domingo, 13 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21353: Questões politicamente (in)correctas (51): “Homem, acalme-se. Ninguém lhe vai fazer mal, você não vai morrer, precisamos é de homens bem vivos como você para acabar com os filhos da puta que nos mandam para a Guiné!” (António Graça de Abreu, Cufar, 7 de setembro de 1973)


António Graça de Abreu, alf mil, CAOP (Teixeira Pinto, Mansoa, Cufar, 1972/74), autor de Diário da Guiné: Lama, Sangue e Água Pura (Lisboa: Guerra & Paz Editores, 2007, 220 pp), de que já publicámos no nosso bogue dezenas e dezenas de excertos

1. Transcrito, com a devida vánia, da página do Facebook do nosso camarada António Graça de Abreu, de 23 de agosto de 2020:

"Para falar de racismo não precisamos de estudar tempos imemoriais, séculos atrás, crueldades antigas. O país presente e gerações atuais viveram a guerra colonial, epítome e corolário do racismo. Quase todos a fizeram, quase todos pactuaram ou se calaram."

São palavras do hoje politicamente correcto, insultar quase todos os homens que passaram pelas guerras de África, 1961/1974, desta vez da pena de um escriba inteligente, Ferreira Fernandes, nas páginas do Público, de ontem, 22 de Agosto. Eu não pactuei, nem me calei, tenho orgulho em tudo o que escrevi, neste caso no meu Diário da Guiné, Lisboa, Guerra e Paz, 2007, pag.145. É por isso que me apetece mandar algumas pessoas para um sítio feio.

No meu Diário da Guiné, texto em Cufar, sul da Guiné, no fogo da guerra, a 7 de Setembro de 1973:

"Joaquim Gomes dos Santos, nome simples de homem do povo, filho do Ribatejo, 1º. cabo cripto, CAOP 1, Guiné 1973.

Ontem há noite assisti a um violento manifesto contra a guerra.


O Santos, vinte e dois anos nervosos e puros, nosso cabo nas Transmissões, foi-se embebedando numa pequena farra de soldados. Aconteceu aqui ao lado da minha tabanca e vieram-me chamar para acalmar o rapaz, o álcool subira-lhe à cabeça e ele estava fora de si. O vinho e a cerveja haviam tornado mais claras, mais ousadas umas tantas verdades recalcadas que o Santos guardava lá pelos recantos da memória. Estivera a cantar ao desafio umas quadras de pé quebrado, a beber litros de cerveja e depois começou a despejar os odores da revolta. Fervia por todo o lado. O raciocínio do bêbado é contundente, incisivo. O Santos gritava que odiava a guerra, queria fuzilar quem nos manda morrer e matar, rebelava-se contra os seus camaradas de armas, “um rebanho de carneiros sem cornos” que não protestavam e aceitavam a humilhação de fazer esta guerra. Descontrolado, insultava, queria destruir tudo o que lhe aparecia pela frente, dava pontapés nas malas, queria rasgar a pobre roupa dos outros soldados.

Em braços, trouxemos o Santos até à enfermaria, à procura de um calmante. O médico diagnosticou-lhe simplesmente a necessidade de cozer a bebedeira. À vista do clínico, o Santos libertou um pavor rubro, absoluto, irracional. Acreditou que o médico lhe ia dar uma injecção para o matar, teve consciência de que gritara algumas verdades, e pôs na boca de Salazar a frase “Se se revoltarem, serão mortos!” Onde é que a soturna figurinha, o figurão de Santa Comba disse uma frase destas?

Fiz de alferes, de pai e de amigo. Fui no jogo dele e gritei-lhe mais ou menos isto: “Homem, acalme-se. Ninguém lhe vai fazer mal, você não vai morrer, precisamos é de homens bem vivos como você para acabar com os filhos da puta que nos mandam para a Guiné!”

