Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados
(i) Nos cinco primeiros dias (de 6 a 10 de Dezembro de 2009) fomos encontrá-lo, como médico, voluntário, no Centro de Saúde Materno-Infantil de Iemberém;
(ii) O fim de semana, de 11 a 13 (6ª, sábado e domingo) de Dezembro de 2009, foi passado em Bubaque e Rubane, no arquipélago de Bolama-Bijagós, como simples turista;
(iii) Dia 13, domingo, à tarde, regressou a Bissau, ao bairro do Quelelé, onde se situa casa do Pepito e da Isabel, que lhe deram guarida;
(iv) É também aqui a sede da AD - Acção para o Desenvolvimento, cujos trabalhadores tiveram, na segunda feira de manhã, exame médico de vigilância... Viu 18, de manhã (e no dia 17, viu mais 5);
(v) À tarde, nesse dia 14, segunda-feira, o João Graça foi, de carro, visitar, nos arredores de Bissau o Hospital de Cumura, gerido por um Missão Católica portuguesa...
(vi) Ao fim da tarde e noite, esteve no centro de Bissau...
(vii) E no dia seguinte, 15, seguirá para o Leste (Bambadinca, Bafatá)... À noite de 15 para 16 foi passada em Tabatô, a já mítica meca da música afro-mandinga, terra natal do grande Kimi Djabaté [, foto à direita, foto de perfil da sua conta no Facebook, reproduzida com a devida vénia]. (LG)
15 a 16/12/2009, 3ª feira, 11º e 12º dias, Tabatô, a 14 km de Bafatá
12.1. O momento alto da viagem: a recepção em Tabatô. Inicialmente os Homens Grandes estavam a ver TV, o tio do Kimi Djabaté, mas o Demba [, músico dos Super Camarimba,] lá o convenceu a mostrar o estaminé, à entrada da sua casa.
12.2. Era preciso meter gasolina no gerador, mais ou menos 1000 Francos (cerca de 1,5€) para amplificar as vozes. Chegaram os balafons, a kora, os djembés, o coro feminino.
12.3. Antes disso, brinquei imenso com as crianças.
12.4. Quando a música afro-mandinga tocou, comecei… a chorar! Serviam wargas, bebida tipo chá estimulanmte. Estavam alia 20 músicos a tocar para mim.
12.5. À 2ª música pediram-me para tocar violino. Toquei primeiro uma irlandesa, calma [, que tinha aprendido no festival Andanças] mas não pegou. Depois uma mais mexida em sol maior. Toda a gente começou a fazer sons (palmas primeiro, depois balafons, djembés, kora), numa mistura perfeita. Eles adoraram.
12..6. Toquei mais uma, judaica [, klezmer,], a Bulgar de Odessa [. vd. aqui vídeo dos Melech Mechaya], mas a escala harmónica não encaixava com aqueles instrumentos.
12.7. Eles tocaram 4 músicas ao todo, pedi mais uma e aceitaram. Agradeceram que um músico europeu tenha vindo a Tabatô.
12.8. Kimi Djabaté viveu ali até aos 21 anos. Falei com o tio dele. Músico dos Terrakota [...] esteve lá há uns anos (2 ou 3 ???). Músico violinista alemão também já lá passou. Músico canadiano viveu com eles 3 anos, aprendeu a tocar balafon.
12.9. Depois fomo-nos deitar, Ali e eu [o Antero foi para Bafatá), na casa dos Super Camarimba. Havia lá uma pele de cascavel de mais ou menos 7 metros que tinham morto com espingarda há cerca de 1 mês. Cheiros característicos.
(Continua)
[ Revisão / fixação de texto / selecção, edição e legendagem de fotos: L.G
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Nota do editor:
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