1. Mais um poste da série Patronos e Padroeiros das Armas do Exército Português, um trabalho de pesquisa do nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil, Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70).
PATRONOS E PADROEIROS - VI
SERVIÇO DE SAUDE – SÃO JOÃO DE DEUS
SERVIÇO DE SAUDE – SÃO JOÃO DE DEUS
João Cidade nasceu em Montemor-o-Novo em 8 de Março de 1495. Ainda novo, com cerca de oito anos, deslocou-se para a cidade de Oropesa, em Castela, onde se tornou pastor de gado.
Mais tarde alistou-se no exército, tomando parte na conquista da cidade de Fuentebaria, que se encontrava ocupada pela França. Terminado o serviço militar, voltou a ser pastor, tendo estado em Oropesa, Sevilha, Ceuta e Granada.
Foi nesta cidade que despertou o seu espírito religioso, contagiado pelos sermões do Padre José Ávila. Resolve confessar publicamente os seus erros do passado e, como demonstração de arrependimento, percorria a cidade flagelando-se e sujando-se com lama. Perante estas atitudes foi dado como louco e internado durante alguns anos num hospício.
Com o espírito mais sereno, quando deixou o hospício, foi visitar o Mosteiro da Guadalupe, regressando posteriormente a Granada.
Em 1539 funda um hospital para doenças contagiosas e incuráveis, dedicando inteiramente ao serviço do hospital, fundando, assim, a Ordem dos Hospitaleiros, que seguia a Regra de Santo Agostinho, vindo esta Ordem a ser reconhecida pelo Papa Pio V, em 1 de Janeiro de 1571. Entretanto João Cidade faleceu em 8 de Março de 1550 em Granada, Espanha.
O Papa Urbano VIII beatifica João Cidade, com o nome de S. João de Deus, em 28 de Outubro de 1630. O Papa Alexandre VIII canoniza S. João de Deus em 16 de Outubro de 1690, mas a Bula só é assinada pelo seu sucessor o Papa Inocêncio XII.
São João de Deus, é o padroeiro dos hospitais, dos doentes e dos enfermeiros. A sua memória litúrgica é celebrada a 8 de Março.
Foi proclamado Patrono do Serviço de Saúde por Despacho n.º 14/86, de 07 de Março de 1986 e Ordem do Exército n.º 3 (1.ª Série), de 31 de Março de 1986.
José Marcelino Martins – 24 de Novembro de 2009
[Organizado a partir de imagens e textos da Wikipédia]
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Nota de CV:
Vd. todos os postes da série de:
26 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5347: Patronos e Padroeiros (José Martins) (1): Exército - Arma de Infantaria - D. Nuno Álvares Pereira
27 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5352: Patronos e Padroeiros (José Martins) (2): Exército - Arma de Artilharia - Santa Bárbara
28 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5362: Patronos e Padroeiros (José Martins) (3): Exército - Arma de Cavalaria - Mouzinho de Albuquerque
29 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5371: Patronos e Padroeiros (José Martins) (4): Exército - Arma de Engenharia - Nossa Senhora da Conceição
30 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5375: Patronos e Padroeiros (José Martins) (5): Serviço de Administração Militar - Rainha Santa Isabel
1 comentário:
Obrigado José Martins.
Eu tinha uma secreta esperança que não te tinhas esquecido do Serviço de Saúde e do seu Patrono, S. João de Deus.
Mais uma vez apetece-me dizer que os últimos são os primeiros.
Lembras-te camarada, da estória do furriel enfermeiro do Quebo (e Nhala)? Se não te lembras, podes consultar.
Pois, aí poderás encontrar o efeito protector da "mão amiga do Padroeiro".
A estória diz que foi o Nino Vieira que decidiu. Na verdade foi. Mas no momento da decisão, nos momentos antes da decisão, lá deve ter estado S. João de Deus, aconselhando Nino, iluminando o seu cérebro.
E S. João de Deus não foi exigente. Não inteferiu com a actividade do comandante guerrilheiro, libertador do seu povo.
Apenas lhe sugeriu que, de Maio de 1970 a Setembro de 1971, as povoações, os aquartelamentos, as matas, as estradas, picadas ou carreiros, todos os lugares, onde estivesse este "missionário" da Saúde, fossem lugares de paz, sem guerra.
E assim foi.
Um Abraço
Manuel Amaro
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