O discurso fez efeito. Trôpego, arrotando cerveja, cambaleando, trouxemos o Santos para o meu quarto. Deitámo-lo na cama que foi do alferes Lourenço, chorou convulsivamente, por fim serenou e adormeceu. Acordou esta manhã, como novo."

António Graça de Abreu



Capa do livro Diário da Guiné (2007)

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Os últimos cinco postes anteriores:

12 de janeiro de  2020 > Guiné 61/74 - P20551: Questões politicamente (in)corretas (49): no 1º ano do consulado de Spínola, ainda havia ou não indícios da prática de trabalho forçado (, extinto por decreto, em 1961), por parte da administração e até do exército ?

9 de janeiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20541: Questões politicamente (in)correctas (48): Op Cabeça Rapada I, II, III e IV, no setor L1 (Bambadinca), março-maio de 1969: mobilizados milhares de civis, recrutados pela administração do concelho de Bafatá... Não sabemos se foram "voluntários" e "devidamente remunerados"... (Luís Graça / Torcato Mendonça / Albano Gomes / Carlos Marques Santos)

15 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15750: Questões politicamente (in)correctas (47): o menino guineense, fumador passivo, o militar, inveterado fumador, e o neto holandês que quer que o avô chegue aos 100 anos: "Oh opa, was je in de oolog in Guinee. Wie waas in Guinee leven tot 100 jaar" (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)

15 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14617: Questões politicamente (in)correctas (46): "Não sou 'tuga', sou português"... (António J. Pereira da Costa) / "Confesso que nunca me chocou como português e patriota ser chamado por 'tuga' pelos guineenses" (Francisco Baptista)...

24 de julho de 2013 > Guiné 63/74 - P11864: Questões politicamente (in)correctas (45): Os dois príncipes: o filho de Kate Middleton e o filho da Fatwa de Catió... (Luís Mourato Oliveira, o último comandante do Pel Caç Nat 52)

18 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

António, a paranoia do politicamente correcto é perigosa para uma sociedade aberta, plural, tolerante, não-esquizofrénica, como aquela em que queremos viver e pela qual lutamos todos os dias... Já nos basta os dois mil anos de cultura judaico-cristã!... Ainda apanhaste na China os ecos (e o resto das ondas de choque) da Revolução Cultural (1966-1976), sabes bem como o contínuo processo de crítica e autocrítica é altamente "triturador" dos indivíduos e das sociedades...

A melhor resposta a estes gajos e gajas é o humor de... caserna!.. Um ciberabraço. Luís

antonio graça de abreu disse...

Sabes, meu caro Luís, acho que vou morrer em paz, depois de tantas guerras. Temos todos o extraordinário privilégio de sermos os últimos guerreiros de um império, inevitavelmente a desfazer-se
em pedaços. Mas a cair de pé. Embora, na fase final, rosas coutinhos, melos antunes, carlos fabiões, e muitos outros, se tenham agachado bastante. É a nossa História. Com muita vergonha pelo meio. Deixar centenas de Comandos Africanos, negros, na Guiné, nossos amigos, prontos a serem fuzilados pelo PAIGC. Sabemos todos muito bem da vergonha do "mundo melhor", da "sociedade mais justa", sem colonizadores, sem racistas, que o PAIGC construiu, pós-independência, depois de 1974. Os grandes revolucionários mataram-se quase todos uns aos outros. Quanta lágrima!... E mais não digo.

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

António Graça de Abreu, o público já há muito tempo que alberga "incendiários" e o "escriba inteligente" é um deles.E atrás do politicamento correcto na visão dele visa sempre do mesmo.O que muitos dos nossos camaradas combatentes não sabem, é quem foi este "menino" que se escondia de cara tapada quando dava entrevistas.Um verdadeiro amante da "democracia" dele claro.

E que continua a destilar ódio e a lançar "mechas incendiárias" desta vez coube-nos a nós.

