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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7745: Tabanca Grande (265): José Figueiral, ex-Alf Mil da CCAÇ 6 (Bedanda, 1970/72)

1. Mensagem de José Figueiral, ex-Alf Mil da CCÇ 6, Bedanda, 1970/72, com data de 6 de Fevereiro de 2011:

Amigo Luís Graça,

Soube da Tabanca Grande, foi grande a minha emoção ao rever tantos amigos da "guerra" nas fotografias e aqui estou a apresentar-me:

José Conde Figueiral, antigo Alf Mil de Infantaria na CCAÇ6, em Bedanda, desde 29 de Dezembro de 1970 a 4 de Novembro de 1972.

Entre outros amigos, que nunca mais vi, menciono o Cap Cav Ayala Botto (bom militar e bom homem, a quem substituí no comando da CCAÇ6, quando foi chamado para Ajudante de Campo do General Spínola), Alf Médicos Amaral Bernardo e Mário Bravo, Alferes Silva, Borges, Teixeira, Carvalho, Rocha (o dos obuses) e outros de que me não lembro o nome.

Resido em Viseu, onde fui Prof. Ensino Secundário, estando aposentado desde Agosto de 2010.

Tenho muitas fotos, mas sou "periquito" nestas coisas dos blogues.

Hoje envio só algumas (tive de pedir ajuda), mas, em breve, enviarei outras.


Nesta foto, por ser diferente a farda, identifico, da esquerda para a direita, Alf Mil Figueiral, Médico Amaral Bernardo (que me coseu o nariz e também é de Viseu), Cap Ayala Botto, não me lembro do nome do seguinte, Alf Mil Rocha (Artilharia) e Alf Mil Silva.

Digam lá se esta farda não era mais catita!


O Alf Mil Médico Mário Bravo e Alf Mil Figueiral com o pelotão de juvenis.


O Médico Mário Bravo parece não estar a gostar da minha brincadeira!


Os Alf Mil Borges e Figueiral, depois de um patrulhamento nas bolanhas. É caso para dizer que nos chegava aos... calções!



Da esquerda para a direita, identifico o Cap Gastão Silva, a quem entreguei o comando da CCAÇ 6, o "homem grande", Alf Mil Teixeira (de cócoras). Do lado direito para a esquerda, estão o Médico Pignateli, Alf Mil Baltasar (que é de Esposende) e Alf Mil Figueiral.


Um abraço,
José Conde Figueiral


2. Comentário de CV:

Caro José Figueiral, muito obrigado pela tua adesão à nossa Tabanca Grande. Estás formalmente apresentado, pelo que a partir de hoje tens mais uma preocupação que é ler e participar na feitura do nosso Blogue.

Parece que há um movimento pró-Bedanda, tal o número de camaradas que se vão contactando através da internete. Aproveita a onda, manda as tuas fotos para publicação e conta as tuas histórias.

Referes algumas dificuldades na informática, mas com um pouco de treino ficas mestre em pouco tempo.

Uma vez que resides na linda cidade do Viriato, esperamos vir a conhecer-te pessoalmente em Monte Real no próximo Encontro da Tertúlia.

Até lá fica com um abraço virtual de boas-vindas que te envio em nome da tertúlia e dos editores.

O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
____________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 2 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7709: O Nosso Livro de Visitas (105): José Figueiral, ex-Alf Mil da CCAÇ 6 (Bedanda)

Vd. último poste da série de 6 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7735: Tabanca Grande (264): António Cunha, ex-1.º Cabo da CCAÇ 763 “Os Lassas” – Cufar 1965/66 (Mário Fitas/António Cunha)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7709: O Nosso Livro de Visitas (105): José Figueiral, ex-Alf Mil da CCAÇ 6 (Bedanda)

1. Mensagem do nosso camarada José Figueiral, com data de 29 de Janeiro de 2011, dirigida ao nosso Blogue:

Caro amigo,
Sou o Alf Mil Figueiral (não Figueiras, como aparece por vezes), que aparece em várias fotografias enviadas pelos antigos camaradas de Bedanda, onde estive desde Dezembro de 1970 a Novembro de 1972.

Soube deste blogue através dum amigo e gostava de saber como proceder para me dar a conhecer e enviar fotos.

Vivo em Viseu e o meu mail é jcondefigueiral@gmail.com.

Um abraço.

Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72>  Da esquerda para a direita, Alf Mil Borges, Cap Ayala, Alf Mil Silva (artilheiro) e Alf Mil Figueiral

Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72> Os Alferes Mil Borges, Mário Bravo e José Figueiral


2. No mesmo dia o nosso tertuliano e camarada Mário Bravo, ex-Alf Mil Médico que esteve também em Bedanda, enviava-nos a seguinte mensagem:

Meus Amigos
Boa Noite
Acabei de falar, via telemóvel, com o Figueiral, ex-Alf Mil em Bedanda.

Que emoção tão forte senti. !!

Foi um momento de grande alegria, só possível, pelo facto de existir um grupo de CAMARIGOS (Luis Graça, Carlos Vinhal e todos os OUTROS ), que têm vindo a demonstrar um espírito de companheirismo fora do vulgar.

Por estas razões e mais uma vez, tenho que VOS elogiar, pedindo desculpa pela não referência a todos aqueles que gerem este blogue.

Continuem, porque fazem falta e por isso aí vai um conselho - NÃO DESISTAM POR FAVOR.


3. Comentário de Carlos Vinhal

Caros camaradas Mário Bravo e José Figueiral,
Também é por vós que diariamente aqui dedicamos umas horas da nossa vida. É agradável contribuir de algum modo para o reencontro de velhos camaradas, separados pelos afazeres durante tento tempo, sem que tenha esmorecido o sentimento de camaradagem criado nas circunstâncias de guerra e mantido em estado latente até à explosão do reencontro.

Um agradecimento ao Mário Bravo pelas suas palavras de incentivo, que registamos com alguma vaidade.

Caro Figueiral, teremos, como é óbvio, o maior prazer em que faças parte da nossa Tabanca Grande, pelo que terás de cumprir as regras de admissão, bastante exigentes, diga-se de passagem.

Assim, mandarás, por favor, uma foto actual e outra dos gloriosos tempos em que éramos mais novos, fardadinho da silva, já que estamos numa caserna militar virtual, tipo passe de preferência e em formato JPEG. Informa-nos da tua data de ida e volta da Guiné. Embora saibamos quase tudo sobre Bedanda, queremos conhecer o teu ponto de vista quanto à actuação da tua Unidade no tempo em que fizeste parte dela. Vais-nos contar também as tuas próprias histórias, acompanhadas pelas fotos que guardas religiosamente e que finalmente vão ver a luz do dia através da blogosfera. O nosso interesse é que os tertulianos tenham uma colaboração o mais activa possível, enviando as suas histórias e/ou comentando os postes publicados.

Posto isto, ficamos à espera do teu próximo contacto para te apresentarmos formalmente à tertúlia.

Em meu nome pessoal e no dos restantes editores, envio-te um fraterno abraço.
Carlos Vinhal
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 16 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7451: O Nosso Livro de Visitas (104): Camaradas da Guiné (Domingos Santos)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7756: (Ex)citações (129): Os nossos médicos Mário Bravo e Amaral Bernardo saúdam a entrada, na Tabanca Grande, do José Figueiral (... e o regresso à família de Bedanda)



Guiné > Região de Tombali > CCAÇ 6 &gt > Carnaval, 1971 (?) > "Da esquerda para a direita, Alf Mil Figueiral, Médico Amaral Bernardo (que me coseu o nariz e também é de Viseu), Cap Ayala Botto, não me lembro do nome do seguinte, Alf Mil Rocha (Artilharia) e Alf Mil Silva"...


