Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira > 14 de dezembro de 2014 > ADL - Associação para o Desenvolvimento da Lourinhã > Exposição de fotografias antigas > Escola primária da década de 1960 > Mapa de Portugal Insular e Ultramarino > Detalhe: Guiné
Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados-
A. Mensagem enviada ontem ao pessoal da Tabanca Grande, especialmente dirigida aos "camaradas da Guiné":
Está em marcha mais uma "sondagem", ou melhor, "inquérito on line" (ou em linha, ou seja, com resposta direta no blogue, no canto superior esquerdo). Tecnicamente, só é possível fazer uma pergunta de cada vez...
A votação termina 4ª feira, dia 7, por volta do meio dia...
O que os editores desta vez querem saber é quando é que a rapaziada se casou: se foi antes, durante ou depois da Guiné...
Temos ideia que soldados e cabos se casavam mais cedo do que os sargentos e oficiais milicianos... Alguns já iam casados para a Guiné, e até com filhos, ou esperando filhos... Um ou outro de nós casou-se durante as férias... Ou até por procuração... Alguns, felizardos, tiveram a esposa na Guiné, uma parte do tempo ou até durante toda ou quase toda a comissão... Mas a maior parte casou-se depois do regresso a casa, logo nesse ano ou no ano a seguir, até cinco anos depois... Um ou outro foi mais retardatário, casando-se já próximo dos 30 ou até mesmo trintão...
De facto, quase todos nós entrámos no mercado de trabalho, depois do regresso da guerra, muitos já trabalhavam, alguns de tenra idade... Uma parte de nós continuou os seus estudos, ou emigrou, tendo casado mais tarde... E alguns provavelmente terão ficado solteiros...
A resposta que se quer é simples, factual e... anónima. Ninguém fica a saber quem se casou aos 18, aos 20, aos 25, aos 30... E até quem não se casou...
Vamos a isso ? Também podem contar histórias do vosso casamento e mandar fotos... Referimo-nos, naturalmente ao primeiro, que é o que tem graça, o casamento antes, durante ou depois da Guiné...
A pouco e pouco vamos conhecendo melhor o perfil sociodemográfico do "camarada da Guiné"... que hoje tende a ser, tipicamente, um avô e até bisavô babado...
Segundo a Pordata, da Fundação Manuel dos Santos, há diferenças de mais de cinco anos na idade média ao primeiro casamento, quando se compara o já longínquo ano de 1960 (26,9 anos de idade, em média, para o sexo masculino) com os nossos dias (32,1 anos de idade, em média, para os rapazes)...
Grosso modo, a malta hoje casa-se muito mais tarde, quando se casa... tanto rapazes como raparigas (estas, aos 24,8 anos de idade, em média, em 1960; e aos 30,6 anos de idade, em média, em 2014)... A vida e as condições de vida mudaram muito: veja-se, por exemplo, a esperança média de vida, ao nascer: era de 60,7 anos para os rapazes, e 66,4 para as raparigas em 1960; aumentou significativamente, sendo em 2013 de 77,2 e 83,0, respetivamente.
Obrigado a todos, em meu nome e dos demais editores. Esforcem-se por serem felizes, que bem o merecem.
Luís Graça
B. Resultados preliminares (com um total de votos de 62 à 1h00 de hoje):
Segundo a Pordata, da Fundação Manuel dos Santos, há diferenças de mais de cinco anos na idade média ao primeiro casamento, quando se compara o já longínquo ano de 1960 (26,9 anos de idade, em média, para o sexo masculino) com os nossos dias (32,1 anos de idade, em média, para os rapazes)...
Grosso modo, a malta hoje casa-se muito mais tarde, quando se casa... tanto rapazes como raparigas (estas, aos 24,8 anos de idade, em média, em 1960; e aos 30,6 anos de idade, em média, em 2014)... A vida e as condições de vida mudaram muito: veja-se, por exemplo, a esperança média de vida, ao nascer: era de 60,7 anos para os rapazes, e 66,4 para as raparigas em 1960; aumentou significativamente, sendo em 2013 de 77,2 e 83,0, respetivamente.
Obrigado a todos, em meu nome e dos demais editores. Esforcem-se por serem felizes, que bem o merecem.
Luís Graça
B. Resultados preliminares (com um total de votos de 62 à 1h00 de hoje):
1. Já era casado, quando fui para a tropa > 8 (12%)
2. Casei-me durante a tropa, antes de ir para a Guiné > 3 (4%)
3. Casei-me na Guiné, por procuração > 0 (0%)
4. Casei-me durante a comissão, quando fui de férias à metrópole > 1 (1%)
5. Casei-me logo depois de vir da Guiné, nesse ano ou ano a seguir > 32 (51%)
6. Casei-me só mais tarde, dois a cinco anos depois de vir da Guiné > 15 (25%)
7. Casei-me muito mais tarde (mais de cinco depois) > 1 (1%)
8. Nunca me cheguei a casar > 1 (1%
Votos apurados: 62 [até às 1h de 2/10/2015]
Dias que restam para votar: 5 [até dia 7, 4ª feira, às 12h30]
12 comentários:
Manuel Luís Sousa
2 out 2015 20:36
Olá amigo e camarada Luis.
- Sobre o tema em análise, casei-me 2 anos após ter chegado da Guiné, logo é a resposta é o "6".
