terça-feira, 27 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10730: Facebook...ando (19): Adul Baldé, filho de Braima Baldé, natural de Cansamange... e que foi o condutor que transportou os feridos da emboscada do Quirafo...



Guiné-Bissau > Bissau > Escola Salvadro Allende > 2009 (?) >  De pé, na a segunda fila, da esquerda para a direita: o segundo é o Adul Balde, seguido da Paula Bijagó, do Alfa Baldé, Vanessa Batista e Telma Marta...Não há mais elementos identificados na foto, com exceção da Paula Vieira (a primeira da 1ª fila, a contar da direita) (e que legendoua foto)... Foto do álbum do Adul Baldé, constante da sua página no Facebook.  (Reproduzida aqui com a devida vénia...).


(...) Paulo Santiago - Esta foto foi tirada em Cansamange,em 2005. Conheces estas pessoas?

Adul Balde - Sim,  Sr. Paulo, o homem que está á esquerda é o irmão do meu pai,  ele chama-se Mamadu Baldé (Molo), actual chefe de tabanca de Cansamange, ao meio André, Budi Seide e Ansu Embaló. Sim,  todos são os meus avós, conheço-lo, agora vou te enviar uma foto do meu pai, amostra,  para te possa reconhecer-lo bem. (...)

Foto: Paulo Santiago (2005), já anteriormente publicada no nosso blogue (e de novo reproduzida na página do Facebook do Adul Baldé,

1. Amigos e camaradas: Na realidade, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!... Há 2 dias atrás dei comigo a falar com um jovem guineense, de seu nome Adul Baldé, através da nossa página no Facebook, Tabanca Grande... Não é muito frequente lá ir por falta de tempo, mas quando lá vou tenho sempre surpresas agradáveis. Como, por exemplo, a deste jovem que está à vontade a "facebook...ar", e que acaba de se tornar amigo do Paulo Santiago... Reproduzo aqui uma síntese da conversa que tivemos, eu e ele, Adul Baldé, ontem e onteontem, no Facebook (*):

(...) - Olá, Tabanca Grande, muito boa noite!... Sou o Adul Baldé, filho de Braima Baldé, ajudante mecânico,  filho de chefe de tabanca de Cansamange, esteve em 1969/73 em Saltinho com o capitão André... O furriel que estava com ele na Cansamange,  era chamado Tempera na companhia de capitão André.


- Sê bem vindo, Adul, os filhos dos nossos camaradas nossos filhos são!... E tu o que fazes, vives em Bissau? Tens vídeo para a gente se conhecer ?

- Não, está a ligar através do computador dum colega meu. Sim, vivo em Bissau. Estou a estudar neste momento o curso de contabilidade numa escola privada,  aqui em Bissau.

- E como estão as coisas em Bissau ? Está tudo calmo ?

-  Ok , obrigado, Luís, aqui tudo está calmo,  sem problema,  sem pânico,  a vida está estável nada mas há de passar, tudo está bem.

- Temos grande amigo aí, em Bissau, [...]  podes contactá-lo se for preciso...

- Sei quem é. Bissau, tá bom,  vou ver se posso contactá-lo. [...] O meu pai conhece muitas pessoas,  muito mais de que eu,  ele fez vida depois de época colonial em muitas tabancas.

- Então fala-me mais do teu pai, nosso camarada...

- [...] Olá, Luis, já falei com o meu pai e ele me disse que esteve no Xitole e depois no Saltinho;  entre 1968/69 no Xitole, e ele era ajudante mecânico na companhia de artilharia, o número ele esqueceu, o chefe de mecânico era o Acácio Samicio [?], o Capitão na altura era chamado Madina Ramos e o condutor era Mugueira.

- Mugueira ?... Talvez Murgueira ou Musgueira...

- Ok,  Luís,  ele  [, o meu pai.] está muito ansioso de ver a sua actividade convosco nesta altura em Saltinho.

- Em março de 2008 estive no Saltinho, Iemberém, Guileje... e em Bissau.. Passei pela tua aldeia, ou perto, na estrada Xitole-Saltinho...

- Sei, Luís, e vi todos isto e as fotografias quando vocês vieram na Guine, sempre costumo entrar no Google assim: Ponte de Fulas,  Xitole, Saltinho, encontro sempre muitas fotos, até as fotos de Paulo Santiago em 2006 quando ele foi visitar a tabanca de Quirafo e a de Cansamange juntamenete com o seu filho [. João].

