segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15169: (Ex)citações (295): A Suécia e a Guerra da Guiné: “Olhos azuis são ciúme / E nada valem para mim”… (Manuel Luís Lomba)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Luís Lomba (ex-Fur Mil da CCAV 703/BCAV 705,  Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66), com data de hoje, 23 de Setembro de 2015, com um texto onde fala da ajuda da Suécia ao PAIGC durante a guerra de libertação contra Portugal:

Olá, Amigo e camarada Carlos Vinhal,
Como boa gente, os antigos combatentes continuam a "sentir" a Guerra da Guiné e a sua descolonização mal arrumada.
Cá te envio mais um texto.

Abraço,
Manuel Luís Lomba


A Suécia e a Guerra da Guiné:

“Olhos azuis são ciúme / E nada valem para mim”… 

(Francisco José, cançonetista nosso contemporâneo)

A “Tabanca da Lapónia” e o seu “jarga” José Belo nunca deixaram de evidenciar um poucochinho de Portugal na Suécia. Essa premissa põe-nos à vontade para abordar o contexto e puxar pelas pontas do manto diáfano envolvente da “fita” sueca eventualmente encenada em Sangonhá, que o Miguel Pessoa veiculou e que o José Matos, José Nico e António Martins Matos e alguns comentaristas – todos notáveis e magníficos camarigos – aqui abordaram.

A Guerra da Guiné foi grande e a intrujice o seu profeta, desde logo pelos mitos envolventes da sua luta armada, mormente a relevância do papel desempenhado pela PIDE/DGS.
Quando Amílcar Cabral a desencadeou, os seus portugueses europeus, incluindo militares, polícias, professores e os funcionários públicos em comissão de serviço não chegavam a 2000, numa população de 600 000 almas! De facto, a Guiné representava o calcanhar de Aquiles da defesa do Ultramar português e não o estereótipo desse preconceito ideológico chamado descolonização. A orgânica do PAIGC e o aparelho do novel estado da Guiné-Bissau era enformado por cabo-verdianos, naturais de origem alemã, italiana, francesa e libanesa e os portugueses aderentes eram apenas seus acólitos.

No meu tempo (1964-66), havia evidências da solidariedade efectiva, não obstante confidencial, da sociedade civil sueca para com o PAIGC - uma sociedade reconhecidamente aberta, mas que obviamente fechava os interesses e suas intimidades na confidencialidade. O segredo sempre foi a arma do negócio. Na altura, o negócio de milhares de frigoríficos a petróleo da Electrolux e de equipamentos de logística de outras empresas suecas, destinados às nossas Forças Armadas empenhadas na guerra ultramarina, ainda falariam mais alto.

Seguramente que o José Belo já apanhou com a ajuda sistemática e com as consequências do substancial financiamento do governo de S. Majestade da Suécia à guerra do PAIGC, até porque a dotação de electrogeradores generalizara-se a todos os aboletamentos de militares nos três territórios africanos da guerra, aquele negócio fora aberto à concorrência dos equipamentos de ”linha branca” e a Suécia havia perdido ao negócio dos camiões Volvo para a francesa Berliet.
No seu livro “Crónica da Libertação”, Luís Cabral menciona o "Afrika Group" como aglutinador da solidariedade da sociedade civil sueca ao PAIGC, talvez referência sintética ao “Grupo de África” de Upsala e ao “Grupo de África” de Lund, que se distinguiram na sua ajuda e a enviar os seus mentores e intelectuais de visita às “áreas libertadas” … na República da Guiné-Conacri. E aquele corifeu escreve, na pag. 335: “Os cineastas Goran Palm e Bertil Malmstron apresentaram na Suécia o primeiro documentário cinematográfico sobre a nossa luta, como resultado de uma visita ao interior da Guiné”.
Esse documentário terá a ver com a peripécia de Sangonhá?

