segunda-feira, 22 de março de 2010

Guiné 63/74 - P6037: Blogpoesia (69): O Dia Mundial da Poesia, da Falagueira a Buruntuma (Luís Graça)



Da Falagueira a Buruntuma, no dia mundial da poesia


por Luís Graça




Celebrou-se ontem, 21 de Março,
o Dia Mundial da Poesia.
Eu não o celebrei,como devia.
Gosto de efemérides,
sou rigorosamente circadiano,
respeito o dia e a noite,
a semana, o mês e o ano,
as festas, as feiras, os feriados,
o calendário gregoriano,
o século, o milénio, a nossa era,
o solstício...
Mas já anteontem perdi o equinócio da primavera.
Bolas, que desperdício!


Dizem que Deus proibe o ócio
a quem tem de ganhar o pão
que o diabo amassou.
Não celebrei,o tal Dia Mundial da Poesia.
Nem o equinócio.
Nem eu, nem sequer o senhor ministro
de Estado da Pompa & da Circunstância
que escolheu o dia
para falar do choque tecnológico,
e do nosso portefólio nacional
de competências,
em estrofe triunfal,
plagiando o engenheiro Álvaro de Campos,
talvez o nosso maior futurista do passado.


Eu preferiria falar do risco biológico
que resulta do simples facto  de nós existirmos.
E sobretudo de sermos um corpo,
de intervenção.
E ser pura água potável
mais de 70% do nosso escudo de protecção.

Que admirável!

Confesso, pela minha parte,
que estava demasiado distraído ou cansado.
Por surdez profissional ou por usura,
por pura usura do trabalho acumulado.
De facto, não celebrei o dia como devia,
por fadiga, por pura fadiga física e mental.
Mas também por falta de co-celebrantes do ritual...
E ainda, confesso, pela minha falta  de sentido eclesial.

Por que deveria eu, ao fim e ao cabo,
ter o pesado encargo de celebrar
o Dia Mundial da Poesia,
por minha conta e risco ?


Não, não é nada pessoal,
simplesmente acontece que tenho
um ponto de vista mais esquizofrénico
sobre a relação dos poetas, vivos e mortos,
com o bem e com o mal.

Em Angola, na província do Uíge,
o vírus de Marburgo mata.
Ou matava outrora as palancas negras
e os ursos brancos e as lebres
no fim da pista.
Matava a cólera e a kalash,
na cidade de Bissau,
em lutas fratricidas.
E o sezonismo no Mondego.
Ou nos campos de arroz do Vale do Sado,
no tempo em que os escravos balantas cultivavam as nossas bolanhas.
Agora é proibido apanhar conquilhas.
Bem como montar minas e armadilhas
no troço da ponte Caium
entre Piche e Buruntuma.
E isso não é metafísica nenhuma,
é rigorosamente política,
pura e dura.
Ou é um caso de polícia sanitária.
Todavia não tira o sono a ninguém,
muito menos o sono de má qualidade
dos ex-combatentes da ex-guerra colonial.
Nem é notícia de jornal.
ou se o é, é fait-divers,
à falta de melhor título de caixa alta.

A verdade é que os fluídos do corpo matam,
o sangue, o suor, as lágrimas,
a saliva, a merda, o vomitado,
as secreções gástricas,o sémen,
o sangue, suor e lágrimas de Buruntuma,
em fim de tarde,
em final de filme de guerra a preto e branco.

Já a ministra da arte, exportável,
é mais democrática,
ao proclamar que a poesia quando nasce
é para todos.
Faço que não, com a cabeça,
mas digo: Ámen, muito obrigado.
Como qualquer cidadão, certificado,
acreditado, homologado,
avaliado, testado,
co-penetrado,respeitador,
respeitado,recenseado
vigiado, usado e abusado....
Ah!, com Cartão Único
e as contas da Segurança Social em dia.

Agora que eu faço
o meu exame de consciência,
à hora mortal do deitar,
como qualquer menino bem comportado,
falando com o seu anjo da guarda,
ou o seu director espiritual,
ou o seu personal trainer do fitness center,
ou o seu comandante de pelotão celestial
ou até o inefável capelão do batalhão,
vejo que o Dia Mundial da Poesia
passou ao meu lado,na rua,
a caminho do metro da Falagueira.
Dizia o outdoor:
"Feira da poesia: Saldos.
Apoio:  Junta de Freguesia".

