segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Guiné 61/74 - P22786: O meu sapatinho de Natal (5): Doces e felizes recordações natalícias da minha infância (Joaquim Costa, V. N. Famalicão, ex-fur mil arm pes, CCAV 8351, Cumbijã, 1972/4)

Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74) > Natal de 1972 > Primeiro Natal passado no TO da Guine´: da esquerda para a direta os  Furriéis Gouveia, Martins, o meu amigo do Colégio das Caldinhas, Costa, Albuquerque e Beires... Fartos do vinho de “bidon”, na fila para o "Champanhe".

Foto (e legenda): © Joaquim Costa (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. M
ensagem 
de Joaquim Costa  [, ex-furriel mil arm pes inf, CCAV 8351,  Cumbijã, 1972/74); natural de V. N. Famalicão, a residir em Fânzeres, Gondomar; eng téc e professor ref]:

Data - 6 dez 2021 12h47
Assunto - O Natal da Minha Infância

Meu caro Luís

Já se sente no ar o cheirinho de Natal.

Aqui vai o meu modesto contributo para o blogue (*),  lembrando com emoção os maravilhosos Natais da minha infância. Deixo ao teu critério a publicação do mesmo.

É minha convicção que o Menino Jesus (não o Pai Natal) me vai colocar no sapatinho o meu livro de memórias.

Um grande abraço
Bom Natal, Joaquim.


2. O Natal da Minha Infância

por Joaquim Costa


Passei dois Natais na Guiné, mas estranhamente tenho só uma vaga ideia do primeiro, em 1972, ainda periquito em Aldeia Formosa (foto acima), mas não tenho memória do de 1973, já em Cumbijã, por ventura absorvidos com as desavenças com os nossos vizinhos de Nhacobá.

Como acontece com a maioria de nós, os Natais que nos vêm à memória são sempre os da nossa infância:

A semana que antecedia o Natal era vivida com tanta intensidade e alegria que quase doía.

Ansiava com grande nervosismo e entusiasmo pela grande aventura que era ir com os meus quatro irmãos, noite escura, roubar um pinheiro a uma bouça do lavrador da aldeia para o madeiro da noite de Natal. Vivíamos este momento como numa patrulha noturna nas matas da Guiné já que se constava que nessa semana os filhos do lavrador emboscavam na mata, toda a noite, armados com caçadeira.

Na altura ainda não tinha chegado (do estrangeiro!) a moda do Pai Natal acompanhado do seu pinheirinho e da sua coca-cola. Hoje, para guardar os seus pinheiros, o agricultor só contratando dois grupos de combate armados de G3, bazuca e morteiro.

Por uma questão de estratégia militar, evitávamos estar muito tempo no campo de batalha, pelo que repetimos a patrulha noturna num outro dia para roubar pinhas mansas, que colocávamos junto do madeiro a arder para abrirem e libertarem os pinhões, elemento imprescindível para o jogo do rapa (rapa - tira - deixa - põe) fazendo horas para a missa do galo.

Estes “santos” pecados eram perdoados, sem grande esforço, pelo confessor, na véspera de Natal: 3 Padre Nossos e uma Salvé Rainha por cada pinheiro e uma Avé Maria por cada pinha.

Como eu executava com sentido de responsabilidade e zelo a tarefa que me estava reservada de apanhar musgo para o presépio!

Fazia questão em participar em todas as tarefas, nomeadamente na construção do presépio (fazendo chegar os bonecos), que de ano para ano era maior e mais sofisticado, com quedas de água e azenhas a funcionar

E a consoada?

Bacalhau (na altura comida dos pobres – para quem é bacalhau basta!), batatas e muita hortaliça.

