Foto nº1 > Região de Cacheu, Bula, dia da cavalaria (21 de julho de 1973)... O gen Spínola passa revista às tropas e viaturas em parada... É acompanhado pelo Comandante Militar, brigadeiro Alberto Banazol
Foto nº 2 > Região de Cacheu, Bula, dia da cavalaria (21 de julho de1972)... Desfile de viaturas, debaiso de chuva
Foto nº 3 > Região de Cacheu, Bula, s/d, "ronco balanta"
Foto do álbum do Leonel Olhero, ex-fur mil cav, Esq Rec 3432 (Panhard) Bula, 1971/73.
Desabituei-me de aqui escrever e hoje vi-me em palpos de aranha para dar com este local onde pretendo contribuir para a percentagem daqueles que também fizeram uso dos CTT fora de Bissau para contactos telefónicos para a Metrópole.
Vistas as coisas a esta distância, parece-nos incrível como tudo evoluiu, onde as tecnologias ganham foros de destaque ...
Estava no 16 de Outubro de 1971 quando tive necessidade de contactar para Guimarães onde se casava um dos meus irmãos ...
A logística que envolvia esta tão singela operação que hoje se executa em escassos segundos, é algo que, ao recordá-la, me dá a imensa satisfação de pertencer a uma geração viva que tem sido testemunha de fabulosos avanços científicos os quais permitiram transformações civilizacionais notáveis.
O eu ter nascido;
A chegada da televisão ao país;
A ida do Homem à Lua;
O aparecimento do computador;
A invenção da internet;
O telemóvel;
Os nascimentos dos meus filhos;
A transformação da tecnologia bélica;
A proliferação da exploração espacial;
As novas geografias políticas;
As novas conturbações sociais;
Os avanços na medicina;
Os sucessos das nanotecnologias;
Os nascimentos dos meus netos;
Na ultrapassagem dos records atléticos;
Etc., etc., etc.
São apenas uma mínima parte das transformações que me apaixonam (umas pela positiva, outras pela negativa ) na certeza que as prefiro às do antigamente...
Oito dias antes, dirigi-me à casa do régulo de Bula que, concomitantemente, servia de posto dos CTT (não sei se neste momento estarei a meter os pés pelas mãos quanto a estes pormenores mas julgo que o interessante para este comentário é, tão só, o relato vivido da realização duma chamada telefónica ) e marquei para aquele dia a referida chamada.
Por se tratar dum casório, fiz as minhas preces para que à hora a que as meninas metessem as cavilhas naquelas centrais telefónicas do século passado, os noivos já se encontrassem de beijo dado e disponíveis para a surpresa.
Sim, porque aquele telefonema foi uma surpresa !!
Recordo que houve um certo atraso na conjugação concertada de toda a equipa que, passando a informação de boca em boca (via cavilha ), me pôs em contacto com o outro extremo da linha ...
Escusado será apelar às emoções do momento mas, embora nunca mais tivesse pensado no assunto, sinto uma certa nostalgia, só mitigada porque ao olhar aqui para o lado do computador, dou de caras com o mais recente dos sucedâneos das tecnologias comunicacionais - o telemóvel - com o qual já fiz e já recebi "n" chamadas enquanto escrevo este reviver ...
Ensinou-me já a experiência que, por vezes, ao fazermos o "send" duma mensagem, ela vai parar ao etéreo e nunca mais ouvimos falar dela, restando-nos a paciência para tentar recuperar parte dos raciocínios e ideias.
Por isso, junto à lista acima, mais uma vitória civilizacional que dá pelo nome de "copy & paste" e com ela guardar num limbo este trabalhinho enquanto não confirmo que o original seguiu para o destino apropriado,
Assim sendo, aqui vos deixo um abraço e os parabéns por esta ideia que me cativou. (**)
António Matos
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 22 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14919: Sondagem: Resultados preliminares (n=115) a dois dias de encerrar a votação: menos de metade da malta (47,8%) utilizou os CTT para telefonar para a casa (leia-se: metrópole). Mesmo assim, parece que era mais fácil em Bissau, capital do território, do que no mato...
(**) Último poste da série > 23 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14924: (Ex)citações (285): Fiz um único telefonema, aflito, de Bissau para a metrópole em novembro de 1967, por causa das cheias na região de Lisboa (Manuel Coelho, ex-fur mil trms, CCAÇ 1589, Nova Lamego e Madina do Boé, 1966/68)... Nunca me ocorrreu telefonar, de qualquer modo não havia telefone em casa (Carlos Milheirão, ex-alf mil, CCAÇ 4152/73, Gadamael e Cufar, 1974)
1 comentário:
Matos, é bom ter-te de volta... Não, não tens que estar cá sempre, a Tabanca Grande é apenas um "estado de espírito"... Gostei do teu comentário. Luis
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