quinta-feira, 16 de abril de 2020

Guiné 61/74 - P20860: "Viagem de volta ao mundo: em plena pandemia de COVID 19, tentando regressar a casa (Constantino Ferreira & António Graça de Abreu) (9): Em navegação, no Mar Vermelho: "não acredites em nada antes de ver e, depois de ver, continua a não acreditar"... E um momento de grande emoção, na Sexta Feira Santa!...



MSC - Magnífica > Cruzeiro de Volta ao Mundo > Em navegação, a caminho do Mar Vermelho e do "Mare Nostrum", o Mediterrâneo. > Sexta Feira Santa, 10 de abril de 2020 > Fotos de um espetáculo a bordo, alusivo à Paixão de Cristo... "Há mais de um mês, sobre mil oceanos e mares, tocando terra ao de leve, temos a ameaça da morte à nossa volta."

Fotos (e legenda): © António Graça de Abreu (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Elsa e Comstantino Ferreira, Wellington, capital da Nova Zelândia, 15 de março de 2020.
Foto: Cortesia da página do faceboook de Constantino Ferreira. Foto reeditada pelo Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

1. Constantino Ferreira d'Alva, eex-fur mil art da CART 2521 (Aldeia Formosa, Nhala Mampatá, 1969/71), membro da nossa Tabanca Grande desde 16 de fevereiro de 2016. Vai a bordo do MSC -Magnífica, que teve de apressar o seu regresso ao ponto de partida, devido à pandemia de COVID-19. 

Está a escrever o seu diário de bordo, desde 23 de janeiro de 2020, disponível na sua página do Facebook, agora a "quatro mãos", com o António Graça de Abreu, de quem hoje se publica duas pequenas crónicas.

2. AS duas últimas mensagens,   que nos chegaram, por email, do António Graça de Abreu [, ex-alf mil, CAOP 1 8Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74), membro sénior da Tabanca Grande, com mais de 250 referências no nosso blogue]


(i) Em navegação, Oceano Ìndico, 7 de Abril de 2020

Tenho repetido a mim próprio, inúmeras vezes, que não devo acreditar em nada antes de ver, tal e qual como aprendi com o não muito sábio S. Tomé. Só que, normalmente me esqueco da continuação da frase que há muitos anos decorei na China, que diz que "depois de ver, devemos continuar a não acreditar."

Ontem vi, com estes olhos que a terra, ou o crematório, há de comer, vi, claramente visto, no imenso mar diante de Colombo, Sri Lanka, vi (ate tirei fotografias!) uma passageira do Magnífica ser retirada do nosso navio numa maca e levada para um rebocador cingalês, e assisti à saída de um tripulante nosso, tambem entrando para dentro do rebocador, no meio de um enorme aparato de pessoas com máscaras e fatos anti-coronavírus, quer no barco do Sri Lanka, quer no Magnifica.

No nosso, as medidas tomadas iam no sentido de o nosso pessoal se proteger contra qualquer contágio do pessoal cingalês que quase entrava no nosso navio. Como expliquei ontem, à noite o nosso capitão informou que se tratava de uma passageira que necessitou de mais tratamentos médicos. Hoje tivemos a continuação das informações. Dentro do nosso navio sabe-se que a senhora alemã, de 75 anos de idade, teve uma apendecite aguda e precisou de ser operada, com urgência.

Entretanto, o tripulante, o único de nacionalidade cingalesa a trabalhar no Magnifica, aproveitou a paragem no mar de Colombo para terminar o seu contrato com a MSC. Fez muito bem e regressou a casa.

Há pouco vieram mostrar-me num telemóvel as notícias publicadas no jornal Colombo News, a propósito deste acontecimento, que já estão na Net e que metem o Presidente da República do Sri Lanka, e tudo. Mais ou menos nos seguintes termos:

Historiaram, mal, a viagem de Volta ao Mundo do Magnifica, informaram que o nosso navio, por suspeitas de casos de coronavírus a bordo,  estava proibido de acostar a qualquer porto do mundo. Mas o povo do Sri Lanka era simpático e hospitaleiro, e Sua Excelência Gotabaya Rajapksao, o Presidente da Republica,  autorizou que a passageira do navio italiano, que tivera um ataque cardíaco e podia ter sintomas de outras doenças, desembarcasse e entrasse num hospital em Colombo. 