As sobremesas todas preparas à base de pão:

  • rabanadas embebidas em vinho branco verde;
  • mexidos (também conhecido por formigos noutras regiões do país), pão embebido em água que ia ao lume até fazer uma papa e onde se juntava açúcar e canela (e algo mais que é segredo de chef); também se juntava: pinhões, uvas passas e nozes na percentagem dos estilhaços de carne no nosso arroz da Guiné.
  • sopas secas: camadas de fatias de pão sobrepostas embebidas em vinho branco e onde se acrescentava canela e açúcar.
Hoje sou eu que continuo a tradição fazendo os mexidos da minha Mãe (receita que guardei ditada por ela) mas onde os estilhaços já são mais que o pão (o meu filho Ricardo adora).

Todos os anos faço os mexidos já que recrio com emoção os felizes Natais da minha infância.

Mas o dia mais esperado era o dia seguinte, quando os pais autorizavam ainda de madrugada, dada a ansiedade, o ansiado assalto à lareira da cozinha onde estavam colocadas em fila as nossas chancas/socas onde o Menino Jesus todos os anos colocava, religiosamente, duas tangerinas e 3 pequenos bonecos de chocolate.

Claro que não faltava a roupa velha no almoço do dia 25.

Também nunca mais me saiu da memória o último dia de aulas antes do Natal que mais parecia o mercado da vila aos sábados de manhã.

Tive duas professoras na escola primária: a primeira, já muito gasta da idade, que foi a professora de todos os meus irmãos, metia-me mais medo que o óleo fígado de bacalhau (mistela que tínhamos de tomar todas as sextas feiras). A mulher era mal encarada, de mal com a vida, vingando-se nestas pobres criaturas. Granjeou na aldeia fama de excelente professora: disciplinadora, exigente e intransigente, atributos que agradavam, no contexto da altura, a todos os pais daquelas pequenas cobaias. Reguadas (a que eufemisticamente chamávamos de bolos!) por tudo e por nada, puxões de orelhas, vergastadas e orelhas de burro na cabeça virados para a parede era o habitual em todas as aulas. Mais parecia um campo de batalha.

Para nossa felicidade a mulher reformou-se, passando nós da noite para o dia com a nova professora. Passei a gostar da escola e particularmente da professora (meiga, de pele sedosa, simpática… e linda de morrer). Mesmo quando era apanhado a manter na boca o óleo fígado de bacalhau para logo a seguir deitar fora, sorria e fazia de conta que não via.

As duas professores eram de facto muito diferentes, ao ponto de baralharem as minhas ideias (incutidas pela velha professora e pela minha catequista) sobre o que é certo e o que é errado.

Em plena época natalícia e na sequência da leitura do texto: “o sapateiro”,   do nosso mítico livro do tempo do Estado Novo, fomos desafiados a fazer uma redação sobre o tema: “Se eu fosse rico”.

A minha redação foi apresentada como exemplo à turma (mais não fiz que despejar mecanicamente todos os ensinamento da professora e da minha catequista). 

 Com toda a convicção (???) com a minha riqueza ia fazer um hospital para os pobrezinhos, ia ajudar todos os pobres da aldeia dando-lhes uma casa e um galinheiro com galinhas e um galo, fazer obras na igreja da terra etc., etc., até ficar ainda mais pobre, mas feliz e o Céu como garantido.

Numa nova redação sobre o mesmo tema, repeti, obviamente, as mesmas ideias que tanto sucesso tiveram com a antiga professora. Com toda a surpresa minha, a nossa querida nova professora, para além de um medíocre a vermelho, valorizou antes a redação do colega de carteira que “rezava” assim: 

Se eu fosse rico comprava uma casa e umas socas novas para a minha mão; para mim comprava a casa do Dr. Cândido (uma casa senhorial na aldeia com dezenas de empregados), comprava um grande carro, arranjava um namorada e ia passear com ela para Lisboa…

Não obstante esta atitude, incompreensível da professora, percorreu-me um sentimento de pena e compaixão pelo meu colega de carteira, pela sua “infelicidade” e pelo inferno que tinha como certo…