GAbraço
MSousa
Rui Santos
2 out 2015 21:44
Boa noite amigo
A resposta é 4- Durante a comissão aquando das férias na metrópole
Abraço
António José Pereira da Costa
2 out 201 21:55
Mais uma sondage que nos dá uma bantage... como dizia o Narciso Miranda.
Esta prece-me melhor por isso vou responder... em sede própria.
Um Ab.
Para o Hélder de Sousa que se casou durante a comissão, na 2º vez qaue veio de férias_
Hélder, deste-me o mote para mais um "sondagem" ou "inquiração"...
Os editores do blogue são muito curiosos... O meu grande amigo e camarada Tony Levezinho também se casou durante as férias a meio da comissão... Mas ele era um furriel atirador numa companhia africana, como comandante de seção, que só tinha mais um graduado, o Humberto Reis...
A CCAÇ 12 tinha uma intensa atividade operacional... Na altura, isso fez-me confusão... "E se tu levas um tiro e deixas uma jovem viúva à tua espera ?", perguntei-lhe eu. (Acho que a Isabel teria na altura 17 anos...).
Não fiz nem faço juízos de valor a respeito destes ou doutros comportamentos dos meus camaradas... Mas reconheço que são/foram homens de coragem e decisão... e sobretudo apaixonados, os meus amigos Hélder e Tony... De reszto, o coração tem sempre razões que a razão (e o bom senso) desconhece...
O Antonio Levezinho respondeu-nos (a mim, ao Hélder, ao Humberto Reis) nestses termos:
30/09/2015
Querido Luis
Confirmo que a Isabel tinha, na altura, 17anos.
Qualquer um, sem dúvida, partilharia da pergunta que, na altura, me fizeste. Por outras palavras, rotulariam tal atitude como uma decisão que tinha tudo para ser suicida.
A verdade porém é que o contexto adverso daquela fase das nossas vidas funcionou em nós (na Isabel e em mim) contra a corrente da lógica.
E assim, as férias surgiam como a oportunidade de tornar certo o incerto. Logo, havia que agarrar a oportunidade, sem hesitações, como se não houvesse outra.
A esta já longa distância dos factos (45 anos), cabe aqui confessar que as saudades que me ligam à juventude ora perdida, assentam, também, naquela capacidade de então de sermos mais genuinos e muito menos premeditados.
Com um abraço fraterno.
Tony Levezinho
FResposta do Hélder Valério Sousa
30/09/2015
Meus caros amigos
De facto, como escreve o Levezinho (não sei se sabem mas sou contemporâneo de um primo do António, em Vila Franca) "as saudades que me ligam à juventude ora perdida, assentam, também, naquela capacidade de então de sermos mais genuínos e muito menos premeditados".
Não será só isso mas é em larga medida.
As coisas comigo aconteceram por um encadeado de circunstâncias que conduziram ao casamento naquela ocasião. Posso dizer que uns meses antes nada havia sido considerado. Foi mesmo 'o destino'...
Mas isso fica para contar quando me referir à minha 2ª viagem de férias (acabei de enviar mail para os Editores com um relato mais extenso da 1ª viagem), que foi quando me casei, ou então caso venha a haver algum tema sobre o assunto, que me parece ser o que o Luís sugere.
Abraços
Hélder Sousa
Depois de vir da Guiné fiz um programa para o meu casamento quando tivesse 30 anos, motivo a minha mocidade tinha sofrido no tempo uma paragem de 5 anos, primeiro a morte do meu pai no dia em que fiz 18 anos, obrigando-me a partir dessa data ser o chefe da família por ser o único elemento masculino da família, a seguir a vida militar e a guerra na Guiné o outro meu irmão encontrava-se agarrado aos ferros de uma cama no antigo Hospital do Rego devido a um acidente ródoviario do qual ficou paraplégico.
Esse tempo serviu para pôr em prática aquilo que pensava ser a mocidade livre sem o peso famíliar, fiz um pouco de tudo trabalhei, estudei um pouco e até fui emigrante.
Assim que cheguei aos 30 anos disse para comigo está cumprido o programa, pronto chega de ser o Zé niguém, tratei dos "papelinhos" fui ao registo cívil mais a namorada, casamento que dura e que espero só a morte o separe.
Abraço.
Colaço
Orlando Pinela
2out2015 14:55
Boa Tarde
Casei-me cinco anos depois.
Um abraço e bom fim de semana
Mário Bravo
3 out 2015 11:04
Mario Bravo - ex-alferes miliciano médico
Casei em 1974, após ter regressado da Guiné , em 1973.
Resposta: 5. Casei-me logo depois de vir da Guiné, nesse ano ou ano a seguir
Orlando!
Há um ano que não sei de ti.
Kumék vai isso.
Um Abraço do
650
Casei no dia 29 de Setembro de 1979.
Estava um belo e estraguei o dia da vindima ao meu sogro.
Um abraço
Um ano e meio após o regresso da Guiné, já imigrante nos EUA, casei com aquela que fora a minha Madrinha de Guerra.
A "Acção Casamento" teve o seu início no dia 29 de Junho de 1974...e, tanto quanto eu saiba, continua a desenrolar-se a contento dos beligerantes.
Cumprimentos.
José Câmara
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