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Para ilustração nada melhor que a primeira obra artística de, quem sabe, um futuro Mestre da pintura.
Amor Em Tempo de Covids-19
Há quanto tempo não te vejo?
Os dias passam lentos
Em que não te afago a cabeça
Não te vejo só te imagino
Somam-se os dias e noites
Não assisto ao teu riso
Não te acalento o choro
Há quanto tempo não te vejo?
Nesta atmosfera, o medo é o espaço
O tempo arrasta-se lento
Será irrecuperável o que perdemos
Há Tanto tempo não te beijo?
Há quanto tempo não te embalo nos braços
Não sinto o teu cheiro
Impensável querido este afastamento
Esta ausência nas nossas vidas
Não vejo, só te imagino
Há tantos dias e semanas que parecem anos
Que não te vejo, só te imagino.
Juvenal Sacadura Amado
34º dia de isolamento
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Nota do editor
Último poste da série de 12 de Abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20847: Blogpoesia (672): "Gatos de arame na loiça de barro", "Não importa o lugar..." e "Parece que foi ontem", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
2 comentários:
Infelizmente, Juvenal, tem que ser, nesta conjuntura, a separação de gerações: avós, filhos e netos... É duro, mas tem que ser, para proteção de todos... Valha-nos, ao menos, a videoconferência, a videochamada... E, depois, há a escrita, a poesia, o nosso blogue... para, ao menos, podermos exprimir a dor que nos vai na alma!...O teu Henrique há de compreender mais tarde (e emocionar-se com) o teu poema!...É também um lenitivo para todos nós, avós, "sozinhos em casa"...
Belo poema do camarada Juvenal impedido de ver e sentir o seu adorado neto.
Um abraço
Carvalho de Mampatá.
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