 - Olha, o que faz o teu pai hoje ? Qual é a sua profissão ? Tens foto dele ? Vocês são fulas, é isso ?!

- Não, não tenho uma foto dele nesta altura [, no tempo da guerra colonial], mas já enviei uma foto dele em 2011 na minha tabanca de Cansamange, e se puder contactar com o capitão André que estava no Saltinho em 1969/72 juntamente com o Paulo Santiago,  eles podem te ajudar procurar as fotos que falam dos soldados deles no Saltinho e na Cansamange. E  o meu pai foi aquele  que trabalhou muito no carro do seu pai  [?] para a construção da tabanca do outro lado de ponte,  chamada Sintchã Sambel. Ele foi o condutor que transportou os feridos no ataque do PAIGC no Quirafo.

- Ok, Adul... Ou Abdul ? Já tomei nota, amanhã ou depois, quando tiver um pouco mais de tempo, vou escrever uma nota no nosso blogue... Conheces ? Manda-me uma foto digitalizada do teu pai, atual... Essa companhia de 1968/70, do Saltinho (**),  é do meu tempo, vou confirmar os nomes...

- Sim, o meu pai esteve na tropa desde 1968 que ele entrou até a independência, mas primeiro ele começou logo no Xitole e depois passou no Saltinho nos tempos de capitão Clemente, André e Paulo Santiago.

- Tens aqui a página, no Facebook,do Paulo Santiago [...].

- Sim vi, obrigado.  Luis e vou tentar... Vi ele como um muçulmano, ehehehe!!!

- É do tempo do capitão Clemente!... O cap Clemente comandava a CCAÇ 2701... podes ver aqui fotos, no nosso blogue [...].. Alferes Julião, alferes Mota... Depois falamos mais!... tenho que trabalhar.

- Um abraço, Luís, mantenha para todos vocês e amigos aí em Portugal e espero que encontramos muitas das vezes para falar do historial da minha zona.

- Então, bom estudo, e um bom resto de dia. Mantenhas... Luís.

- Sim, obrigado, até amanhã e vou explicar tudo o meu pai sobre você e já vi também este novo blog. (...)





2. Por mail, o Adul mandou-me ontem foto com o seu pai, em Cansamange, a nordeste do Saltinho [, vd. mapa de Contabane]. Vendo melhor no mapa, confesso que nunca lá passei, embora tenha a ideia a CCAÇ 12 ter um dia feito uma coluna logística por Galomaro até ao Saltinho... Dei conhecimento ao Paulo, que me respondeu deste modo:

Luís: Já recebi, via Facebook, mensagem do Adul. Pedi-lhe,se possível, uma foto do pai quando militar. Tive um Braima no [pel Caç Nat] 53 mas não era condutor. Estive em Cansamange em 2005, onde encontrei os antigos milícias que tinham sido meus instruendos e me ofereceram 2 galinhas e 3 ovos.Vou esclarecer a situação com o Adul. Abraço.

3. Mensagem que acabei de mandar ao Adul Baldé:

Adul:

Quero que entres para o nosso blogue, para fazeres a "ponte" com o teu pai e outros camaradas nossos da região do Xitole/Saltinho... Aceitas ?... O Paulo Santiago pode ser o teu padrinho... Tenho as tuas fotos do Facebook... Não queres fazer uma pequena apresentação da tua pessoa ? Quem tu és, quem é a tua gente, o sítio onde nasceste, o que esperas da vida, o que pensas do futuro do teu país... Pensa nisso.
Um abraço. E obrigado pela foto que eu te fui "roubar"... Tens umas amigas giras...E amigos, claro... Onde é a escola Salvador Allende ? Tu vives em Bissau Novo, onde fica ?... Um abraço, Luis.