O tripulante, de nacionalidade cingalesa, agradecia, comovido, ao Presidente da República por ter podido sair do barco e regressar à pátria com saúde, agradecimento extensivo ao ministro da Marinha, Pyal De Silva (por certo, descendente de portugueses!), que, numa situação tão difícil, tão bem defendeu e zelou pelos interesses do povo do Sri Lanka, unido em volta do seu presidente Gotabaya Rajapksao.

Como diria o nosso Gil Vicente, há quase seis séculos atrás, "assim se fazem as cousas." E, como digo eu, caá por estas bandas do Oriente, "não acredite em nada antes de ver, depois de ver continue a não acreditar."

António Graça de Abreu

(ii) Em navegacao, Golfo de Aden, 10 de Abril de 2020

Hoje, Sexta-feira Santa, houve, às duas da tarde, um minuto de silêncio, simples homenagem a todos os que faleceram vítimas de coronavírus 19.

Depois, às três horas, com o teatro quase cheio, o coro improvisado dos velhinhos do navio, criado no decorrer da viagem, com o pomposo nome de Schola Cantorum Magnifica, interpretou, com vozes afinadas e claras, dois espirituais negros norte-americanos associados à Pascoa, dois gospels, o segundo dos quais Amazing Grace  recordando as situações de vida e de morte que temos vivido .  tinha as seguintes palavras, capazes de humedecer os olhos de qualquer um de nos, crente ou não crente.

Through many dangers, toils and snares
We have already come.
T'was grace that brought us safe thus far
And grace will lead us home,
And grace will lead us home. (#)



Três tripulantes do Magnifica procederam, em seguida, a leitura de excertos do Novo Testamento, do Evangelho Segundo Sao João, com os passos da crucificação e da morte de Jesus. Uns quinze passageiros, três deles portugueses, leram entao, em várias linguas, textos breves, quase orações de saudação a Deus, homenageando os que faleceram, agradecendo por o vírus não ter chegado ao nosso seio, expressando também o desejo de regressarmos todos com saúde e paz aos nossos lares.

Rezou-se um Pai Nosso e, por fim, os músicos e cantores italianos do Musica en Mascara, todos vestidos de preto, tocaram e interpretaram um excerto do Requiem, de Giuseppe Verdi.
Enorme dignidade na homenagem a Deus, nesta Sexta-feira Santa.

Antonio Graça de Abreu

PS - Meu caro Luís: Agradeço-te, por todos os deuses, que ponhas estas duas fotos junto ao texto que escrevi esta sexta-feira santa. Talvez porque me emocionei. Há mais de um mês, sobre mil oceanos e mares, tocando terra ao de leve, temos a ameaça da morte à nossa volta.


[Revisão / fixação de texto para efeitos de edição neste blogue: LG]

# Tradução livre:

Graça maravilhosa: 

(...) Por muitos perigos, duros trabalhos e armadilhas 
Nós já passámos. 
Foi a graça de Deus que nos trouxe sãos e salvos até agora. 
E a graça de Deus  nos levará para casa, 
E a graça de Deus nos levará para casa. (...)

16 comentários:

Anónimo disse...

Vou ser o primeiro.

Por principio, sou tudo menos 'politicamente correcto'. E estou a marimbar-me nisso.

