segunda-feira, 11 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19573: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXV: Memórias do Gabu (IV)


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Outubro  de 1967 > Foto nº 3 >  Na tasca do «Zé Maria» comendo e bebendo alguma coisa. Junto comigo o Furriel Rocha, o !Algarvio!,  que não pertencia ao nosso Batalhão, mas foi lá parar ao CA, caindo de paraquedas.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Outubro  de 1967 > Foto nº 4 > Na tasca do «Geraldes» petiscando sozinho alguma coisa, talvez frango. Este estabelecimento conhecido por ‘O Geraldes’ era uma espécie de restaurante-tasca, onde se podia comer e beber alguma coisa fora da ementa do rancho do quartel.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > 1º trimestre de 1968 > Foto nº 6 > No bar da messe de oficiais lendo o jornal diário da província, "O Arauto"


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > 1º trimestre de 1968 > Foto nº 6A > "O Arauto" era propriedade da Igreja Católica; publicava-se todos os dias, exceto à segunda-feira; era originalmente mensário. desde 1943, passou a diário em 1950, sob a direção do padre José Maria da Cruz; lê-se na primeira página do exemplar que o Virgílio Teixeira está a ler: "A maior tragédia: Portugal na... e a rota do Cabo"; o resto é ilegível.

Recorde-se que, na sequência da guerra israelo-árabe, ou guerra dos seis dias, de 5 a 10 de junho de 1967,  a Rota do Cabo passou a ocupar um lugar vital para o Ocidente e para a economia mundial, nomeadamente por causa do fornecimento de petróleo do Próximo Oriente. O Canaz do Suez esteve encerrado à navegação desde 1967 até 1975 !... O artigo do jornal deve ter a ver com este tema candente.

Por razões funanceiras, o jornal que  acumuliu um crescente de défice de vásrias centenas e contos, deixou de se publicar ainda no tempo do governador general Arnaldo Schulz. A última edção, o nº 6444, saiu em 10 de abril de 1968. (LG)


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > 4º trimestre de 1967 > Foto nº 8 >  – Uma das muitas ‘reuniões’ de copos, tendo como tema alguma comemoração. Aqui está a maioria dos condutores do meu batalhão e outros ligados à ferrugem, em mais uma confraternização de anos, por exemplo, vejo o Furriel Carvalho, o soldado condutor Bourbon, e tantos outros amigos.

Parece que havia uma embalagem de biscoitos, sortido 28, uma garrafa de brandi Macieira e outra não identificada. O interesse principal da malta, eram as revistas ‘cor-de-rosa’ com as fotos das meninas já quase descobertas, mas nem por isso!


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 > Foto nº 9 > Momentos de leitura na messe de oficiais, no Bar, com alguns camaradas. Estão da esquerda para a direita, o nosso ‘brigadeiro’, o mestre da sala, o Tenente Godinho, da Secretaria;  eu, o alferes Teixeira; o aspirante Mesquita; e o alferes Carneiro, o de bigode.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 > Foto nº F11 > Refeitório das praças transformado em sala de aulas. Este local,  como se pode ver,  é uma parte do refeitório dos soldados e cabos, que após as refeições era transformado em sala de aulas. Ali se ensinava a nossa tropa, alguns mesmo analfabetos, tendo como professores outros militares mais alfabetizados. Tem o quadro de lousa atrás, e podem ler-se algumas palavras.

Da minha parte, aproveitei para almoçar ali mesmo, quando não me apetecia ou estava fora de horas para almoçar na minha messe. Como já disse a comida do Rancho Geral, era por vezes melhor que na messe de oficiais, sei por experiência própria.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > 4º trimestre de  1967 > Foto nº 16 > Na cantina das praças, anexa ao refeitório, bebendo uma cerveja. Esta foto, que não me lembro bem onde foi feita, mas presumo que se trata da cantina das praças, que ficava anexa ao refeitório geral. Como não conheço as mesas e cadeiras, é a única foto que tenho desta zona, por isso posso confirmar, quase, com alguma certeza.

Vê-se uma construção ao fundo com bidões e um tubo, que julgo tratar-se de um condutor de água, para os bidões e dali para os serviços, WC, chuveiros ou até cozinhas, não se sabe.  