Luís Graça & Camaradas da Guiné
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt
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Notas do editor:


15 de janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9355: Facebook... ando (15): Um "regalo" para a Maria Ivone Reis, que anteontem fez anos (Hugo Moura Ferreira)

30 de dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9291: Facebook...ando (14): João José Alves Martins, ex-Alf Mil PCT (BAC1, Bissau, Bissum-Naga, Piche, Bedanda, Gadamael, Guileje, Bigene, Ingoré, 1967/70)

(**) Vd. poste de 15 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9610: O Nosso Livro de Visitas (130): Ex-Cap Inf Diamantino Ribeiro André, comandante da CCAÇ 2406 (Olossato e Saltinho, 1968/70), e ex-presidente da CM de Proença-a-Nova, ouviu-nos na rádio e quer ir ao nosso VII Encontro Nacional, em 21 de Abril próximo

(...) Recorde-se alguns dados sobre  esta subunidade orgânica do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70):

(i) A CCAÇ 2406 foi mobilizado no Regimento de Infantaria nº 2 – Abrantes; 

(ii) embarcou em 24jul68; desembarcou em 30jul68; regressou em 28mai70;

(iii) Divisa: “Sacrifícios não Contamos”;

(iv) Em 30jun68 seguiu para o Olossato para treino operacional e intervenção, destacando forças para Banjará e Maqué;

(v) Em 20fev69 seguiu para o Saltinho assumindo a responsabilidade do subsetor (que pertencia então ao Setor L1);

(vi) Destacou forças para, temporariamente, guarnecerem Xime, Quirafo, Cansamange e Sinchã Maunde Bucó;

(vii) Em 07nov69 passou para o setor L5 (Galomaro), mantendo as suas forças no Saltinho com forças em Cansamange e Cansongo;

(viii)  A 10mai70 seguiu para Bissau para efectuar o regresso;

(ix) Comandante: Cap Inf Diamantino Rodrigues André;

(x) Ao mesmo BCaç 2852 (Setor 1, Bambadinca, 1968/70) pertenciam a CCAÇ 2404 (Teixeira Pinto, Binar e Mansambo) e a CCAÇ 2405 (Mansoa, Galomaro, Dulombi).

13 comentários:

paulo santiago disse...

Luís
Estes encontros, com um passado de há quarenta anos atrás,emocionam-me.
Porquê eu?Havia,no tempo da CCAÇ 2701,seis alferes no Saltinho(além de mim,quatro da companhia mais o alf.médico).Ao lembrarem-se do Santiago,fico a pensar se fiz algo de diferente, julgo que não fiz,a minha atitude,julgo eu,era semelhante à dos outros graduados.A explicação também não se encontra no facto de ter andado por lá em 2005,antes de mim,esteve o Mota duas vezes.É curioso que o Adul fala no capitão André e Clemente,dos mais recentes ninguém fala,mas isto é uma constatação que já verifiquei em 2005 e 2008.A população,após a saída da CCAÇ 2701,cortou com a tropa,tirou-lhe o apoio,resultando no que se seguiu.
Abraço
P.S.-Mesmo que tenhas feito uma coluna,via Galomaro,não passaste em Cansamange.

Arménio Estorninho disse...

Olá Adul Baldé, Saudações. "Corpi di bó tá jametum.

Vem a propósito o meu comentário, devido a que em Agosto/68, ter incorporado uma coluna auto com a finalidade da entrega de material sobressalente para viaturas auto e na Oficina provavelmente encontrei-me com o Braima Baldé.

Penso também que por volta 1970 a Ccaç.2701, estava aquartelada no Saltinho, sendo o Furriel Mec. Auto o José Luís dos Reis, em que o teu pai lembrar-se-à dele. (Vidê em Google, "Tabanca Grande, Poste 7580, Arménio Estorninho, Saltinho").

Com um Abraço
Arménio Estorninho

Arménio Estorninho disse...

Por lapso não mencionei que a coluna auto foi de Aldeia Formosa-Saltinho-Aldeia Formosa, com passagem por Contabane, que encontrava-se incendiado e evacuado.

Arménio Estorninho

Luís Graça disse...

Paulo:

1. Pelo que me disseste ao telefone, o Braima Baldé não era militar, era civil, ajudante de mecânico e um excelente condutor auto, por sinal... Para todos os efeitos, "colaborou" com a NT...E a sua profissão, aprendida com os "tugas", deve ter-lhe sido útil e valiosa depois da independência... Estou a especular: não sei se ele tem (ou teve) alguma oficina de reparação automóvel, o que em África vale ouro...

