João Crisóstomo (Nova Iorque)
José Marques Henriques (Faro)
1, Mensagem de João Crisóstomo (Nova Iorque), enviada ao Padre José Marques Henriques (Faro), com conhecimento ao editor LG (*)
Data - 30 nov 20200 17:09
Caríssimo P. José Marques,
(Mais um E mail comprido…oxalá arranjes pachorra para me ouvir…)
"Seja por caridade!"... Assim mesmo, à maneira franciscana!… Como "não é o hábito que faz o monje", desde que "tomei o hábito” em Varatojo, mesmo depois de ter oficialmente deixado os claustros , “franciscano" nunca deixei de ser, ou pelo menos tento tentado… neste mundo tão confuso e egoista, que tantas vezes me leva a sentir asco do que vejo, felizmente que há alguns oasis de paz e serenidade que nos ajudam a sobreviver…
Felizardos os que alguma vez deste oásis franciscano tomaram conhecimento. Até no Vaticano podemos ver isso!
A propósito , deixa-me dar-te um grande abraço, atrasado mas não menos sentido, pelo teu 50º aniversário, de 17 de maio passado. Só agora (graças a um blogue de que te vou falar a seguir) dele tive conhecimento. Mas vou chatear o teu irmão Luís Marques… embora eu não pudesse ter ido aí pessoalmente este ano, ele podia-mo ter dito. Puxa vida!...
Não sabia que tinhas estado tanto tempo na Guiné [, 44 anos,] e não só como capelão militar. Teria tido "pano para mangas" para falarmos quando estivemos juntos em Vila Real no 50º aniversário do P. Maciel.
A propósito , deixa-me dar-te um grande abraço, atrasado mas não menos sentido, pelo teu 50º aniversário, de 17 de maio passado. Só agora (graças a um blogue de que te vou falar a seguir) dele tive conhecimento. Mas vou chatear o teu irmão Luís Marques… embora eu não pudesse ter ido aí pessoalmente este ano, ele podia-mo ter dito. Puxa vida!...
Não sabia que tinhas estado tanto tempo na Guiné [, 44 anos,] e não só como capelão militar. Teria tido "pano para mangas" para falarmos quando estivemos juntos em Vila Real no 50º aniversário do P. Maciel.
A experiência na Guiné também me ficou bem vincada na minha vida. De vez em quando até chego a imaginar-me ir lá ver de novo os lugares por onde passei...
Mas se tal visita provavelmente não vai mais acontecer, gostava mesmo muito que te juntasses a este grupo de indivíduos que por lá passaram e que, partilhando entre nós as nossas experiências, nos ajudamos uns aos outros…
Quando o próximo encontro for possível, espero que me dês a grande satisfação de vires com o Luís Marques. Além das minhas famílias, tenciono convidar outros bons amigos, como em anos anteriores , onde estiveram também alguns antigos "colegas de seminário” , camaradas da Guiné e outros amigos de coração.
Mais uma vez Muito Obrigado pela tua muito apreciada resposta.
E espero que me (nos) dês uma resposta afirmativa ao convite para te juntares ao nosso blogue. Para bem de todos nós. (**)
A propósito já estiveste por estes sítios? Se alguma vez vieres até cá… espero que aceites a simplicidade da minha casa: é modesta mas “acolhedora” , costumam dizer.
Um grande abraço de Paz e Bem
João e Vilma
(*) Vd.postes recentes:
Mas se tal visita provavelmente não vai mais acontecer, gostava mesmo muito que te juntasses a este grupo de indivíduos que por lá passaram e que, partilhando entre nós as nossas experiências, nos ajudamos uns aos outros…
Tu não precisarás talvez de ajudas, mas acredito que o teu testemunho e a tua experiência podem ajudar muitos de nós. Aliás, mesmo sem o saberes a tua experiência já foi bem beneficente, como tive ocasião de verificar. E acredito que quando tiveres algum tempo livre gostarás de ler algo do muito que sobre a Guiné se tem abordado neste blogue “Luis Graca & Camaradas da Guiné”.
"Convida o teu amigo e nosso camarada para se juntar aos 821 camaradas e amigos da Guiné (, entre vivos e mortos)", assim me instruiu o meu “camarada” mais velho e a muitos outros títulos meu querido irmão Luís Graça. É que além do mais até somos vizinhos….
E ficas já convidado para um encontro muito especial que tenciono organizar em Varatojo tão cedo quanto seja racionalmente possível . Eu explico:
Eu tenho a mania de encontros e abraços ( o poder dar um abraço destes levou-me a ir a Portugal de propósito no 50º do P.Maciel!); e quando vou a Portugal, sempre que possível ( meia dúzia de vezes já ) junto as minhas famílias ( “Crisóstomos" por parte do meu pai e “Crispins" por parte de minha mãe”) para o que convido sempre alguns bons amigos que gostaria de visitar pessoalmente , mas a quem evidentemente não me é possível visitar individualmente .
"Convida o teu amigo e nosso camarada para se juntar aos 821 camaradas e amigos da Guiné (, entre vivos e mortos)", assim me instruiu o meu “camarada” mais velho e a muitos outros títulos meu querido irmão Luís Graça. É que além do mais até somos vizinhos….