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde. (*)


 CTIG/Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:

T063 – MEMÓRIAS DO GABU – PARTE IV


I - Anotações e Introdução ao tema:


Devido ao interesse que tem suscitado a ‘Princesa do Gabu’, e para juntar às muitas que já existem, é com muito gosto que venho enviar para futuro Poste, mais algumas fotos de Nova Lamego (GABU) dos tempos de 1967/68 (Período de 23Set67 a 26Fev8).

Esta será a Parte IV – também escolhidas ao acaso, sem tema especial que não seja mostrar como era a Nova Lamego do meu tempo, não dos anos seguintes, que já não a conheci.

Espero e desejo que agradem, pois a falta de qualidade das fotos é uma constante.


II - Legendas das fotos:

F03 – Na tasca do «Zé Maria» comendo e bebendo alguma coisa. Junto comigo o Furriel Rocha – o Algarvio – que não pertencia ao nosso Batalhão, mas foi lá parar ao CA, caindo de paraquedas. Não tinha função nenhuma. Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 1967.


F04 – Na tasca do «Geraldes» petiscando sozinho alguma coisa, talvez frango. Este estabelecimento conhecido por ‘O Geraldes’ era uma espécie de restaurante-tasca, onde se podia comer e beber alguma coisa fora da ementa do rancho do quartel. Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 1967.

F06 – No bar da messe de oficiais lendo um Jornal - ‘O Arauto’. Antes ou depois das refeições passava algum tempo a ler e beber alguma coisa, e neste caso estou a ler «O Arauto». Não me perguntem, mas deve ser um jornal local da Guiné, pode ler-se na primeira página ‘A maior tragédia Portugal’, não sei nem compreendo agora como foi lá parar. Parece-me que tem uma etiqueta de envio pelos correios, mas não sei. Foto captada em Nova Lamego, no 1º. Trimestre de 68

F08 – Uma das muitas ‘reuniões’ de copos, tendo como tema alguma comemoração. Aqui está a maioria dos condutores do meu batalhão e outros ligados à ferrugem, em mais uma confraternização de anos, por exemplo, vejo o Furriel Carvalho, o soldado condutor Bourbon, e tantos outros amigos.

Parece que havia uma embalagem de biscoitos, sortido 28, uma garrafa de brandi Macieira e outra não identificada. O interesse principal da malta, eram as revistas ‘cor-de-rosa’ com as fotos das meninas já quase descobertas, mas nem por isso! Foto captada na zona de GABU - Nova Lamego, no 4º. Trimestre de 67

F09 – Momentos de leitura na messe de oficiais, no Bar, com alguns camaradas. Estão da esquerda para a direita, o nosso ‘brigadeiro’, O mestre da sala, o Tenente Godinho da Secretaria, o alferes Teixeira, o aspirante Mesquita, e o alferes Carneiro, o bigode. Pela postura, parece que estamos todos a ver uma sessão de cinema na Televisão local! Foto captada em  Nova Lamego, no mês de Dezembro de 67

F11 – Refeitório das praças transformado em sala de aulas. Este local como se pode ver é uma parte do refeitório dos soldados e cabos, que após as refeições era transformado em sala de aulas. Ali se ensinava a nossa tropa, alguns mesmo analfabetos, tendo como professores outros militares mais alfabetizados. Tem o quadro de lousa atrás, e podem ler-se algumas palavras.

Da minha parte, aproveitei para almoçar ali mesmo, quando não me apetecia ou estava fora de horas para almoçar na minha messe. Como já disse a comida do Rancho Geral, era por vezes melhor que na messe de oficiais, sei por experiência própria. Foto captada na zona de GABU - Nova Lamego, no mês de Dezembro de 1967

F16 – Na cantina das praças, anexa ao refeitório, bebendo uma cerveja. Esta foto, que não me lembro bem onde foi feita, mas presumo que se trata da cantina das praças, que ficava anexa ao refeitório geral. Como não conheço as mesas e cadeiras, é a única foto que tenho desta zona, por isso posso confirmar, quase, com alguma certeza.

Vê-se uma construção ao fundo com bidões e um tubo, que julgo tratar-se de um condutor de água, para os bidões e dali para os serviços, WC, chuveiros ou até cozinhas, não se sabe. Foto captada na zona de GABU - Nova Lamego, no 4º. Trimestre de 67

Vila do  Conde, 2018-03-02

15 comentários:

José Saúde disse...