No bairro do meu burgo,
onde os polícias se deixam matar
por balas de aço de calibre de 9 milímetros.
Mortíferas, tão mortíferas,
como as febres hemorrágicas
do Ébola e do Marburgo.
Ou os estilhaços do morteiro 120
em Buruntuma.
Ou o aço outrora bem temperado
da Sorefame e depois da Bombardier,
onde fui Prometeu Agrilhoado.
Pobre corpo, o meu, de intervenção
que não é imune aos vírus
nem às balas, nem aos estilhaços,
nem aos quatro humores dos deuses,
os bons e os maus.
Nem às ordens de despejo.
E ao passar rente ao muro,
de lancheira na mão,
do trabalho para casa,
e de casa para o trabalho
não pude deixar de ler o grafito,
ainda visível, a vermelho,
comido do sol:
"Lembra-te, ó Bófia, da Cova Moura!"

Não me adianta saber, como os doutores
que são pagos para pensar e para saber,
que os maiores poetas do mundo
andam distraídos
com a parte nebulosa do centro do planeta,
donde brota a água, o fogo,
a terra e o ar.
E o ciclone dos Açores.
E quiçá o Ébola e o Marburgo.
E a violência dita urbana.
E os rappers.
E os grafiteiros da minha rua.
E o lobo mau travestido de velhinha
a atravessar a passadeira
da segunda circular.
E o tsunami das entranhas da terra.
Da terra, a ferro e fogo em Buruntuma.
Dos novos ideogramas da ética
confuciana do trabalho.
Espantoso: nada mudou em Buruntuma.
Minto: chegou lá o telemóvel!

Não adianta saber que
os densímetros dos poetas
não captam a essência da coisa
e dos seus pormenores acidentais.
Ou das coisas que estão a acontecer
na subcapa do planeta.
É a própria existência da falta de água
que alimenta a vida
e rega o horto, seco, dos poetas menores,
que constitui o âmago do problema,
não o seu alfa e o seu omega.
Nada mudou em Buruntuma,
continuam a ser as mulheres
as aguadeiras.

É por isso que a poesia, sem âmago,
não se vende
nem chega às esquadras da polícia,
nem à Cova da Moura,
nem às escolas, nem às igrejas,
nem aos locais de trabalho,
nem aos campos de refugiados,
nem aos bares de alterne,
nem à tabancas dos fulas,
nem à fonte de Buruntuma,
nem às casernas dos tugas,
nem às tendas dos beduínos,
nem às tristes putas da minha rua triste
que tem nome de poeta que ninguém leu.
Nem aos oásis aprazíveis
da tua árida civilização,
nem à Casa Branca, nem ao Kremlin,
nem à Cidade Proibida,
nem às crianças do meu país
que são vítimas da violência ideológica
dos manuais escolares,
nem aos agentes patogénicos de Pasteur,
nem às dores do coma induzido...
Nem ao destacamento de Caium
onde matavas peixes à granada.
Nem ao soro a correr aos borbotões
na fronteira entre Buruntuma e o inferno.
É uma segunda pele,
que, por muito que te laves,
não te sai do corpo:
Buruntuma é uma tatuagem,
feita a ferro em brasa.
Ou talvez uma miragem.
Buruntuma ? Nunca mais.

A poesia, mesmo sem âmago nem alma,
mesmo a saldo
na junta de freguesia da Falagueira,
simplesmente não chega a a Buruntuma,
que foi outrora a minha casa.
Tal como a água do Alqueva
não chega ao monte
onde o meu velho se enforcou.
Não chega à boca do corpo
nem à boca de incêndio.
Nem a poesia nem a água nem a carta a Garcia chegam ao seu destinatário.
Ou se calhar ficam apenas nas mãos
do seu fiel depositário.
Do quarteleiro.
Do porteiro.
Do escriturário.
Do básico.
Do trolha.
Do relé parasita.
Do comutador.
Do canalizador do intestino.
Entre a angústia e o esófago
e o aperto mitral.
Do vago vago-mestre
que nos enfartava de bianda
e cavalas de conserva.
Ou chegam e eu não conheço o aqueduto
das Águas Livres
nestes tempos da poesia e da água
a conta-gotas.
A poesia e a água não chegam, juntas,
através dos canais de irrigação,
das condutas do gás,
das grandes cloacas,
dos cabos de fibra óptica,
ou até das correntes submarinas.
Não chegam nem por ar nem por mar.
Nem por meio do SPAM do terror.
em Buruntuma.

Quem leva a carta a Garcia
a dizer que a poesia caiu na rua
ou foi apanhada à unha?
Ou que o pombo-correio
foi abatido por um Strela.
Inútil Álvaro de Campos,
inútil Ode Triunfal,
pobre Fernando Pessoa,
menino de sua mãe,
pobre camarada de Crestuma,
morto no tabuleiro da ponte de Caium,
entre Piche e Buruntuma.

