terça-feira, 22 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23099: Tabanca Grande (532): Padre José Torres Neves, missionário da Consolata, ex-alf mil capelão, BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71): senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 859



Foto Nº 1 > Bindoro, fevereiro de 1970: hastear da bandeira


Foto Nº 2 > Bindoro, fevereiro de 1970: celebração da missa (1)


Foto Nº 3 > Bindoro, fevereiro de 1970: celebração da missa (2)


Foto Nº 4 > O capelão Neves, junto ao rio Mansoa. Esteve no TO da Guiné, como capelão do BCAÇ 2885, de 7/5/1969 a 3/3/1971.

Fotos (e legenda): © José Torres Neves  (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 5 > Almoço convívio em novembro de 2020: da esquerda  para a direita, eu próprio, o  Pe Zé Neves, o dr. Fatela, o  conterrâneo de Penamcor, Maj Gen João Afonso, e o engº Montezuma.

Fotos (e legenda): © Ernestino Caniço  (2022). Todos os direitos reservados. [Edição:: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


I. M
ensagem de nosso camarada e amigo Ernestino Caniço, ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, Fev 1970/Dez 1971; médico, foi diretor do Hospital de Tomar, 6 anos, de 1990 a 1996, e diretor clínico cumulativamente 3 anos, de 1994 a 1996, vivendo então em Abrantes; hoje vive em Tomar.


Data - 21 mar 2022 16:54 ( 

Assunto - Padre José Neves

Caros amigos

Tal como falámos ao telefone  (com o Luís Graça),  a minha ideia, ao enviar-vos as duas fotos do Padre José Neves (*), era o seu ingresso formal na Tabanca Grande, para o que já tinha obtido o seu aval.

Aproveito o ensejo para anexar algumas fotos, gentilmente cedidas pelo Pe José Torres Neves.

1 – Algumas fotos do Pe Zé Neves referentes ao Bindoro, fevereiro de 1970,  quando lá foi celebrar missa  (Fotos nºs 1, e 2 3) e outra junto ao rio Mansoa (Foto nº 4);

2  – Almoço convívio em novembro de 2020: da esquerda  para a direita, eu próprio, o Pe Zé, o dr. Fatela, o  conterrâneo Maj Gen João Afonso e o engº Montezuma.

Logo que oportuno anexarei mais fotos.

Um abraço, Ernestino




Guião do BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) (Ver unidades que passaram por Mansoa, neste período: poste P3372 (**)


II. Comentário do Jorge Picado (ex-Cap Mil do CAOP 1, Teixeira Pinto, e Cmdt da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, e da CART 2732, Mansabá, 1970/72)

Conheço apenas de nome este Padre Neves, não só através do Ernesto Caniço, mas também de dois ex-alferes  que eram igualmente amigos dele. Eram eles, o Montezuma,  do Pel de Sapadores do BCaç 2885, a que pertencia o César Dias, e o Assude da "minha" CCaç 2589.

Estes dois camaradas, já na metrópole, contactaram-me, já não sei em que data, mas ainda eu estava no activo, para um encontro com o Padre Neves, numa passagem dele por Lisboa julgo eu para um tratamento hospitalar. Seria o momento para eu o reconhecer, já que não tinha qualquer lembrança deste sacerdote. Isso não seria de admirar, uma vez que julgo nunca o ter contactado enquanto estive em Mansoa. No entanto esse enco0ntro acabou por não se realizar.


III. Comentário do nosso editor LG:

Obrigado, Ernestino, aqui está o poste de apresentação à Tabanca Grande do nosso camarada José Torres Neves, como sugerido por ti e prometido por mim. 

 É recebido fraternalmente, de braços abertos. E fica, desde já, sentado à sombra do nosso poilão, no lugra nº 859. (**)

Em comentário anterior, já tinha informado a Tabanca Grande de que:

(i) o José Torres Neves, continua a trabalhar como missionário num dos países africanos lusófonos, apesar dos seus 85/86 anos (!)::

(ii) tu, Ernestino, estiveste com ele em Mansoa, e tens uma cópia, digitalizada, do seu álbum fotográfico da Guiné: são cerca de 200 fotos, de que iremos publicar uma seleção; fazes também a ligação com ele, uma vez que ele não tem endereço de email;

(iii) o José Torres Neves também foi a Mansabá, no exercício de funções de capelania, e a outros aquartelamentos e destacamentos, pelo que a malta do BCAÇ 2885 e subunidades adidas deve lembrar-se dele.

Aqui, na Tabanca Grande, desejamos saúde, paz e longa vida ao nosso novo grã-tabanqueiro. E oxalá nos possamos conhecer pessoalmente, em próxima oportunidade, quando ele voltar a Portugal. E obrigado ao Ernestino Caniço por esta intermediação. 




3 comentários:

Valdemar Silva disse...

Muito interessante, o pormenor do ajuntamento das crianças no içar da Bandeira, em formatura, e a assistir à missa.

Valdemar Queiroz

Cesar Dias disse...

Padre Neves, está a fazer 53 anos que se juntou a nós em Santa Margarida e nos acompanhou naquela aventura, quem não se lembra do Padre Neves? tinha sempre uma palavra de conforto e ânimo para todos. Vendo estas fotos suas salta da memoria muitas lembranças, inclusivamente a sua imagem é a que tenho gravada. Sei que o Caniço vos reuniu em Lisboa e que deu para relembrar o passado, espero ainda poder estar presente em outra reunião que por certo haverá.
Deixo-lhe aqui um forte abraço, e agradeço-lhe tudo o que fez pela juventude daquele Batalhão.
Ao Ernestino Caniço deixo um abraço por nos ter proporcionado esta surpresa.
Bem Hajam

César Dias

Anónimo disse...


Fernando Paiva (by email)
Data - terça, 22/03/2022, 21:48
Assunto - Capelães e Bindoro

Caro Luís Graça,

Muito obrigado por esta mensagem (sobre o Padre José Neves).

Cheguei ao Bindoro, em maio de 1967, com o Pel Caç Nat 57, para lá instalarmos um Destacamento. O objetivo principal era impedir o abastecimento de arroz por parte do PAIGC, junto daquela aldeia balanta, de facto abundante em arroz, dada a grande fertilidade das suas bolanhas. Por lá fiquei, até julho de 68. Nesse período, o comando militar era exercido pelo Bat Caç 1912, sediado em Mansoa.

Por pouco tempo, o acompanhamento espiritual foi exercido pelo Padre Mário de Oliveira (recentemente falecido) a quem não deram tempo para ir ao Bindoro.

Das fotos (Missa no Bindoro), reconheço aquela barraquinha feita de adobes. Era onde eu dormia e guardava documentação. Depois de três meses a dormir ao relento, seguidos de outros 6 no abrigo subterrâneo, era um hotel de 3 estrelas. Até cortinas tinha (pano que servira de saco para a farinha!).

Tive um Furriel Mexia. Será este Joaquim Mexia Alves? Pelo sim, pelo não, agradecia uma nota de esclarecimento do próprio.

Tenho alguns apontamentos escritos daqueles 14 meses que passei no Bindoro e que posso partilhar com aqueles que, também, por lá passaram. Mas onde estão eles? Onde estamos nós?

Um abraço

Fernando Paiva