Dado que os cineastas eram o maior bem a preservar nessa temeridade que teve Sagonhá como "palco", o experiente e felino Nino Viera (?) terá providenciado imediatamente a sua segurança. A primeira ameaça dos FIAT precedera mais de uma hora o lançamento das “bilhas” pela malta de Bissalanca.
Alguém já visionou esse documentário? Terá registado o aludido aparato bélico do PAIGC e os “destroços” da sua “conquista” de Sangonhá?

Já sou recorrente a avocar os paradoxos, cronologias e factos acontecimentais aos temas da Guerra da Guiné, geralmente omissos nas narrativas da “libertação”.
Amílcar Cabral conseguira metamorfosear a derrota militar no Como em grande vitória política do PAIGC, evidenciando a sua militância, talento táctico e destreza diplomática, a passar a sua mensagem nos media mundiais, pelas chancelarias dos países ocidentais, pela ONU e outras instituições internacionais, que a sua luta já tinha libertado dois terços da Guiné Portuguesa e a suplicar a ajuda da comunidade internacional e das suas boas almas, para prover o sustento, a saúde e a educação das suas 400 000 almas e para manter a sua dinâmica instaladora de escolas, hospitais, armazéns e lojas do povo, etc.

Em 1974, o MFA do 26 de Abril transformou-se no PAIGC de Portugal e os mesmos militares que falharam a libertação da Guiné do PAIGC baixaram a espada e apressaram-se a entregar-lha; e logo o PAIGC voltou a bater à porta dos mesmos media, das mesmas chancelarias ocidentais, da mesma ONU e das mesmas organizações internacionais, a evidenciar a carência de equipamentos sociais de país emergente, além dos deixados por Portugal, enquanto a jóia da coroa da sua política de “economia planificada” - os armazéns e lojas do povo – centrada na organização da Casa Gouveia, ficavam com as prateleiras vazias. Dez anos a apregoar a libertação de dois terços da Guiné e o PAIGC não apresentava qualquer equipamento social de sua iniciativa, apenas tabancas queimadas ou abandonadas, populações deslocadas e obras de arte das suas estradas destruídas…
Grande a patranha e ponderosas as suas razões.

Essa propaganda e outras de igual teor tinham por fim não só fidelizar a ajuda económica e financeira, procedente da bondade das almas suecas, mas também criar massa crítica para captar a ajuda do governo do seu reino, que tinha contraído o complexo mitológico da libertação da África portuguesa, no que também se notabilizou Onésimo Silveira, cabo-verdiano sediado na universidade de Upsala, como ponta de lança desse campeonato.
Quando a guerra atingira o 5.º ano, os soldados portugueses, metropolitanos e guineenses, ameaçavam encostar o PAIGC às cordas da derrota e Tarston Nilssom, ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia anunciou, no contexto da reunião do Comité de Libertação da ONU, em Conacri, a disponibilidade da Suécia para a ajuda económica e financeira ao PAIGC, em consonância com as moções que o Partido Comunista sueco vinha logrando a aprovação por maioria no parlamento, a partir de 1967. O ataque com mísseis GRAD P ao aeroporto de Bissalanca carreou tal crédito ao Partido para tão almejado sucesso, que Amílcar condecorou pessoalmente o seu comandante, André Pedro Gomes (que também se notabilizará na famigerada cilada aos três majores, na estrada de Jolmete).

Amílcar Cabral foi nesse mesmo ano assistir ao congresso da escolha de Olof Palm para líder do Partido Social Democrata, que lhe abonou avultada quantia logo que primeiro-ministro, eventualmente do saco azul, porque o ano fiscal sueco decorre de 1 de Julho a 30 de Junho do ano seguinte.
Assim nascia o grosso caudal de dinheiro da Suécia, para o PAIGC correr Portugal da Guiné a tiro. Entre 1968-1974, o PAIGC beneficiou de 96% das doações financeiras que a ASDI, agência governamental sueca da cooperação, disponibilizara para os movimentos da guerra anti-Portugal – 64,5 milhões de coroas, em 6 anos.
Como o PAIGC estava sediado em Conacri e não nos dois terços do território “libertado” na Guiné, as doações de armamento e o dinheiro sueco transitavam obrigatoriamente por essa capital e o presidente Sekou Touré não prescindira de meter a mão no prato, alegando ter recebido 50 mil refugiados da sua guerra (que grande bluff), obrigando o PAIGC a partilhá-las com o seu país. A escolha de tão má companhia para o caminho da luta contra Portugal acabará por custar a vida a Amílcar Cabral.