Há a poesia da punição, da inanição,
da oração, da expiação,
da desidratação, dos espamos,
dos orgasmos, da masturbação.
Há a poesia da baixa pressão diastólica
que nos entra pelos vasos sanguíneos
da fábrica do corpo humano
desde os tempos mais recuados
da Santa Inquisição.
Há a poesia mais terrorista,
a de conquista da Terra Santa,
a das Palavras Cruzadas,
a da paz e da guerra.
E aquela que é mais hedonista,
a existencialista
e a essencialista.
E há, enfim, a poesia-poesia,
sem adjectivos.

Para mim,
a poesia quer-se livre, de liberdade,
sem maiúscula,sem cinto de castidade
sem algemas, sem gemas de ovos
por causa das salmonelas.
A solução é desalfandegá-la,
desembrulhá-la,
descongelá-la,
pô-la viva,
esquartejá-la,
comprá-la,
cozê-la viva como a lagosta,
metralhá-la com o helicanhão,
comê-la,
violá-la,
canibalizá-la,
digeri-la,
degluti-la,
arrotá-la.
E proclamá-la artigo de primeira necessidade,
isenta de IVA
e de qualquer outra alcavala.
Mas, por favor, sirvam-na
com as tripas... à mostra!

A verdade é que
a poesia não se vende,
nem se trapaceia,
nem se come,
nem se defeca,
nos bairros ditos problemáticos
onde homicidas e suicidários
se acoitam na anomia do Durkheim.
Poesia é homicídio,
é droga,
é suicídio,
é para-suicídio,
é etnocídio,
é logocídio,
é blogocídio,
é crime contra a ordem pública,
é golpe de misericórdia,
é tiro atrás da nuca
da vil humanidade.
Ao poeta, ao boi e ao doido,
dêem-lhe o curro!
Diz o comissário.
Político ?
Ou de cabo de esquadra ?

Confesso que não dei por nada,
por ser Dia,
Mundial,
e para mais da Poesia.
Não dei por nada.
Não houve rancho melhorado.
Nem alvoroço do povo.
Nem fogo de artifício à beira rio.
Nem uivei à lua como um cão com cio.
Ou com raiva.
Que a raiva de cão também pode matar.
Tal como o cio.
E a xenofobia.
E as balas de borracha da polícia
na secção J do bairro de Chelas.
E o morteiro 120 em Buruntuma.
E a anomia do Durkheim.
E o HIV/Sida.
E a overdose.
E as febres hemorrágicas.

E a falta de fé, esperança e caridade.
E as dores menstruais do PIB
do nosso descontentamento.
E as águas barrentas
Do Rio Geba que escondem a bilharziose.

Ia caminho, dizia, da Falagueira,
deitando contas à vida
e ao passe social
do metro de Lisboa, da CP, da Carris e do Barraqueiro.
E ao que me resta, do mês,
do subsídio do desemprego,
do orçamento para o ano inteiro,
do deve-e-haver do cidadão,
mais que imperfeito,
periférico,
marginal-secante da lei e da ordem,
chutado do comboio em andamento.

Ironia:
com louvor na caderneta militar,
que te há de ser de algum proveito
em tu passando à peluda,
dizia o meu primeiro.
- Meu rapaz, Deus manda ser bom,
mas não manda ser parvo...

Não sou homem de pôr os pontos nos is,
nem as vírgulas entre o sujeito passivo
e o predicado pró-activo.
Nem muito menos os libertar os resíduos reactivos da Pátria.
Não sei poesia,
nem fazê-la
nem dizê-la,
nem cozinhá-la,
nem prová-la.
Não sei conjugar o verbo existir
quanto mais soletrar o difícil verbo
sobre-viver.

Em tempos, em Buruntuma, sabia de cor
alguns duros versos do Aleixo,
poeta maior,
popular,
marafado,
algarvio,
cauteleiro,
analfabeto,
guardador de rebannhos
como Alberto Caeiro,
cantor ambulante de feira em feira
como o didjiu do Gabu,
o Aleixo lírico,
irónico,
às vezes cáustico,
sarcástico.
Hoje seguramente info-excluído,
por que não teria email
nem registo na rede social do Facebook.
Ajudou-me a sonhar e a sobreviver em Buruntuma:
O homem sonha acordado,
Sonhando a vida percorre,
E desse sonho dourado
Só acorda, quando morre!