Abraço
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Caro Graça de Abreu ,escreves:

“Os grandes revolucionários mataram-se quase todos uns aos outros “

Felizmente que tanto tu como eu pouco teremos de “grandes revolucionários “.
Cada um a seu modo,e em campos políticos abissalmente distintos fomos de modo muito humilde “pequeninos revolucionários”.

Ainda estamos vivos!
Melhor prova da nossa pequenez não será necessária.

Se em saltada nostálgica,muito nostálgica,aos nossos verdes anos estudantis,o então revolucionário Durão Barroso era na sua área política de então um dos tais...grandes revolucionários avermelhados.
Como muito bem melhor que eu tudo saberás quanto ao uso de liberdades poéticas a serem usadas de acordo com as conveniências de momento,espero que tanto tu como os restantes leitores me desculpem esta *megalomania comparativa* mas facto é que entre revolucionários nós os três estamos vivos.
E mais.....muito bem recuperados para o capital!

Quanto ao triste fim do Império e aos altos representantes,civis e militares,do governo da ditadura que “heroicamente caíram de pé “ frente a um punhado de capitães badamecos,seguidos de “traidores” de estimação.....estes de cócoras...só me vem à memória:

“Sempre tive que viver de joelhos.
Quando morrer enterrem-me em pé! “

Um abraço
J.Belo

antonio graça de abreu disse...

Meu caro Carlos Gaspar

És capaz de explicitar melhor o que querias dizer com o teu comentário?

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Ok. Graça de Abreu o que eu quis dizer é que o "escriba inteligente" que mais não é
do que o Ferreira Fernandes como tu sabes e descreves.Acontece que o mesmo dava entrevistas com o rosto tapado nos tempos do PREC.Claro que não está em causa o que cada um é.Mas este como outros desde que não partilhem o seu modo de pensar é o que se vê.Não sei se fui explicito, mas posso voltar à carga.

Um abraço caro António
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

António eu penso que estou a escrever sobre o mesmo Ferreira Fernandes que creio não pode ser outro.
Este foi o que deu conferências dos SUV s (Soldados Unidos vencerão) com o rosto oculto, se a memória me não falha em 1975.

Agora não me perguntes como é que alguém que desertou do exército português para combater ao lado do MPLA em Angola e que o mesmo MPLA não aceitou, aparece como soldado fardado como fundador dos SUV s.Coisas do MFA ou talvez não.

Filho de colonos portugueses, dissidente tudo bem.Mas não percebo esta cenha contra
os ex-combatentes que nem os próprios ex-combatentes do MPLA sentem por nós.Coisa
que só a psicologia poderá responder.

Anónimo disse...

António Graça de Abreu, esqueci-me de terminar o comentário anterior com um abraço e com o meu nome
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Há! António esqueci-me do seguinte: alguns dos nossos camaradas estarão a esta hora a interrogar-se, mas como é que ele sabe que na conferência da altura um dos suv s era o Ferreira Fernandes.

Muito simples, tinha amigos jornalistas e familiares militares que sabiam muito bem o que se passava neste cantinho à beira mar plantado.E já agora termino dizendo que o Ferreira Fernandes foi um dos fundadores dos suv s, senão o principal.Até o pcp lhe passar a perna.
Abraço
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

António estou com a "mecha" toda e não posso passar em branco que o Ferreira Fernandes que se considera ou já considerou um jornalista militante e não comprado ao contrário dos seus colegas (disse-o ele).Eu não sou jornalista e ninguém me passou procuração, mas não deixa de ser irónico vindo da parte dele tal afirmação com tantas "cambalhotas" ao longo do percurso.

Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Felizmente que o Camarada e Amigo Graça de Abreu pediu a Carlos Gaspar um esclarecimento quanto ao conteúdo do seu comentário.