Não sou, nem fui até hoje, leitor destes Postes de cruzeiros e outras mordomias.
Numa altura em que o país está num caos, com pessoas a passar fome, a morreram por todos os lados, não acho de bom tom, imagens destas de uns 'eleitos' que se passeiam pelo mundo fora, quando a maioria, digo mesmo, a grande maioria, não tem capacidades nem para sair de casa.
Isto no mínimo é um atentado aos outros, nem digo camaradas ou amigos, digo a todos os que não têm acesso a estes luxos. É inveja, talvez seja, não digo que não.
Não me interessa nada as condições em que se encontram, quando todos nós estamos aqui f.....dos a lutar contra a Pandemia.
A vossa Pascoa, comparada com a minha, envergonha-me. Querem ver as minhas fotografias do almoço de Pascoa?
Por favor, tenham mais juízo, e deixem essas publicações, senão isto é um cortejo....
Agora podem começar a cair-me em cima, eu vou aguentando!

E peço aos editores para não cortarem esta mensagem, sentida, porque estamos todos mesmo apanhados, pior do que na Guiné.

Ab,

Virgilio Teixeira




Tabanca Grande Luís Graça disse...

António, entendo e respeito a tua emoção ao ouvir o "Amazing Grace"... Não é pieguice: eu, que também não sou crente (,desde os meus 15 anos,) admiro e emociono-me, até à lágrima, com a profunda espiritualidade, a magia, a emoção e a mensagem de universalidade ecuménica que muitos de nós experimentam, crentes ou não crentes, ao ouvir um hino como esse, com letra de um antigo "negreiro", o poeta inglês e clérigo da Igreja Anglicana John Newton (1725–1807), mais tarde "musicada", em 1835, pelo compositor americano William Walker ...

Tenho ouvido este hino em modestos coros do nosso Portugal e, ainda há dias, ouvi-o, na TV, em direto, interpretado pelo Andrea Botticelli no adro da "Duomo", a catedral de Milão... Mas continuo a preferir a "versão soul", a interpretação de Aretha Frank e outros grandes intérpretes da música afro-americana...

Que bons ventos vos tragam a casa, com saúde e em segurança. Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

(...) "E peço aos editores para não cortarem esta mensagem, sentida, porque estamos todos mesmo apanhados, pior do que na Guiné." (...)

Virgílio, o que é que te leva a pensar que os editores te iriam cortar esta mensagem ?!... Respeitamos todas as diferentes opiniões, para mais em questões de tanto melindre como as questões que estamos neste momento a enfrentar, as da pandemia de COVID-19... Não há "métricas" para comparar o sofrimento de cada de um nós e dos que nos são queridos, seja os que estão confinados em casa, como tu e eu, os que estão a trabalhar, nos hospitais ou nos "front offices" de atendimento ao público, ou aqueles, como os nossos camaradas António Graça de Abreu, Constantino Ferreira e José Vinhas que foram apanhados pela crise no meio de um cruzeiro, luxoso é verdade, de volta ao mundo...

Força, vamos vencer esta crise!... A COVID-19 não passará!...

(Luís Graça, confinado em casa desde 17 de março de 2020)

Antº Rosinha disse...

E o Titanic? E o cagaço dos passageiros e tripulantes do Santa Maria?

António, é caso para dizer, Não vás ao Mar Tóino, não queiras ir Tóino... !

Anónimo disse...

Eu bem digo, colocar estes textos no blogue e uma especie de ofensa aos pobrezinhos dos portugueses, que nao se metem em cruzeiros de luxo -- ja bastou o do Niassa ou Carvalho Araujo, para as terras da Guine --, esses portuguesesque gostam muito de estender a mao e de chorar lagrimas de crocodilo.
Somos 26 portugueses neste cruzeiro, tres deles passaram pela Guine. Nenhum de nos os tres e rico, trabalhamos e juntamos os tostoes para esta Volta ao Mundo, coisa original que nao contempla muita gente. Gente que aferroa o dinheiro, a pensar no dia de amanha e nao vive. Nos tres gostamos de viver, de conhecer, de viajar, nao somos como os lacrimejantes do Portugual dos Pobrezinhos. Mesmo com mar tempestuoso, ha que ir ao mar, Toino. Eu nao lamento nada, limito-me a comprovar e a contar que a vida esta dificil, com a morte por perto, ate para estes "ricacos." Ainda ontem a noite foi uma passageira gravemente doente levada para Israel, de helicopetero. Estavamos em frente a Port Said, Egipto, mas os egipcios recusaram o desembarque da doente.
Fomos para o mar alto para virem os sionistas, judeus de Israel, levar a senhora para um seu hospital, Que e que isto interessa aos nostalgicos do sofrimento da guerra da Guine?