Virgílio Teixeira, Nova Lamego, hoje Gabú, foi uma terra que me ficou na memória. Conheci, e bem, a sua vivência quotidiana. Estive no quartel novo, aquele que se situava junto à estrada que nos ligava a Bafatá. Porém, usufrui da possibilidade de várias vezes me deslocar a esses aposentos no interior da localidade. Ah, ia, também, lá jogar ao bingo. Gabú é hoje uma fonte que me inspira a tecer enormíssimos comentários. Já editei um livro intitulado "AS MINHAS MEMÓRIAS DE GABÚ". De Gabú trouxe inesquecíveis lembranças. Vivi, tal como tu camarada, instantes que jamais se apagarão da minha alma. A zona palmilhei-a de fio a pavio. Cruzei o teor da guerra e da paz.

Resta-me reviver espaços por ti frequentados e que para mim me foram também comuns.

Abraço,

José Saúde

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, viou ver se amplio a foto em que está a ler "O Arauto"... Estou com curiosidade em descobrir o resto do título de caixa alta: "A maior tragédia: Portugal na...". E já agora a data da edição... Dizes tu que a foto é do 1º trimestre de 1968... Alguém assina o jornal, que era diário, aí no teu batalhão...

UM abraço, Luis.

PS - Há mais fotos... Estou a fazer "render o peixe"... Dezasste fotos numa só poste, é muito pesado...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Ampliei a foto e consegui recuperar a leitura da última parte: "... a rota do Cabo"...

Lembrei-me então que, na sequência da guerra israelo-árabe, ou guerra dos seis dias, de 5 a 10 de junho de 1967, a Rota do Cabo passou a ocupar um lugar vital para o Ocidente e para a economia mundial, nomeadamente por causa do fornecimento de petróleo do Próximo Oriente. O Canaz do Suez esteve encerrado à navegação desde 1967 até 1975 !... O artigo do jornal deve ter a ver com este tema candente.

Foi nessa época que se construiram os superpetroleiros e o Estaleiro da Lisnave tinha capacidade para a sua reparação e manutenção... Depois de 1975, foi a Lisnave que se afundou... o Canaz do Suez foi reaberto...


O Arauto" era propriedade da Igreja Católica; publicava-se todos os dias, exceto à segunda-feira; era originalmente mensário; desde 1943, passou a diário em 1950, sob a direção do padre José Maria da Cruz. Estava alinhado política e ideologicamente com o Estado Novo, como seria de esperar...

Valdemar Silva disse...

Virgílio
Julgo, por não me lembrar ao certo, que foi no Restaurante 'Geraldes', numa das várias vezes que lá fomos comer churrasco de frango, ter havido uma forte discussão com o dono, por causa do seu cozinheiro nativo que tinha uma motoreta.
Dizia-nos o Sr.….: Este gajo é um excelente cozinheiro e até boa pessoa, mas tem uma grande mania de querer sair sempre a horas. Os culpados são vocês os tropas que lhes dão muita confiança.
Quanto ao resto, mais umas boas fotos de Nova Lamego.
Venham mais.
Ab.
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Valdemar, não chames aquilo do 'Geraldes' um Restaurante!!
Só se mudou muito, eu saí em 26fev68. Até essa data era uma fraca 'tasca', mas que tinha outras coisas que não havia na messe, só isso, e era bom para variar.

Julgo já ter lido aqui em 'Restaurantes' mas não no meu tempo.

O Cozinheiro, não me lembro dele, nem sei se era o mesmo Geraldes a cozinhar!

Claro que aquela malta, não era muito de trabalhar, todos nós sabemos, até porque como é costume dizer-se os africanos têm este lema 'O corpo não é de ferro, a noite é para dormir, e o dia para descansar!'

Soma e segue.

Virgilio Teixeira

Valdemar Silva disse...

Virgílio
Cuidado com o bitate, ou melhor dizendo com o bitaite.
Por cá, sempre ouvi dizer que o 'trabalho é bom pró preto'.
Quanto ao resto, julgo que no 'Geraldes' havia dois menus cada um com o seu preço.
Frango de lá ou frango da metrópole, que por acaso o de lá, mais pequeno e menos gordo, com aqueles temperos era mais saboroso.
Em Bafatá havia outro Restaurante com a mesma 'carta', mas com muito mais variedade de produtos da metrópole.
E já lá vão 50 anos, que tudo isto se passou.
Os gajos do 'abate à carga', com a ideia nas suas mentes de araneídeos, bem pensaram com os bons milhares sem ser no desemprego e sempre lá vão ficando alguns, nunca lhes passou pela cabeça o que tudo aconteceu e, pior ainda, andarmos por cá agora, a contar os tempos que por lá passamos com vinte e poucos anos de idade.