Foto (e legenda): © José Figueiral (2011). Todos os direitos reservados.







Guiné > Região de Tombali > CCAÇ 6 > s/d > Regresso do Cap Ayala Botto, de férias: é o primeiro, sentado à direita; o Alf Mil Médico Amaral Bernardo está de de pé junto ao Seco, em traje tradicional; do lado esquerdo está o Alf Mil José Figueiral;  falta identificar o alferes que está no meio, sentado...


Foto: © Amaral Bernardo (2007). Todos os direitos reservados.








Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72> O Alf Mil Médico, Mário Bravo, à direita; e o Tenente Miliciano Capelão Mário Oliveira, CCS/BCAÇ 2930 (Catió, 1970-1972).

Foto: © Mário Bravo (2007). Todos os direitos reservados





1. Mensagem (8 de Fevereiro, 23h15) do Mário Bravo, ex-Alf Mil Médico, que passou por Bedanda, pela CCAÇ 6, entre Dezembro de 1971 e Março de 1972 (,ficando o resto da comissão no HM 241, em Bissau), em resposta a uma anterior mensagem do seu e nosso camarada José Figueiral (Amigo Mário Bravo, já me apresentei na Tabanca Grande,que podes consultar.Tenho mais fotos em que apareces,mas ficam para a próxima vez. Um abraço. Figueiral)


Meu Amigo Figueiral:

É sempre com muita emoção que recebo notícias daqueles que sofreram comigo as agruras da vida difícil dessas paragens de Bedanda.

Mas acho que temos obrigação de transmitir às próximas gerações o que nos inundava a alma.

Temos "boas recordações e laços de amizade " que perduram e faço votos que continuarão a durar.

Manda fotos. Já recebeste notícias do Amaral ? Boa noite e vou dormir.


Cumprimenta


Mário Bravo

2.  Comentário de Amaral Bernardo (ex-Alf Mil Med, CCS do BCAÇ 2930, Catió, 1970/72,  e  CCAÇ 6, Bendanda, 1971) ao poste  P7745


É com alegria e, porque não, com emoção que te contacto, Figueiral!... Afinal vivi integrado numa família a que ambos pertencíamos durante "muito tempo". Foram 11 meses... 


Embora frequentasse algumas "estâncias de turismo" da região (Gadamael, Guilege e,  no 1º mes da comissão, Cacine), foi a CCAÇ6 (AUT VINCERE AUT MORI, lembras-te?) (*),  em Bedanda, que foi a minha Companhia. 


Da fotografia, que também tenho, encontro-me com o PUM!PUM!BAlDÉ  que atirava supositórios de 50kg - o Rocha -, com o Mário Bravo que me substituiu e com o Mário de Oliveira (ex-padre) (**).


Essa foto é de um Carnaval que deu muito que falar nos mentideros  da ALTA SOCIEDADE local. E,de facto, ainda hoje acho que estávamos muito in


Por agora ...basta.


Aguardo contacto, por aqui ou...967070758 / 915676614 / 917745306(93)


Abraço rijo. Fico à espera para "partir mantanha".


Amaral Bernardo

PS - De 1997 até 2004 andei na Guiné a fazer pos-graduação a médicos locais (concurso do Banco Mundial ganho pelo ICBAS - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, do Porto).


____________


Notas de L.G.:


Último poste da série > 7 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7738: (Ex)citações (128): Coisas mais importantes da vida do que a questão do sexo dos anjos (José Brás)


(*) Vencer ou morrer (em latim)


(**) 29 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1471: O tenente miliciano capelão Mário Oliveira, Catió. BCAÇ 2930 (Amaral Bernardo)


(...) O Mário de Oliveira que está com o Mário Bravo  não tem nada a ver com o Padre Mário de Oliveira da Lixa. É o capelão da CCS do BCAÇ 2930, sediada em Catió, sede do batalhão, a que ambos pertencemos: (i) embarque no Carvalho de Araujo, que ardeu no caminho; (ii) chegada a Bissau em 4 de Dezembro de 1970; (iii) e regresso em 14 de Outubro de 1972.

O Mário de Oliveira é meu afilhado de casamento!... O Mário Bravo foi-me render a Bedanda (onde estive 13 meses com o capitão Ayala Botto, que cumprimento). Fiz também Guileje com o famosíssimo Cap Parracho que cumprimento também, e Gadamael com o Cap Silva, das Operações Especiais, a quem tive que passar a certidão de óbito por morte em combate, e que recordo com muita saudade (Gadamael era o pior buraco do sul; a companhia que então lá estava teve que ser evacuada para Bissau por minha recomendação). Só voltei a ver o Mário Bravo há dias, aqui no hospital onde trabalho e lhe dei um abraço e o endereço do blogue. (...)



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7720: Memória dos lugares (131): Bedanda, CCAÇ 6 (1972/73): Eu, o José Figueiral, o Pinto de Carvalho, o Bastos (do Pel Art), um 2º tenente da Marinha e ainda o Seco Camará, na messe de oficiais (António Teixeira)



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) > Legenda: "Nesta foto está o Figueiral em frente (ao meio) de óculos escuros e a comer uma cabritada com a garrafa de Casal Garcia á frente. Eu estou do lado esquerdo da fota, com o frigorifico atrás de mim. De costas para a foto está o Pinto Carvalho. Do lado direito da foto, em primeiro plano está o Alferes Bastos, o homem do obus (Alf de Artilharia) e logo a seguir, portanto à esquerda do Figueiral está um segundo tenente de que não me recorda o nome. Era habitual haver um abastecimento via barco por mês e que vinha sempre escoltado pela Marinha, ficando o Oficial instalado lá no quartel [, em Bedanda, na margem esquerda do Rio Cumbijã]".


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) > Legenda: "Nesta outra foto estou eu e o Figueiral e lá atrás o Seco Camará, que era uma jóia de pessoa, e que trabalhava na messe de oficiais (se é assim que se pode chamar),  lá do quartel".

Fotos (e legendas): © António Teixeira (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


1. Mensagem de  António Teixeira, recentemente entrado para a nossa Tabanca Grande, ex-Alf Mil da CCAÇ 6 (Bendanda, 1972/73) [, foto à esquerda] (*)


Data: 30 de Janeiro de 2011 23:48
Assunto: Mais um


Boa Noite,  pessoal.


Hoje, mais uma alegria grande. Entrou em contacto comigo o ex-alferes Figueiral, que aparece aqui no Blog em várias fotos, assim como nestas duas que vos envio hoje, tiradas á hora da refeição no quartel em Bedanda.


Conheci o Figueiral no dia em que cheguei a Bedanda. Era ele quem estava a comandar a CCaç 6 na altura, pois o na altura Capitão Ayala Botto tinha sido requisitado para ajudante de campo do General Spínula.

E assim continuou durante uns tempos até a chegada do Capitão que o veio substituir, o Capitão Gastão Silva, que eu creio que Pinto Carvalho consegue o seu contacto.

Tenho imensas recordações com o Figueiral, lembrando-me bem duma operação em que passamos uma noite inteira perto do Nhai a inspecionar tudo o que era canoas que passavam no Ungarionol.

