quinta-feira, 17 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22290: Memória dos lugares (421): quartel do BENG 447, Brá, Bissau, um hotel de cinco estrelas


Guiné > Bissau > Brá > O quartel do BENG 447, em Brá, perto do aeroporto (*), O autor da foto é o Serafim António da Silva, ex-1.º cabo de engenhria,  do BENG 447 (1970/72).



Serafim Silva, em Brá (1970/72) e em Lagoa (onde vive)


1. Lê-se no blogue, editado pelo Fernando Barata e o Ricardo Lemos, CCAÇ 2700 - Dulombi, 1970/72 (**):

O Serafim Silva nasceu no dia 30 de outubro de 1948. Foi 1º cabo de engenharia, do BENG 447 (Brá, 1970/72).

Teve uma passagem breve por Dulombi, ao tempo da CCAÇ 2700, em funções relativas ao reordenamento da tabanca de Dulombi, nomeadamente no transporte de materiais de construção, sob a supervisão do furriel mil Manuel Maurício (***). Presentemente, o Serafim Silva encontra-se na situação de reformado, tendo trabalhado na arte de marceneiro. Vive em Lagoa.

Em Lagoa, também vive o José Bernardo Martins Franco, ex-soldado pertencente ao BENG 447 Engenharia, já se encontrava em Dulombi quando a CCAÇ 2700  lá chegou. Ficou sob o comando do Furriel Manuel Maurício. Estava a cumprir uma 2.ª Comissão. Tinha a especialidade de pedreiro. (**)
 

Guiné > Bissau > Brá > O quartel do BENG 447, em Brá, perto do aeroporto, Novinha em folha. As melhores instalações da cidade, na altura da guerra colonial (1961/74).  

A foto, reproduzida com a devida vénia, é da página do Facebook da comunidade BENG 447 Brá - Guiné, criada em abril de 2013, e que no entanto deixou de estar activa desde o final de 2017. Por outro lado, a maior das fotos publicadas são de convívios do pessoal.

Alguém acrescenta, o José Silvério: "Não existe, foi remodelado no pós-independência, mas na guerra de 1998 caiu uma granada no paiol e foi tudo pelos ares, Agora existe o novo Hospital Militar e casa de civis."

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4 comentários:

Antº Rosinha disse...

Estas instalações foram muito bem utilizadas pelo PAIGC, pelo ministério das Obras Públicas.

Estavam muito bem concebidas para aquele clima tropical.

Deram para amplos armazéns, amplas oficinas mecânicas, agradáveis escritórios e havia também pequenas residências que serviram para engenheiros e técnicos que vinham formados da União soviética, Cuba e outros países.

Até foi adaptado nessas instalações um bom gabinete para o ministro das Obras Públicas.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Rosinha, a engenharia tinha que dar o exemplo, contrariano o provérbio "Em casa de ferreiro, espeto de pau"...

È justo recordar que não deixámos, aos novos senhores de Bissau, apenas aquartelamentos do mato tipo "bidonville"... Não sei quantos se construiram de raíz, segundo o modelo do BENG..-.

As instalaçõs do comando, dos oficiais e sargentos, em Bambadinca (, construídas em finais de 1968, se não erro) eram excelentes, e com uma vista soberba sobre a bolanha de Bambadinca... Quando lá passei em Março de 2008, erem uma dor de alma... Nem coragem (ou estômago) tive para lá entrar...

Mantenhas. Luís

PS - Fizeram -se "quartéis novos" em diversos sítios: Nova Lamego, por exemplo...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Teoricamente podia seu um "alvo" fácil e apetecível para o "Jacto do Povo", o foguetão 122 mm; ou arma espeail Graad (na gíria do PAIGC).

Era uma arma de artilharia, de bater zona e não de tiro de precisão...

O seu alcance máximo era de 11.700 m para 40º de elevação. Segundo um relatório do PAIGC a distância maior a que se efectuou tiro, teria sido contra Bolama, em 4 de Novembro de 1969, a 9.800 m.

Chegar a 10 km de Brá não era nada fácil... Será que alguma vez o pensaram ?

Antº Rosinha disse...

Luis Graça, os soviéticos não arriscavam muitos equipamentos militares importantes, nem equipamentos nem homens, os cubanos que avancem, mas pouco.

Os soviéticos arriscaram duas vezes e "caiu o muro".

Uma foi no afeganistão que foi uma desgraça descomunal, e outra foi precisamente nas colónias portuguesas em África.

Em Angola foi um desastre apesar de ter sido o seu protegido o MPLA a levar a melhor.