A professora granjeou um respeito e carinho muito grande na aldeia, agora não só dos pais mas também dos alunos. Razão pela qual no Natal os nossos pais lhe enviavam todo o tipo de presentes: galinhas vivas, coelhos vivos, dúzias e dúzias de ovos, e todo o tipo de produtos que colhiam na horta

Para quem vivia no centro da vila num andar não era nada fácil acomodar todos estes produtos, pelo que no último Natal (na minha quarta classe) ganhou coragem e mandou-nos uma pequena mensagem para casa: 

Estou muito grata pelas prendas que amavelmente me enviam, nesta época natalícia, mas agradecia que este ano nada me enviassem pelos vossos filhos… mas, se mesmo assim, insistirem em enviar alguma coisa agradecia que o fizessem com: arroz, massa, conservas, açúcar...

Já o padre da freguesia se tinha antecipado trocando a tradicional oferta de ovos na visita pascal por um envelope fechado com dinheiro (que só podia ser notas), simplificando a logística…

Um bom Natal para todos. Joaquim Costa

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 6 de dezembro de  2021 > Guiné 61/74 - P22784: O meu sapatinho de Natal (4): o que é feito de ti, camarada Dinis Giblot Dalot (CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71), o melhor condutor de GMC do mundo ? (Luís Graça)

13 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Joaquim, os teus "mexidos" vêm grafados no Dicionário, sim, senhor... Em Candoz, diz-se "formigos"... Mas os "pobres" de ontem já não fazem "formigos", faz-lhes lembrar a "pobreza" de antigamente... É uma pena que estas tradições gastronómicas se percam, com a "globalização"... Agora compra-se já tudo feito... LG

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mexidos
mexido | adj. | n. m. pl.
masc. pl. part. pass. de mexer

me·xi·do
adjectivo
1. Que se mexeu; revolvido, misturado.

2. Diz-se dos ovos que se batem e agitam com uma colher enquanto estão ao lume na frigideira.


mexidos
nome masculino plural
3. Intrigas.

4. Saracoteio em certas danças.

5. Doce que se faz geralmente pelo Natal com pão ralado, açúcar, mel, etc.


"mexidos", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/mexidos [consultado em 06-12-2021].

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Luís Graça (by email)
6 dez 2021 18:04

Joaquim, parabéns, pela prenda antecipada, que vai cair do teu sapatinho de Natal... A que mandaste (e que eu ainda nem li), vou já publicá-la na nova série... Um bom Natal para ti e família, livre da maldita Covid-19. Vou ao Norte, mas só posso sair daqui em 22 à tarde...Tenho um consulta. Ab, Luis

Tabanca Grande Luís Graça disse...

formigos
formigo | n. m. | n. m. pl.

for·mi·go
(derivação regressiva de formigar)
nome masculino
1. [Veterinária] Doença no casco dos equídeos, que consiste no depósito pulverulento de substância córnea do pé dos solípedes entre o casco e o tecido vivo. = FORMIGUEIRO, FORMIGUILHO

2. [Portugal: Trás-os-Montes] [Viticultura] Variedade de uva branca temporã.


formigos
nome masculino plural
3. [Portugal: Trás-os-Montes] Chouriços de sangue e alhos.

4. O primeiro leite da vaca fervido e misturado com mel.

5. Iguaria de pão, mel, vinho, manteiga, ovos e açúcar, que se usa nas festas do Natal e Ano Novo.


"formigos", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/formigos [consultado em 06-12-2021].

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Sopa seca ou sopas secas... Vd. aqui

https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/cat/doces-e-produtos-de-pastelaria/123-sopa-seca


(...) Historial do produto: É uma curiosidade que tem origem no hábito que tinham as famílias mais humildes e de poucos recursos económicos, de prepararem uma sobremesa que estivesse ao alcance das suas bolsas e que satisfizesse as suas aspirações gastronómicas, principalmente em dia de festa. Doce à base de pão de trigo velho, com água adocicada com açúcar e aromatizada com vinho doce e casca de limão. Para se apresentar com o seu sabor original deve ser confecionada de preferência em forno a lenha e deve ser saboreada ainda morna.