E é com enorme prazer ver que este grupo de Bedandenses continua a engrossar. Vamos lá tentar encontrar mais pessoal e tentar que o nosso reencontro seja uma realidade.
Um grande abraço para todos

António Teixeira (**)
________



Notas dos editores:


(*) 27 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7685: Tabanca Grande (262): António Teixeira, ex-Alf Mil, CCAÇ 3459/BCAÇ 3863 (Teixeira Pinto) e CCAÇ 6 (Bedanda), 1972/73


(**) Os mais recentes postes desta série, Memória dos lugares, publicados em 2011 >
 
1 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7702: Memória dos lugares (130): Banjara, destacamento a 45 km de Geba, CART 1690 / BART 1914, subunidade com um dos mais trágicos historiais do CTIG (1967/69) (A. Marques Lopes / Alfredo Reis)

31 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7700: Memória dos lugares (129): Ponta do Inglês no tempo da CART 1746 (Manuel Moreira)

28 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7691: Memória dos lugares (128): Foto da Antiga Administração de Gabú (ex-Nova Lamego) (Virgínio Briote/Rui Fernandes)

28 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7688: Memória dos lugares (127): A despedida de Bedanda, CCAÇ 6 (Dezembro de 1971/Março de 1972) (Mário Bravo, médico)

27 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7683: Memória dos lugares (126): Os meus camaradas da CCAÇ 6, em Bedanda (Dezembro de 1971 / Março de 1972) (Mário Bravo, ex-Alf Mil Med)

26 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7675: Memória dos lugares (125): Aldeia Fomosa (hoje, Quebo): em busca de fotos do Cherno Rachide, que morreu em 1973 (Pepito / Vasco da Gama)

24 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7665: Memória dos lugares (124): As visitas 'sanitárias' do Alf Mil Médico Mário Bravo (Bedanda, Dez 1971/Mar 72): Guileje, Gadamael, Cacine

23 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7656: Memória dos lugares (123): O Alf Mil Médico Mário Bravo em Bedanda, na CCAÇ 6 (Dezembro de 1971 / Março de 1972)

21 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7651: Memória dos lugares (122): Os Adidos (Belmiro Tavares)

18 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7635: Memória dos lugares (121): Bambadinca, ao tempo da Dona Violete da Silva Aires, a professora primária caboverdiana

15 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7619: Memória dos lugares (120): Bambadinca, ao tempo do Manuel Bastos Soares, ex-Fur Mil, CCAV 678 (1964/66), e da Dona Violete da Silva Aires, a professora primária cabo-verdiana

11 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7593: Memória dos lugares (119): Bedanda, do tempo da malta da CCAÇ 6: Alf Mil Médico Mário Bravo, Alf Mil Pinto Carvalho, Lopes, Borges, Silva, Figueiras... do 1º Cabo Azevedo, do Cap Ayala Botto (1971/72)... mas também do 1º Cabo Cripto Vasco Santos (1972/73)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8433: Convívios (352): Encontro de alguns elementos da CCAÇ 6, (Bedanda, 1971/73), no Almoço de Quarta-feira, dia 8 de Junho de 2011 da Tabanca de Matosinhos (Vasco Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Vasco Santos (ex-1º Cabo Op Cripto da CCAÇ 6 (Onças Negras), Bedanda, 1972/73), com data de 14 de Junho de 2011:

Caro Amigo Carlos,
Como te tinha informado, conseguimos reunir alguns amigos, que estiveram em Bedanda/Guiné, nos anos de 1971/1973.

Pena só agora estar a entrar em contacto contigo mas, acontece que tive a minha "geringonça" inoperacional.

Impossível será descrever as emoções sentidas, ao fim de 40 anos passados mas, foi um dia inolvidável.

Caso te seja possível publicar esta pequena missiva, gostaríamos de informar todos os Camaradas que estiveram em Bedanda, independentemente do ano que lá estiveram que, ficou "decretado" que nos iremos reunir, em Outubro, no centro do Pais, em data e hora a combinar. Todos os interessados poderão entrar em contacto, quer através de mim (vascosan@vodafone.pt ou vasco_lin@hotmail.com) ou através do nosso querido ex-Alf Mil Teixeira (toniteixeira@gmail.com).

Aproveito a oportunidade para enviar um abraço a todos os camaradas que estiveram presentes na Tabanca de Matosinhos, no passado dia 8 de Junho.

Os meus agradecimentos pela tua colaboração e, um abraço de amizade,
Vasco Santos
Ex-Op Crípto
Bedanda
1971/1973

Estandarte da CCAÇ 6 - "Onças Negras"

Da esquerda para direita: Ex-Fur Mil Vermelho, ex-Alf Mil Teixeira, ex-1º. Cabo Azevedo, ex-Alf  Mil Médico Dr. Mário Bravo, ex-Fur Mil Enf Dias, ex-Alf Mil Figueiral, ex-Fur Mil Ferreira, ex-Alf  Mil Médico Dr. Amaral Bernardo, Coronel Ayala Botto (Cmdt Cª. e ex-Ajudante de Campo  do Gen. Spinola) e, finalmente, eu, ex-1.º Cabo Op Crípto Vasco Santos.

Da esquerda para direita: Ex-Fur Mil Enf Dias, ex-1º. Cabo Azevedo e ex-Fur Mil Vermelho.

Da esquerda para direita: Ex-Alf  Mil Teixeira (segundo), ex-Alf Mil Médico Dr. Mário Bravo, Coronel Ayala Botto e Ex-Fur Mil Enf Dias.

Ex-Fur Mil Enf Dias, ex-Alf Mil Figueiral e ex-Alf Mil Médico Dr. Amaral Bernardo.

Coronel Ayala Botto e ex-Alf Mil Médico Dr. Amaral Bernardo.

Coronel Ayala Botto (centro mesa). À direita: ex-Alf Mil Médico Dr Amaral Bernardo, ex-Alf Mil Figueiral, ex-Fur Mil Enf Dias, ex-Fur Mil Art Ferreira e ex-1º.cabo Op Cripto Vasco. À esquerda (segundo plano): ex-Fur Mil Vermelho.

A partir da esquerda: ex-Alf Mil Teixeira, ex-Alf Mil Médico Dr. Mário Bravo. Ao centro: Coronel
Ayala Botto. À direita: ex-Alf Mil Médico Dr. Amaral Bernardo e ex-Alf Mil Figueiral.
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de15 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8427: Convívios (345): Pessoal da CCAÇ 16 - Manjacos - Dia 25 de Junho de 2011 em Almeirim (José Romão)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7778: Memória dos lugares (139): Bedanda no meu tempo (Rui Santos, ex-Alf Mil, Op Esp, 4ª CCAÇ, 1963/65)

1. Mensagem, do dia 12,  do nosso camarada Rui Santos (ex-Alf Mil, Op Esp, 4ª CCAÇ 1963/65), ao poste P7771 (*)

Caro António Teixeira:

Devo referir que devo ter sido dos primeiro a comentar BEDANDA [, que tem já meia centena de referências/marcadores no nosso blogue]. Estive nessa região que calcorrei a pé por bolanhas, subi o Unguariuol de canoa, ía quase todos os dias a Cobumba, onde estava um cais com rampa, onde atracavam os Navios da Marinha maiores, a escolta era apenas dentro desses transportes, uma a duas secções, comandadas por um ou dois sargentos

Fiz sózinho cerca de 56 Kmts pela mata do Cantanhês. Na 4ª CCaç eramos apenas 3 a 4 alferes e um capitão.  Estive nesses locais desde 20 de Setembro  de 1963 a Agosto de 1964, fui alferes e as povoações que o meu amigo fala são Amedalai lá no alto, a companhia estava para leste dessa, em frente da casa do Chefe de Posto, havia um destacamento comandado por um sargento e eu comandava o pelotão que aboletava em Bedanda propriamente dita,  a cerca de 700 metros  do "cais" no Unguariuol, a norte, e a sul, o campo de aviação.