Enquanto doava fortunas de dinheiro, equipamentos de logística e quantidades massivas de conservas de peixe, de carne, leite em pó, etc. ao PAIGC, a garantir o passadio e rações dos combatentes que lançava a matar os soldados portugueses, a população civil nas tabancas e a destruir as infra-estruturas da Guiné, o governo sueco fazia constar que a “Suécia não segue uma via anti-portuguesa, mas um apoio humanitário e civil à libertação”. Esse mito da libertação terá também servido de capa para bondosas almas suecas se servirem dos outros em proveito próprio.

Se não raro somos chacoteados como inventores da roda (quadrada), do tamanco e do mulato, os suecos do nosso tempo demoraram mais de 30 anos a perceber que a sua ajuda tinha como destinatário menos o povo Bissau-guineense e mais o PAIGC, pelas sua dimensão de Partido-Estado-Exército, sem embargo o potencial de mudança de que fora portador para o seu povo e a existência de pessoas boas e sérias a enformá-lo.

Portugal deverá o seu despejo da Guiné mais às coroas suecas que aos poderosos canhões, morteiros e mísseis russos: contra o potencial de fogo, abrigar, abrigar! O dinheiro será o único armamento que nem os melhores conseguem vencer.

Triste a sina a do povo da Guiné-Bissau, pelo seu destino de colher o que os canhões, morteiros e misseis russos e as coroas suecas começaram a semear há 50 anos.

A terminar, parece que os olhos azuis dos suecos são originários da colonização de um único indivíduo, que terá vivido nas margens do Mar Negro, há cerca de 7000 anos…
____________

Nota do editor

Último poste da série de 19 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15128: (Ex)citações (294): A vida é uma cabra-cega (A. Marques Lopes)

4 comentários:

Antº Rosinha disse...

Mais um bom esforço para tentar compreender a ajuda sueca ao lado dos soviéticos e cubanos.

Muito difícil que seria de entender este casamento sueco/soviético, até para qualquer sueco dos dias de hoje, se em milhões houvesse um que ligasse a estas pequenas coisas.

O mais estranho de tudo, foi simultâneamente a ginástica da aliança comercial sueca com Portugal atravez da EFTA, e o simultâneamente o estranho casamento da sua ajuda humanitária após a independência da Guiné, de braço dado com a ajuda política/militar com União Soviética e Cuba.

(e aqui também os nossos professores e as ong's espanholas, italianas, francesas, alemãs dos dois lados do muro, OMS, UNICEF, Líbia, Palestina, as duas chinas...etc, tudo a fundo «perdido»)

Este casamento (na Guiné)era tão estranho, que durou até à perestroica, e se não fosse esta coisa da perestroica continuaria indefinidamente.

Aqui os russos foram desistindo, até porque o fim principal da sua ajuda era o apoio logístico que a Guiné lhe proporcionava para a guerra que desenvolviam em Angola.

Para quem não se lembra, a palavra em português «bicha» e no Brasil «fila» na Guiné essa palavra em crioulo, talvez devido aos anos de guerra, chama-se «forma».

E a FORMA foi um espectáculo diário degradante para os Guinéus, a que durante vários anos os Suecos assistiram de braço dado com os soviéticos

E aqui temos a FORMA para o racionamento de pão, racionamento de arroz, racionamento de sabão, de açúcar de óleo e azeite, de pilha e chinelos chineses...tudo esgotado a meio das FORMAS de 3 dias e 3 noites.

E isto foram vários anos com o aplauso e cumplicidade sueca e aqui juntemos aos Suecos a compreensiva cooperação "socializante" portuguesa.