2. Quanto a ti, tens pelo menos o mérito de teres posto no mapa, através do nosso blogue, terras do fim do mundo como Cassamange... Podes confirmar, ao clicar neste link:

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/search?q=Cansamange

3. Sei que és um homem de emoções fortes... Não te fica mal reconhecê-lo... A tua viagem à Guiné em 2005 (na companhia do teu filho)foi algo de memorável, e as tuas crónicas mostraram isso à sociedade, mostraram-nos um "durão" de um Paulo Santiago, "branco por fora e preto por dentro"...

Todos sabemos que és um grande ser humano... Por outro lado, tiveste, no teu tempo, uma experiência única e que, para ti, foi por certo um privilégio, comandar o Pel Caç Nat 53 e uma ou mais companhias de instrução de milícias (em Bambadinca).

A maneira como foste recebido na região de Saltinho/Contabane, em 2005, não deixa dúvidas sobre o apreço, a consideração e o prestígio que tiveste no tempo e que continuas a ter, passadas quatro décadas... Repara como este puto Adul sabia a tua história!...

4. Tens toda a razão: eu nunca passei em Cansamange, nem poderia ter passado mesmo se tivesse ido na tal coluna de Bambadinca - Bafatá - Galomaro - Saltinho...

Por outro lado, fiz confusão com outra tabanca, entre o Xitole e o Saltinho, também começada por C..., não me recordo agora o nome...

Um grande abraço. Luis

Luís Graça disse...

Arménio, no meu tempo (junho de 69/março de 1971) a estrada acabava na ponte do Saltinho, se não estou em erro... Ainda tenho uma vaga ideia de lá no fim haver um "ninho" de metralhadores, montado para defesa da ponte e do aquartelamento do Saltinho... (Ou foi miragem minha ?).

Nessa altura, o percurso até Quebo estava "interdito"... O mesmo aconteceu entre novembro de 1968 e agosto de 1969, em relação ao troço de estrada Mansambo-Xitole... Fomos nós, CCAÇ 12 e outras forças, que o (re)abrimos nessa altura... Foi uma época épica de colunas logísticas de Bambadinca para o Xitole e o Saltinho (que até então só podiam ser abastecidos via Galomaro).

Podes ler aqui:


8 DE DEZEMBRO DE 2010
Guiné 63/74 - P7401: A minha CCAÇ 12 (10): O inferno das colunas logísticas Bambadinca - Mansambo - Xitole - Saltinho, na época das chuvas, 2º semestre de 1969 (Luís Graça)

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/12/guine-6374-p7401-minha-ccac-12-10-o.html


... Como são as coisas!...Em comentário a este psote, o José Brás escreveu:


A estrada Xitole-Aldeia Formosa cheguei a fazê-la sozinho com um condutor em jeep ainda em 67 e sem problemas.

José Brás
Quarta-feira, Dezembro 08, 2010 9:31:00 a.m.

... Pois é, e a estrada Galomaro-Saltinho ficou "interdita", quando a gente reabriu o troço Mansambo-Xitole, em agosto de 1969...

Luís Graça disse...

O Paulo escreveu: "É curioso que o Adul fala no capitão André e Clemente,dos mais recentes ninguém fala,mas isto é uma constatação que já verifiquei em 2005 e 2008.A população,após a saída da CCAÇ 2701,cortou com a tropa,tirou-lhe o apoio,resultando no que se seguiu".

Paulo, referes-te obviamente à emboscada do Quirafo, em abril de 1972, uma das maiores de toda a guerra, e que terá vitimado um número indeterminado de civis, entre mortos e feridos... Há um antes e um depois...

Cherno Baldé disse...

Amigo Luis e P. Santiago,

Sobre o Paulo Santiago penso que, também, contava muito na sua postura e caracter, para além de militar, o facto de ter, antes da tropa, frequentado uma escola agricola, revelando assim uma vocacao natural para ligar com o mundo rural e as suas gentes simples, ao contrario de outros que nem sequer conseguiam repartir um "caldo de chabéu" com os naturais.

Relativamente ao Braima Baldé, um orgulhoso fula-forro de forrea, é pouco provavel que conseguisse montar uma oficina mecanica, pela simples razao de, na época, nao ser considerada aos olhos dos fulas, uma actividade honrada e licita para um fula livre. Sao coisas da época que o tempo, entretanto, se encarregou de mudar e ainda bem.

A escola Salvador Allende é a antiga Marechal Carmona em Bissau que deve ser a primeira ou uma das primeiras do ciclo preparatorio do pais onde deve ter passado o nosso amigo Nelson Herbert.