Fui flagelado no meu pelotão pelo menos duas vezes por mês, quer via morteiro, quer de ataques directos, quer de canhão sem recuo (penso) e de uma metralhadora .50 [?].

Conheço a região palmo a palmo e penso actualmente nela como se lá estivesse, minei em volta do meu aquartelamento com cerca de 28 minas pessoais e anti-carro adaptadas a antipessoal com cordões de tropeçar e garrafões de 10 litros cheios de invólucros e gasolina por cima (o detonador superior desactivei-o), e bem camufladas em arbustos naturais.

Vejo no Google  e reparo que há muito mais moranças e os campos estão cultivados, mas meu amigo num dos seus primeiros comentários referiu que esteve numa operação nocturna no Unguariuol, junto do Nhai com o Figueiral a inspeccionar tudo o que era canoa.

Meu amigo, Nhai fica a cerca de 7 km (de mata) do riozito que, no local mais perto de Nhai, deve ter cerca de três metros de largo, deve ter-se por certo enganado.

O pequeno afluente do Cumbijã distava cerca de 800 mts das povoações de Incala; Rossum Hole; Caboxanque e mais duas aldeias que de momento não recordo o nome.

Pois, já tentei comunicar com o Figueiral via mail, mas "nepias"!

Gosto das suas fotos que acho magnificas, só tenho pena que no meu tempo só houvesse "caixotes" de fotografia.

Cumprimentos
Rui G. dos Santos
ex-alf-mil 


2. Comentário de José Figueral:



Que grande memória tens! Esqueceste-te de dizer que as batatas já chegavam sempre podres e,por isso,a ementa do almoço e jantar era sempre a mesma:bife de vaca com arroz,durante 2 anos.


O alferes do Pelotão era o Baltasar de Esposende. Vê se o descobres.

Abraço. José Figueiral

3. Novo comentário do Rui Santos:

Caro Figueiral,

Bem dito por quem ainda comia batatas pois nós houve uma altura que não tivemos reabastecimento e tivemos que comer bacalhau com arroz, arroz com bacalhau,e por aí fora durante 36 dias seguidos, o que vale é que gosto de bacalhau e ía porvezes caçar rolas e eu e os meus sargentos comiamos rolinhas fritas ao pequeno almoço.

Voltei apenas para rectificat que Caboxanque fica mais para sudoeste 12 a 15 Kmts em linha recta e queria-me referir a Contumbum.

Tenho uma boa memória, sim, senhor, obrigado!

Uma vez fomos reabastecidos via aérea, mas os pilotos tinham medo de aterrar com os Nordatlas (ou coisa parecida) e então faziam a pista no sentido oeste leste e deixavam cair as caixas com batatas, cebolas, couves, cenouras, etc e claro partiam-se todas quando caiam, e ai estamos todos á procura de alimentos em volta da pista.

Estou apto a responder a tudo o que tenha ocorrido no meu tempo nessa região!
Rui G.Santos 
_____________

Nota de L.G.:
 

sábado, 7 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12407: Tabanca Grande (412): Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, CCAÇ 3398 (Buba, 1971/72) e CCAÇ 6, Onças Negras (Bedanda, 1972/73), grã-tabanqueiro nº 633



Lourinhã > Atalaia > Porto das Barcas > 13 de agosto de 2010 > Natural do Cadaval, o Joaquim Pinto de Carvalho, ou simplesmente, Pinto de Carvalho, tem de há muito amigos e casa no concelho vizinho da Lourinhã. Esta foto foi tirada num convívio de amigos na sua casa do Porto das Barcas, sobranceira ao grande oceano Atlântico. Ele e a Céu são pessoas que gostam e sabem receber, com arte & (de)coração...Com uma filha arquitecta, meteram-se agora num projeto de turismo rural que está a ser um sucesso: Artvilla: Casas de Campo, no sopé da Serra de Montejunto, em Vila Nova, Vilar, Cadaval.

Foto (e legenda) © Luis Graça (2010). Todos os direitos reservados


Óbidos > 16 de Agosto de 2011 > O António Teixeira (1948-2013) e o Pinto Carvalho, uma grande amizade que vinha já da Guiné, e mais concretamente de Bedanda... Graças também ao nosso blogue, os bedandenses fizeram, ainda em 2011, o seu primeiro encontro, alargado.

Foto (e legenda) © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados.


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) > Legenda: "Nesta foto está o Figueiral em frente (ao meio) de óculos escuros e a comer uma cabritada com a garrafa de Casal Garcia á frente. Eu estou do lado esquerdo da fota, com o frigorifico atrás de mim. De costas para a foto está o Pinto Carvalho. Do lado direito da foto, em primeiro plano está o Alferes Bastos, o homem do obus (Alf de Artilharia) e logo a seguir, portanto à esquerda do Figueiral,  está um segundo tenente de que não me recorda o nome. Era habitual haver um abastecimento via barco por mês e que vinha sempre escoltado pela Marinha, ficando o Oficial instalado lá no quartel [, em Bedanda, na margem esquerda do Rio Cumbijã]"

Foto (e legenda): © António Teixeira (1948-2013) / Blogue Luís Graça & Caramadas da Guiné (2013). Todos os direitos reservados




Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) >  Ao centro, o Mário Bravo, ladeado pelo Figueiral (à sua direita) e o Pinto Carvalho (à sua esquerda)...

Estas duas fotos, a preto e branco, publicadas acima, são do meu amigo Pinto Carvalho,  que em 13/8/2010, me  autorizou a "violar" a sua privacidade em Bedanda, metendo o bedelho - e a máquina fotográfica - no seu álbum fotográfico do seu tempo de menino e moço.

Mostrei-as ao Mário Bravo e a outros camaradas bedandenes que não tiveram, na altura,  dificuldade em reconhecer o alf mil Pinto Carvalho, de estatura meã, magro, que usava bigode  e patilhas, às vezes barbas....

Foto: © Pinto Carvalho / Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1971/72) > Foto, sem legenda, do álbum do ex-alf mil Pinto Carvalho, hoje jurista, sendo especialista em direito laboral,...  O Pinto Carvalho é o primeiro do lado esquerdo da segunda fila, de pé.

No primeiro  plano, o segundo a contar da direita é o Mário Bravo, grande craque da bola e grande camarigo... Recorde-se que o Mário esteve em Bedanda, desde finais de 1971 até aos primeiros meses de 1972. A CCAÇ 6 era companhia baseada em soldados do recrutamento local, o seu pessoal metropolitano (incluindo quadros e especialistas) era de rendição individual.

 Estas duas fotos, a preto e branco, publicadas acima, são do meu amigo Pinto Carvalho,  que em 13/8/2010, me  autorizou a "violar" a sua privacidade em Bedanda, metendo o bedelho - e a máquina fotográfica - no seu álbum fotográfico do seu tempo de menino e moço.

