1. Comentário de Joaquim Mexia Alves [, o mais alteirão, ao centro, na foto acima, em grupo, em Bolama, acabado de chegar à Guiné, em finais de 1971], de 12 de Maio de 2011, ao poste P8239
Meus caros camarigos:
Estive para não comentar o comentário do Filipe, bem com o outro seguinte do Alberto Guerreiro, mas não aguentei e foi mais forte do que eu.
É que, quando se querem ver as coisas apenas para servir certas convicções, sejam elas de que lado forem, a visão estreita-se, e toma-se a excepção pelo todo.
É que, no fundo, estes comentários vêm sustentar a teoria do anónimo/pseudónimo e vêm sobretudo lançar um labéu sobre os militares portugueses, pelo menos na Guiné.
Como muito bem escreve o Carlos Vinhal, o que eu vi na sua esmagadora maioria, foi um entendimento amigável entre as populações, bajudas ou não bajudas, e os militares portugueses.
O que eu vi foi por vezes deslocações urgentes em pequenas colunas perigosas por causa de uma grávida ou qualquer outro problema.
O que eu vi foram evacuações de elementos da população, desde bajudas a gente mais velha, por causa de diversíssimos problemas.
O que eu vi foi até alguns casos de "paixonetas" ou mesmo "paixões" que provocaram desentendimentos saudáveis.
O que vi no fundo foi muito mais positivo do que negativo.
Se houve problemas como os relatados? Com certeza que houve, porque no meio dos homens bons existem sempre algumas "ovelhas ranhosas"!
Agora também sei e também vi, e também eu próprio passei as minhas "piçadas", quando alguns desses casos eram do conhecimento dos comandos.
E depois vêm as comparações sobre o seu próprio comportamento, que claro, está acima de todos os outros! Até havia alguns como ele, poucos, pelos vistos!!!
E depois ainda o inicio, «Se omitirem este comments, agradecia que o referissem, tal como o seu autor».
Porque é que raio os editores haviam de omitir um comentário assinado e perfeitamente referenciado ?!
O que importa perceber, é que lá por não se assacarem aos militares portugueses as maiores "malfeitorias", que afinal foram só de alguns e muito poucos, não significa que se está a fazer a apologia da guerra, ou seja do que for, mas sim a referir a verdade da maioria esmagadora do comportamento dos militares portugueses.
Um abraço ao Filipe ao Alberto Guerreiro e a todos.
Joaquim Mexia Alves
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Nota do editor:
Último poste da série > 17 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8114: (Ex)citações (137): Mansambo, a emoção do Torcato Mendonça, o memorial da CART 2339 (1968/69)...
3 comentários:
Ovelhas?
ranhosas, sim, do ranho que terão sido, os que pisaram o risco:
ronhosas, também, não porque ronha seja a doença das ovelhas, mas porque de "ronha" abusavam.
Mas concordo contigo. muito poucos terão sido, talvez em situações extremas, e nem de perto nem de longe marcam a tropa que fomos.
As fotografias do António Teixeira poderiam figurar numa exposição pública...acho eu
José Brás
Caros camarigos
Este assunto, que parecia ser uma coisa comesinha, acabou por ter bastante desenvolvimento com intervenções diversas, que permitiram afinal abordar com maior profundidade estes temas que são um tanto mais 'sensíveis'.
Acho que se pode considerar todo o conjunto como sendo positivo.
Abraço
Hélder S.
Meu Caro Hélder
Podes ter a certeza e tens toda a razão. Concordo plenamente contigo: as mamas são muito sensíveis, muito mesmo.
Um abraço do T.
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