Por falta de tempo e condições, o quadro não chegou a ser sorteado, aguardando assim melhor oportunidade... Em todo caso, vai daqui um abraço muito especial ao Mário Fitas pelo seu gesto de carinho para com o nosso blogue e os seus camaradas. Sentimos a tua falta, grande Lassa! ( O Mário foi Fur Mil , CCAÇ 763, Os Lassas, Cufar, Região de Tombali, 1965/66; é, além disso, autor de dois livros e um homem dos sete ofícios e muitas paixões (da ornitologia à pirogravura) (*).
Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O João Seabra (Figueira da Foz) e o Fernando Franco (Amadora), dois intendentes... De pé, o António Santos (Loures), um homem das transmissões, que andou pelo Gabu...
Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O João Seabra, novo membro da nossa Tabanca Grande... Foi Alf Mil, comandante do PINT (Pelotão de Intendência) 9288, Cufar, 1973/74), a que pertenceu também o Fernando Franco (embora tenha estado sempre em Bissau) (**).
Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O António Graça de Abreu, ao centro, na segunda fila, entre o Rui Ferreira (o nosso Ruizinho, como é tratado carinhosamente, o autor de Rumo a Fulacunda) e o António Martins de Matos (que, em termos de patentes militares, era o mais graduado de todos nós: Ten Gen Pilav, na reserva)... Na primeira fila, da esquerda para a direita, o Álvaro Basto (Matosinhos), o Abel Rei (Marinha Grande) e o Fernando Oliveira (Porto)...
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2009). Direitos reservados
Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Um abraço de dois bons camaradas que nem sempre estiveram de acordo, no blogue, na avaliação da situação político-militar da guerra na Guiné, na véspera do 25 de Abril de 1974: o António Graça de Abreu (à esquerda) e o Juvenal Amado (à direita). (LG)
Foto: © Luís Graça (2009). Direitos reservados.
Guiné, Região de Tombali, Cufar > Janeiro de 1974 > O António Graça de Abreu num Heli Al III
Fotos: © António Graça de Abreu (2009). Direitos reservados
1. Mensagem do António Graça de Abreu (que foi Alf Mil, no CAOP 1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74):
Meus caros Luís, Carlos, Magalhães Ribeiro:
Na boa ressaca do nosso encontro da Ortigosa, escrevi este simples poema. Se acham que é de publicar, publiquem. Nas fotos do Santos Oliveira há uma espantosa (a primeira de duas) em que o Juvenal Amado e eu nos abraçamos. Essa fotografia diz tudo, é bem melhor que o meu poema. Se acharem bem, publiquem a fotografia com o poema.
[ O nosso camarada esteve recentemente em Macau, para apresentação do seu última de um tradução de um clássico da pesia chinesa), em depois em Hong Kong, Zuhai, Xangai e Pequim. Entretanto, a 3 de Julho próximo, volta a viajar para a China, "com a minha família chinesa e meia chinesa", , só regressando a Portugal no dia 3 de Setembro. Vai ser um Verão cheio de China].
Guiné 2009
Será que gosto de mim?
Será que os que me rodeiam gostam de mim?
Será que gosto do meu país?
Será que o meu país gosta de mim?
A herança da História, os acasos do tempo,
o estertor do Império, a insensatez das gentes
levaram-nos um dia a servir numa guerra.
Homens-meninos, por bolanhas verdes,
no tarrafo cinza, na picada traiçoeira,
na humidade quente do amanhecer das florestas,
o espanto, a morte, o medo, a coragem.
Quase rasgámos a alma.
Sobrevivemos, envelhecemos devagar.
Hoje, reencontramo-nos no meio de Portugal,
a festa, o vinho, o nosso fado,
as sinuosidades da vida, mil estórias,
o gosto cristalino de um abraço de irmãos.
E ainda uma lágrima,
a guerra da Guiné somos nós.
António Graça de Abreu
Estoril, 22 de Junho de 2009
__________
Notas de L.G.:~
(*) Vd. poste de 27 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3096: Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres (2): Pirogravuras, de Mário Fitas
(**) Vd. postes de:
19 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4377: Tabanca Grande (145): João Lourenço, ex-Alf Mil do PINT 9288 (Cufar, 1973/74)
20 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4389: (Ex)citações (28): Ah! Grande Lourenço ou… confessando os nossos pecadilhos de Cufar 1973/74 (António Graça Abreu)
26 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4415: (Ex)citações (29): A Guiné que todos temos um pouco na alma (João Lourenço)
4 comentários:
Caro António Abreu, parabéns pela poesia no Poste 4581,e não só.
BRILHANTE COMO SEMPRE!
Um abração do JOSÉ BORREGO
Caro A. Graça de Abreu
Felicito-te pelo explêndido poema,
onde traduziste em tão poucas palavras, todo um volumoso passado duma época da nossa história tão controversa e os seus reflexos recentes que provocou em todos nós.
Depois da tempestade, veio a bonança (ainda que não para todos)... e com o tempo, a saudade, mas também amizade reflectida nestes encontros.
Abraços
Jorge Picado
Cá vai mais uma correcção.
Saíu EXPLÊNDIDO!!!, em lugar de ESPLÊNDIDO.
Paciência. Resultado de não ter tido lições de dactilografia.
Jorge Picado
Camaradas e Amigos,
Tive, apenas agora, conhecimento da existência de um quadro do Mário Fitas, que não podendo estar presente, teve a gentileza de não se esquecer de todos os camaradas.
Face ao seu gesto, revelador da nobreza do seu carácter, penso que devíamos ter tido tempo e condicões, para pelo menos dizer que não tínhamos tempo e condições...para falarmos sobre o quadro e sobre o carinho que a sua oferta encerra. O meu primeiro abraço vai para o Mário Fitas.
O meu segundo abraço vai para o António Graça de Abreu, que tive o gosto de conhecer pessoalmente.
Gostei muito de ler o teu livro, tanto como me deliciei a ler o teu poema e ao ver a sinceridade do abraço ao Juvenal. " O gosto cristalino de um abraço de irmão", onde, acrescento eu, cabem todos os combatentes da Guiné.
O terceiro abraço destina-se ao Comandante Luís Graça e aos organizadores do Encontro. Ao felicitá-los, estou também a felicitar toda a malta do nosso Blogue presente ou ausente na Ortigosa, pois são eles que permitem que a nossa Tabanca não pare de crescer. Até onde? Até onde TODOS quisermos.
Vasco A.R. da Gama
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