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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22230: Casos: a verdade sobre... (25): a vida e a morte do maj inf graduado Jaime Frederico Mariz (1936-1973): "sei muito poucas coisas do meu pai" (Frederico Rezende)


Jaime Frederico Mariz Alves Martins (Oeiras, 8/1/1936 - Guiné, 6/4/1973).


1. Mensagem de Frederico Resende, filho do nosso infortunado camarada major de infantaria graduado Jaime Frederico Mariz
 
Date: segunda, 24/05/2021 à(s) 09:27
Subject: Maj Infª Grad Jaime Mariz
 

Caro Sr Luís Graça, bom dia

 A minha filha Maria deu-me ontem conta da existência deste blogue.

O meu nome é Frederico (como o meu pai) Rezende (apelido que uso de minha mãe ). Sou filho do Maj Jaime Mariz.

Gostaria que, se não se importar, me enviasse informações sobre a sua vida e morte. Eu e minha mãe que entretanto já morreu, nunca soubemos exactamente o que se passou. Apenas que o avião tinha sido atingido e que não foram encontrados destroços.

A minha mãe foi à Suiça contactar a Cruz Vermelha e na altura a PIDE teve conhecimento e fez-lhe a vida num inferno. Desta forma contactou o PAIGC que confirmou que tinha abatido o avião.

Mas de concreto nunca soubemos muito mais.

Fico a aguardar.

ObrigadoCumprimentos

Frederico Rezende

2. Resposta do editor Luís Graça:

Caro Frederico:

O nosso blogue tem pelo menos 7 referências ao seu querido pai e nosso infortunado camarada. Não o conheci pessoalmente, estive na Guiné em 1969/71, mas quem com ele lidou, escreveu que era "pessoa de fino trato, aberto, civilizado, camarada". Pode ver aqui as referências que temos sobre o então comandante do COP 3 (*):
 
Se mo permitir, vou publicar a sua mensagem, na expetativa de poderem aparecer mais testemunhos sobre o senhor seu pai e as circunstâncias que antecederam aquele voo fatídico. Tudo indica que a avioneta DO 27, no percurso Guidaje-Bigene, em 6 de abril de 1973, terá sido abatida por um míssil Strela. E os restos mortais do seu pai nunca terão sido encontrados. 

Oxalá possamos escalarecer algumas das suas dúvidas  (**). Disponha do nosso blogue. Se tiver fotos e outras recordações do seu pai, e se as quiser publicar no nosso blogue, esteja à vontade. De resto, como gostamos de dizer, "os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são"... Este é um blogue exclusivamente de partilha de memórias e de afectos dos bravos que estiveram na Guiné, entre 1961 e 1974, dos 3 ramos das Forças Arnadas,

Um alfabravo (ABraço), Luís Graça, editor

3. Resposta do Frederico Rezende, com data de 27 do corrente:

Caro Sr Luís Graça:

Muito obrigado pela sua resposta que muito me sensibilizou.

Peço-lhe então o favor de publicar a minha mensagem e de me ir dando novidades caso as haja.

Sei muito poucas coisas sobre o meu pai. Sei que fez o curso de Lamego, sei que fez alguns cursos de contra-informação na África do Sul e das comissões que ele fez. Sei que foi Cmdt da PSP em Lisboa e pouco mais.

Caso seja possível mais informações ficaria muito agradecido.

Fico a aguardar. Bem haja
Frederico Rezende

4. Elementos para uma nota biográfica do major inf grad Jaime Frederico Mariz (Oeiras, 1936-Guiné, 1973), recolhidos  no nosso blogue (*)

Jaime Frederico Mariz Alves Martins:

(i) nasceu em Oeiras, em 8 de janeiro de 1936;

(ii) entrou para a Escola do Exército (antecessora da Academia Militar) em 16 de outubro de 1954, com 18 anos;  era o nº 400 do Corpo de Alunos;

(iii) fez três comissões de serviço no ultramar: em Moçambique, com  o posto de tenente (setembro de 1961 / fevereiro de 1964); em Timor, como capitão (abril de 1965 / maio de 1967); de novo em Moçambique, como capitão (setembro de 1968/setembro de 1970);

(iv) morte em combate no TO da Guiné, em 6 de abril de 1973;

(v) circunstâncias da morte: tendo embarcado num DO-27 em Guidaje com destino a Bissau, no decurso de uma missão de evacuação (TEV), o avião foi abatido por um míssil Strela, na região de Sambuiá, no norte da Guiné, entre Guidaje e Bigene; não foram encontrados vestígios do aparelho nas buscas posteriores quer terrestres quer aéreas; foi um dia fatídico para a FAP pois o PAIGC, em cerca de três horas, abateu 3 aviões e falhou o ataque a outros dois; o aparelho, DO-27 3470 era pilotado pelo fur pil Fernando António de Carvalho Ferreira; o major Jaime Frederico Mariz, cmdt do COP 3, aproveitou uma "boleia", pretendendo ficar em Bigene

(vi) segndo pesquisa efetuada pelo nosso coeditor Jorge Araújo, a aeronave da FAP, DO 27 3470, foi localizada submersa (algures na região norte da Guiné) tendo sido fotografada pelo médico holandês Roel Coutinho (vd. poste P18702)



Wikimedia Commons > ASC Leiden > Coutinho Collection > D 09 > Portuguese plane wreck in Northern liberated areas > Guinea-Bissau > Airplane wing number with Coutinho watching [Asa do avião,  DO-27, com o nº 3470, e o Coutinho a observar] 

(vii) No seu Diário da Guiné, o ex-alf mil António Graça de Abreu (CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar. 1972/74), descreve o major Jaime Frederico Mariz nestes termos:  (...) "o major Jaime Mariz que conhecia muito bem, desempenhou durante algum tempo as funções de 2º. Comandante do Batalhão 3863, de Canchungo (Teixeira Pinto). Almoçámos e jantámos muitas vezes juntos na messe de Teixeira Pinto. Era pessoa de fino trato, aberto, civilizado, camarada. " (...) (Em nota de rodaté: "O corpo do major Jaime Mariz jamais foi encontrado, nem sequer foi possível fazer-lhe um funeral digno" (Mansoa, 7 de abril de 1973) (vd. poste P3826).

________

Notas do editor:

(*) Vd.  os 7 postes com o descritior "Jaime Frederico Mariz (maj)":


25 de setembro de  2020 > Guiné 61/74 - P21391: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XLIV: Jaime Frederico Mariz Alves Martins, maj grad inf (Oeiras, 1936 - Guidaje, 1973)

2 de junho de  2018 > Guiné 61/74 - P18702: (D)o outro lado do combate (31): Os dois aviões DO-27-A1, da FAP, nºs 3333 e 3470, abatidos em 6 de abril de 1973... Fotos do médico holandês Roel Coutinho (Jorge Araújo)

24 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13031: 10º aniversário do nosso blogue (22): Quando os senhores coronéis da censura censuravam notícias com declarações de Spínola e a escalada da guerra no CTIG, incluindo a queda do DO 27 em que pareceu, entre outros, o major Jaime Frederico Mariz, comandante do COP 3, em 7/4/1973 (António Duarte, leitor do blogue)

29 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9960: (Ex)citações (179): A actuação da FAP em Guidaje (José Manuel Pechorro)

1 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3826: FAP (3): A entrada em acção dos Strella, vista do CAOP1, Mansoa, Março-Maio de 1973 (António Graça de Abreu)

17 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1668: In Memoriam do piloto aviador Baltazar da Silva e de outros portugueses com asas de pássaro (António da Graça Abreu / Luís Graça)

(**) Último poste da série > 20 de maio de  2021 > Guiné 61/74 - P22215: Casos: a verdade sobre... (24): o roubo de 200 cartas (ou mapas) do Serviço Cartográfico do Exército, atribuido às Brigadas Revolucionárias, em dezembro de 1972: o seu impacto no CTIG (Luís Graça / C. Martins / António J. Pereira da Costa)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3826: FAP (3): A entrada em acção dos Strela, vista do CAOP1, Mansoa, Março-Maio de 1973 (António Graça de Abreu)



Capa de Diário da Guiné, do nosso Camarada António Graça de Abreu, publicado em 2007, pela Guerra e Paz Editores. O livro foi escrito na Guiné, a partir das notas do seu diário e dos seus aerogramas. Foi alferes miliciano no CAOP1 (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74) (*)

1. Mensagem do António Graça de Abreu:

Meu caro Luís: Aqui vai, na volta do correio, os textos do meu Diário que me pediste para publicar. Peço-te que introduzas apenas esta pequena nota:

O Luís Graça pediu-me para publicar no blogue os textos do meu Diário da Guiné referentes àquele período crítico de Abril/Maio de 1973, quando o aparecimento dos mísseis Strella complicou toda a estratégia de guerra na Guiné. É uma prosa datada, pode ter esta ou aquela pequena incorrecção, mas não retiro, nem acrescento uma vírgula ao que escrevi então.