Mostrei-as ao Mário Bravo e a outros camaradas bedandenses que não tiveram, na altura,  dificuldade em reconhecer o alf mil Pinto Carvalho, de estatura meã, magro, que usava bigode  e patilhas, às vezes barbas....
Foto: © Pinto Carvalho / Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados




Capa do jornal de caserna "O Seis do Cantanhez", criado e dirigido pelo Cap Gastão e Silva, da CCAÇ 6, tinha como redator-coordenador o alf mil Pinto Carvalho e, entre outros membros da redação, o saudoso alf mil António Teixeira (1948-2013).

Fonte: Cortesia da Biblioteca do Exército (2013)


1. Em  comentário, de 16/6/2012, ao poste P10033 (*), eu escrevi o seguinte:

O êxito do 2º encontro dos nossos camaradas bedandenses deve-se a dois pares de razões… Por um lado, às qualidades de comandante do António Teixeira (Tony, para os amigos), à sua capacidade de liderança motivacional e de organização, qualidades que eu topei logo quando o conheci, o verão passado, na Lourinhã, por intermédio de um amigo comum, o Pinto Carvalho, o mais lourinhanse dos cadavelenses que eu conheço…

O segundo par de razões, apresentou-as o próprio organizador, no início do seu relatório de mais esta operação “saudade”, levada a bom termo… Tem a ver a com o “bom irã” de Bedanda, essa terra mágica:

(,,,) “muitos dos presentes neste encontro não se conheciam, visto terem pisado naquele chão em alturas muito diferentes. Mas aquele chão, aquela terra, é mágica, e exerce sobre nós um poder fantástico, poder esse que nos move e nos transcende. Assim, e já depois do grande êxito que foi o nosso primeiro encontro, este ultrapassou todas as expectativas, conseguindo juntar 48 convivas, que por lá passaram entre 1963 e 1974. E nem o dia cinzento, com uma chuva miudinha à mistura, arrefeceu o nosso entusiasmo. Logo ao primeiro abraço era como se sempre nos tivéssemos conhecido”. (…)

 (...) A propósito, estou a tratar dos papéis para “legalizar” a presença do Pinto Carvalho na Tabanca Grande… Tem nada mais nada menos do que sete referências do nosso blogue, e ainda não consta da lista alfabéticas dos nossos mais de 560 grã-tabanqueiros! Imperdoável, mas o lapso é meu...

Tive pena de, mais uma vez, de não poder partilhar, ao vivo, as alegrias deste encontro de “bedandenses”… Mas prometo que à terceira é de vez, e que por nada deste mundo vou perder a sardinhada, marcada para Peniche, em Setembro, até por que vai ser organizada por um profissional de saúde, que eu conheço, se não me engano quando ele era diretor do centro de saúde de Peniche, no século passado… Agora, o que eu não sabia que ele era um grande camarada da Guiné e um ainda melhor bedandense (...).

Na realidade, só este ano, no passado dia 28 de setembro,  é que eu pude ir a ao convívio dos bedandenses, à tal sardinhada que, julgo eu, só nessa altura veio a ser concretizada. Infelizmente, já não pôde comparecer, por motivo de doença,  o nosso Tony. Na realidade, a primeira e última vez que o vi foi no verão de 2011, na Lourinhã, nuns dias maravilhosos que passamos juntos, vários casais de amigos. Um ano depois morria a Cindinha, sua esposa. E agora foi a vez de ele, Tony Teixeira, nos deixar... No poste em sua memória eu prometi:

"Tony, vais ficar aqui, junto dos nossos corações. Não te vamos esquecer, prometo! E o Joaquim Pinto Carvalho vai tomar o teu lugar, sob o poilão da nossa Tabanca Grande. Descansa em paz, meu "onça negra"! (LG)".

Chegou a  vez de eu, envergonhado pelo atraso,  cumprir a promessa que eu fiz ao Tony e que, no caso do Joaquim, era já uma ameaça que tinha quase 3 anos:  a de sentar mais um bedandense, e para mais meu amigo, à sombra do  poilão da Tabanca Grande. 

O Joaquim já devia cá estar pelo menos desde o dia 23/1/2011, aquando da entrada do Tony Teixeira. "Questões processuais" (que ele entende, até por que é advogado) impediram a sua entrada automática... Por outro lado, ele tem uma vida profissional muito ocupada e, em boa verdade, não é grande fã das redes sociais e dos blogues... Mas já cá está, finalmente: é o grã-tabanqueiro nº 633 (**). Trata-se apenas de reparar um lapso do editor...

PS - Durante um ano (1971/72), ele também foi alf mil at inf na CCAÇ 3398, em Buba. Quando regressou de férias, em meados de 1972, tinha "passaporte e bilhete marcados" para  Bedanda, sede ds africana CCAÇ 6.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9022: Convívios (385): Operação Bácoro Risonho - CCAÇ 6 e outras forças aquarteladas em Bedanda - levada a efeito no passado dia 5 de Novembro de 2011 (António Teixeira)

1. Mensagem do nosso camarada António Teixeira (ex-Alf Mil da CCAÇ 3459/BCAÇ 3863 - Teixeira Pinto, e CCAÇ 6 - Bedanda; 1971/73) com notícias sobre o I Encontro dos "Bedandenses" ocorrido no passado dia 5 de Novembro de 2011:




Finalmente, o dia tão esperado chegou... e vai ficar na memória por muito, muito tempo.





A Operação "Bácoro Risonho"*, que no fundo não era senão o reencontro dos "Onças Negras" correu às mil maravilhas e ultrapassou pelo menos, as minhas expectativas.

Gostaria de ter o dom da palavra, para poder reflectir aqui toda a alegria que senti, e toda a alegria e emoção que vi naqueles rostos. Foi indiscutivelmente um dia memorável.

Eram 23 os Onças Negras presentes, mais dois juniores, filhos legítimos de Bedandenses e como tal Bedandenses de 2.ª geração, que ficaram também maravilhados com toda aquela cumplicidade e amizade, que hoje em dia já começa a ser difícil encontrar.

E éramos só 23 porque se trata de uma Unidade muito especial. Estas CCaç's eram maioritariamente formadas por elementos locais, sendo os metropolitanos em muito pequeno número (creio que nunca ultrapassaram os 20 elementos), distribuídos essencialmente por quadros (oficiais e sargentos) e cabos especialistas (operadores cripto, enfermeiros, operadores de transmissões, artilheiros, SPM, etc). Claro que também gostaríamos muito de ver aqui os nossos queridos soldados, gente fantástica, a quem eu pelo menos devo muito, mas como todos sabem seria uma tarefa absolutamente impossível.

E alguns dos presentes neste (re)encontro nem tão pouco se conheciam, visto terem passado por lá em alturas diferentes. Mas há indiscutivelmente um elo muito forte que nos une... aquele chão.

E trocaram-se abraços, reviram-se velhas fotografias que todos quiseram levar, viram-se filmes sobre Bedanda e até houve quem levasse um diário com todas as peripécias do dia a dia naquele lugar.

Quero também aqui deixar uma palavra muito especial aqueles que por razões pessoais não puderam estar presentes fisicamente, mas estiveram em espírito, e foram por nós lembrados: o Rui Santos, o Bedandense mais antigo deste grupo, o Enfermeiro Dias (a quem desejamos um rápido restabelecimente), o Fragateiro, o Carlos Vinhal e o nosso muito querido Luís Graça, que foi o verdadeiro padrinho deste acontecimento.