Valdemar Queiroz


.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

E o alentejano, camaadas ?... Esse canta(va) asssim:



Vitorino : Ó patrão dê-me um cigarro
Letra e música: popular: Alentejo
In: "semear salsa ao reguinho", 1975



Ó patrão dê-me um cigarro
Acabou-se o tabaco
E o trigo que eu hoje entarro
Fumando dá mais um saco

Canta o melro no silvado
E o rouxinol na ribeira
Ó minha pombinha branca
Quero ir à tua beira

Quero ir à tua beira
Quero viver a teu lado
Rola o pombo na azinheira
Canta o pardal no telhado

Se a morte fosse interesseira
Ai de nós o que seria
O rico comprava a morte
Só o pobre é que morria.


http://natura.di.uminho.pt/~jj/musica/html/vitorino-oPatraoDeMeUmCigrarro.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Quero eu dizer, cuidado com os ...preconceitos.

Anónimo disse...

'O corpo não é de ferro Senhor, porque a noite é pra dormir, e o dia pra descansar!'
Acho eu que esta lenga lenga, entrou em minha casa por intermedio do meu pai, nos jantares de familia, ainda era vivo, e dizia isso em dom de brincadeira. Isso ou vinha da sua estadia na India, ou mais tarde em Moçambique, mas também poderia ter sido na Guiné (73-74).
Não precisamos de preconceitos racistas, até porque aqui no Norte se diz o mesmo dos alentejanos, sem ofensa claro, pois adoro o Alentejo e as suas gentes.

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

E que o diga este canto alentejano do Vitorino, bem humorado.
Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Oh Valdemar, aquilo nesse tempo deveria ser uma barrigada de fome, não?
Ainda hoje, 50 anos passados, lembrar que havia frangos de cá e de lá e os sabores de cada, é obra.

Lembrar assim uma coisa que ficou gravada, era aquela mousse de chocolate do 'Solar dos Dez' em Bissau, gelada, dura como pau, a gente enfiava a colher na taça e ficava sempre de pé, (a colher, claro!) até ir descongelando, e eu que não era nem sou nada de doçuras, mas nunca mais provei nada igual, era da idade claro!
E no mesmo sitio, o vinho Casal Garcia, que era deitado no copo aos pingos, com a garrafa a descongelar, era um ritual, inesquecivel...

Bom apetite pro jantar

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

A última edição, o nº 6444, saiu em 10 de abril de 1968. (LG)
Luís, estive a ler a história do Arauto, foi pena ter acabado. Realmente nós tínhamos lá em NL o Arauto, no Bar. Não sei se alguém o assinava, mas por aquela etiqueta do canto, parece que ia pelos correios. Então seria uma assinatura do meu Batalhão, e com custos, e sendo assim eu teria de 'autoriza' essa despesa, ver o 'cabimento' nos Fundos do Tesouro, ou na sua falta ver os Fundos Privativos. Tudo passava por mim, eu é que dava as autorizações, é quase como a Ministra Educação, eles querem 'ver revertidos n anos, m meses e mais 2 dias e talvez umas tantas horas, e o cabimento para isso no Orçamento? São loucos. '

Por isso (pelo encerramento do Jornal) nunca mais o vimos em S.Domingos, quando chegamos em Abril de 68, data do seu fecho.

Talvez seja uma noticia do Canal de Suez, eu acompanhei isso bem, fazia parte da minha vida diária, e pelas conversas quer do meu pai como do meu irmão que por lá passaram - pelo Canal a caminho da ÍNDIA de volta - nos finais dos anos 50, inícios de 60, e comentavam muito sobre isso.

Uma boa continuação, vamos jantar.

(hoje fui a uma consulta de OTORRINO no Hospital Pedro Hispano âs 14 horas. Recebi um sms no sábado para comparecer lá. Quando fui atendido pelo médico, que por acaso era o Chefe do Serviço de ORL e outros Serviços, nem eu nem ele sabia para o que ia, eu não sabia de nada, nem eles...

Viu que estava tudo em ordem, e 5 minutos depois cumprimentou-me e estava terminada a sessão. E esta Hem? ).