E ficas já convidado para um encontro muito especial que tenciono organizar em Varatojo tão cedo quanto seja racionalmente possível . Eu explico:
Eu tenho a mania de encontros e abraços ( o poder dar um abraço destes levou-me a ir a Portugal de propósito no 50º do P.Maciel!); e quando vou a Portugal, sempre que possível ( meia dúzia de vezes já ) junto as minhas famílias ( “Crisóstomos" por parte do meu pai e “Crispins" por parte de minha mãe”) para o que convido sempre alguns bons amigos que gostaria de visitar pessoalmente , mas a quem evidentemente não me é possível visitar individualmente .
Tenho organizado estes encontros (com a presença dos meus primos P. António Sabino, P. Crispim, P. Melícias, P. Estevão Crisóstomo, etc., etc...) num clube perto da minha casa [, em Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras].
Para este ano preparava-me para o fazer no claustro de Varatojo ( e já tinha o OK dos meus irmãos franciscanos). Aliás os dois primeiros encontros (há quase 20 anos), bem simples , foram em Varatojo que tiveram lugar.
Quando o próximo encontro for possível, espero que me dês a grande satisfação de vires com o Luís Marques. Além das minhas famílias, tenciono convidar outros bons amigos, como em anos anteriores , onde estiveram também alguns antigos "colegas de seminário” , camaradas da Guiné e outros amigos de coração.
Mais uma vez Muito Obrigado pela tua muito apreciada resposta.
E espero que me (nos) dês uma resposta afirmativa ao convite para te juntares ao nosso blogue. Para bem de todos nós. (**)
A propósito já estiveste por estes sítios? Se alguma vez vieres até cá… espero que aceites a simplicidade da minha casa: é modesta mas “acolhedora” , costumam dizer.
Um grande abraço de Paz e Bem
João e Vilma
__________
Notas do editor:
(*) Vd.postes recentes:
30 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21595: (De)Caras (132): frei José Marques Henriques, ofm, 44 anos de vida sacerdotal na Guiné-Bissau, antes e depois da independência, como capelão militar e missionário
30 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21594: Os nossos capelães (13): José Marques Henriques, ofm, esteve no CTIG, de 28/4/1974 a 9/10/74 (João Crisóstomo, Nova Iorque)
(**) Último poste da série > 24 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21579: (In)citações (172): Frei Francisco Macedo (1924-2006), um madeirense, homem de Igreja e de Cultura, profundamente ligado à história contemporânea da Guiné-Bissau (Paulo Salgado, ex-alf mil op esp, CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72)
9 comentários:
Este local está a tornar-se num Vaticano ?
Manuel Teixeira.
Com tantos contributos eclesiásticos quase se sente a falta das histórias das passarinhas apresentadas pelo nosso Zé Belo.
Manuel Teixeira
Cuidado com os Tribunais Eclesiásticos!
Ainda acabam por queimar os comentários anteriores.
Como ex-seminarista sei do que falo.
Cumprimentos.
M.Santos
Caro caros leitores (e,presumo, camaradas):
Não é por se falar nos medicos e enfermeiros que passaram pelo CTIG, e que foram nossos camaradas, que o blogue se transforma em...hospital.
Os capelães militares tiveram o seu papel e, de um modo geral, eram acarinhados por toda a gente, crentes e não-crentes...
Neste espaço, plural, aberto a todos os amigos e camaradas da Guiné, já mostrámos em 16 anos de existência, que não há tabus, entre nós...
E toda a gente pode comentar, sem censura prévia, desde que, minimamente,se ident ufique e respeite as nossas regras de bom convívio e camaradagem... Os ataques pessoais, as insinuações malévolas, o ciberbullying ou assédio informático, a afulanização, etc., isso é que não toleramos...
M. Santos, vejo que não nos conheces: felizmente que a santa inquisiação ( o Tribunaldo Santo Ofício) foi extinta, em Portugal, com a revolução liberal de 1820, faz agora 200 anos... Mais exatamente em 20 de março de 1821,e não erro... As dezenas de milhares de processos inquisitoriais felizmente que não foram destruídos, e estão depositados na Torre do Tomobo... Para que a memória não morra também juntamente com as suas vítimas e os seus carrascos...
Luís, acrescento ao não tolerável, a intenção/convicção patológica de fazer de nós parvos.
Abracelos
Valdemar Queiroz
Quais as razões existentes nos textos publicados que possam levar a uma patológica busca de crítica,conflito,discórdia?
A frase por alguns atribuída a Jesus “Que atire a primeira pedra.....” deveria ser mais recordada.
Não sendo nem Cristão nem crente,é-me difícil compreender esta continua necessidade de “achincalhar” o melhor dos outros.
Pessoalmente não tive “sorte” quanto aos Capelães que fui encontrando ao longo de uma vida militar de cerca de 10 anos.
Mas isso em nada me dá o direito de procurar fazer humor com coisas sérias e,principalmente,à custa de gente séria.
Padres (não Capelães) e Oficiais do Exército ex-seminaristas,em algumas condições e locais “menos fáceis” deram-me lições de coragem,solidariedade e sacrifício .