Representatividade na alimentação local: Sobremesa dos mais pobres na antiguidade. Na atualidade, sobremesa da classe média-alta. (...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

No Norte, diz-se "champanha" por influência cultural dos antigos emigrantes que foram para França (e que que voltam, com regularidade, nas férias de verão, no Natal, etc, e outros já regressaram de vez)...

Há o "champagne", há a "champanha" e o nosso excecional espumante (, dos Alvarinho ao Murganheiras, aos Bairradas, aos Douros... há excelentes espumantes em todas as regiões vinícolas, mas é bom não esquecer que temos uma região demarcada de espumantes, Távora e Varosa, nas "Terras do Demo" e do grande Aquilino Ribeiro...

Mas há aqui uma boas "dicas" do Expresso / Boa Cama, Boa Mesa (passe a publicidade...)para o Natal de 2021...

https://boacamaboamesa.expresso.pt/vinhos/2021-10-21-Os-espumantes-portugueses-que-merecem-brilhar-em-qualquer-mesa-bf320e14

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em Candoz comem-se "pencas" com o bacalhau... E no dia seguinte faz-se a "roupa velha" com os restos da ceia de Natal: bacalhau, batatas, pencas. ... Por isso nessa época muito trabalha o "obus" 14...

Valdemar Silva disse...

É interessante, também, não me recordar de nada do Natal de 1969 passado na Guiné. Sei que estava em Canquelifá com dois pelotões da minha CART11, reforçando a defesa da tabanca que tinha sofrido um grande ataque. O Natal de 1970 já o passei em Lisboa, por ter regressado de avião TAP em 18 de Dezembro, não esperando por Janeiro pelo regresso de navio com resto da Companhia.
O último Natal passado na minha terra (1955), antes de vir para Lisboa, já a minha avó Maria tinha morrido e vivia com uma parente. Houve a ceia de Natal com bacalhau, batatas, pencas, rabanadas de vinho americano e aletria com canela. No outro dia tinha uma prenda nas chancas: um lápis de chocolate embrulhado numa bonita prata vermelha.
Desde o ano 2000 até 2018 que passei o Natal junto do meu filho nos Países Baixos, sempre fizemos a ceia do dia 24 de Dezembro com o bacalhau com todos: bacalhau (levava de cá), grão, batatas, ovos e couve portuguesa que se comprava em Antuérpia.
Foi um sucesso esta nossa ceia de Natal, que por lá não ser usual e muito menos com o simplório bacalhau cozido com batatas. Também ficou famosa a "roupa velha" no pequeno almoço do dia 25 de Dezembro, não esquecendo o tintol "Periquita" que dava, e ainda deve dar, muito bem com bacalhau cozido.
Bem, devido a um ataque DPOC, o Natal do ano passado foi nas urgências do Hospital Amadora-Sintra, perto de uns Covid ados chegados dias antes.

Abraço e saúde
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, este ano, nada de ataques de DPOC!... Os hospitais, nesta altura do campeonato, não são o "melhor porto de abrigo"... Mas já estou a ver que vais passar o Natal de 2021 sozinho, em casa, e com o telefone ao lado, para o caso de ser preciso chamar o 112...Vamos telefonar-te, ao menos. Eu estarei pelo Norte, como de costume há 45 anos...

Valdemar Silva disse...