E aqui estou eu,
de vigília,
à massa falida da fábrica
à espera do camartelo camarário.
Desempregado,
supranumerário,
ex-soldado
da guerra do ultramar.
Ex-soldador,
miseravelmente despedido
por um robô.
Ou trocado.
Posto a um canto,
na lixeira social da Falagueira.
Por estar fora da validade.

O meu currículo ?
Uma merda,
com a sua licença,
de operário,
ou ex-operário industrial.
Alentejano de nascença.
Por sinal, pouco esperto.
Corre, espermatozóide, corre,
que a cegonha ainda te confunde
com um lagostim americano
da barragem do Alqueva!

Estado civil ?
Casado,
mal encarado.
Situação no trabalho ?
Trabalhador, descartável,
sem lugar
na Eurolândia da excelência prometida.
Qualificações ?
Soube em tempos matar & morrer.
E desmontar e montar a G3
em tempo recorde.
Expectativas ?
Pensava que me restava o punho,
erguido,
à espera da luta,
à espera que a luta continue,
mesmo devagar,
sem esmorecer.
Da luta por causas perdidas.

Prognóstico?
Reservado...

Se ontem foi Dia Mundial da Poesia,
devo dizer que o dia foi mal escolhido.
Digo-o aos senhores do mundo e do tempo
ou aos catedráticos das letras por protestar no banco.
Digo-o com pena e com mágoa,
mas sem raiva nenhuma,
acrescento, em jeito de adenda,
que me resta o dia de hoje,
o qual, para não voltar a esquecer-me,
apontei ontem na agenda:
22 de Março,
"Dia Mundial da Água.
Que tempo fará em Buruntuma" ?

21 comentários:

António Graça de Abreu disse...

A poesia é a água dos deuses.
Um forte abraço ao Luís Graça.
António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Meu caro António: Ontem houve Poesia no CCB... E até feira do livro de poesia: procurei os teus clássicos chineses, traduzidos por ti... Nem vê-los nem cheirá-los... É pena. Luís

PS - Ainda pensei pôr dois ou três poemas do teu soldado-poeta Li Bai, para comemorar o dia...Mas os dias são curtos... Se quiseres, faz tu uma seleção... Há belíssimos poemas do velho guerreiro...

Luís Graça

Anónimo disse...

Sabes,Amigo e Camarada Luís Graca,há momentos em que se pára e...pensamos.Isso aconteceu depois de ler o que escreves-te.Um dia,sem saber nem como,acabei por cruzar-me contigo.E ainda bem! Um abraco.

Anónimo disse...

PORRA !
Mas não é permanente o tempo da poesia ?
Em Buruntuma havia-a a cada momento.
Quando desligo o Corta-FOGO ?
Fico á espera
Jorge Félix

Anónimo disse...

Será que um dia haverá vida e gente, numa terra que (quase) não existe, BURUMTUMA, onde possam ser lidos versos como estes?

Versos destes, não podem ficar só pelo blog.

Antº Rosinha

António Tavares disse...

Caro Luís Graça,

Excelente trabalho!...É de Mestre!

Parei um pouco nas doutas palavras do nosso primeiro...
Falava a experiência...

Com um abraço de parabéns do,

António Tavares

Anónimo disse...

Luís

Fiquei sem folego e com os olhos em bico, mas não por causa dos clássicos chinese do Graça de Abreu...mas da hora tardia em que leio esta maravilha.

Desculpa, mas só não gostei da..."bilhazsiose". Sabes? É que quando gosto do que leio, leio e releio e às vezes...é uma partidinha.
Grande abraço
Jorge Picado

Jorge Narciso disse...

Tiraste-me o fôlego.
Não me atrevo a ler segunda vez, porque receio mesmo sufocar.

Acabaste de mudar o dia da poesia (DESTA POESIA): passou a ser hoje... e amanhã... e todos os dias.

"Que vivan los poetas"

Nota à margem e sem rima:

Na Falagueira, acabei de passar há menos de uma hora e é sitio onde transito amiude por motivos profissionais.

Para Buruntuma, foi o meu ùltimo voo na Guiné.

Forte Abraço

Jorge Narciso

Anónimo disse...

Afinal com os olhos em bico, lá falhei o "fôlego" e "chineses".
Perdão.
Jorge Picado

Jorge Narciso disse...

Já somos dois Jorges a precisar de recuperar o fôlego (Hehehe) eu e o Picado.

Que interessante dupla coincidencia

Abraço

Jorge Narciso

Torcato Mendonca disse...