Estamos a contar com vocês para o próximo.

Finalmente também um agradecimento à Pousada/Restaurante Portagem, que sobretudo nos recebeu com uma grande simpatia e um elevado profissionalismo, satisfazendo todas as nossas solicitações.

Mas melhor que as palavras, são as imagens.
Elas aqui ficam.

E já agora, os presentes nesta operação:
Ayala Botto, Mário Bravo, Nuno Ferreira, Amaral Bernardo, Pinto Carvalho, Dino, Hugo Ferreira, José Figueiral, Vasco Santos, José Vermelho, Carlos Azevedo, Aníbal Marques, Luís Nicolau, Jorge Pires, Licínio Cabeça, Cândido Monteiro, Fernando Carvalho, José Guerra, Lino Reis, Mário Oliveira, Fernando Sousa, Naia e António Teixeira.

A chegada e a alegria do reencontro

Lino Reis, Teixeira, Vasco e Luís Nicolau

Dr. Nuno Ferreira e Pires

Vermelho e Cândido Monteiro

Carlos Azevedo e Naia

Vermelho, Dr. Amaral Bernardo e Cândido

Hugo Ferreira, Fernando Sousa, Figueiral e Mário Bravo

Ayala Botto, Lino Reis, Amaral Bernardo e Figueiral

Amaral Bernardo, Mário Capelão e Lino Reis

O nosso Comandante Ayala Botto discursando

O Bolo comemorativo com o logotipo do nosso encontro (muito bem feito)
____________

Nota de CV:

Vd. poste de 15 de Outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8907: Convívios (374): Operação Bácoro Risonho: CCAÇ 6 e outras forças aquarteladas em Bedanda (António Teixeira / Mário Bravo)

Vd. último poste da série de 5 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8997: Convívios (377): Encontro da Magnífica Tabanca da Linha, dia 24 de Novembro de 2011 em Alcabideche (José Manuel M. Dinis)

domingo, 1 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18798: (Ex)citações (338): Quem não sabe beber, que beba m..., dizia um durão de Bambadinca... Mas, camaradas e amigos, era mesmo m... a famosa "água de Lisboa" que nos chegava aos nossos quartéis para matar a nossa dor e a nossa sede... (Luís Graça / Virgílio Teixeira)



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Núcleo Museológico Memória de Guiledje > Otubro de 2010 > Restos arqueológicos... uma garrafa de Bussaco (sumo de ananás ou laranja), marca que era (e ainda é) comercializada pela Sociedade de Refrigerantes Buçaco, Lda, empresa familiar fundada em 1921... Mas podia ser uma garrafa de vinho verde Casal Garcia, ao "ventre da guerra" não faltava anda do "uísque escocês" à "água de Lisboa"... Foto do nosso saudoso Pepito (1949-2012).

Foto (e legenda): © Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018). Todos os direitos reservados


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) > Legenda: "Nesta foto está o Figueiral em frente (ao meio) de óculos escuros e a comer uma cabritada com a garrafa de Casal Garcia à frente. Eu estou do lado esquerdo da foto, com o frigorífico atrás de mim. De costas para a foto está o Pinto Carvalho. Do lado direito da foto, em primeiro plano está o Alferes Bastos, o homem do obus (Alf de Artilharia) e logo a seguir, portanto à esquerda do Figueiral, está um segundo tenente de que não me recorda o nome. Era habitual haver um abastecimento via barco por mês e que vinha sempre escoltado pela Marinha, ficando o Oficial instalado lá no quartel [, em Bedanda, na margem esquerda do Rio Cumbijã]"

Foto (e legenda): © António Teixeira (1948-2013) / Blogue Luís Graça & Caramadas da Guiné (2013). Todos os direitos reservados



 1. Um camarada nosso, que passou como eu por Bambadinca,  era pouco ou nada tolerante para com as bedeiras... dos outros, sobretudo quando mexiam com a sua "área de conforto"...  Costumava ele comentar, com ar sarcástico, nessas ocasiões em que o deus Baco falava mais alto que os outros deuses todos do Olimpo:  "Quem não sabe beber, que beba... merda!"... 

O adágio ficou, e acho que se tornou um dos 10 anti-mandamentos  do bar de Sargentos de Bambadinca... (O primeiro devia ser, se bem me lembro: "O camelo só bebe de oito em oito dias,  não sejas camelo"...).  Afinal, aprendemos a "beber", e a beber com conta, peso e medida, nessa grande escola que foi a tropa e a guerra... em matérias de álcoois etílicos... (Claro que hoje o mandamento é outro, por razões de saúde: Não sejas burro, sê camelo, bebe muita água...).

Também não vou citar, por razões óbvias, o nome do meu querido camarada... até porque é meu amigo e vizinho... e faz parte do 'quadro de honra' da Tabanca Grande!... Mas por outro lado, se ele me ler, e como sei que ele tem sentido de humor, não me vai por certo levar a mal... Nem ele nem ninguém, incluindo os "meninos copos de leite" que também os havia, embora poucos, no meu tempo...

Cardinas, cadelas, carpantas, carapantas, carraspanas, pifos, pielas, tosgas, bezanas, narsas, bubas, borracheiras... afinal, quem não as/os apanhou?  Do sacristão ao capelão, do básico ao senhor major, do furriel ao capitão, do corneteiro ao escritas... quem não apanhou o seu "pifozito"? 

Pretextos não faltavam: o calor, a distância, as saudades, a depressão, a solidão, a camaradagem, a festa, a guerra, a morte... E meios para matar a sede e a dor também não faltavam, do uísque ao vinho do Porto, da "água de Lisboa" até ao "vinho de cana", mesmo intragável que este fosse  para o palato mais avariado do "tuga"...

Uma ressalva: nunca se bebia sozinho, ninguém apanhava cardinas sozinho, era tudo ao molhe e fé em Deus... Uma garrafa era para se partilhar... Uns aguentavam-se melhor do que outros, os "velhinhos" tinham mais treino ou mais manhas do que os "periquitos"... Primeira regra de oiro: nunca faças misturas... Enfim, são tudo histórias para contar... aos bisnetos, se a gente lá chegar aos netos e depois aos bisnetos...

Os nossos soldados fulas, que eram abstémios por prescrição da sua religião muçulmana, bem nos avisavam: "Eh, furriel, água de Lisboa, manga de cabeça grande"!... O que eles não sabiam era que a "água de Lisboa" que chegava aos rios e braços de mar da Guiné, do Geba ao Cacine, do Corubal ao Cacheu, era mesmo uma... "merda". Ou uma "zurrapa", uma palavra que continuamos usar para dizer vinho mau, estragado ou que sabe mal...

Não se sabe muito bem qual a origem da palavra, mas pode ser do castelhano... "Zurrapa" [s. f., quer dizer, segundo o dicionário de castelhano, "brizna o pequeña porción de materia que se halla en los líquidos y que poco a poco se va sentando y formando poso" (...): "el café está lleno de zurrapas"].

"Vinho a martelo", também se dizia na época... Estava na moda, quando regressei da Guiné, o "vinho a martelo", uma mistura hidroalcoólica que era depois "queimada" nas destilarias da região, às claras ou às escondidas...