Abraco desde o Mediterraneo Oriental.

Antonio Graca de Abreu

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Meus caros, estão bastante enganados, o pobrezinho portuga não sou eu, são os 99% da população portuguesa. Esses comentários, em especial vindos das terras frias da Laponia, não me atormentam. Eu conheço bem esses suecos - os principais financiadores do PAIGC nos tempos da guerra - e sempre tiveram a mania de serem os maiores (bebedos sim conheço essa faceta deles) mas agora estão a levar no pelo como todos os outros, infelizmente paga o justo pelo pecador. Não sei como se consegue viver com essa gente. E sobre os seus comentários, Sr. J. Belo já chega, o Senhor já me insultou noutros postes como nunca fui, foi de uma 'ordinarisse' que nem as gentes mais humildes do Porto lhe chegam aos calcanhares, já o tinha posto de lado, e agora por favor, esqueça que eu existo, e não leia nem comente o que eu digo porque não consegue rebaixar-me, até porque nem o conheço de parte nenhuma, nem terei prazer em conhece-lo.

E para que fique claro, apesar de todas as tentativas de branquear agora a situação, para mim, e de certeza para a maioria (silenciosa) do povo português e dos nossos companheiros de armas, estas fotos e estas descrições de cruzeiros luxuosos, numa altura destas, é não só um atentado, quase comparado a terrorista, mas especialmente é uma AFRONTA a todos aqueles 'coitadinhos' que lutam arduamente para que este país continue a funcionar e a mim nada me falte, esperando não ter de precisar da legião dos principais heróis desta história, os nossos profissionais de saúde, que não têm tempo de ir a casa, há muitas semanas. Haja bom senso, e paremos estes atentados a Todos os Portugueses.
Quanto a cruzeiros, eu já fiz o meu entre 4 e 10 de agosto de 1969 e gostei porque vinha para casa. Nunca mais fiz, porque a minha mulher tem horror ao mar e eu não adoro.

Mas temos uma vida preenchida, e aqui vai uma das afrontas que eu infelizmente fiz também a muita gente, mas não se vivia esta situação de calamidade, coisa que parece um sonho ou pesadelo.

Os meus luxos, podiam fazer inveja a muita gente, por exemplo, uma semana passada no RITZ Paris, (mais de mil euros por dia), nas acomodações por onde passou a 'defunta' Princesa Diana, a confraternização com a Princesa Carolina do Monaco e seu bebado marido, jantares no Hotel com orquestra com Harpa e outros instrumentos, bem, vamos ficar por aqui. Não, não sou daqueles que 'ajuntou' o dinheirinho no Banco e a comer couves todos os dias.
Estou com estes disparates, porque não tenho mais nada que fazer, e as horas custam a passar, noutra altura, fazia como antes, nem lia nem comentava nada.

Primeira parte, a segunda segue dentro de momentos.

Virgilio Teixeira


antonio graca de abreu disse...

Oh, Virgilio, nao leves tudo isto tao a peito!
Agora entendi melhor, dizes: "A minha mulher tem horror ao mar e eu não adoro." Esta tudo explicado, pezinhos em terra e nao vas ao mar, Virgilio! Estas no teu plenissimo direito. Mas olha que o Fernando Pessoa disse e bem " Oh, mar salgado, quanto do teu sal sao lagrimas de Portugal!"
Misturar a princesa Diana com o nosso cruzeiro e um bocado esquisito, nao navegamos nas mesmas aguas. A maior riqueza que podemos ter e ser honestos, sinceros, e a humildade nao faz mal a ninguem.
Eu sou um pobre monge, a chuva, ainda no embalo das ondas do mar, caminhando pelo mundo. Sera que entendes, meu caro Virgilio?