Olá Luis Graça há tanto tempo que te não lia e antes vi a fotografia e compreendi que de facto há muito que te não vejo e li depois reli as palavras ditas com paixão ou quase em explosão e achando todos os dias dias de... lembrei-me de sexta-feira ter visto os miúdos a espalharem cordas com papéis coloridos a conterem folhas com poemas...e dizia a professora...fica ao vosso critério...e eu sorri e olhei a professora nova que se o não fosse já não gostaria de poesia...parei e olhei os fios com papeis a conterem poesia escrita pareciam orações do Nepal em desejos pedidos aos deuses...aqui no jardim estavam a esvoaçar pelo ar a poesia dos meninos e é pena não haver todos os dias poesia a ir com o vento e ontem na 2 ainda ouvi poemas ditos pelo jose carlos de vasconcelos só um pouco ou a pouco soube...e todos os dias serem de...ou da água e por favor deixem-se de merdas e aprisionem-na mais e construam pequenos alquevas porra como dizia o alentejano...há muito que te não lia meu caro luis graça e pela fotografia há muito que te não vejo e o tempo voa e hoje ainda é dia de e amanhã será outro dia de menos um...e gosto de te ler em explosão de palavras em torrente de dizeres...um abraço camarada que saiste de bambadinca aquela e foste para buruntuma a outra...
AB do T M ou só J.

Luís Graça disse...

António(s), José(s), Jorge(s): Camaradas, amigos, benevolentes leitores dos meus textos de ocasião... Nunca estive em Buruntuma... Todos estivemos em Buruntuma.

Luís

Anónimo disse...

Quando há talento e sensibilidade, direccionados para causas nobres, o homem tem potencialidades para criar coisas tão lindas e harmoniosas…
Obrigado e um abraço
José Corceiro

Anónimo disse...

Ainda ontem eu dizia,
este ano não comemorei
o Dia da Poesia.
mas agora, vou dizer
comemorei!!!...
e por isso, estou feliz
e nem precisei de escrever
para mim, bastou-me ler
o trabalho
foi do Luís.

Um Grande Abraço

Manuel Amaro

Hélder Valério disse...

É verdade, também deixei passar o 'Dia Mundial da Poesia' sem me aperceber de tal.
Noutros anos sempre tive oportunidade de ouvir na rádio, quando me deslocava, alguns trabalhos que foram passando a propósito do Dia. Este ano, népias!
Talvez também porque tenho estado mais ocupado e/ou preocupado com outras chatices e problemas.
Seja como for, sinto-me recompensado por este poema do Luís.
Muito obrigado!
Pedindo desculpa ao Manuel Amaro por lhe ir 'beber' a idéia, acabei então também por comemeorar o Dia!
Um abraço
Hélder S.

Juvenal Amado disse...

Camarada Luis

Nunca se lê nada teu, que se possa ficar indiferente.

Ao ler o teu poema recuei na memória.
Felizes os dias em que semeiem poemas em Buruntuma, quando lá estive ajudei a semear minas.

Um abraço

Juvenal Amado

Rui Silva disse...

Eu ia dizer: Luís Graça no seu melhor! Mas eu não sei qual o seu melhor.
Luís, recebe um grande abraço e o meu muito obrigado por tal delícia.
Gostei; ele gostou; nós gostamos.

Rui Silva

Anónimo disse...

Luis

Li.
Leio outra vez ou não?
Reli.
E então
concluí
que qualquer coisa nos irmana.
Nem parece coisa
(habitualmente)tua
- é a outra face da lua
Luis...iana?

Apreciei.
Alberto Branquinho

Joaquim Mexia Alves disse...

Apetece-me dizer como antigamente:
Faço minhas as palavras dos oradores antecedentes!

Leio e guardo, para continuar a ler!

Um abraço fortemente camarigo para ti Luís.

Anónimo disse...

Caro Luís,

De poesia não percebo. E muto menos dos dias dedicados a isto e àquilo.

Passo pela tua poesia todos os dias. E leio!

Encontro sempre algo de novo.

Hoje reparei que as sementes da tua poesia podem brolhar ali para os lados de Buruntuma. E dar fruto!

Amanhã tentarei descobrir mais alguma coisa. É uma pesquiza que dá gosto.

Um abraço amigo,
José Câmara

Anónimo disse...

Luis

Não sou leitor apreciador de poesia. A tal não fui ensinado nem induzido. Nem sequer a sei julgar metricamente.Tambem a isso não fui instruido. Consigo,isso sim, sentir-lhe a melodia A força recorrente. Uma assimetria de pensamento que me leva com o tempo, A apreciar condignamente.

Gostei da liberdade,gostei de te ler
Luis Faria