Depois,nos meses a seguir, com a situação mais calma, dou testemunho no meu Diário, até 20 de Abril de 1974, da forma excelente como a Força Aérea continuou a voar por toda a Guiné, desmentindo a tese de que com os Strella "a guerra acabou", houve um "colapso", e a "supremacia" do PAIGC era indesmentível. Esta não é a verdade histórica da guerra na Guiné.

Um forte abraço,
António Graça de Abreu



2. Extracto do Diário da Guiné: Lama, Sangue e Água Pura, de António Graça de Abreu (**):

[Fixação do texto e negritos: L.G.]

Mansoa, 29 de Março de 1973

Foi abatido um avião a jacto Fiat G 91, um pequeno bombardeiro, lá para o sul perto de Guileje. O tenente piloto aviador [, Miguel Pessoa,] foi abençoado pelos céus, ejectou-se, saltou de pára-quedas numa zona onde não foi detectado pelo IN, passou a noite no mato e no dia seguinte foi recuperado pelas NT. Está agora em Bissau, em boas condições. (i)

Ontem repetiu-se o incidente, foi abatido outro Fiat G 91. Desta vez, o piloto não teve sorte, o avião desintegrou-se e morreu o tenente-coronel Almeida Brito, o comandante das esquadrilhas de aviões na Guiné.

É uma nova realidade com que temos de contar, o PAIGC já dispõe de mísseis anti-aéreos que são eficazes. Os pilotos estão com medo de voar, quem se quer suicidar? (ii)

Esta manhã esteve cá o furriel piloto Baltazar da Silva, o tal rapaz alto do cabelo encaracolado e muito ruivo, meu conhecido e amigo desde aquela primeira aterragem estranha, alvoroçada em Teixeira Pinto. Trouxe a sua DO, pareceu-me preocupado, assustado. Almoçámos juntos, ele quase não tocou na comida, fixava os olhos em coisa nenhuma. Trouxe-o até ao meu quarto, bebemos um whisky velho, animei-o tanto quanto fui capaz. Regressou a Bissau com a morte na alma.

(i) Trata-se do tenente piloto aviador Miguel Pessoa, que mais tarde haveria de casar com a enfermeira sargento pára-quedista Giselda Antunes (...).

(ii) Sobre a queda dos aviões abatidos pelos mísseis Strella ou Sa 7 do PAIGC ver Nuno Mira Vaz, Guiné 1968-1973, Soldados uma vez, sempre Soldados, Lisboa, Ed. Tribuna da História, 2003, pp. 58-63.

(...)

Mansoa, 7 de Abril de 1973

Uma DO foi atingida pelo mísseis do PAIGC e caiu lá no norte. Morreram o piloto, um mecânico e o major Jaime Mariz que conhecia muito bem, desempenhou durante algum tempo as funções de 2º. Comandante do Batalhão 3863, de Canchungo (Teixeira Pinto). Almoçámos e jantámos muitas vezes juntos na messe de Teixeira Pinto. Era pessoa de fino trato, aberto, civilizado, camarada. (iii)

(iii) O corpo do major Jaime Mariz jamais foi encontrado, nem sequer foi possível fazer-lhe um funeral digno (...).

Mansoa, 8 de Abril de 1973

Outra DO pilotada pelo furriel piloto aviador Baltazar da Silva foi abatida pelo IN quando voava entre Bigene e Guidage. O rapaz morreu, junto com um alferes médico e um sargento. O Baltazar almoçou comigo na semana passada, esteve aqui no meu quarto, desanimado e triste. Escrevi então que ele havia partido para Bissau “com a morte na alma”.

(...)

Mansoa, 30 de Abril de 1973

(...) O movimento normal no nosso Comando decresceu muito. Sem apoio aéreo, sem aviões, não se fazem operações significativas. Se houver mortos ou feridos não temos os helicópteros para os ir buscar ao mato. O coronel [, Rafael Durão, comandante do CAOP1,] também me parece com menos “espírito guerreiro”. Já fez a guerra em Moçambique e em Angola e, apesar de duro e determinado, não advoga a tese do suicídio.

Continuamos à espera que venham atacar Mansoa. Durante as minhas férias flagelaram por duas vezes, sem consequências, os quartéis de Mansabá e Bissorã, aqui na zona. Agora só falta Mansoa “embrulhar”. A ver vamos…
(...)

Mansoa, 19 de Maio de 1973

Há dez dias atrás, por causa de vacas, aproveitei uma boleia e fui até Cutia, a vinte quilómetros daqui, na estrada alcatroada para Mansabá e Farim.

Os balantas, etnia predominantemente na região de Mansoa, não querem vender vacas aos militares portugueses. Em Farim, sessenta quilómetros a norte, os fulas, outra etnia, vendem os animais com facilidade. Como em Mansoa falta carne para a alimentação diária, é preciso recorrer ao que há, neste caso as vacas de Farim. Fez-se uma coluna com quatro unimogs do CAOP e quarenta homens da 38ª. de Comandos para irem lá ao norte buscar as vacas. Como à tarde havia coluna de Cutia para Mansoa, peguei na G 3 e segui com o nosso pessoal.

Regressei calmamente a Mansoa, depois de mais uns quilómetros a conhecer a mata, o aquartelamento e a aldeia de Cutia, florestas, bolanhas, a terra pobre. Os comandos e os quatro condutores do CAOP seguiram viagem e quando chegaram a Farim havia realidades bem mais duras do que a história da compra e transporte das vacas. Era crítica a situação em Guidage, uns quarenta quilómetros a noroeste de Farim, junto à fronteira com o Senegal. O aquartelamento estava a ser atacado há dois dias, de quatro em quatro horas, em média. Duas colunas de reabastecimento haviam partido de Farim para Guidage com víveres e munições e foram ambas atacadas na estrada, com mortos e muitos feridos. Tornou-se necessário chamar os aviões Fiats de Bissau, não para bombardearem o IN mas para destruir as Berliets carregadas de víveres e munições, abandonadas pelas NT, evitando assim que caíssem nas mãos dos guerrilheiros.

Os Comandos mais os nossos condutores do CAOP iam buscar vacas, mas nessa altura o mais importante era socorrer Guidage. De emergência, organizou-se nova coluna de Farim para Guidage reforçada com os nossos homens. Foi uma caminhada de morte, havia abutres a rondar os cadáveres dos soldados portugueses abandonados na picada pela coluna anterior, havia minas, uma delas rebentou sob o Unimog da frente, arrancou-lhe uma roda que foi projectada e passou por cima da cabeça do alferes Dias, da 38ª. de Comandos, houve emboscadas e um soldado comando ficou sem um pé e sem três dedos da mão direita. O infeliz foi o Tavares, um rapaz ribatejano do Cartaxo que até conheço bem, pai de dois filhos. Como não se fazem evacuações de helicóptero, levaram-no até Guidage com o coto e a mão amarrados em ligaduras.

Durante dois dias, em Guidage, foram atacados treze vezes, com morteiros e canhão sem recuo. Os guerrilheiros afinaram a pontaria para dentro das valas onde se abrigavam os nossos homens. Lá morreu mais um soldado da 38ª. de Comandos e o soldado condutor auto David Ferreira Viegas, do CAOP 1. Era um dos meus homens, um rapaz baixo, magrinho, tímido, natural de Olhão. Tinha vinte e um anos, fora pescador no Algarve, estava connosco no CAOP desde 3 de Março e na tropa há apenas oito meses.

Não trouxeram o corpo do Viegas para Mansoa, meteram-no na urna e seguiu de barco para Bissau. Tenho sido eu a tratar das coisas dele, fui-lhe mexer na mala e fazer o espólio de todos os seus pertences para enviar à família. Possuía tão pouco, algumas quinquilharias e uma roupita tão pobre! O povo português vai morrendo, o nosso David foi apenas mais um.

Comoveu-me o último aerograma com data de 27 de Abril que lhe foi enviado pela mãe, escrito pela Rosarinho, uma das sobrinhas, porque a mãe é analfabeta. A Elsa Maria, outra sobrinha pequena, como ainda não sabe escrever, mandou contas ao tio David:

1 2 3 4 5 2 1
1 2 3 4 5 2 1
______________
2 4 6 8 0 3 3

A Ana Cristina Viegas Fava, também sobrinha, diz:

“Tio, eu já sei escrever e quando o tio estiver aborrecido escreva para mim que eu lhe respondo, está bem?"

