domingo, 9 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18999: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XLII: Pistas e aeronaves (i): Nova Lamego, outubro e novembro de 1967


Foto nº 4 > Nova Lamego, outubro de 1967 >  Avioneta DO 27 e o piloto daFAP, alf milEmanuel Leite, meu amigo do Porto.



Foto nº 2 > Nova Lamego, outubro de 1967 >  Um avião de transporte de tropas e carga, Dakota, com 2 motores, e respectiva tripulação de 2 membros, com fardas diferentes. Junto temos uma AML Daimler, trata-se de um blindado ligeiro e a sua tripulação.


Foto nº 1 > Nova Lamego, outibro de 1967 > Um caça-bombardeiro T6, estacionado na pista de Nova Lamego.


Foto nº 8 > Nova Lamego, novembro de 1967 >  Avioneta civil, dos TAGP,  uma Dornier, de 2 passageiros, aterrando em Nova Lamego.


Foto nº 7 > Nova Lamego, novembro de 1967 >  Esquadrilha de caças T6 estacionados em Nova Lamego.


F10 > Nova Lamego, novembro de 1967 > Uma escala do Dakota, entre Nova Lamego e Bissau, com paragem em Farim, para carregar e descarregar pessoal. Farim, Nov./67. Está ao meu lado um professor primário negro, que teria ficado em Farim.


Foto nº 3 > Nova Lamego, novembro de 1967 > Pista de Nova Lamego em terra batida, e placa dos seus 1000 metros de comprimento.


Foto nº 5 > Nova Lamego, novembro de 1967 >  Caminho de terra batida que leva à pista de aviação de Nova Lamego.


Guiné > Região de  Gabu >  Nova Lamego > CCS/ BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) >1

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira (*), ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, set 1967/ ago 69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 80 referências no nosso blogue.


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:



T201 – PISTAS E AERONAVES NA GUINÉ

A) O SECTOR DE NOVA LAMEGO – L3

I - Anotações e Introdução ao tema:

NOTAS:

O presente Tema refere-se à amostragem das pistas de aterragem e movimento de aeronaves no Sector L3 – NOVA LAMEGO – No Leste da Guiné.

As fotos são do período de finais de Setembro de 67 até finais de Fevereiro de 68. Trata-se do período em que o autor das fotos permaneceu neste sector.

Nova Lamego era a sede e comando do Batalhão de Caçadores 1933, que foi substituir neste sector o bcav 1915. Nova Lamego tinha a sua pista de aterragem de aeronaves ligeiras, Dakotas, DO27, Caças Bombardeiro T6 e Heli AllouetteIII. Não tinha pista para os caças Fiat G91, nem outros semelhantes.

A pista tinha 1000 metros de comprimento, era de terra batida, contudo o Heliporto era uma placa de betão própria para estes aparelhos.

Estacionavam nesta Base algumas aeronaves em permanência: 4 Caças T6 e 1 Heli. O objectivo era dar apoio imediato aos vários aquartelamentos existentes no sector, o maior da Guiné, com quarteis que eram flagelados quase diariamente.

Vou publicando tanta coisa sempre na esperança que apareça alguém que está retratado nas fotos, ou que se lembre de alguma coisa, mas até hoje ninguém do meu BC1933 apareceu a dizer ‘estou aqui!’. Reconheço com alguma mágoa que não há referências ao pessoal do meu batalhão, com a infeliz excepção da CCAÇ1790, ligada a Medina do Boé, Béli, Cheche e à tragédia do Rio Corubal, em 06/02/1969.

Vamos aguardando.

Em, 2018-06-18, Virgílio Teixeira


II - Legendas das fotos:


F01 – Um caça-bombardeiro T6, estacionado na pista de Nova Lamego. Estão carregados com 3 bombas em cada asa, no total de 6. Era equipado com metralhadoras na frente do aparelho. Nova Lamego,  Outubro/67.

F02 – Um avião de transporte de tropas e carga, Dakota, com 2 motores, e respectiva tripulação de 2 membros, com fardas diferentes. Junto temos uma AML Daimler, trata-se de um blindado ligeiro e a sua tripulação. Nova Lamego Out/67.

F03 – Pista de Nova Lamego em terra batida, e placa dos seus 1000 metros de comprimento. O estado da pista é fraco, muito irregular, o que dava origem a aterragens pouco confortáveis. Tratava-se da época das chuvas, por isso a terra abria grandes fendas. Nova Lamego, Nov./67.

F04 – Aeronave, Avioneta de 2 passageiros, DO27, da FAP, equipada com apenas um motor, estacionada em Nova Lamego. Destinada a transporte de passageiros, carga ligeira, correio e artigos de emergência.

