Guiné-Bissau > Bissau > Escola Privada Humberto Braima Sambu > 8 de março de 2018: o fundador e diretor da Escola, na sua velha cadeira de rodas...
Guiné-Bissau > Bissau > Escola Privada Humberto Braima Sambu > 17 de abriu de 2018 > Aspeto de uma aula.
Foto (e legenda): © Luís Mourato Oliveira (2019) . Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné).
1. Mais três mensagens (, formando a quinta crónica,) do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro nº 730, que foi alf mil inf, de rendição individual, na açoriana CCAÇ 4740 (Cufar, 1973, até agosto) e, no resto da comissão, o último comandante do Pel Caç Nat 52 (Setor L1 , Bambadinca, Mato Cão e Missirá, 1973/74): é bancário reformado, foi praticante e treinador de andebol; lisboeta, tem fortes ligações à Lourinhã, Oeste, Estremadura...
Chegou a Bissau, a 2 de março, e aqui vai estar 3 meses como voluntário na Escola Privada Humberto Braima Sambu, no âmbito de um projeto da associação sem fins lucrativos ParaOnde, que promove o voluntariado em Portugal e no resto do Mundo. (*)
Ser solidário com o professor Humberto Braima Sambu que precisa de uma nova cadeira de rodas...
por Luís Oliveira
(i) 15/3/2019, sexta-feira, 16:26
Olá, Luis
Sem muitas coisas interessantes para contar, de momento, vinha propor por sugestão do professor Humberto a admissão do Braima Camará na Tabanca Grande.
O Braima Camará é um jovem guineense, professor em Bafatá com enorme sensibilidade e capacidade para na escrita transmitir sentimentos positivos.
Infelizmente está em greve porque os professores não recebem ordenado desde Outubro do ano passado.
Se leres alguns textos dele no Facebook, creio que apoiarás a sugestão e é também uma forma de renovação da Tabanca Grandeonde infelizmente a idade de todos os que a habitam vai avançando.
Deixo-te o endereço e-mail dele.
(ii) Sexta-feira, 09/03/2019, 23:30
Boa noite, Luís
Boa noite, Luís
Acabei de assistir ao prélio entre o Boavista e o Sporting em relato que farei oportunamente.
Quando me preparava para sair tive a visita do Cherno Baldé, acompanhado pelo professor Humberto e pelo Braima, um jovem professor que trabalhou com o Sambu.
Foi muito gentil e convidou-me para o visitar sempre que quiser para continuarmos as nossas conversas. Pedi-lhe o email e, como não havia forma de registo, autorizou que tu mo facultasses.
Espero que as crónicas sejam divertidas e que consigam dar um cheirinho desta terra tão mal tratada.
(iii) quarta-feira, 13/03, 17:10
Boa tarde, Luís
Após algum tempo sem te enviar noticias, cá estou eu de novo. Os dias decorrem com grande rapidez porque após o Carnaval começaram as aulas e os voluntários estão cá para colaborar, nessa vertente temos passado parte dos dias na escola.
O meu trabalho não tem sido na área que previa porque, apesar de já terem chegado 16 volumes enviados de Lisboa, o preço que pedem para o levantamento nos correios é incomportável para a escola.
Fui hoje com o professor Humberto pela segunda vez aos correios onde entregámos uma carta a tentar sensibilizar o director daquele serviço para dispensar a entrega sem custos ou por custos reduzidos comportáveis com as nossas possibilidades.
Por essa razão tenho auxiliado nas aulas de educação formal e com a falta de professores tive de improvisar e criar sessões de Educação Civica Global, prevista pela ONU e Unesco e creio que muito úteis e interessantes neste país.
Quanto à abordagem que fiz ao professor Humberto para integrar a Tabanca Grande, aceitou de imediato e fica muito honrado com o convite que agradece.
Relativamente às suas condições de mobilidade, queria colocar um desafio à Tabanca. O professor teve paralisia infantil e está agarrado a uma cadeira de rodas em péssimo estado (, eu que o diga que tenho andado com ele para todo o lado e esse exercício faz-me suar mais que uma intensa sessão de ginásio) , não tem apoio para os braços, as rodas estão para o empenado devido aos caminhos donde há mais buracos que terra plana e creio que não irá durar muito mais.
Penso que talvez uma campanha solidária para permitir a continuação do trabalho do professor que iniciou a sua actividade dando educação a jovens, sob uma árvore com um quadro, e que merece muito mais que uma cadeira de rodas pelo seu papel na sociedade.
Se alguns dos nossos camaradas junto de alguma associação de beneficência ou bombeiros arranjasse maneira de fazer voar uma cadeira de rodas para a Guiné, seria um contributo inestimável e que muito prestigiaria a iniciativa. Poderia ser mesmo uma cadeira usada e com uma única condição principal - ser muito resistente para aguentar o futuro que lhe estaria reservado.
Conto enviar mais crónicas, mas cada vez mais apaixonado pela actividade até as minhas leituras tenho descurado.
Recebe um abraço amigo de quem se manterá na Tabanca e partilhará as suas histórias e segredos debaixo do nosso poilão.
Abraço,
____________
Nota do editor:
(*) Último poste da série > 12 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19577: Voluntário em Bissau, na Escola Privada Humberto Braima Sambu - Crónicas de Luís Oliveira (4): dia de Carnaval + Eleições = Carnaval Total
2 comentários:
Luís, pode ser que algum benemérito te leia... Há muita procura destas cadeiras de rodas...
Diz-me algo mais sobre o Braima Camará...Tem página no Facebook ?... Ab, LG
Luís, se puderes, quando puderes, se quiseres, quando quiseres, diz-nos algo mais sobre a Escola e o fundador e diretor HUmberto Braima Sambu... Num país em que não há verdadeira administração pública, e que é um "micro-Estado" (apesar de tudo, há órgãos de soberania, etc.), diz-nos lá como que um homem como o prof Humberto Braima Sambu consegue, desde há meia dúzia de anos, manter de pé o seu sonho ? Quantos alunos e professores tem a Escola, etc.
Faz tu uma pequena apresentação do teu anfitrião para eu o poder apresentar formalmente como o membro nº 785 da Tabanc Grande...
Bom fim de semana, Luís Graça
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