O David Ferreira Viegas contava apenas vinte e um anos. Não vai escrever a mais ninguém.

(...)
____________

Notas de L.G.:

(*) Vd. postes de ou sobre o António Graça de Abreu e o seu livro:

5 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1498: Novo membro da nossa tertúlia: António Graça de Abreu... Da China com Amor

6 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1499: A guerra em directo em Cufar: 'Porra, estamos a embrulhar' (António Graça de Abreu)

12 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1517: Tertúlia: Com o António Graça de Abreu em Teixeira Pinto (Mário Bravo)

27 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1552: Lançamento do livro 'Diário da Guiné, sangue, lama e água pura' (António Graça de Abreu)

16 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1601: Dois anos depois: relembrando os três majores do CAOP 1, assassinados pelo PAIGC em 1970 (António Graça de Abreu)

17 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1668: In Memoriam do piloto aviador Baltazar da Silva e de outros portugueses com asas de pássaro (António da Graça Abreu / Luís Graça)

1 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1807: António Graça de Abreu na Feira do Livro para autografar o seu Diário: Porto, dia 2 de Junho; Lisboa, dia 10

7 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2414: Notas de leitura (5): Diário da Guiné, de António Graça de Abreu (Virgínio Briote)

(**) Vd. último poste da série FAP > 31 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3825: FAP (2): Em cerca de 60 Strellas disparados houve 5 baixas (António Martins de Matos)

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21391: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XLIV: Jaime Frederico Mariz Alves Martins, maj grad inf (Oeiras, 1936 - Guidaje, 1973)

  






Cor inf ref Morais da Silva


1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual acima], membro da nossa Tabanca Grande [, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972 ]

Sobre o major graduado de Infantaria  Jaime Mariz, temos várias referências no nosso blogue.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Guiné 63/74 - P5300: O assédio do IN a Guidaje (de Abril a 9 de Maio de 1973) - I Parte (José Manuel Pechorrro)

1. Primeira parte de um trabalho relacionado com a actividade do PAIGC na zona de Guidaje em Abril/Maio de 1973, enviado pelo nosso camarada José Manuel Pechorro, ex- 1.º Cabo Op Cripto da CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73, em mensagem do dia 29 de Setembro de 2009:


O ASSÉDIO DO IN A GUIDAGE

De Abril a 09 de Maio de 1973

Parte I


A partir de Março 1973, o PAIGC na região fronteiriça no Senegal, Cumbamory, a cerca de 5kms, armazenava grande quantidade de diverso material bélico. Algum considerado de elevado nível, pensando-se que o seu destino seria o Oio, no interior da nossa Guiné.

De surpresa, a 03 de Abril (Terça-feira), a FAP cerca das 5 horas da madrugada bombardeou o Cumbamori, causando 5 mortos e vários feridos. Ouvimos e sentimos as explosões. O IN não chegou a utilizar os mísseis que dizia possuir na base. Os aviões passaram pertinho do nosso quartel, contra o vento e a baixa altitude, quase roçando as árvores.


O DIA DOS MÍSSEIS STRELA

Passados três dias, somos atacados em Guidage.
Levantei-me cedo, no dia 6 de Abril de 1973, uma Sexta-feira.
A manhã estava resplandecente, com o Sol a incidir já quente. Os pássaros faziam-se notar. Os lagartos esverdeados apareciam nos troncos das árvores. A população mostrava-se já activa.

As praças ao serviço do BENG 447, adidas à CCaç 19, laborando.
Os carpinteiros tinham iniciado a cobertura das casas com chapa de zinco na tabanca, ouvindo-se martelar. O serralheiro comandava o levantamento e colocação de um depósito em chapa de 5.000 a 10.000 litros, ao lado do motor-gerador, destinado a abastecer o quartel e a população de água.
Defronte da Secretaria, do lado da povoação, observava o esforço de quem trabalhava.

Obs: - O fornecedor da madeira para o reordenamento da tabanca era Carlos Vieira, irmão do guerrilheiro Nino Vieira. Com serração em Binta

Pelas 07,45 horas, o sobressalto! Soam com uma nitidez assustadora as armas automáticas do IN dentro do TN. Muito perto do arame, entre as árvores mais próximas e camuflados no capim, em terreno plano. De local inesperado, de fronte da caserna do 1.º Pelotão e da tabanca, do lado de Fajonquito.

Avistei mulheres e bajudas no carreiro, iam ou vinham da nascente, onde tomam banho e lavam a roupa na bolanha, fora do arame farpado. Muito próximas, atiraram com as trouxas ao chão e fugiram da zona perigosa.

Não recordo o sítio donde copiei esta foto. Com a devida vénia

Alcancei o Posto de Rádio, num raio, que tem defronte os bidons cheios de terra, sobrepostos. A porta estava fechada! Tive dificuldade em abri-la.
Todos reagindo em movimento louco para os abrigos e valas; saltam e deitam-se alguns ao chão, havendo quem choque entre si. Outros rastejam para detrás dos bidons e a parede, e das grossas árvores que estão em frente do edifício do Comando. Começam os rebentamentos dos RPG`s, os estilhaços e balas varrem.
Consegui entrar. Pediu-se apoio aéreo, directamente à BA12 em Bissalanca, mas os Fiat`s não apareceram. Mais tarde pensei que a acção se destinava a atraí-los!

O IN atacou do lado direito. Avista-se a caserna do 1.º Pelotão. Entre esta e o edifício do Comando, a Enfermaria.
Foto cedida pelo 1.º Cabo Radiotelegrafista Janeiro, alentejano.


A guarnição respondeu quase de imediato. Ouvem-se as nossas G3 e HK; dilagramas, morteiradas 60 e 81mm, caíram em cima deles. Os obuses 10,5 tentando atingi-los na fuga.
Durou 15 minutos. Retirou o IN não estimado, para Facã – Sambuiá, com cerca de 5 mortos e feridos graves, segundo informações recebidas, possivelmente para o acampamento de Uália, dentro do nosso território.
Voluntariosos, perto de 2 GCOMB, iniciaram uma perseguição imediata ao PAIGC, passando o arame. O nosso comandante Cap Mil Inf José Vicente Teodoro de Freitas sensatamente conteve os restantes.

Sofremos 3 feridos graves e 8 ligeiros. A população sofreu 1 ferido grave e 1 ligeiro. Tivemos sorte. A experiência dos 18 confrontos anteriores com o IN ajudou!
Um dos feridos graves foi o soldado do BENG José Crespo Silva, que se encontrava em cima do telhado de uma casa de chão térreo do reordenamento da população, na tabanca. Pediu-se a sua evacuação para o HM 241.

Ataque emotivo e o mais próximo do arame, de todos os que aconteceram com a CCaç 19.
Terá sido vingança?

Uma DO-27 pilotada pelo Fur PilAv João Manuel Baltazar da Silva, de Santa Isabel – Lisboa, partiu cedo de Bissalanca acompanhado do Alf Mil Médico, do COP 3, João Manuel Cantante Santos Silva, da Amadora e o nosso 1.º Sargento Sapador João Agostinho Gonçalves Oliveira Figueira. Vinham na avioneta do Sector que habitualmente nos visitava, todas as Sextas-feiras, para prestar assistência médica, no posto da enfermaria, aos militares, população de Guidage e Senegaleses que em grande número aqui se deslocam. Entregar também géneros frescos para a cozinha. Pelas 09,45h, deixaram de ter contacto via rádio com os aquartelamentos. Começando logo a temer-se o pior, que se tinha despenhado ou que teria sido alvejada.

Chega uma DO-27 que evacua o militar ferido do BENG 447 José Crespo Silva, para Bissau. Deu apoio a Enf Pára-quedista Giselda Antunes.

Os 2 GCOMB suspenderam a perseguição. Voltam com um civil nativo da povoação, ferido gravemente na coxa, ficou entre o IN e o nosso fogo. Foi encontrado na estrada entre os regos dos rodados das viaturas, onde tentou abrigar-se, atingido por estilhaço de uma das nossas granadas de óbus.

A Enfermeira Giselda voltou num segundo DO-27 que tentou chegar a Guidage, para evacuar o membro da população; no percurso foram alvejados por um missil Strela, que o não atingiu, mas os comandos do avião ficaram danificados pela acção da onda de choque e tiveram que aterrar de urgência em Bigene…

Para evacuar o civil ferido na coxa, outra DO-27 veio de Bissalanca, pilotada pelo Fur PilAv António Carvalho Ferreira, de Paços Ferreira, acompanhado pelo 1.º Cabo Enf Cóias da FAP; na base BA12 encontrava-se na altura de passagem o Maj Inf Jaime Frederico Mariz Alves Martins, natural da Amadora, nosso Cmdt do COP 3, que aproveitou a boleia a fim de visitar Guidage e se inteirar da situação. Pareceu-me um homem voluntarioso e satisfeito com a nossa actuação, do modo como respondemos ao IN. Animou o pessoal, deu-me um aperto de mão e umas leves palmadas nas costas.