Um abraco amigo,

Cherno Baldé (Chico de Fajonquito)

paulo santiago disse...

Arménio
Como dizes,era o Fur.Reis,algarvio,o responsável pela mecânica,e "chefe" do Braima.
Luís
A tabanca começada por C entre Xitole e Saltinho,passaste lá em 2008,era Canbessê,e penso que até desviaste a Cusselinta.
O "depois"não foi só o Quirafo,foi uma outra emboscada junto a Sinchâ Made Bucô,uma flagelação,onde estava,à tabanca de Sinchã Mamadú que ficava muito próxima do quartel.Ainda no passado Sábado estive com o Clemente,vindo à conversa uma "cena"passada no 1ºdia do comando do "outro"(estava em Bambadinca).Um civil foi com um filho à enfermaria do quartel,e "capitão Clemento,arranja uma viatura para levar menino na tabanca"diz o Clemente"a partir de hoje tens de falar aqui com o nosso capitão,agora é ele a comandar" a resposta"essas merdas acabaram,não há transporte para civis"...acabaram aquelas merdas,e veio a merda...
Cherno
Esse contacto de que falas,julgo não o ter aprendido na escola agrícola,aprendi-o com os meus pais e com os meus conterrâneos,na escola nada me ensinaram sobre relações humanas,nem tinham de ensinar.Por vezes bruto,mas sempre educado.

Abraço a todos

Zé teixeira disse...

LUis. Eu só estive no Saltinho em 2005/2008/2011, mas recordo-me de ainda ver um velho casinhoto do lado oposto do Saltinho e me ser dito pelo Braima Baldé - um antigo milícia que esteve comigo em Mampatá Forreá em 68/69 e depois foi para o Pelotão de Nativos no Saltinho onde se fixou com o seu primo o Suleimane filho do Sambel (atual Régulo de Contabane) amigo do Paulo- O Braima disse-me que aquele casinhoto em pedra era o local para onde iam à noite para defender a ponte. Atualmente apenas é utilizado quando passam pela ponte personagens importantes do regime.
Verdade ou mentira ?! Sei que está a monte.

Zé Teixeira

Tony Borie disse...

Olá Combatentes.
Li e gostei de toda a conversação entre vocês, são amigos eternos, dos bons, não se esquecem, isso é muito saudável nos dias de hoje, e também vi que o meu amigo Paulo Santiago, não é esquecido, e sendo meu conterrâneo, torna-me um pouco orgulhoso também!.
Um abraço, Tony Borie.

paulo santiago disse...

Zé Teixeira
Não estou a localizar esse velho casinhoto" do lado oposto do Saltinho".É do lado de Sinchâ Sambel?Existem uns vestígios do abrigo do Pel.53,localizado à entrada da ponte do lado direito,onde também existia um posto de sentinela com uma "Breda".Quando o 53 estava de serviço,os militares guineenses,ocupavam esse abrigo na sua totalidade,nos outros dias só lá ficavam os europeus e os guineenses solteiros,os casados tinham a tabanca à entrada do quartel.
Esse Braima de que falas,foi de quem me lembrei quando recebi a msg do Adul,só depois,e após falar com um camarada da 2701,cheguei ao Braima mecânico.
Abraço

Luís Graça disse...

Paulo,isso mesmo Cambesse, passei por aí,e fui a Cussilinta com o Nuno Rubim, no regresso de Guileje, na manhã do dia 3 de março de 2008, a caminho de Bissau...

Fizemos esse desvio para ver os rápidos de Cussilinta. Nunca lá tinha ido, no tempo da guerra. Depois ainda parei em Bambadinca...

Luís Graça disse...

Zé e Paulo: Já não consigo localizar o "ninho" da metralhadora (Breda ou Browning)... Mas tenho uma ideia: não me parece que fosse logo no início da ponte, poderia ser a meio... Na época em que eu lá estive, numa das colunas logísticas que fazíamos, de Bambadinca, a ponte a e a estrada a seguir para Mampatá-Aldeia Formosa estava "interdita"... Era natural que houvesse uma defesa da ponte, de interesse estratégico... Do lado de cá, da margem direita do Rio Corubal olhávamos com algum respeito a margem esquerda... Recordo-me de ter ficado deslumbrado com aquele silêncio e aquele "mar" de água azulada...