Se ninguém sabe o que é uma criança ser perseguida por um polícia por tentar comercializar umas gramas de camarão que a mãe pescou, eu e vários suecos podemos explicar.

?Ajuda aos senhores da guerra, mas esmola para o povo?

Para quem acha que tinha que ser assim, não só na Guiné mas em vários pontos de África, então palmas para a Suécia.

Cumprimentos









Luís Graça disse...

Paulo e José (e demais interessados, a começar pelo Rosinha, o nosso mui querido 'colon'):


1. Como dizem os alentejanos, vamos lá tabaquear o caso... Por que cultivamos a verdade, acima de tudo, vamos continuar a carrear "materiais" para o esclarecimento deste dossiê sueco...

Agradeço aos dois os contributos já dados ou ainda a dar...

Neste caso, para o Zé Belo:

José: Tenho que te promover a embaixador da Tabanca Grande no reino da Suécia... Vê se deslindas, por nossa conta, mais este caso dos "cineastas" suecos que poderão ter escapado ao "massacre" de Sangonhá, segundo o Paulo...

O "meu sueco" é curto para tanta informação:

Goran Palm, será este ? E Bertil Malmstrom, sabes quem é ? Não me parecem que sejam "cineastas"...

https://sv.wikipedia.org/wiki/G%C3%B6ran_Palm


No "Arquivo Amílcar Cabral", alojado no portal Casa Comum, há um documento, em português, datilografado, de 16 pp., datado de novembro de 1969, com uma intervenção, não assinada, mas que se presume seja do Amílcar Cabral("Uma visita de solidariedade"), "por ocasião da visita da delegação da Suécia, constituída por Göran Palm e Bertil Malmstroem (sic), à Escola Piloto do PAIGC" em Conacri"...

Será que a "delegação sueca" terá feito algum documentário (em 8 mm, por exemplo) ?

Repara a data: novembro de 1969... A história de Sangonhá é de 6 de janeiro de 1969..

Há também um resumo da intervenção dos suecos, o Goran (conhecido escritor) e o Bertil (jovem professor e dirigente juvenil) falam do que "viram" e "sentiram" na sua visita às "regiões libertadas"... Dizem que estiveram no sul e no leste... Em referência ao sul, fala-se de uma tabanca T... que não é identificada pelo autor do documento (que só pdoe ser o Amílcar Cabral pela qualidade e estilo da escrita)... Presume-se que ele, AC, não tenha querido identificar a tabanca por razões de segurança, já que o documento, com o logo do PAIGC, deveria ter um destino externo...

Amílcar Cabral é subtil (e sedutor...) quando fala da Suécia, dos amigos suecos, da história recente da Suécia e das contradições da sociedade sueca...

O AC trata estes dois suecos como velhos amigos ou conhecidos... O que eu não sei é a que título estava lá ? Se era "uma delegação da Suécia" estavam em representação de quem ? Do Governo Sueco ? Do Partido social-democrata ? De alguma associação de amizade ? Nessa altura, e desde 14 de outubro de 1969, o Olof Palm já era primeiro-ministro...

José e Paulo, podem consultar o documento aqui, no portal Casa Comum:

Instituição: Fundação Mário Soares
Pasta: 04602.051
Título: Uma visita de solidariedade
Assunto: Intervenção proferida por ocasião da visita da delegação da Suécia, constituída por Göran Palm e Bertil Malmstroem, à Escola Piloto do PAIGC.
Data: Novembro de 1969
Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral - Iva Cabral
Tipo Documental: Documentos

Disponível aqui:
http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_39977

Há também, no Arquivo Amílcar Cabral, uma foto de grupo, a preto e branco:

http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_44229

Assunto: Maria da Luz Boal (Lilica Boal), Aristides Pereira, Domingos Brito, Hugo dos Reis Borges com uma delegação estrangeira, em Conakry [visita da delegação da Suécia, constituída por Göran Palm e Bertil Malmstroem, à Escola Piloto do PAIGC].