Afirmou-se que ouviram o Maj Mariz ordenar ao piloto que iam observar a zona onde se teria despenhado a avioneta ou sido atingida. O Fur António Ferreira respondeu que era arriscado.
Descolaram, entrando no Senegal, fizeram meia-lua e voaram em direcção à mata de Sambuiá (?), em TN, e desapareceram. Nunca mais foram encontrados.

O Pessoal dirigiu-se apressado para o refeitório, ao iniciar a refeição, ouvimos um estrondo, obrigando alguns a tentar de imediato as valas ou os abrigos. Pensaram tratar-se de saída de peça de artilharia do IN, lado do Samoge ou de Sambuiá. Era cerca das 13,15 h.

Nota:
Ao Maj Mariz ouvi dizer, uma vez, em conversa com o nosso comandante que o nosso maior (Gen Spínola) se tinha encontrado secretamente, ali perto numa tabanca, com o Presidente Senghor, do Senegal, a fim de preparar contacto com Amílcar Cabral.

Amílcar Cabral, um tempo antes de ser assassinado, declarou em Cumbamori, devido às lamentações e cansaço da população apoiante do PAIGC, que estava farta de sofrer e cansada da guerra, que ia declarar a independência e, se as potências, não obrigassem Portugal a dá-la, e os portugueses não cedessem, ele entrava em negociações e acabava com a guerra! Pediu que aguentassem mais 1 ou 2 anos.

Uma esquadrilha de 2 FIAT`s G-91 realizou buscas, arriscadas.
Afirmaram que a nossa zona estava operacionalmente relaxada.
Foram também alvejados. Um míssil passou demasiado perto do avião que sentiu a onda de choque. O piloto ao observar a saída, segundo deu a perceber, puxou uma alavanca, levou o Fiat a cair e evitou o projéctil!
Escutando as conversas via rádio, mostraram calma, serenidade e sangue frio.

Veio depois um T6 e quando se preparava para actuar foi atingido, explodindo! Pilotado pelo Oficial de Operações do GO 1201 Maj PilAv Rolando Frederico Mantovanni Borges Filipe, de Socorro – Lisboa. Chegou até nós o estrondo. Apresentou-se na Unidade e voluntariou-se para efectuar a missão em que acabou por perder a vida.

Num só dia e na zona operacional de Guidage morrem dois Furriéis e um Major pilotos da FA; um Major do Cop 3; um Alferes Miliciano Médico; um 1.º Sargento; um 1.º cabo Enfermeiro e um civil nativo: 8 pessoas.
Juntam-se ao piloto do Fiat G-91 atingido na zona de Afiá, no sul, perto de Aldeia Formosa, onde perdeu a vida o Cmdt do GO 1201 Ten Cor PilAv José Fernando Almeida Brito, em 28/03/1973.
O aparecimento dos mísseis terra-ar vem condicionar a acção da nossa aviação nesta guerra de guerrilha na província da Guiné. Criou confusão na FA, quase a tornando inoperacional, notou-se durante alguns dias. Deixa de fazer evacuação de feridos e mortos nos locais mais arriscados.

Seguiram-se várias batidas diárias e exaustivas, efectuadas por todos os aquartelamentos e uma força operacional, a Companhia de Pára-quedistas, ida da BA 12.

A CCP (?)/BCP 12, ao procurar vestígios das aeronaves no solo, sofre forte emboscada, de 0,5 a 1 hora debaixo de fogo nutrido e é obrigada a retirar com um ferido grave, para Bigene. Esta deu-se em terreno plano, à beira de uma bolanha, suponho em Samoge, pelas 14 horas, no dia 09.4.1973. O combate notou-se perfeitamente em Guidage.
Fiquei impressionado com a personalidade do Comandante desta Operação, que dirigiu e apoiou, sitiado em Bigene, via rádio, a acção das NF.
No Posto de Rádio, sempre à escuta, acompanhámos as conversas entre os intervenientes.
Nestes dias, um Destacamento de Fuzileiros de Ganturé teve também um violento confronto e com os mesmos resultados, nesta mesma região, segundo me parece.

No dia seguinte e nesta zona, a referida CCP (a 121?), detectou restos do DO-27 do Sector. Encontrou carbonizados os corpos do Alf Mil médico João Silva, do 1.º Sarg Figueira e do Fur PilAv Baltazar da Silva, em tamanho reduzido.
Numa árvore estava pregada uma ordem de serviço, pertença da CCaç 19.

Até aqui, tenho passado as noites no dormitório dos operadores de Transmissões. Eu e o meu colega Op Cripto Hilário optámos pelo Centro Cripto para onde mudámos as camas com colchão de espuma. Debaixo da placa de cimento é mais seguro, porque as casernas dos 4 pelotões, o Centro de Cripto, o Posto de Trasmissões e a Enfermaria têm placa de betão.


AS NOTICIAS
Algo vai acontecer!


Continua a chegar material de guerra a Cumbamori.
O PAIGC está a retirar a população das regiões onde estão situadas as suas bases, mais 7 kms para o interior da nação vizinha.
Nos primeiros dias de Abril, 9 elementos do grupo do FAI SISSÉ, guerrilheiro combativo e dinâmico, desertaram para a Gâmbia. Motivo: medo das futuras acções contra Guidage, onde costumam ter quase sempre pesadas baixas e mortes.

Um informador de confiança insistiu para que pedíssemos o reforço da guarnição, com uma Companhia e usar de todas as precauções. Foi solicitado, mas não atendido.
Apareceram indivíduos com uma manada de 40 a 50 vacas, a pastar na zona da fronteira, rente à bolanha. Com tantos pastos, porquê ali? Certamente descobrir e accionar possíveis minas por nós plantadas. Cada animal tem 4 patas, aumentando a possibilidade de accionamento. Se alguma ficasse mutilada, o pior que acontecia era ser comprada e transportada pela nossa Companhia. Comprovaram não haver campos de minas.

Um senegalês apresentou-se em Guidage, acompanhado de um milícia das NT. O milícia tinha sido capturado no sul da província, foi levado para Cumbamori e dali para Ziguinchor, onde encontrou o tal sujeito (CONE SANE), rapaz novo e com bom aspecto. Os militares logo afirmaram que era turra. Assim como um refugiado, seu compatriota, que se encontrava havia alguns dias no reordenamento e que voltou para o Senegal. Ambos demonstraram conhecer-se. Percorreu o quartel. Chegou a comer no refeitório das praças, na sua maioria brancos. Presenciou e avaliou o ataque do dia 6 de Abril, examinando a nossa reacção. Entrou no perímetro defensivo do quartel e fingiu ajudar os soldados durante a luta. Foi logo afastado, não passando a sua atitude despercebida. Afirmava ser estudante e ter tido problemas no liceu, em Dakar. Depois de muito insistir foi-lhe passado passaporte para Bissau, via Farim, passando por Binta.

No dia 17 de Abril (Terça-feira), a coluna auto em que seguia, accionou 2 minas anti-pessoais, que causaram a morte ao 1.º Sarg AC, Octávio José Horta, da Secretaria, pertencente à CCaç 19 (CArt 3521), ex-comando em Angola no ano de 1961. Seguia o 1.º Sargento a pé, a corta mato, perto da estrada como precaução, pois tínhamos informação que estava minada. Ao detectarem a primeira todos ficaram imóveis, só o 1.º Sarg Horta se mexeu, num repente desloca-se, deita-se tentando levantá-la. Accionou uma segunda com o peito e, morreu! O estudante senegalês ao presenciar ficou indisposto. Em Farim, ao ser interrogado pela DGS, foi preso, depois de admitir ser agente do PAIGC.

O outro refugiado senegalês foi também detido no dia em que voltou a Guidage (ainda durante o cerco) e confessou ser militante IN. De observar que o Partido mandou dois especialistas e não confiou nas informações obtidas. Notou-se a infiltração na população senegalesa que nos visita de gente suspeita. Vêm em grande número a fim de comercializar, mas principalmente receber assistência médica que na realidade não existe em vastas zonas, do outro lado do território, situação agravada pela seca.