Também se falava em "vinho batizado" com água do cais do Beato, no estuário do Tejo... Era ali que ficavam os grandes armazéns de conhecidos comerciantes de vinhos,  a granel, que terão feito belas  fortunas a mandar pipas de vinho marado para o preto e para o tuga...

Costuma-se, de resto, citar, com ou ou sem rigor histórico, um destes homens que fizeram fortuna no tempo em que beber vinho era dar de comer a um milhão de portugueses... Terá feito questão de lembrar, antes de morrer, aos herdeiros, filhos e netos, o segredo do sucesso da sua vida e dos seus negócios "Não se esqueçam, meus filhos, que das uvas também se faz vinho"... A história pode ser anedota, mas encerra uma verdade cruel...


2. Vinho de uvas, e bom... quem o bebeu na Guiné? Poucos, afinal, porque o bom era raro e caro... Mas temos aqui, no nosso blogue, alguns "expertos" nesta matéria... E que já aqui falaram há dias "de cátedra"sobre o tema (*)... 

Vamos lá recuperar alguns dos seus comentários, seria um pena "perdê-los" (**).

(i) Virgílio Teixeira:

(...) O que eu me lembro eram todas as bebidas alcoólicas, de todo o tipo até às mais caras, nem preciso de dizer os nomes pois era de tudo. O tabaco a mesma coisa, desde o Português Suave até ao Gitane e outras. Bebidas só me lembro das seguintes que eram misturadas com o álcool. Águas Perrier, Vichy, ambas francesas, e Castelo Portuguesa, para misturar com o Whisky. Depois a Tónica da Schweppes para o Gin, normalmente Gordon's.

Outras bebidas, tipo Fanta também me lembro, Laranjinha ou Laranjina C, Cocas, eu não era cliente destas bebidas doces. A laranjada Convento não me parece ter visto. Quase nem me lembro de que marca era a cerveja, normal ou bazuca, Sagres ou Cristal? Água apenas raramente bebia, só mesmo misturada com whisky e muito gelo.

Vinhos verdes também tinha, mas mandava vir para mim, de Bissau ou da Metrópole. Com isto fazia inveja e inimizades com os oficiais superiores que bebiam aquela zurrapa das pipas de vinho branco feito a martelo e misturadas com água do Rio Geba. Ninguém se embebedava com aquilo, além disso era servido 'ao quente'.

As latas de que falei de frutas da África do Sul, isso havia muita lata, mas não sei o nome de nenhuma marca, lamento. Estas latas, também nós a utilizávamos, como 'tipo chuveiro'. Na casa de banho, havia um bidão de 500 litros, do gasóleo, depois enchia-se diariamente de água que vinha dos camiões, como não havia sistema de chuveiro, utilizávamos estas latas de frutas para deitar pela cabeça abaixo e assim tomava-se o banho. Muito mais tarde inventou-se um sistema de os bidões ficarem por cima do telhado, uns tubos,  umas grelhas e uma torneira e lá tínhamos os chuveiros, um luxo. Só que no banho de fim de tarde era uma desilusão, a água saia muito quente, pois estava exposta ao sol, não servia. Então voltamos ao bidão no WC, para os banhos da tarde, e para os da manhã já servia o chuveiro, pois durante a noite não baixava mais do que 20º, talvez. Enfim, histórias. (...)

(ii) Tabanca Grande Luís Graça:

(...)" aquela zurrapa das pipas de vinho branco feito a martelo e misturadas com água do Rio Geba" (...). Dizes bem, Virgílio.

Foi na Guiné que eu, e muitos de nós, aprendemos a conhecer o "vinho verde branco"... Marcas como a Aveleda, as Três Marias, o Gatão, o Lagosta... eram muito procuradas. E eram caras, quase tanto como um garrafa de uísque novo... Aquela "trampa", gazeificada, fresca, sabia "pela vida"... E os otários pagavam 35 pesos por uma garrafa!... Um luxo!...

Ora, eu hoje suspeito que muito do vinho verde que a gente lá bebia era feito "a martelo"... Uma parte seria da minha região, a Estremadura Oeste, que tinha vinhos brancos, de baixo grau alcoólico... e que seguiam para o Porto, em camiões-cisterna, para depois serem misturados com os verdes, gaseificados e exportados para a Guiné, para a tropa, para o "tuga", para o "preto".

Hoje sou produtor de vinho verde, uma aventura que me aconteceu por via... uterina. E sei um pouco mais da história do vinho verde... Nos anos 60, pouco vinho branco se fazia, na região demaracada, a maior do país... talvez 10% no total... O forte era o "tinto", muito dele oriundo de "produtores diretos" como o Jaquet  (lê-se "Jaquê"...),  que resistiam a tudo o que eram doenças e não precisava de "tratamento"... Hoje é proibido, felizmente...

Fizeram-se grandes fortunas com os "engarrafados" e os "entalados", durante a "guerra do Ultramar".. Infelizmente é assim, em todas as guerras... O "vinho verde" (mas também as "conservas de peixe") foi o "volfrâmio" de alguns, poucos, que encheram os bolsos com a nossa fome e a nossa sede...

Nós, o Zé Soldado, fez a guerra, comeu e bebeu merda... Como sempre, em todas as guerras...


(iii) VirgílioTeixeira:

(..)" aquela zurrapa das pipas de vinho branco feito a martelo e misturadas com água do Rio Geba" (...)

Quero esclarecer que bebi muita daquela zurrapa, era vinho branco escuro, sem sabor, misturado com gelo, ou ao natural, com um pouco mais de álcool. O vinho verde, esse, mandava vir de vez em quando, e bebia mesmo na messe fazendo natural inveja, digo eu agora, mas não era essa a ideia.
Aquela zurrapa, normalmente, dava volta aos intestinos, e as diarreias e outros males intestinais eram devido também a esse vinho, isto para 'pessoas mais delicadas'!!!

Li que a malta da Intendência, brancos e pretos, nos barcos com os abastecimentos, furavam as pipas, bebiam metade e emborrachavam-se e depois para pôr ao nível juntavam água do rio, e por vezes álcool etílico e assim enganavam as tropas. E fizeram-se,  como bem dizes grandes fortunas às custas disto, mas quem nesse tempo pensava nisso? Eu não.


(iv) Tabanca Grande Luís Graça:

Também aprendemos a beber o "Mateus Rosé"... Em dia de festa, lá se puxava pela nota e mandava-se vir um "Mateus Rosé"... Que chique!... O dinheiro escorria, sujo e feio, era o "patacão da guerra"...


(v) Virgilio Teixeira:

Havia nos vinhos verdes vários tipos de 1.ª classe:

Em primeiro o Casal Garcia - já o bebia antes da tropa, e ainda hoje está na moda - o Gatão, o Aveleda e o Lagosta,  tudo dentro do mesmo nível.
Depois os 3 Marias, eram garrafas de 2.ª classe, eram de 1 litro, e não era de rolha, mas sim de cápsula. Vendia-se muito em Bissau, quando ia comer ao Zé d'Ámura os passarinhos fritos com molho picante, ele servia esse vinho e bebia-se uma garrafa num abrir e fechar de olhos. Os outros eram servidos nos melhores restaurantes, portanto mais caros, talvez fossem ao preço de uma garrafa de whisky da tropa.

