Capa do livro de José Manuel de Castro - José do Telhado- Vida e aventura, a realidade. a tradição popular. Ed. autor, 1980, 193 pp., il. (Tipografia Guerra, Viseu).
Índice do livro supracitado, de José Manuel de Castro - José do Telhado- Vida e aventura, a realidade. a tradição popular (...)
1. José Manuel de Castro Pinto (n. 1941, Vidago, Chaves) tem sido um dos autortes contemporâneos que, na esteira de Camilo Castelo Branco [“Memórias do Cárcere”, II Vol, 8ª ed. Lisboa, Parceria A. M. Pereira, Lda, 1966, (1ª ed., Porto, 1862) (Coleção "Obras de Camilo Castelo Branco, Edição Popular, 54")] e de Eduardo Noronha [ José do Telhado: romance baseado sobre factos históricos. 4ª ed. Porto: Editorial Domingos Barreiros, 1983, 399 pp. (1ª ed., Porto, 1923) ] tem contribuido para reforçar o mito do Zé do Telhado, "repartidor público", que roubava aos ricos para dar aos pobres...
José Manuel Castro Pinto é autor também de "O Robin dos Bosques Português? Vida e Aventura ?" (Plátano Editora, 2002, 256 pp.) e ainda "José do Telhado - Volume 2: culpado e inocente" (Plátano Editora, 2003, 288 pp.), duas obras obras que ainda não lemos.
Da primeira obra ("O Robin dos Bosques Português? Vida e Aventura ?") recorremos à sinopse, constante do portal Wook (com a devida vénia):
(...) "Esta obra sobre o mais célebre salteador português surge após anos de pesquisa, consultando documentos no Arquivo Distrital do Porto, no Tribunal da Relação do Porto e na Biblioteca Nacional. O Autor deslocou-se recentemente, por várias vezes, ao local dos acontecimentos, na região dos vales do Tâmega e Sousa: Amarante, Marco, Penafiel, Lousada, Felgueiras e Paredes.
O José do Telhado fez muitos assaltos, mas também ajudava muita gente pobre e era por vezes protegido mesmo por casas ricas. Tudo isto, que se situa num campo social e revelador da pobreza existente, incomodava muito os governantes e os grandes senhores.
Para todos os leitores, é interessante verificar como o José do Telhado organizou a sua quadrilha e como executou cada assalto. Finalmente, foi julgado, mas o processo do julgamento desapareceu quase logo a seguir, o que criou grandes suspeitas quanto ao modo como esse julgamento se fez.
Em Malange, Angola, onde se encontrava degredado, foi negociante de borracha, cera e sobretudo marfim, tendo mesmo servido de elo de ligação entre as autoridades portuguesas e os sobas negros.
Quando faleceu, os negros construíram uma espécie de mausoléu na sua sepultura e, muitos anos depois, ainda lhe faziam romagens de veneração tal foi a sua fama de homem severo mas bondoso e sempre pronto a ajudar os mais necessitados. O livro inclui muitas fotografias, algumas inéditas, desde fotografias antigas da época, e outras actuais, além de certidões de nascimento e casamento." (..)
(*) Vd. postes anteriores:
19 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24674: Manuscrito(s) (Luís Graça) (232): Zé do Telhado (Penafiel, 1816 - Angola, Malanje, 1875): um caso de "banditismo social"? Entre o mito e a realidade - Parte III
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