No dia 1.º de Maio (Terça-feira) pelas 18,15h, quando nos preparávamos para jantar, grupo IN não estimado, flagelou com morteiro 82 mm, sem consequências. Segundo fonte aceitável, os atacantes tiveram mortos e também feridos. A nossa reacção fora boa.

Individualidades de certa influência em Farim (homens grandes), especialmente entidades religiosas muçulmanas (Mandingas), reclamaram a substituição da CCaç 19, por uma metropolitana. Mandaram a população realizar colecta, pois Guidage iria passar uma grande provação.

Presenciei actos religiosos: Orações e cinza na cabeça dos jovens; matança de carneiros e deram a carne aos mais necessitados, a fim de Alá ter piedade deles.

Alguns soldados negros abordaram o comando, lamentando:

- Se não efectuarmos patrulhamentos à zona operacional da nossa Companhia, qualquer dia seremos agarrados à mão dentro de Guidage!

De facto, a partir de certa altura pouco saíamos, quase só para realizar colunas auto a Binta.
No dia seguinte aproximei-me de Malan Sissé, soldado da CCaç 19, filho de ex-Régulo Mandinga. A sua família foi maltratada pelo IN, e anda na guerra desde o início. Perguntei o que dizia da situação? Respondeu:

- Oh nosso cabo, os brancos já não querem lutar!

Mostrou preocupação no que se referia à sua família. Casado com 2 mulheres: uma em Binta ou Farim e outra em Guidage. Com um filho, pelo menos; este, na escola em Farim, mostrava inteligência e o pai pensava mandá-lo para a metrópole estudar.

(Ver Guiné 63/74 - P4751: Histórias do Jero (1): João Turé…)
Do sítio -
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/

Que terá acontecido ao Malan Griffon Sissé e aos soldados da CCaç 19, depois da independência?

O roncar de motores de viaturas à noite, chamou a atenção dos militares, que se referiram a eles como sendo dos turras, dentro do TN. Começaram por se ouvir primeiro na tabanca, local mais silencioso, fora do alcance do barulho do gerador de energia eléctrica.
Ouviam-se rebentamentos de morteiro e canhão sem recuo, as NT não lançaram as granadas, só podiam ter sido os guerrilheiros. Confirmamos, perguntando aos outros quartéis. Devem fazer a regulação de tiro para o lado do CUFEU, a fim de melhorar o rendimento nas futuras acções contra as colunas auto ou movimentos portugueses.
Contrariando o habitual, batia-se a zona quase todos os dias com morteiro 81, explodindo as granadas nos sítios mais prováveis da presença do IN.

Como Operador Cripto notei que algo se iria passar, assim como o pessoal de Transmissões.
Os indícios de uma coisa grave, a Operação Amílcar Cabral do PAIGC

(Continua)
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 1 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5039: Tabanca Grande (176): José Manuel Pechorro, ex-1.º Cabo Op Cripto da CCAÇ 19, Guidaje (1971/73)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Guiné 61/74 - P21741: (Ex)citações (383): Jaime Frederico Mariz Alves Martins, Major Graduado Infantaria, vítima mortal por derrube de aeronave em 6 de Abril de 1973, na Região de Sambuiá (António Carlos Morais Silva, Cor Art Ref)

1. Mensagem datada de 4 de Janeiro de 2021, do nosso camarada António Carlos Morais Silva, Cor Art Ref, professor da Academia Militar e membro da nossa Tabanca Grande (no CTIG foi instrutor da 1.ª CComandos em Fá Mandinga, Adjunto do COP 6 em Mansabá e Comandante da CCAÇ 2796 em Gadamael, entre 1970 e 1972), a propósito de um comentário de Carlos Pereira, ex-Fur Mil IOI, deixado no Poste P21391[1]:

Meu caro Vinhal

Em regra sou muito cuidadoso naquilo que escrevo e muito em especial neste melindroso assunto dos Mortos em Combate que resolvi publicar.

1 - Escrevi na ficha biográfica publicada, o constante do Relatório da Acção e despacho do SJD/QG/CTIG que anexo:



2 - Referi o abate por Strela conforme consta na FAP no documento seguinte (extracto):

Fará o favor de informar o ex-Fur Mil Carlos Pereira deste conjunto de documentação que pode ser consultada no Arquivo Histórico-Militar e na Biblioteca do EMFA/Alfragide.

Abraço e muita saúde
Morais Silva

____________

Notas do editor:

[1] - Vd. poste de 25 de Setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21391: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XLIV: Jaime Frederico Mariz Alves Martins, maj grad inf (Oeiras, 1936 - Guidaje, 1973)

Último poste da série de 31 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21719: (Ex)citações (382): Tavira, CISMI, por quem nenhum de nós morreu de amores... (João Candeias da Silva / Carlos Silva / Luís Graça)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3868: Tabanca Grande (115): Carlos Jorge Pereira, ex- Fur Mil Inf Op Inf (COP 6 e COP 3, 1972/74)

1. Mensagem de Carlos Jorge Pereira, ex-Fur Mil de Inf Op Inf, Guiné 1972/74, com data de 6 de Fevereiro de 2009:

Amigos:
Nome: Carlos Jorge Lopes Marques Pereira
Posto: Furriel Miliciano de Informações e Operações de Infantaria.
P.U. : Guiné 01Jun72 a 01Jun74
Local : Mansabá, Bigene e Guidaje.

Trabalhei inicialmente durante cerca de 3 meses no COP 6 até ser extinto.
Em seguida fui colocado no COP 3 em Bigene onde fiquei até ao final da comissão.

Trabalhei directamente sob as ordens dos Comandantes do Comando nomeadamente com:
Sr. Cap. Jaime Simões da Silva (Cmdt interino por morte do Maj. Mariz)
Sr. Major Jaime Frederico Mariz Alves Martins.
Sr. Coronel António Valadares Correia de Campos
Sr. Coronel Carlos Alberto Wahnon da Costa Campos

Coordenei o departamento de Informações criando uma rede de informadores locais e senegeleses.

No departamento de Operações planeava todas as operações do sector e coordenava, juntamente com o Comandante, as operações especiais.

Em 08 de Maio de 1973 fui juntamente com o Sr. Cor Correia de Campos para Guidaje na primeira coluna que consegui passar e o comando passou ser exercido no local.

Regressámos a Bigene na primeira coluna que consegui passar (08Abr) a fim de evacuarmos os feridos.

Tantas outras coisas teria para contar, mas fica para mais tarde.

Obrigado
Carlos Jorge

P.S. Peço desculpa mas não sei como se enviam fotos pelo computador.

Parada do aquartelamento de Mansabá

Foto: © José Mendonça (2009). Direitos reservados
Edição e legenda de CV



2. Comentário de CV:

Caro Carlos Jorge, como tu, chamo-me Carlos, estive em Mansabá e conheci bem o senhor Coronel Correia de Campos.

Bem-vindo ao nosso Blogue, teu a partir de agora, onde vais, concerteza, contar as peripécias vividas por ti naquela terra africana que nos marcou definitivamente.

Quanto às fotos da praxe, é pena que não tenhas ainda conhecimentos suficientes para as mandar, mas um dia destes vais aprender. A informática, no campo do utilizador, é muito fácil. Nós os mais velhotes é que complicamos um pouco.

Quando quiseres, começa a mandar as tuas histórias, que poderás escrever directamente no corpo da mensagem que nós cá trataremos de as editar e publicar.
Como diz o nosso Editor Luís Graça, não deixes que sejam os outros a contar aquilo que tu próprio sentiste e viveste.

O COP6 foi reactivado em Novembro de 1970, em Mansabá e, quando saí de lá (FEV72) para terminar a minha comissão de serviço uns dias depois em Bissau, ainda existia, se bem me lembro. Julgo que pouco tempo depois chegaste tu a Mansabá.

Durante algum tempo foi comandante do COP6, em Mansabá, o então Ten Cor Correia de Campos. Depois diz-me se estou certo.

Caro Carlos, estás apresentado, podes começar a trabalhar.
Recebe um abraço da Tertúlia.
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 10 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3863: Tabanca Grande (114): Libério Candeias Lopes, ex-2.º Sarg Mil Inf da CCAÇ 526 (Bambadinca e Xime, 1963/65)

terça-feira, 20 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17492: Convívios (813): Irmãos, camaradas e amigos do saudoso cap cav Luís Rei Vilar (1941-1970) (cmdt, CCAV 2538, 1969/71) honram a sua memória e divulgam o projeto Kassumai (de apoio à escola de Suzana) em jantar-convívio no próximo dia 25, em Cascais. Aceitam-se inscrições até ao fim do dia de hoje


Guiné > Região do Cacheu > Susana > CCAV 2358 (1969/71) > Natal de1969 > Último Natal e provavelmente a última ou uma das últimas fotos do Cap Cav Luís Filipe Rei Vilar, comandante da CCAV 2538 / BCAV 2876, unidade de quadrícula de Susana (1969/71), que morreu, em combate, em circunstâncias que nunca foram cabalmente esclarecidas pelo Exército, na sequência de uma operação contra o PAIGC, a Op Cassum, na fronteira com o Senegal, no dia 18 de Fevereiro de 1970. Nesse dia ainda foi evacuado, de Susana para Bissau, para o HM 241, de heli (pilotado pelo nosso camarada Jorge Félix). O malogrado oficial foi substituído pelo Cap Cav Rogério da Silva Guilherme.