Abraco,

Antonio Graca de Abreu

Anónimo disse...

Virgilio Teixeira

Acalme-se ou ainda lhe dá o tréco e lá vai ouvir a harpa, fora do Ritz de Paris. mas num céu azul com nuvenzinhas brancas.
Afrontas,atentados terroristas,coitadinhos,pecadores,luxos,plural de princesas, Diana mais Carolina,maioria silenciosa,etc,etc.

O Sr.G.de Abreu nunca mais se vai atrever a fazer cruzeiros provocadores a este nível de luxo!
Ou lá terá,como bem escreve,de "comer couves todos os dias".

Quanto ás ordinarices do Zé Belo desculpe lá o rapazote!
Vive no fim do mundo rodeado de renas,ursos e suecas bêbadas.
Sabe lá ele o que é isso das ordinarices sofridas por almas sensíveis como a sua.

Mas,pelo que o julgo conhecer,deve estar a "mijar-se" de tanto gargalhar.
Sabe,é que apesar de tudo o rapaz é um menino mimado do Estoril;mais nada!

Espero,depois disto, que o Sr.Abreu desista de "ajuntar o dinheirinho no Banco" para mais cruzeiros escandalosos.
Para a paz de todos nós.


Manuel Teixeira.


Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Vinhal disse...

Continuem, a sério. Estou a gostar.
Já há muito que não me divertia assim.
C.Vinhal

Hélder Sousa disse...

Pois é isso mesmo, caro Vinhal

Podes crer que também tenho sorrido bastante com o correr destas leituras.
Acho que só assim se pode (e deve) levar isto sem grandes "empolgamentos".

Às vezes há queixas de que o "feed de notícias" corre muito depressa pelo que quando se quer comentar "já passou". Isso, em certa medida, é verdade, mas fica aqui provado que é sempre possível comentar em qualquer momento.

Abraços (virtuais, claro!) e cuidem-se!
Ah, e não deixem que o avançar da idade os façam ficar muito "azedos".

Hélder Sousa

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Hélder Sousa disse...

Caro JB (José Belo para os desconhecedores....)

Claro que "esses azedos", os tomates, podiam ser de/em Mampatá, não duvido.

Mas estava a referir-me a "gente madura" que por força de ter e desenvolver "amigos de estimação" deixam-se levar pelas animosidades e esquecem as suas inegáveis qualidades literárias, principalmente as poéticas, para continuamente zurzir no(s) tal(ais) amigo(s), normalmente a pretexto de tudo e, às vezes, até a pretexto de nada!

Mas, olha, pode haver quem não ache interessante este cruzar de comentários mas na realidade acaba-se por encontrar coisas interessantes.
As "luxuriosas iguarias suecas", os "cativo-navegantes", os "pobres monges à chuva" dariam certamente pano para mais mangas.

Boa continuação.

Hélder Sousa

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valdemar Silva disse...

As 'Crónicas de Viagem' são um estilo literário extraordinário.
Quem não leu ou viu o filme 'Ulisses de regresso a Itaca'? Não tenho conhecimento se alguma vez alguém experimentou esta sensação.... ao mesmo tempo que ia sabendo do drama doloroso das crianças do Biafra a morrerem de fome....uff ..... já nos chega o filhadaputadovirus ....uff...aquela dos 99% é digna dum cartaz.
Do resto, sejam sempre bem-vindas estas 'Crónicas de Viagem' bem escritas por AGA, já que o Beja Santos fica ah!ah!ah!ah! e nem sequer se lembra daquela 'o que é isto tem a ver com a Guiné'.
Bom regresso a 'Itaca', se bem que, nem com um virusinho a bordo, seria do regresso duma 'guerra de Troia'.


Cuidem-se e não saiam de casa
Valdemar Queiroz