domingo, 21 de março de 2010

Guiné 63/74 - P6030: O Cap Patrocínio, eu e a CCAÇ 15, Mansoa, 1973 (Joaquim Mexia Alves)

1. Comentário do Joaquim Mexia Alves, com data de 11 do corrente, ao poste P5972 (*):

E eu respondi assim a este mail do José Cortes:

Caro camarigo José Cortes

Claro que tens toda a razão! Foi em 1973 e não 72 como por erro referi! Disso lembro-me bem!

Significa que o Patrocínio esteve pouco mais de um ano no Fajonquito e que também não se fez velho na CCaç 15, pois eu devo ter chegado em Julho de 1973 e ele já estava fora da 15.

Não percebi o sentido desta tua frase «CCAÇ 15,  as tropas africanas da companhia.» mas julgo que queres apenas dizer que a 15 eram tropas africanas.  Era uma Companhia de Balantas.

O Patrocínio tinha mesmo a especialidade de Comando, isso já me foi confimado.

Lembro-me também, o que também já me foi confirmado pelo Matos Gomes, que nessa conversa que tive com o Patrocínio, não me lembro onde ele me ter referido que saía da CCaç 15 por causa de uma punição, da qual desconheço a razão.

Mas este tempo da 15 continua a dar-me a volta à cabeça e não sou capaz de me situar nos meses. Sei que quando cheguei,  comandei a 15, quase de certeza, na ausência de um Capitão, que este chegou e foi embora, e que depois veio outro que seria, digo eu, Miliciano.

Sei também, sem aminima dúvida claro, que me vim embora para Portugal em Dezembro de 1973.

Mas aos poucos talvez recomponha a memória.

Abraço camarigo e agradecido para todos

Joaquim Mexia Alves (**)
______________


Notas de L.G.:
(**)  Para a além do Joaquim, só temos mais um camarada - se não me engano - que passou pela CCAÇ 15 (como alferes):
(...) Como súmula de todo o tempo, este amigo foi para a Guiné em Outubro 1973, fazer o CCC. Saiu-lhe na rifa a CCAÇ 15. Passou Abril e os primeiros dias de Maio no continente e seguiu novamente para o CTIG, até ao fim da nossa presença. (..ram uns valentes que conseguiram resistir à Guiné, ao IN e também às outras adversidades, que provavelmente não foram as menos importantes e de quem guardo grandes e boas recordações.

(...) [A CCAÇ 4942/72,] era um grupo heterogéneo, soldados Madeirenses com um número significativo de refractários e alguns desertores (O Mosca era um deles salvo erro), com graduados e também alguns especialistas do continente. Guardo deles uma imensa saudade e para isso nada melhor que recordar.

O nosso encontro foi completamente casual. Tinha acabado de chegar a Bissau, onde como é sabido, por norma se passavam alguns dias a gozar a messe e a piscina). (....)


3 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Comandantes da CCAÇ 15 (Volume 7º)

Capitão de Infantaria Manuel José Reis do Nascimento;
Capitão de Infantaria Luis da Pideda Faria;
Capitão Miliciano de Infantaria João Nuno Tocheta Guerreiro Rua;
Capitão Quadro Especial de Oficiais José Eduardo Marques Patrocínio;
Capitão de Infantaria Idílio de Oliveira Freire;
Oficial não identificado;
Alferes Miliciano João António de Magalhães.

Tem história da unidade até 31MAR72 no Arquivo Histórico Militar
(caixa 130-2ª DIVISÃO-4ª SECÇÃO)

Jose Marcelino Martins disse...

Errata

Trocae Tocheta por Rocheta

Joaquim Mexia Alves disse...

Segundo mail que recebi do António Sampaio, ele diz que terá chegado à C. Caç 15 em Agosto de 1973 e que eu estaria a comandar a 15 na ausência em férias do Cap. Moreira.
Ora isto leva-me a pensar que eu terei chegado à C. Caç. 15 em Julho de 1973 e lembro-me que quando cheguei substituí sem dúvidas o Cap. Patrocínio, na ausência de outro Capitão.
Ora terá então chegado o Cap. Moreira, que era Miliciano, e depois das férias, terá ido embora e chegado o Cap Freire do QP que me deu um louvor em Outubro de 1973, já publicado aqui na Tabanca Grande.
Há portanto para aqui umas confusões que eu não sei explicar.
Que eu me lembro de ter comandado a C. Caç. 15 por duas, quase de certeza três vezes, na ausência de Capitães, isso dou quase como certo.

Abraço camarigo para todos