Confesso também não ter compreendido as referências ao “cara tapada” e às “cambalhotas”.
Graça de Abreu o Camarada “embuçado” perante jornalistas?
Perante jornalistas?!?!
Ele?
Fiquei confuso pois julgava,pretensiosamente,saber que alguns dos egos revolucionários de então,principalmente os militantes em grupos políticos de quase aristocracia oriental nunca se meteriam nessas brincadeiras...”embuçadas”.
Até porque ficava menos bem em fotografias a serem religiosamente estudadas por gerações futuras e, não viria a permitir o tão útil “name dropping “ quanto aos companheiros ao lado.

Quanto às “cambalhotas” políticas também não as tinha compreendido no contexto do comentário .
Ainda julguei que o termo “cambalhotas “ estaria a ser usado como um pobre eufemismo quanto a ....liberdades poéticas.

Mas felizmente não!

O esclarecimento,clarinho-clarinho para militar entender,veio trazer merecida paz de espírito às minhas três renas de estimação,
já sentadas comigo nesta hora matinal (ou será antes...ainda sentadas comigo?) ao balcão do Sloppy Joe’s Bar de Key West.

Um abraço do J.Belo

Anónimo disse...

No meio de todo o “granel” daquele período os “SUV” quase passaram despercebidos para muitos.
As consequências da sua aparição (felizmente tardia) poderiam ter tornado ainda mais grave uma situação que tangia as fronteiras de uma guerra civil.
Guerra civil estranhamente (ou talvez não) muito desejada por alguns.
Para os que agiam do outro lado dos “espelhos” e estavam enterrados até aos “pendentes” em todo o tipo de golpeadas e contra-golpeadas sujas, algumas muito sujas mesmo,faltam certamente palavras suficientes para adjectivar todas as movimentações políticas inesperadas,rápidos golpes de rins por vezes quase desesperados na urgência,mas acabando em efectivas infiltrações ,enquadramentos paralelos,e estrangulação final.
Estrangulação que foi muito bem recebida por forças políticas profundamente díspares .

O “rebentamento” das estruturas hierárquicas militares a tais níveis básicos traria consequências muito difíceis de controlar pelas forças políticas estabelecidas.
Forças políticas então ocupadas na manipulação dos “seus” Oficiais,Sargentos e Praças.
No entanto,as fugas para a frente que estas movimentações de soldados procuraram criar foram muito cuidadosamente acompanhadas (e estudadas) por organizações de segurança militar de outros membros da NATO que,talvez mais rapidamente do que muitos de nós,tinham compreendido o profundo efeito corrosivo de tais organizações militares de base.

Um assunto que daria material suficiente,e muito sensível,para estudiosos do fenómeno SUV.
Estará talvez no *muito sensível * a razão da falta de maior e mais vasta documentação livresca.

Um abraço do J.Belor

antonio graça de abreu disse...

Obrigado, Carlos Gaspar. Agora entendo o mascarado Ferreira Fernandes. Gente reles que escreve bem.

Anónimo disse...

É verdade António, o que é preciso, é conhecê-los.
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

José Belo, as organizações de segurança militar bem como a Nato sabiam muito bem o que se passava, tenho até as minhas duvidas se eles próprios não iniciaram e alimentaram os efeitos corrosivos em Portugal.E como soi dizer-se com amigos destes não precisamos de inimigos.
Um abraço e cumprimentos às renas que felizmente vivem a leste disto tudo.
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Nas buscas de humor fácil cometemo-nos erros factuais.
Erros não procurados mas de qualquer modo... erros!

Tendo em conta as inúmeras gerações futuras que irão ,quase religiosamente,estudar,aprofundar e interpretar os meus sempre geniais comentários; sinto-me obrigado a uma importante correção.

Quando em comentário anterior procurei (com leviandade!)informar um Camarada e Amigo onde eu estava ,literalmente, a “beber” tanta sabedoria,acabei por referir o meu local de peregrinações meditativas favorito.
Ou seja o Sloppy Joe’s Bar de Key West/Florida,muito convenientemente situado a curtas centenas de metros da minha casa.
Só que.......quando hoje realmente lá fui encontrei a porta ainda(!) fechada.
Cartaz estrategicamente colocado informava que o Bar só virá a reabrir no dia 18 de Setembro.
A pandemia não respeita “capelinhas” de estimação.

