeira

Tenho mais uns Postes para editar de Nova Lamego, mas isso estás nas mãos do Editor, para quando houver tempo e oportunidade. Mas não são todas deste tipo, são cenas e imagens da vida de Nova Lamego, uma terra que me marcou, e muito, apesar de tão pouco tempo lá passar.
Finalmente para o J. Belo, é mesmo caso para gritar, Mama Mia!!!
um abraço,
Virgílio Teixeira



Anónimo disse...

Não sei como o Luís Graça, ocupadíssimo nas suas vindimas na Quinta de Candoz, vai reagir a estas difamações e comentário do meu ilustre desconhecido Senhor R. Santos Silva!
Boas vindimas e bons repastos à mesa,
Um abraço
Virgilio

Anónimo disse...

Caro Virgilio Teixeira.

Entre os ”etnorretratos” do comentario de Luis Graca e os ”pasteis de nata” do Sr.Santos Silva continuo a pensar desde este extremo do extremo norte da Suecia que...mamalhada e’ mamalhada... a quanto ao resto... que AVANCE A MARINHA!

(Como se dizia na minha saudosa Infantaria dos anos sessenta e setenta)

Aquele abraco do J.Belo.

Anónimo disse...

Caro Camarada Virgilio Teixeira.

Uma das vantagens de se ter casa 240 quilometros dentro do Circulo Polar Arctico acaba por ser todo o tempo disponivel para ”meditacöes”.
Ao contrario do Amigo e Camarada Luis Graca...näo estamos em vindimas.

A sentir-se,como acima escreve,difamado pelos infelizes ”pasteis de nata” do Sr.Santos Silva,entre 3 Codigos Penais sobre a referida difamacäo,portugues,norte-americano,sueco,tavez seja mais recomendavel o sueco.
O artigo 180 do portugues:-6 meses de cadeia ou multa ate 240 dias.
De acordo com o Capitulo-5 do Codigo sueco a pena de cadeia pode variation de 6 meses a 2 anos.
(Näo se recomenda neste caso de difamacäo em comentario publicado o Codigo norte-americano.
Ao contrario de muitos outros paises torna-se mais favoravel ao acusado por ter sempre muito em conta o famoso ”First Amendment” sobre as liberdades de ideias publicadas ou comentadas.
US-Code-title28-Part VI—Cap 181/4101 )

Mas francamente.......mamalhadas,pasteis de nata e difamacöes.....recomenda-se as Nacöes Unidas.

Um abraco do J.Belo

Anónimo disse...

Obrigado J. Belo pelos excelentes comentários.
Até breve.
Um abraço,
Virgilio Teixeira