"A MINHA IDA À GUERRA"
12 - HISTÓRIA DA COMPANHIA DE CAVALARIA 2721: CAPÍTULO II - ACTIVIDADES NO TO DA GUINÉ
João Moreira
Graduados do 4.º Grupo de Combate - Furriéis: Justino, Ramalho e Moreira, e Alferes Silva.
Senhor Harfouche, que era libanês e chefe de posto do Olossato.
(contunua)
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Nota do editor
Último poste da série de 5 DE OUTUBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24727: A minha ida à guerra (João Moreira, ex-Fur Mil At Cav MA da CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72) (11): HISTÓRIA DA COMPANHIA DE CAVALARIA 2721: Capítulo I - Alterações na Composição da CCAV 2721
7 comentários:
Na Guiné até parecia que jogávamos, obrigados, a dança das cadeiras.
A CCAV 2721 do João Moreira, em 13 de Abril de 1970 chegou ao Olossato para substituir a CCAÇ 2402 que tinha estado anteriormente em Mansabá. Nós, saídos do Funchal no dia 13 de Abril, no dia 21 fomos para Mansabá para substituir a CCAÇ 2403 que havia estado antes no Olossato.
Como iremos ver mais à frente, a CCAV 2721,em Maio/Junho de 1971, foi para o subsector de Nhacra, zona aparentemente mais "pacífica".
Apesar de muitas promessas do COM-CHEFE de que a CART 2732 seria transferida para uma zona menos problemática, o certo é que continuou em Mansabá até um mês antes do embarque para a metrópole. Ainda neste ano de 1971, a CART 2732 perdeu dois militares em combate na zona de Mamboncó.
Carlos Vinhal
Joáo9, obrigado pela partilha do teu/vosso conhecimento...
Não te esqueºas que temos aqui, "on line", o mapa de Binta / Olossato (escala 1/50 mil). Uma preciosidade, e tem boa impressão gráfica. Podes editá-la, com o Paint!
https://arquivo.pt/wayback/20141024234234/http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial44_mapa_Binta.html
Interessa-me sempre muito esta parte da História das Unidades, relativa à caracaterizaºão do sector, população, IN, terreno, etc.
O "pedacinho" de terra que vos calhou em sorte (20 x 24 km) dava um latifúndio no Alentejo de 48 mil hectares!... Náo há nenhuma propriedade agrícola com essa dimensão em Portugal... Nem no passado a Companhia das Lezírias...
Os efeitos da guerra, logo no início, foram devastadores: de 4 só uma estrada era transitável no vosso tempo, e todas as tabancas se eclipassaram. A população sobre controlo das NT concentrava-se no Olossato: 2200 pessoas... É uma pena não haver dados sobre a população sobre controlo do IN...
Os "campos" estavan bem delimitados: não havia populção sob "duplo controlo"...
Gostava de saber de saber mais sobre a organização do PAIGC no teu setor, militar e administrativa... Mas mais à frente falaremos... Vejo que no meu sector L1 (Bambadinca), ao tempo em que lá estive, havi mais efetivos IN...
Um abraço, Luís
Joáo, se comparares o teu "latifúndio" (48 mil hectares) com a área ardida em Portugal, em 2022 (110 mil hectares), ficas com uma ideia de grandeza...
O chefe de osto seria o Emílio Harfouche ? Era uma família conhecida, com loja em Bissau...
Vd. o nosso descritor "Dissiè Os Libaneses"
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Dossi%C3%AA%20Os%20Libaneses
1970/1972
Olossato........2.200 população civil controlado pela NT, e resto (várias tabancas) sob o controlo do IN.
Na zona leste e naqueles anos, praticamente, já a população tinha abandonado as tabancas existentes juntando-se noutras tabancas com força militar e cercada de arame farpado, o que não se podia dizer haver população controlada pelo IN.
Valdemar Queiroz
No sector L1 (Bambadinca) estimava-se, no meu tempo, que o IN tivesse seis mil almas sob o seu controlo, ao longo da margem direita do rio Corubal e a norte do rio Geba estreito (regulados do Enxalé e Cuor).
Bambadinca também teria uma população equivalente à do Olossato, en grossa da pelos refugiados de guerra, e diversas tabancas "sob duplo controlo" ( como a populosa Nhabijões, por fim "reordenada", e onde cheguei a estar destacado, com o Zé Turra a entrar e a sair quando lhe apetecia...).
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