Perante tal situação a frase do nosso Eça de Queiroz,mesmo que invertida na sua ordem....não veio ajudar na minha conversa com o porteiro do local.

“Sobre a nudez crua da fantasia o manto diáfano da...verdade”.

1) Aberto das 10 da manhã até às 24.
2) Usar máscara até estar sentado.
3) Um distanciamento de 6 ft./cerca de um metro e oitenta,entre frequentadores.
4) 50% da capacidade do local.
5) Os clientes têm que estar sentados para serem servidos.
6) Tem que ser encomendada comida para acompanhar as bebidas.
7) Não é permitido dançar até novas regras futuras.

AMÉRICA GREAT AGAIN?
Votar em Novembro?
Assim?

Um abraço do J.Belo

Valdemar Silva disse...

AGA
Como tinha o meu pc avariado, só agora posso comentar este 'Homem, acalme-se. Ninguém lhe vai fazer mal, você não vai morrer, precisamos é de homens bem vivos como você para acabar com os filhos da puta que nos mandam para a Guiné' - Cufar 1973.
No seu último poste, José Saúde escreveu 'A polícia do Estado -antiga PIDE- era uma organização que se mantinha sempre atenta. Uma pequena frase a denunciar o flagelo era fatídica. Nada da risco...' - Nova Lamego 1973-74.
O 'Homem, acalme-se.... acabar com os filhos da puta que nos mandam para a Guiné' já apareceu repitas vezes no blogue, e também no livro "Diário da Guiné" publicado em 2007, e ficamos todos com curiosidade em saber como é que um Oficial manda com um «filhos da puta» daqueles sem que ter um «fatídico» da polícia do Estado -antiga PIDE- (ainda hoje o Zé Saúde tem cuidado com a linguagem). Provavelmente em Cufar não havia ninguém da «organização sempre atenta» ou, então, «alguém atenta» mas convencida que os «filhos da puta» eram um Manel Jaquim ou Ogusto Biturino quaisquer que não sabem o que dizem.

Ó Gaspar, os teus amigos não te explicaram muito bem quem é o Ferreira Fernandes.
Ele nasceu em Angola e foi militante do MPLA, por isso, quando foi prá tropa desertou e foi viver para França, nunca combateu contra a nossa tropa ao lado do MPLA.
Isso dos SUVs, entrevistas cabeça tapada (tinha que ser assim o COPCON não autorizava entrevistas), cabeças destapadas 'nem mais um soldado prás colónias' (quem dizia isto?), grandes cabeças, grandes revolucionários (até queriam mudar o Escudo da Bandeira Nacional para um castelo com uma estrela) todos operários e camponeses da Faculdade de Direito, todos a lançar a confusão, grandes artistas do flic-flac e prontus agora é vê-los noutras grandes confusões. Percebes-te? ou já sabias disto tudo e estás também a lançar, ainda e agora para quê, a confusão?

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Valdemar é melhor ler bem o que eu escrevi, e sei muito bem quem é o Ferreira Fernandes mesmo sem explicações.Ele não combateu porque o MPLA não confiava nos brancos nem mesmo nos mulatos de forma geral.E é só olhar para os sucessivos governantes em Angola.Vês algum mulato?Eu não.Quanto ao resto estou de acordo contigo menos na confusão que me imputas.A saber quem lança a confusão é o Ferreira Fernandes que diz que os ex-combatentes são uns racistas.

E os artistas de que falas e que diziam nem mais um soldado para as colónias é vê-los a mandar soldados agora para o Mali e com um bocadinho de mágica iremos assistir à sua partida para Moçambique.

Eu sei eu sei, que os tempos são outros como eles dizem, blá blá blá conversa de políticos, para boi adormecer.
Abraço
Carlos Gaspar