Alguns pagaram os seus ideais com a própria vida.
Simples Padres de Paróquias....esquecidas, e de gentes ainda mais ignoradas.
O comentador que assina sob pseudónimo “Manuel Teixeira”, e que tanto gosta de “chafurdar” na obsessiva dialéctica “homens de esquerda podres de ricos”,( nas suas palavras),a ser tão “conhecedor” deste tipos de esquerdalhos,deveria talvez já ter observado ao longo da vida que,nestas coisas, o espírito ecuménico manifesta-se com mais continuidade entre os tais “esquerdalhos” não complexados do que entre patrioteiros frustrados .
Sem de modo algum o quere apodar de “esquerdalho” ......o interessante texto de Beja Santos sobre a Senhora de Fátima não encontraria correspondência de atitude em certos jornais e revistas dos mais patrioteiros em que aparentemente colabora.
Julgo-o,apesar de tudo,capaz de compreender o que quero com isto dizer.
J.Belo
José Belo (por email)
1 dez 2020, 16h29
Caro editor:
Ao ler alguns dos últimos comentários tenho que concordar que tens...paciência.
Acabo de verificar que a minha já para tal näo chega.
Há aquela velha história da conversa entre Deus e Säo Pedro quando este último se lamentava quanto à injustica divina de dar a Portugal um mar com praias fantásticas,,montanhas verdejantes e planícies täo ricas em flores silvestres. Era injusta tal abundäncia de beleza.
Deus,na sua infinita paciëncia respondeu-lhe:
-Espera até veres o povo que lá vou colocar!
Um abraco com o Histórico......Adeus até ao meu regresso!
Padre José Marques, vamos "aproveitar a boleia", e pedir uma esclarecimento: dizes (,se não te importas, tratamo-nos por tu, à boa maneira romana como velhos camaradas que fomos e, de certo modo, continuamos a ser...):
(...) "Esta a razão por que só me deixaram partir para a Guiné como capelão, depois do 25 de abril. Aí assisti ao arrear da nossa bandeira e ao içar da bandeira dos Libertadores. O comandante de Bula - o coronel César - não se conformava. Dizia mesmo que tinha vergonha de ser português.
"Perante esta atitude, os capitães de abril e majores, tenentes e alferes, que estavam no terreno, resolveram, através dum abaixo-assinado, proceder ao seu saneamento. O que aconteceu, com a minha anuência. Só pus uma condição: não ser o primeiro a assinar." (...)
30 DE NOVEMBRO DE 2020
Guiné 61/74 - P21594: Os nossos capelães (13): José Marques Henriques, ofm, esteve no CTIG, de 28/4/1974 a 9/10/74 (João Crisóstomo, Nova Iorque)
A pergunta é: quem era esse coronel César, "comandante de Bula", já que mencionas o seu nome ou apelido ?... Não seria antes o tenente coronel de cavalaria Cunha, comandante do BCAV 8320/72, ou então o 2º comandante, major de cavalaria César Monteiro ?
Isto passa-se em julho ou agosto de 1974 ,não ?... Quem estava em Bula era então o BCAV 8320/72...
(i) Mobilizado pelo RC 3 - Estremoz
(ii) Cmdt: Ten Cor Cav Alfredo Alves Ferreira da Cunha
(iii) 2º Cmdt: Maj Cav Marcelo Vítor Lopes César Monteiro
(iv) Oficiais InfOp/Adj: Cap Cav Hernâni Anjos Moás |maj Cav Vítor Lopes César Monteiro (acumulava)| Ten Cav António Reis |Ten Cav Rui Borges Santos Silva
(v) Cmdts Comp:
CCS: Cap SGE Elias Matias
1ª Comp: Cap Mil grad Pedro Manuel Vilaça Ferreira de Castro | Cap Mil Cav Edmundo Graça de Freitas Gonçalves| Cap Mil Cav António Acílio Quelhas Antunes de Azevedo [, que é membro da nossa Tabanca Grande, e revisitou a Guiné-Bissau há uns anos]
2ª Comp: Cap Mil grad Armando Crespo Ferreira |Cap Mil Cav Manuel Monteiro Ribeiro da Silva
3ª Comp: Cap Mil grad Inf Telmo Amado Carreira
Partida: Embarque em 21 (Cmd e CCS), 22 (1ª Comp), 24 (2ª Comp)
e 25Jul72 (3ª Comp)
Regresso: Embarque em 25Ag074
O ex-cap mil cav António Acílio Quelhas Antunes Azevedo, membro da nossa Tabanca Grande, pode também ajudar-nos a esclarecer essa história passada com o "coronel César"... (Um alfabravo para ele,se nos estiver a ler...).
14 DE SETEMBRO DE 2017
Guiné 61/74 - P17766: Tabanca Grande (446): António Acílio Quelhas Antunes Azevedo, ex-Cap Mil, CMDT da 1.ª CCAV/BCAV 8320/72 (Bula) e da CCAÇ 17 (Binar), 1973/74, que passa a ocupar o lugar n.º 754 da tertúlia
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