O seu piloto, o Alferes Miliciano Piloto Aviador Emanuel Lima Leite, era meu amigo de criança da zona do Amial no Porto, e acabamos por nos encontrar a primeira vez naquele local, e mais tarde noutras zonas de São Domingos por exemplo. Nova Lamego Out/67.

F05 – Caminho de terra batida que leva à pista de aviação de Nova Lamego. As estradas eram todas mal tratadas, mesmo que dentro da vila ou cidade. Nova Lamego, Novembro de 67.

F07 – Esquadrilha de caças T6 estacionados em Nova Lamego,  Nov/67.

F08 – Avioneta civil dos TAGP – uma Dornier, de 2 passageiros, aterrando em Nova Lamego. Estas aeronaves faziam voos privados, normalmente para levar ou trazer passageiros, que se deslocam de, ou para, Bissau. A população civil está presente. Nova Lamego, Novembro de 1967.

F09 – A bordo de um Dakota, com cadeiras de lona, a cerca de 3000 metros de altitude, na rota de Nova Lamego, vindo de Bissau. Nos céus da Guiné, Novembro de 1967 [. Não publicada por falta de qualidade técnica[

F10 – Uma escala do Dakota, entre Nova Lamego e Bissau, com paragem em Farim, para carregar e descarregar pessoal. Farim, Novembro de 67. Está ao meu lado um professor primário negro, que teria ficado em Farim.

 (Continua)


NOTA FINAL DO AUTOR:

As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir.

Em, 2018-06-18

Virgílio Teixeira

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».
______________

8 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Boa ideia, Virgílio, está de repensar a apresentação do teu álbum por categorias temáticas mais específicas. Acabo de chegar ao Sul...

Anónimo disse...

E.Esteves de Oliveira

9 set 2018 21:14

Assunto - Há aviões... e aviões

Camarigueiro Luís Graça,

Um alfa-bravo para começar.

Para continuar: nem de propósito, esta tarde estive com os meus netos na BA 1, Granja do Marquês, e, chegado a casa, abri o blog da Tabanca Grande - agradável surpresa! O álbum de fotografias do Virgílio Teixeira: Guiné e aviões, que bela combinação.

Mas o bichinho crítico que vive escondido algures no meu bestunto disparou o alarme na foto nº 8: a avioneta na pista de Nova Lamego não é um Dornier 27, é um Cessna 152.

As diferenças são várias, para lá dos fabricantes e modelos: à esquerda o Cessna, à direita o Dornier [, foto, anexo pelo autor, a publicar em próximo poste].

Ambos são mono-motores de asa alta e ficamos por aí de parecenças. O Cessna 152 tem dois lugares (piloto e passageiro), trem de aterragem triciclo; o Dornier 27, bem maior e robusto, pode transportar seis passageiros (incluindo o piloto) e tem trem de aterragem convencional.

A memória, por vezes, prega-nos partidas, sobretudo com o avançar da idade. A velhice é uma chatice, não a recomendo a ninguém...
E. Esteves de Oliveira

Ex-oficial miliciano de Infantaria,
Guiné 1963-65, Angola 1965-66, Moçambique 1966.

P.S. - Os meus textos são redigidos em profundo desacordo e intencional desrespeito pelo Aborto Ortopédico - perdão! Acordo Ortográfico.
Visitem o meu blog http://asopadospobres.aboutlisboa.com/

s.f.f.

É de borla, não tem anúncios nem muitos links, ainda funciona a vapor...

Anónimo disse...

Um bom dia e inicio de semana para todos, e vamos trabalhar, pois já chega de férias!
Luís, é assim que vou fazer, agora tenho de 'recompor' alguns Temas que já tinha prontos, mas com dezenas de fotos, também acho que se perde um pouco o objectivo, e nunca mais acabam as publicações.
Temos O Tema São Domingos Parte I e Nova Lamego Parte I, que são estes que vão ser reclassificados, de NL já estão aqui alguns publicados este fim de semana. Mas tenho aí outros com pequenos Temas, tenho de os repescar.

O camarada E.Esteves de Oliveira, disse:

'agradável surpresa! O álbum de fotografias do Virgílio Teixeira: Guiné e aviões, que bela combinação.'
Obrigado, espero que gostem, embora algumas estou muito ridículo, mas é do clima.

Já percebi que não é uma DO, mas sim um Cessna. Se é 152 isso não é da minha lavra.
Viajei pelo menos 4 vezes neste, ou noutro Cessna dos TAGP, como único passageiro.