Outras subunidades do BCAV 2876: CCAV 2539 (S. Domingos) e CCAV 2540 (Ingoré). 

Foto cedido por Rogério Pedro Martins, que estava em Susana nesta altura. O Miguel Vilar falou também com o ex-fur mil Enf Jesus, que vive em Mértola, e que estava a dois metros do seu capitão, quando este foi atingido. O Afonso conseguiu o número de telemóvel do Jesus, o que permitiu ao Miguel contactá-lo.

Fotos: © Rosário Pedro Martins / Miguel Vilar / Duarte Vilar (2010). Direitos reservados. [Editadas por L.G.]



1. Mensagem de Duarte Rei Vilar, com data de 4 do corrente, enviada para a caixa de correio do nosso editor Luís Graça na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA e Lisboa. Por lapso, só hoje teve conhecimento do email:

Caro Luís

Eu e os meus irmãos iremos realizar um jantar /encontro (*) no dia 25 de Junho. Vamos contar à família e amigos a nossa viagem e, sobretudo, captar novos apoios para o Projeto Kassumai, um projeto de apoio às crianças de Susana e à escola que o meu irmão [, cap cav Luís Gilipe Rei Vilar, cmdt da comandante da CCAV 2538 / BCAV 2876, unidade de quadrícula de Susana (1969/71) ] (**), construiu, na altura em que lá esteve.

Gostávamos muito que estivesses presente e podes também divulgar no blogue e na Tabanca Grande.

Junto envio-te o convite. Espero que possas vir.

Um grande abraço
Duarte Rei Vilar
_____________


(**) Filhos da Escola do Exército e da Academia Militar, mortos pela Pátria:

Campanha do Ultramar 1961 - 1974

Cap. Inf. Abílio Eurico Castelo da Silva

Ten. Inf. Jofre Ferreira dos Prazeres

Alf. Pqd. Manuel Jorge Mota da Costa

Ten. Cav. Jorge Manuel Cabeleira Filipe

Ten. Pil. Av. António Seabra Dias

Ten. Inf. Casimiro Augusto Teixeira

Ten. Pil. Av. Carlos António Alves

Ten Pqd. Luís Ramos Labescat da Silva

Alf. Inf. Helder Luciano de Jesus Roldão

Cap. Inf. Óscar Fernando Monteiro Lopes

Cap. Cav. António Lopo Machado do Carmo

Cap. Inf. Isidoro de Azevedo Gomes Coelho

Cap. Inf. António Afonso da Silva Vigário

Cap. Inf. Cirilo de Bismarck Freitas Soares

Cap.Inf. Francisco Xavier Pinheiro Torres de Meireles

Ten. Inf. Manuel Bernardino da Silva Carvalho Araújo

Cap. Pqd. Luís António Sampaio Tinoco de Faria

Alf. Inf. José Manuel Ribeiro Baptista

Cap. Inf. José Jerónimo da Silva Cravidão

Ten. Pil. Av. Manuel Malaquias de Oliveira

Alf. Inf. Augusto Manuel Casimiro Gamboa

Alf. Cav. Estevão Ferreira de Carvalho

Cap. Inf. Artur Manuel Carneiro Geraldes Nunes

Alf. Art. Henrique Ferreira de Almeida

Cap. Inf. Adelino Oliveira Nunes Duarte

Cap. Cav. Luís Filipe Rei Vilar

Maj. C.E.M. Raúl Ernesto Mesquita da Costa Passos Ramos

Maj. Inf. Alberto Fernando de Magalhães Sousa Osório

Maj. Art. Joaquim Pereira da Silva

Cap. Cav. Jaime Anselmo Alvim Faria Afonso

Cap. Inf. Fernando Assunção Silva

Cap. Art. Pedro Rodrigo Branco de Morais Santos

Ten. pil. Av. Cláudio Santos Pereira Ascenção

Ten. Pil. Av. Rui Fernando Movilla de Matos André

Ten. Cor. Pil. Av. José Fernando de Almeida Brito

Maj. Pil. Av. Fernando José dos Santos Castelo

Maj. Pqd. Manuel António Casmarrinho Lopes Morais

Cap. Pil. Av. António Caetano Abrantes

Cap. Pil. Av. Custódio Janeiro Santana

Cap. Pil.Av. António Figueiredo Rodrigues

Cap. inf. António Alberto Rita Bexiga

Cap. Pil. Av. Herminio da Silva Baptista

Maj. Inf. Jaime Frederico Mariz Alves Martins

Cap. Pil. Av. Hugo de Assunção Ventura

Ten. Cor. Art. Nuno Álvares Pereira

Ten. Pil. Av. Emilio José Alves Lourenço

Cap. Pqd. João Manuel da Costa Cordeiro

Cap. Pil. Av. Fernando Fernandes

Alf. Cav. Luís António Andrade Âmbar

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Guiné 63/74 - P2819: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (4): 1968-1973 (Fim) (A. Marques Lopes)

Guiné-Bissau > Região de Bafatá > 1 de Março de 2008 > O Rio Corubal, visto da margem direita, junto ao Saltinho... Neste rio (o único verdadeiro rio da Guiné, segundo dizia o Amílcar Cabral), morreram afogados 46 militares portugueses das CCAÇ 1790, CCAÇ 2405 e outras unidades, além de um civil guineense, no dia 6 de Fevereiro de 1969, na travessia junto ao Cheche, na sequência da evacuação de Madina do Boé (Op Mabecos Bravios). Nenhum dos corpos foi recuperado (1).

Quadro 7 - Guiné 1963/74: Militares portugueses metropolitanos, mortos por ferimentos em combate, doença, acidente ou outros motivos, e cujos corpos ficaram em cemitérios locais. Parte IV (Final): 1963/73, por trimestre. Mas nesta lista não se incluem os guineenses, ao serviço do Exército Português.

O total apurado (n=254) está longe de corresponder ou até aproximar-se sequer dos números de que habitualmente se fala: três vezes mais, por exemplo. Nem sequer chegamos, nem de loge nem de perto, aos 100 locais de enterramento de que habitualmente se fala (por exemplo, a comunicação social, a Liga dos Combatentes). É possível que esse número possa estar correcto, se tivermos em linha de conta os nossos soldados africanos.



Já que falamos dos nossos mortos (militares portugueses metropolitanos) que ficaram em terras da Guiné (uns insepultos, desintegrados por minas ou afogados nos traiçoeiros rios e braços de mar; outros enterrados, em cemitérios locais ou improvisados: Bissau, Nova Lamego, Bafatá, Bolama, Guidaje, Farim, Bambadinca, etc.) , e estamos a pensar em reabilitar e dignificar esses locais de enterramento, com o apoio do Governo da Guiné-Bissau, também era altura de fazermos um pouco de justiça aos guineenses que combateram e morreram ao nosso lado, dando a conhecer no mínimo os locais onde foram enterrados. Nalguns casos, a sua tabanca de nascimento. Estou-me a lembrar, por exemplo, do 1º morto da CCAÇ 12, o soldado Iero Jau, que foi enterrado com honras militares na sua terra, de cujo nome já ninguém se lembra (2). Muitos outros terão ficado nos sítios (ou perto) onde morreram.

Nesta lista não constam elementos de outros ramos das Forças Armadas, para além do exército. Não consta ninguém da Marinha nem da Força Aérea. Não constam, por exemplo, os três camaradas nossos, pára-quedistas, da CCP 121/BCP 12 (1972/74) que morreram na sequência da emboscada do PAIGC em 23 de Maio de 1973, na tristemente famosa bolanha do Cufeu. Eram eles, o Manuel da Silva Peixoto, de 22 anos, natural de Vila do Conde; o José de Jesus Lourenço, de 19 anos, natural de Cantanhede; e o António das Neves Vitoriano, de 21 anos, natural de Castro Verde. Os três ficaram sepultados em Guidaje.