A Lilica Boal (Maria da Luz Boal) era a mulher do dr. Manuel Boal - outro natural de Angola, que saiu em 1961 para se juntar aos movimentos nacionalistas, A Lilica Boal nasceu em Tarrafal, Santiago, Cabo Verde. Era ela, a Lilica Boal, quem dirigia a Escola Piloto em Conacri, e era responsável pelos conteúdos nos manuais escolares (, publicados na Suécia).

Em suma, camaradas, aqui têm mais pistas para alimentar o dossiê sueco...

Um alfabravo caloroso para os dois.

Luís Graça

PS - O último endereço de email(o enésimo...) do Joseph Belo está inoperacional... Não tenho outra maneira de lhe fazer chegar esta mensagem.

Luís Graça disse...

Já agora, aqui vai a letra da canção do Francisco José... XCom a devida vénia:

http://www.vagalume.com.br/francisco-jose/olhos-castanhos.html

Olhos Castanhos
Francisco José
Compositor: Alves Coelho/ Francisco José

Teus olhos castanhos,
De encantos tamanhos,
São pecados meus,
São estrelas fulgentes,
Brilhantes, luzentes,
Caídas dos céus,

Teus olhos risonhos,
São mundos, são sonhos,
São a minha cruz.
Teus olhos castanhos,
De encantos tamanhos,
São raios de luz.

Olhos azuis são ciúme
E nada valem para mim,
Olhos negros são queixume,
De uma tristeza sem fim.
Olhos verdes são traição,
São crueis como punhais.
Olhos bons com coração
Os teus, castanhos leais.

Teus olhos castanhos,
De encantos tamanhos,
São pecados meus,
São estrelas fulgentes,
Brilhantes, luzentes,
Caídas dos céus,

Teus olhos risonhos,
São mundos, são sonhos,
São a minha cruz,
Teus olhos castanhos
De encantos tamanhos
São raios de luz.

Olhos azuis são ciúme
E nada valem pra mim,
Olhos negros são queixume,
De uma tristeza sem fim.
Olhos verdes são traição,
São crueis como punhais.
Olhos bons com coração
Os teus, castanhos leais!

Anónimo disse...

Meus caros Amigos e Camaradas

Um dos factores que tanta influência acabou por ter no decorrer da guerra da Guiné -A ajuda política e económica sueca ao PAIGC- é algo que há muito deveria ter suscitado uma maior atencäo.
A documentacäo existente sobre o assunto é vastíssima ede fácil acesso.

Mas meus caros Camaradas,quando alguém näo gosta de olhos azuis,dos suecos, (ou mais estranhamente), das "muito dadas" suecas,dos programas políticos de sucessivos governos democraticamente eleitos,do auxílio sueco aos países em desenvolvimento,das declaracöes por eles feitas nas Nacöes Unidas,do pragmatismo eficiente lutherano,ou simplesmente das centenas de milhares de "patacäo" por eles arrecadado em funcäo de uma política de promocäo dos seus interesses económicos a curto,médio e longo prazo,que täo bem tem vindo a resultar para o país....näo se deve esperar que o José Belo assuma (para mais gratuitamente!) a sua defesa em praca pública.

Quanto ás possíveis filmagens suecas ,referidas pelo Sr.general da F.Aérea, que teriam levado a uma tal "bacorada" militar por parte do PAIGC, näo encontrei nem junto do partido político entäo no governo ,como nos partidos da oposicäo, qualquer documento relacionado com a ocorrência,assim como junto da agência estatal responsável pelos apoios na época ao PAIGC.
Existem vários filmes de propaganda político-militar,estando todos listados , arquivados,e com total acesso público.
Junto dos Sindicatos de jornalistas, fotógrafos e cineastas näo existem referências a tal filmagem,e muito menos de mortos ou feridos suecos resultantes da mesma.

Mais estranho ainda é näo haver por parte do PAIGC,ou dos seus inimigos internos,a mínima referência a um täo grave erro militar,quanto mais näo fora para o utilizar como conveniente "arma de arremesso" contra responsáveis.

Um grande abraco do José Belo.