A última e derradeira, em finais de Fevereiro de 1969, tenho uma história para contar de arrepiar os cabelos - os meus - que vou um dia fazer um Tema, que não tendo fotos, pode servir mesmo esta deste Cessna, pois era igual. Tenho o Bilhete para Postar, lembrei-me agora. Talvez para Postar no dia em que faz 50 anos, falta pouco.
Resumo:
'Tinha um novo Comandante de Batalhão, mau, ele assinou a Guia de Marcha para eu ir de férias, comprei o bilhete, o Cessna chega com o piloto civil, eu quando ouvi o ruido do motor, toca a correr para a pista, ele descarrega o correio e outras coisas, talvez tenha deixado algum passageiro, vejo um jipe em grande velocidade na minha direcção, a poeira que ele deixava atrás, e parou junto ao Cessna. O Piloto normalmente não desligava sequer o motor, o comandante, resumindo, não queria que eu fosse, apesar de ter assinado a Guia de Marcha. Os minutos que se passaram são daqueles filmes de suspense, ele quase me agarra para eu não entrar, tenho um pé dentro e outro fora, os minutos parecem uma eternidade, a poeirada das hélices nem deixavam ver, o Piloto dá o último aviso, se não entra vou descolar, dou um salto para dentro do avião e deixo o comandante e outros de boca aberta, chegamos a Bissau. Só quando o avião da TAP estava no ar, tive a certeza que já ninguém me apanhava, até lá, nem vos conto, os dias de pavor, à espera de receber uma ordem para me apresentar novamente em São Domingos, quando eu queria era ir para junto da minha namorada, lá cheguei a Lisboa, na manhã do seu grande Terramoto.

-Foi a última e derradeira viagem de SD para Bissau, depois nunca mais lá voltei.

Voltarei um dia a estas pequenas aventuras, esta vale muito para mim, e por deixar aquele Lavrador - o Papaias - com um grande melão...

Quanto ao 'Desacordo Ortográfico', estamos quites.

Virgílio Teixeira






Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, quero este texto "trabalhado" para publicarmos um poste... Não tens que esperar pelos 50 anos... Tu vieste de férias no dia do grande terramoto, e eu acabava de ser mobilizado para a Guiné... Foi na noite de 28 de fevereiro de 1969...Houve pânico generalziado, eu não dei por nada, estava "anestesiado"... Em Castelo Branco, onde o frio era de rachar... Um abraºço, aqui da Lourinhã, ainda não cheguei a Lisboa, tenho que me despedir da praia... LG

Anónimo disse...

Luís, já chega de praia, embora agora é que os dias estão bons, vai ser assim até finais de Outubro. Ainda não chegaram os grandes incêndios!!!

Pois foi precisamente em 28/2/69, quando saí do aeroporto vi um 'estranho' modo de vida da população. Depois já lá tinha a minha bajuda à espera, morta de medo, mas eu não dei por nada, pois vinha nos céus...
Não me lembro de ter frio em Lisboa, vinha e andei apenas de polo.
Esta história tinha piada para o dia 28 de Fevereiro de 2019, mas vou ver se trabalho nisso e junto alguma documentação de apoio. Foi o meu dia mais traumatizante em toda a estadia na Guiné. Faz parte do meu livro 'não editado' e tem lá muita palha para contar, mas tenho de resumir aquilo, o que não é o meu forte, os meus resumos são sempre grandes.
Esse dia para ti também não deixa de ser um tipo traumatizado, não gosto muito de termo, mas não vejo outro para o substituir, pode ser 'marcante?'.

Virgilio




Luís Graça disse...

Virgílio, os dias estão fabulosos, e a praia, na maré vazia, um espantoso... Razão porque ainda cá estou... Vou a Lisboa (a 40 minutos, de carro) e "já volto"... Tenhor "compormissos sociais"... Ab, Luis, com ins´+onias...

Luís Graça disse...

Virg+ilio, que é feito desse amigo,r Emanuel Lima Leite ?

Anónimo disse...

O Emanuel há muito tempo não o vejo, talvez mais de 20 anos, perdi o seu rasto.
Esteve como Piloto da TAP, depois li no JN era ele o Presidente do CA, depois deixou e passou a ocupar esse lugar o Nobre, outro colega nosso de Economia, que também esteve uns anos, depois de ter cessado funções na C,Seguros o Trabalho, que entretanto desapareceu do mercado.
Já tentei aqui perguntar pelo Emanuel, mas não aparece. Somos da geração de brincadeiras dos anos 10 a 15 talvez.
Não adormeças a conduzir, pois eu já há muito que estava na berma.
Virgilio