Enfim, esta lista parece-nos estar incompleta ou ter lacunas grosseiras: por exemplo, dela ta´mbém não constam os três camaradas da CART 3494 / BART 3873, que, saídos do Xime para o Mato Cão, em Sintex, foram apanhados pelo macaréu, tendo desaparecido ou morrido, em 10 de Agosto de 1972: Soldado Abraão Moreira Rosa (desaparecido), Soldado José Maria da Silva e Sousa (natura de Famalicão, morto, sepultado em Bambadinca) e Soldado Manuel Salgado Antunes (desaparecido). Os três eram camaradas do nosso tertuliano nº 2, o Sousa de Castro.

Quadro 8 – Guiné 1963/74: Distribuição, por cemitério, dos corpos dos militares portugueses metropolitanos, mortos por ferimentos em combate, doença, acidente ou outros motivos, e cujos corpos foram enterrados em cemitérios locais. Parte IV (Final): 1963/1973 (n=254).

O cemitério de Bissau (n=106) representava 41,7% do total (n=254), seguido à distância pelo cemitérios de Nova Lamego (n=17), Bafatá (n=15), Bolama (n=11), Guidaje (n=6), Farim (n=4), Bambadinca (n=3), Fulacunda (n=2) e Catió (n=2). Cerca de 31,5% dos corpos (n=80) não tinham sido recuperados.

Outros locais de enterramento (n=8), com um sepultura cada: Aldeia Formosa, Bedanda, Binta, Buba, Cacine, Ilha das Galinhas, Conacri e ainda um local desconhecido.


Imagens e legendas: ©
Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados.


Aqueles que nem no caixão regressaram - Parte IV (Final)
(Organização por ordem cronológica da data de morte: A. Marques Lopes, Cor DFA, Ref) (Continuação) (2)


NOME e POSTO / UNIDADE / DATA da MORTE / LOCAL da MORTE / CAUSA da MORTE NATURALIDADE / LOCAL DA SEPULTURA


Manuel Nunes dos Reis Cardoso, Furriel/ Pel Mort 1208 / 03.02.68 / Rio Feniqué / Afogamento / Oliveira do Bairro / Corpo não recuperado.

Eduardo Guilherme Teixeira Monteiro, Alferes / CArt 1612 / 15.05.68 / Itinerário Aldeia Formosa-Guilege / Ferimentos em combate / Caala, Angola / Corpo não recuperado.

Abel Gomes Simões, Furriel / CCaç 2317 / 04.08.68 / Change Iaia/ Ferimentos em combate/ Seixo, Montenor-o-Velho / Cemitério de Bissau, Guiné.

Eduardo da Costa Pacheco, Soldado / CCaç 2317 / 04.08.68 / Change Iaia / Ferimentos em combate / Frazão, Paços de Ferreira / Cemitério de Bissau, Guiné.

Luís dos Santos Marques, Soldado / CArt 1690 / 20.12.68 / Conakry (Guiné-Conakry / Doença / Serra Verde, Aguiar da Beira / Cemitério de Conakry.


Albertini Silva Mendes, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / São Lourenço de Sande, Guimarães / Corpo não recuperado (5)

Alfredo António Rocha Guedes, 1.º Cabo / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Vila Justa, Mesão Frio / Corpo não recuperado.

Américo Alberto Dias Saraiva, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / S. Sebastião da Pedreira, Lisboa / Corpo não recuperado.

Aníbal Jorge da Costa, Soldado CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Rossas, Vieira do Minho Corpo não recuperado.

António Domingues do Nascimento, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Santa Maria, Trancoso / Corpo não recuperado.

António Jesus Silva, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Arazedo, Montemor-o-Velho / Corpo não recuperado.

António Marques Faria, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Tellhado, Vila Nova de Famalicão / Corpo não recuperado.

António dos Santos Lobo, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Favaios do Douro, Alijó / Corpo não recuperado.

António dos Santos Marques, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Corpo não recuperado.

António Martins de Oliveira, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Rio Tinto, Gondomar / Corpo não recuperado.

Augusto Caril Correia, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Santa Cruz, Coimbra / Corpo não recuperado.

Augusto Maria Gamito, 1º Cabo / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / São Francisco da Serra, Santiago do Cacém / Corpo não recuperado.

Avelino Madail de Almeida, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Glória, Aveiro / Corpo não recuperado.

Carlos Augusto da Rocha, Furriel / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Angústias, Horta, Açores / Corpo não recuperado.

José da Silva Góis, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Meãs do Campo, Montemor-o-Novo / Corpo não recuperado.

José da Silva Marques, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Marmeleira, Mortágua / Corpo não recuperado.

José de Almeida Mateus, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Santa Comba Dão / Corpo não recuperado.

Celestino Gonçalves de Sousa, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Poiares, Ponte de Lima / Corpo não recuperado.

David Pacheco de Sousa, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69/ Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Lastosa, Lousada / Corpo não recuperado.

Francisco da Cruz, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Leboção, Valpaços /Corpo não recuperado.

Francisco de Jesus Gonçalves Ferreira, 1.º Cabo / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Tortosendo, Covilhã / Corpo não recuperado.

Gregótio dos Santos Corvelo Rebelo, Furriel / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Angra do Heroísmo, Terveira, Açores / Corpo não recuperado.

Joaquim Nunes de Alcobia, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal/ Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Igreja Nova, Ferreira do Zêzere/ Corpo não recuperado.

Joaquim Rita Coutinho, 1º Cabo / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Samora Correia, Benavente / Corpo não recuperado.

Joel dos Santos Silva, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Guisande, Vila da Feira / Corpo não recuperado.

José Antunes Claudino, 1.º Cabo / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Alcanhões, Santarém / Corpo não recuperado.

José Bento Pacheco Aveiro, Soldado / CCaç 2444 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Nordeste, São Miguel, Açores / Corpo não recuperado.

José da Silva Coelho, Soldado / CCaç 1790 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Recarei, Paredes / Corpo não recuperado.

José Fernando Alves Gomes, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Carvalhosa, Paços de Ferreira / Corpo não recuperado.

José Ferreira Martins, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Pousada de Saramagos, Vila Nova de Famalicão / Corpo não recuperado.

José Loureiro, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / São João do Fontouro, Resende / Corpo não recuperado.

José Maria Leal de Barros, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Vilela, Paredes / Corpo não recuperado.

José Pereira Simão, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Salzedas, Tarouca / Corpo não recuperado.

José Simões Correia de Araújo, 1.º Cabo / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Telhado, Vila Nova de Famalicão / Corpo não recuperado.

Laurentino dos Santos Pessoa, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Sonim, Valpaços / Corpo não recuperado.

Luís Francisco da Conceição Jóia, 1.º Cabo / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Alvor, Portimão / Corpo não recuperado /

Manuel Amaral Carreiro, Furriel / CCaç 2444 / 06.02.69 / Estrada Cacheu / Bachile / Morte por ferimentos em combate / Sepultado no Cemitério Municipal de São Joaquim - Ponta Delgada. (Ver comentário)

Manuel António da Cunha Fernandes, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Arão, Valença do Minho / Corpo não recuperado.

Manuel Brás Catanho Ribeiro, 1.º Cabo / CCaç 2446 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Ribeira Seca, Machico, Madeira / Corpo não recuperado.

Manuel da Conceição Silva Ferreira, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Santarém / Corpo não recuperado.

Manuel dos Santos Costa Almeida, Soldado / CCaç 2444 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Arrifes, Ponta Delgada, Açores /Corpo não recuperado.

Manuel da Silva Pereira, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Penude, Lamego / Corpo não recuperado.

Octávio Augusto Barreira, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Soçães, Mirandela / Corpo não recuperado.

Ricardo Pereira da Silva, Soldado / CCaç 1790 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Serzedelo, Vila Nova de Gaia / Corpo não recuperado.

Valentim Pinto Faria, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Valedigem, Lamego / Corpo não recuperado.

Vitor Manuel de Oliveira Neto, Soldado / CCaç 2405 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Buarcos, Figueira da Foz / Corpo não recuperado,

José António Martins Nogueira, 1.º Cabo / Comp de Transmissões / 23.07.69 / Rio Cacine / Afogamento / Vandoma, Paredes / Corpo não recuperado.

Manuel José Machado da Silva, Soldado / CArt 1612 / 23.07.69 / Conakry / Doença / Parada de Monteiros, Vila Pouca de Aguiar / Desconhecido.

António Manuel Soares de Resendes, Soldado / CCaç 2527 / 27.07.69 / Sambuiá / Ferimentos em combate/ São Pedro, Vila do Porto / Corpo não recuperado.

Carlos da Mata Lima, 1.º Cabo / CCaç 2366 / 21.09.69 / HM241, Bissau / Doença 0/ Ilha de Santo Antão, Cabo Verde / Cemitério de Bissau, Guiné.