Luís, espero este ano não me fazer "covid ado' da urgência do Amadora-Sintra.
Com esta tempo mais frio não tenho andado bem, mas estou a aguentar-me e evitar cair no Hospital.
Este ano está tudo combinado ter companhia no Natal. O meu filho, nora e netos têm já tudo
tratado para vir cá passar o Natal. Alugaram uma casa para os lados de Colares para estarmos todos juntos. Agora tudo depende do comportamento expansionista da 15ª.(*) não estragar os planos da viagem ou poder ser obrigatório quarentena.
Em todo o caso ficarei muito sensibilizado com um teu telefonema. Cuidado com as Candozadas do verde tintol por causa do teu problema do ministro.
Continuação de melhoras
Abraço e saúde
Valdemar Queiroz

(*) Ómicron - 15ª. letra do alfabeto grego, que bem podiam ter saltado para a Pi 16ª.já bem nossa conhecida.
Calhando se aparecer o Pi, como é que o marido da Zefa da Ataboeira, que é gago, irá explicar não saber ao certo se com o Pi..pi ou no Pi..pi, que ela está infetada.
(na escola o Guimarães gaguinhas dizia: Pi..pi erre ao quadra..da..do)

Anónimo disse...

Valdemar, desculpa meter a colherada (como se diz na nossa terra), na conversa com o Luís, mas não podia ficar indiferente ao teu último comentário. Fico feliz por ti. Os filhos e netos a qualquer momento nos enchem a alma, mas no Natal, mesmo para os não crentes, é uma felicidade sem limites. Torço para que tudo corra pelo melhor.
Um abraço e um feliz Natal.
Joaquim Costa

Valdemar Silva disse...

Obrigado Costa.
O qu'é isso de pedir desculpa, e comentário não é meter a colherada.
Bem, estou a fazer todos os possíveis para estar com os bofes mais ou menos em forma para,
não havendo a 15ª. a chatear a sério, passar o Natal por cá junto com os meus netos.
Depois é levar aa maquinetas do oxigénio para me aguentar junto com eles uma semana.
Não fora a ideia de virem a Portugal, já era impossível eu deslocar-me à casa deles nos Países Baixos.
Embora seja de "pensamento" católico, não sou muito religioso, mas a festa do Natal como dia de confraternização familiar é para mim insubstituível. Tenho um certo respeito pelas várias "Nossas Senhoras" que o povo foi criando, que de certa forma representam a nossa mãe, só por isso. Também o Natal, com o culto ao menino Jesus, também me entusiasma.
Na última vez que passei o Natal na casa do meu filho (2018), ofereci-lhe um livro "O erro de Descarte", de António Damásio, com uma dedicatória de um poema de David Mourão-Ferreira "Ladainha dos Póstumos Natais":

" Há de vir um Natal que será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio.
......................................."

Abraço, saúde, e Boas Festas
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, também eu fico feliz por este ano, três anos depois, poderes passar o Natal, em Portugal, com a tua "família holandesa"... Que lindo filho, nora e netos tens!... É um gesto tocante, sabendo-se que, devido à tua DCOP, não podes arriscar fazer grandes viagens, e menos ainda de avião... Vamos telefonar-te pelo Natal,a horas decentes, se autorizares que a gente divulgue, no blogue, o teu nº de telemóvel!... Os amigos e camaradas são para as ocasiões (especiais). LG

Valdemar Silva disse...

OK, Luís.
Eu não gosto de chatear ninguém, e até fico muito chateado não poder confraternizar/ aparecer aos meus amigos e até camaradas da Guiné.
Como os meus amigos já são setentistas como eu, também não saem de casa e muito menos para me visitar.
Deu-se que em Outubro combinei com o nosso camarada Carlos Silva sobre o compra d"Os Roncos de Farim". Como ele vive aqui perto e até vinha almoçar a 200 metros de minha casa, combinei ir ter com ele ao "Caçador", mas não fui. Então o Carlos Silva a meia da tarde veio a minha casa trazer o livro.
Eu ligado ao "compressor" falamos um bocado dos "Roncos" e dos tretas, e tive que lhe pedir desculpa por não ter café, ginjinha, uma mini ou sequer um tintinho para lhe oferecer.
Desculpa, não tenho nada que se beba, há algum tempo não tenho visitas, disse-lhe eu.

E é isto, nem sequer poderei mandar abaixo um touriga nacional da Quinta do Crasto com o bacalhau cozido com todos. É uma chatice.

Abraço e saúde
Valdemar Queiroz