O Mateus Rosé nunca bebi isso na Guiné, porque pensava que era doce. Aliás só comecei a beber cá depois da tropa, quando casei em 1970; lembro-me bem que nos dias 25 de cada mês - data do meu casamento e dia de receber o pré no meu emprego - ia a um restaurante na Povoa de Varzim - O Ricardo, hoje é mais um Tourigalo - comer uns camarões tigre fritos com piripiri, quando eles ainda eram relativamente baratos, e bebíamos uma garrafa de Mateus Rosé, e até fiz uma pequena coleção delas vazias. Coisas do passado.

(...) Transcrição de uma passagem do que escrevi no meu livro (inédito), acerca do vinho, copiei agora, e não está longe do que tinha dito atrás.

A mistura que faziam nas barcaças, era com água salgada, não era álcool etílico como disse, aliás se eles o tivessem bebiam mesmo álcool puro, penso eu!

O vinho gelado em garrafa e as invejas na messe de oficiais: Durante muito tempo eu mandava vir da metrópole caixas de vinho verde branco que era nessa altura o célebre Casal Garcia em garrafa ou então o Aveleda em botijas tipo garrafão redondas. E mais tarde vinha mesmo do comércio local de Bissau, caixas e caixas de vinho verde. 

O que era servido na messe de oficiais era de pipa, e era rasca, muito fraco, era misturado com água salgada e fazia-se negócio com ele, mas ainda bebi muito quando não havia outro e sinto ainda hoje esse cheiro e sabor, pois normalmente não estava gelado nem fresco por falta de frio nos frigoríficos, e por isso as canecas com essa bebida que vinham para a mesa eram acrescentadas de blocos de gelo das arcas, mais fácil de conseguir e por isso era meio vinho e meio água. 

Eu não gostava nada daquilo. Sinto ainda o sabor amargo desse líquido de cor castanha a que chamavam de vinho branco. As minhas garrafas eram metidas na arca frigorífica, e para mim vinha uma garrafa com vinho geladinho, às vezes até era mesmo congelado, e a pingar no copo, aquilo fazia uma inveja de morte a todos, mas em especial ao meu inimigo especial, o major Henriques, que no meio da refeição perguntava alto onde é que eu arranjava esse vinho, ao que eu respondia que o comprava com o meu dinheiro, mas ele insistia que isso custava muito, e eu lá lhe respondia que em vez de deixar a maior parte do meu vencimento em casa, ficava sim com ele todo na Guiné, e então preferia comer e beber bem em vez de ter dinheiro para quando regressasse, pois nem sequer sabia se regressava ou não. (...)
______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 25 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18777: Fotos à procura de...uma legenda (106): "As sobras do rancho da tropa"... e as latas de conservas, "made in Portugal", que as crianças levavam à cabeça (Valdemar Queiroz / Museu de Portimão / Virgílio Teixeira)

(**) Último poste da série > 16 de maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18640: (Ex)citações (337): A propósito das deserções nas fileiras do PAIGC, há um provérbio africano que diz "Todos os cães podem ser bravos, mas são mais bravos dentro das suas moranças", o mesmo quer dizer, dentro dos seus "chãos" (Cherno Baldé, Bissau)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7742: O Nosso Livro de Visitas (106): José Fernando Estima, natural de Águeda, ex-Fur Mil, CCAÇ 3546/BCAÇ 3883, Piche, Cambor (1972/74)


Guiné > Zona Leste > Carta de Piche (1957) > Escala 1/50000 > Pormenor da posição relativa de Piche, Cambor (na estrada Piche-Canquelifá) e Ponte Caium (na estrada Piche-Buruntuma)...


Telefonou-me há dias o José Fernando Estima, morador em Espinhel, Rua Cabo do Lugar, nº 140, 3750 Águeda.


Foi Furriel Miliciano da CCAÇ 3546/BCAÇ 3883, a mesma subunidade do Jacinto Cristina e do Carlos Alexandre, dois bravos da Ponte de Caium. Pertencia ao 2º Gr Comb. Esteve em Piche, em Camajabá e em Cambor, a norte de Piche, na estrada para Canquelifá: no destacamento de Cambor passou mais de um ano, enquanto o 3º Gr Comb estava na Ponte Caium (havia um outro grupo em Buruntuma). Fiquei com a ideia de que também terá estado em Canquelifá...

Desse tempo lembra-se do Cap Cristo (Cap Mil Inf Fernando Peixinho de Cristo, comandante da CCAÇ 3545, sediada em Canquelifá)… Lembra-se de passar pela Ponte Caium… (Falámos do monumento, desenhado pelo Carlos Alexandre e construído pela malta do 3º Gr Comb, os "Fantasmas do leste"...mas não tenho a certeza de ele ter uma ideia precisa desse monummento)...


Lembra-se do Cristina… E lembra-se de ter voltado ao Xime (a 1ª vez, desembarcou lá, vindo de LGD, de Bissau, em Março de 1972)… Da segunda vez, lembra-se de ter encontrado um 1º cabo da sua terra, que levava 11 urnas para Bissau… (Este episódio deve ter ocorrido em Abril de 1972, e deve estar relacionado com a emboscada no Quirafo, de 17 de Abril de 1972)... Lembra-se de ter feito a viagem de regresso, com os seus camaradas, desarmados, à civil, de Piche ao Xime (ou a Lamego ?), com "segurança" do PAIGC ao longo da estrada...

O nosso camarada Estima trabalha em Aguada de Cima, Águeda, mesmo junto ao Restaurante Vidal, um dos restaurantes de referência dos apreciadores de leitão (Dizem que serviu em 1996 três leitões para um banquete da Rainha Isabel II)… Não conhece o Paulo Santiago, em contrapartida é amigo (ou conhecido) do Victor Tavares, nosso camarigo, ex-1º Cabo pára-quedista da CCP 121/BCP 12 (Bissalanca, BA 12, 1972/74).

O Estima pediu a sua entrada formal na nossa Tabanca Grande. Ficou de pedir ajuda,  a um dos seus filhos ou filhas,   para digitalizar fotos do seu álbum. Pediu-me para mandar um abraço à malta da sua companhia e do seu batalhão, extensivo a toda a Tabanca Grande.

Recorde-se aqui o historial da CCAÇ 3546/BCAÇ 3883:

(i) O BCAÇ 3883 foi mobilizado pelo RI 2, tendo partido para a Guiné, de avião, em Março de 1972 ( o comando e a CCS em 19/3/1972; a CCAÇ 3544, a 20; a CCAÇ 3545, a 22; e a CCAÇ 3546 a 23); (ii) A CSS ficou sediada em Piche; (iii) O comandante era o Ten Cor Inf Manuel António Dantas; (iv)  O comandante da CCAÇ 3546 (Piche, Cambor, Ponte Caium e Camajabá) era o Cap QEO José Carlos Duarte Ferreira; (v) As outras companhias do BCAÇ 3883 eram a CCAÇ 3544 (Buruntuma e Piche; teve dois comandantes: Cap Mil Inf Luís Manuel Teixeira Neves de Carvalho; Cap Mil Inf José Carlos Guerra Nunes) e a CCAÇ 3545 (Canquelifá e Piche; comandante, Cap Mil Inf Fernando Peixinho de Cristo);   (vi) O batalhão regressou a casa, de avião, em Junho de 1974.
_____________

Nota de L.G.:

Último poste da série > 2 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7709: O Nosso Livro de Visitas (105): José Figueiral, ex-Alf Mil da CCAÇ 6 (Bedanda)