José Bernardo Andrade da Silva, Soldado / CCaç 2529 / 07.11.69 / Rio Cacheu / Afogamento / Campanário,Ribeira Brava, Madeira / Corpo não recuperado.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > Campa do José Maria da Silva e Sousa, natural de Vila Nova de Famalicão, que morreu afogado no Rio Geba, em 10 de Agosto de 1972, na sequência de uma acção de patrulhamento ao Mato Cão. Era soldado da CART 3494, pertencente ao BART 3873.
Este batalhão, sedeado com a respectiva CCS em Bambadinca (1972/74), tinha três unidades de quadrícula no Sector L1: CART 3493 (Mansambo, 1972/1973); CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974); CART 3492 (Xitole, 1972/74).
Esta campa foi mostrada, completamente abandonada, num vídeo da RTP (Dor Adormecida), do programa Em Reportagem, de 20 de Setembro de 2006. Imagens que na altura nos chocaram a todos. O José Maria da Silva e Sousa é um dos nossos camaradas que não consta da lista que hoje publicamos. E os outros dois militares da CART 3494, cujos corpos não foram recuperados.
Os três eram camaradas do nosso tertuliano nº 2, o Sousa de Castro (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista da CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo , 1972/74).
Foto: © Sousa de Castro (2007). Direitos reservados.

1970, 1972, 1973
Manuel Santos Andrade, 1.º Cabo / CCaç 2701 / 09.08.70 / Saltinho / Afogamento / Paialvo, Tomar / Corpo não recuperado.

Vitor Manuel Teixeira Queiroz, Soldado / CArt 3417 / 13.01.72 / Rio Cacheu / Afogamento / Feitoria, Madalena, Amarante / Corpo não recuperado.

Jaime Frederico Mariz, Major / COP3 / 06.04.73 / Bigene, avião abatido / Ferimentos em combate / Amadora, Oeiras / Corpo não recuperado.

António Júlio Carvalho Redondo, Soldado / 3.ª CCaç / 09.05.73 / Itinerário Guidage-Binta / Ferimentos em combate / Vreia de Jales, Vila Pouca de Aguiar / Corpo não recuperado.

Manuel Maria Rodrigues Geraldes, Soldado / 2.ª Comp. do BCaç 4512/72 / 10.05.73 / Guidage / Ferimentos em combate / Vale de Algoso, Vimioso / Quartel de Guidage, Guiné.

Gabriel Ferreira Telo, 1.º Cabo / CCaç 3518 / 25.05.73 / Guidage / Ferimentos em combate / Paúl do Mar, Calheita, Madeira / Cemitério de Guidage, Guiné.

José Nunes Ferreira, Soldado / CCaç 3518 / 25.05.73 / Guidage / Ferimentos em combate / Câmara de Lobos, Madeira / Cemitério de Guidage, Guiné.

Jorge de Andrade Gonçalves, Soldado / CCaç 3518 / 25.05.73 / Guidage / Ferimentos em combate / Campanário, Ribeira Brava, Madeira / Cemitério de Guidage, Guiné.

José Carlos Moreira Machado, Furriel / CCaç 3518 / 25.05.73 / Guidage / Ferimentos em combate / Ervões, Valpaços / Cemitério de Guidage, Guiné.

António Luís Fernandes, Soldado / Pel Intendência / 26.05.73 / Ilha das Galinhas / Afogamento / Orvalho, Oleiros / Cemitério da Ilha das Galinhas, Guiné.

António Santos Gerónimo Fernandes, Furriel / CCaç 19 / 26.05.73 / Guidage / Ferimentos em combate / Carção, Vimioso / Cemitério de Guidage, Guiné.


Fonte: Tomo II, Guiné - Livro 2, do 8º Volume, Mortos em Campanha, da autoria de CECA - Comissão para o Estudo das Campanhas de África. Editado em 2001 pelo Estado Maior do Exército. Desta lista não constam os naturais da Guiné, ao serviço do exército português, nem eventualmente militares dos outros ramos das FAP: Marinha e Força Aérea. (4)


__________

Notas de L.G.:

(1) Sobre o desastre do Cheche, no Rio Corubal, no âmbito da Operação Mabecos Bravios, e sobre Madina do Boé, vd. os postes publicados no nosso blogue (1ª e 2ª série). Há ainda uma depoimento do Brigadeiro Hélio Felgas, a publicar em breve, e que nos chegou às mãos por intermédio do Paulo Raposo, ex-Alf Mil da CCAÇ 2405.

17 de Julho de 2005 > Guiné 69/71 - CIX: Antologia (7): Os bravos de Madina do Boé (CCAÇ 1790)

2 de Agosto de 2005 > Guiné 63/74 - CXXXIII: O desastre de Cheche, na retirada de Madina do Boé (5 de Fevereiro de 1969)

8 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXXX: A retirada de Madina do Boé (José Martins)

3 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCV: Madina do Boé: 37º aniversário do desastre de Cheche (José Martins)

12 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DXXVI: O desastre do Cheche: a verdade a que os mortos e os vivos têm direito (Rui Felício, CCAÇ 2405)

7 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P853: O meu testemunho (Paulo Raposo, CCAÇ 2405, 1968/70) (10): A retirada de Madina do Boé

18 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1292: Madina do Boé: contributos para a sua história (José Martins) (Parte I)

15 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1370: Madina do Boé: contributos para a sua história (José Martins) (Parte II)

21 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1388: Madina do Boé: contributos para a sua história (José Martins) (III parte)

(2) Vd. posts de:

30 de Outubro de 2007> Guiné 63/74 - P2231: Blogoterapia (34) : Os Ieros Jaus que trouxemos na nossa memória pisada (José Morais)

14 de Outubro de 2005 > Guiné 63/74 - CCXLII: A galeria dos meus heróis (2): Iero Jau (Luís Graça)

8 de Agosto de 2005 > Guiné 63/74 - CXLVI: Setembro/69 (Parte I) - Op Pato Rufia ou o primeiro golpe de mão da CCAÇ 12

(3) Vd. postes anteriores desta série:

28 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2799: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (1): De 1963 a 1964 (A. Marques Lopes)

30 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2802: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (2): 1965 (A. Marques Lopes)

5 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2811: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (3): De 1966 a 1967 (A. Marques Lopes)

(4) Sobre este dossiê (ainda doloroso...) dos nossos camaradas que nem no caixão regressaram, para usar uma feliz (porque inspirada) expressão do A. Marques Lopes, já publicámos inúmeros postes. Citam-se alguns:

22 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2785: Ninguém Fica Para Trás: Grande Reportagem SIC/Visão (3): Sabemos ao menos quem foram e onde estão ? (Luís Graça)

26 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2687: Cemitério militar de Bissau: homenageando os nossos 350 soldados, uma parte dos quais desconhecidos (Nuno Rubim)

22 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2672: De Guidaje para Bissau, trinta e cinco anos depois (Diário de Coimbra / Carlos Marques dos Santos)

4 de Agosto de 2007 >Guiné 63/74 - P2026: Antologia (61): Rumo a Fulacunda: uma estória que ficou por contar ou a tragédia das CCAÇ 1420 e 1423 (Rui Ferreira)

19 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1676: Vivo ou morto, procura-se o Soldado Mateus, da CCAV 1484, natural da Lourinhã (Benito Neves)

2 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1488: Vídeos (1): Reportagem da RTP sobre os talhões e cemitérios militares no Ultramar (Jorge Santos)

28 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1468: Mortos que o Império teceu e não contabilizou (A. Marques Lopes)

22 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1453: Ninguém fica para trás: uma nobre missão do nosso camarada ex-paraquedista Manuel Rebocho

25 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1212: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (1): A morte do Lourenço, do Victoriano e do Peixoto

9 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1260: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (2): o dia mais triste da minha vida

26 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1117: Reabilitação de talhões e cemitérios militares nas antigas colónias (Jorge Santos)

23 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1108: Cemitérios militares: chocado com o programa da RTP1 (Paulo Santiago)

23 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1106: A ubiquidade dos nossos mortos (Zélia Neno)

21 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1099: O cemitério militar de Guidaje (Manuel Rebocho, paraquedista)

20 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1093: Programa da RTP1, hoje, às 21h, sobre as campas abandonadas dos nossos mortos (José Martins)

28 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P919: Vamos trasladar os restos mortais dos nossos camaradas, enterrados em Guidage, em Maio de 1973 (Manuel Rebocho)

30 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCCXIX: Do Porto a Bissau (23): Os restos mais dolorosos do resto do Império (A. Marques Lopes).