Virgilio Teixeira


Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

- "De Gabú trouxe inesquecíveis lembranças. Vivi, tal como tu camarada, instantes que jamais se apagarão da minha alma. A zona palmilhei-a de fio a pavio. Cruzei o teor da guerra e da paz."

José Saúde,

Copiei esta frase, porque é aquilo que me vai na alma, ainda hoje.
Não cruzei assim o terror da guerra e da paz, mas palmilhei dentro da minha função, muitas zonas que muitos outros não o fizeram.

As lembranças são inesquecíveis para toda a vida, os 50 anos já passados e os restantes que não se sabe quando acabam. Só lamento ter estado tão pouco tempo no GABU - 5 meses - é muito pouco para tão grande obra. Fui parar a outro local, passei do 80 para o 8, onde nada se passava, onde estava encurralado em meia dúzia de km 2 sem poder sair para lado nenhum, a não ser no meu eterno SINTEX.

Tenho as melhores recordações do GABU, só quem as viveu na sua plenitude pode compreender este significado.

Tínhamos aqui pano para mangas, já dei uma olhada aos teu livro das Memórias do GABU, que deu o mote para partilhar as minhas fotos, com este titulo sugestivo «As Minhas Memórias do Gabu». Cada um tem as suas mas no fundo todos temos cá no coração um pouco daquele 'clima' em chão de Fulas.

Bem hajam todos que se lembram desta nossa temporada, independentemente da função de cada um, por muitos anos que passem, vamos sempre lembrar o GABU como a nossa segunda terra, mesmo que não hajam políticos que não nos conseguem ouvir, muito menos compreender.

Um abraço, e parabéns pelo teu livro.

Virgílio Teixeira



Anónimo disse...

Bom dia Luís,

Para acabar as respostas a este Poste, dizes que esta Parte IV tem 17 fotos, é pesado para um Poste. Ok, nada posso fazer.
Para manter a mesma ordem que eu tenho nos meus arquivos, este Poste - Parte IV - vai ser complementado com as restantes fotos que faltam, julgo que é isso. Podes por favor chamar-lhe 'Continuação da Parte IV' .
Nos futuros Álbuns que enviar vou então aligeirar a coisa, podes dizer qual será o numero máximo de fotos para saírem num só Poste? 10 unidades, 9, 8 ?

Se fosse possível postar todas as fotos que me faltam, - cerca de umas 700 unidades - tínhamos aqui material para 90 a 100 Postes, isto é para uns largos anos.
Como nem tudo será necessário, e não terá interesse para os nossos camaradas, vou fazendo uma selecção mais rigorosa, até um dia isto acabar.

Agora já deves ter mais uns quantos Temas todos com cerca de 15 a 17 fotos, preferes que eu desdobre em duas partes, ou fazes aí, por mim, eu volto a repetir tudo de novo.
Depois já tenho outros Temas com a mesma quantidade, que ainda não enviei, e estes ainda os posso desdobrar antes de enviar.

Gostava de saber como fazer, e qual será a politica de futuro para 'Postar os momentos da nossa Guerra na Guiné, em fotografias da época, que julgo era isto que eu pensava ser a finalidade do Blogue' - A nossa guerra e não outros temas que nada têm a ver com o período 1961-1974, pelo menos para mim, não. Mas não sou eu que mando, como é evidente.

Também compreendo que a maioria das fotos do meu Álbum, não interessam a ninguém, a maioria tem como personagem principal o próprio autor, é demasiado 'narcisista' mas aí entra o Editor para dizer 'que estas não...!

Eu vou continuar a organizar o meu Álbum nestes pequenos temas, agora vou reduzir para metade, vou também abreviar ou até eliminar parte das legendas e comentários, para se tornar 'menos pesado' este fardo do camarada Virgilio Teixeira.

Continuação de um bom dia, e um abraço amigo do Virgilio.





Abilio Duarte disse...

Eu, as únicas vezes que ia ao Batalhão, em Nova Lamego, pois pertencia á C.ART.11, que estava no Quartel de Baixo, era para jogar ás cartas, no Bar da Messe de Sargentos. Lepra, King, poker etc. Estava lá um 2º Sargento Mil. que era da Amadora, e desafiava a malta para lá ir jogar, e beber uns copos, quando estávamos de descanso no Gabú.
Bons tempos e boas jogatanas.