Capa e contra-capa do livro "Seis Irmãos em África" (Porto, ed. autor, 2016)
Têm um sítio na Net, Magros do Capim, e acabam de publicar um livro, Seis Irmãos em África (edição de autor, Porto, 2016, 278 pp., impresso na Areagráfica).
É um livro de memórias escrito a 12 mãos, e composto por mais de meia centenas de pequenas/grandes histórias de uma "família tripeira" que teve seis filhos na guerra de África, 3 na Guiné, 2 em Angola, e outro em Moçambique, com diferentes postos (1 capitão, 1 alferes, 2 furriéis, 2 cabos), e com diferentes especialidades (engenheiros, infantes, auxiliar de enfermagem, especialista da FAP...). Nascidos entre 1936 e 1951, chegaram a estar 4 em simultâneo em África. É um caso raro, senão mesmo único, no nosso país.
O nosso editor Luís Graça acaba de receber um exemplar do livro, autografado pelo Abílio Magro, nosso grâ-tabanqueiro, e com a seguinte dedicatória:
"À Grande Tabanca do Luís Graça com um alfabravo do amanuense [Abílio Magro, ilegível]".
Como explica a Cláudia Magro, filha do Abílio, no prefácio que escreveu com toda a ternura, "no decorrer destas páginas, o leitor descobrirá, através de textos e memórias contados na primeira pessoa, o cenário do triste teatro que é a guerra. A particularidade e o que mais surpreende nesta obra, são a emoção e a sinceridade dos actores, neste caso "interpretados" por seis irmãos que partiram quase todos em simultâneo para uma guerra descabida, deixando para trás os seus inquietos progrenitores".
O livro merece uma outra atenção por parte dos nossos editores. Este poste é apenas uma primeira, apressada mas calorosa, apresentação. Aos "Magros do Capim" damos os nossos parabéns pela iniciativa, com destaque para os nossos grã-tabanqueiros, Fernando, o mais velho, e Abílio, o mais novo. Fomos agora a descobrir que o terceiro mano, que passou pelo TO da Guiné, é o Álvaro Magro, 1º cabo aux enf, da CART 3493, que esteve em Mansambo, setor L1, Bambadinca (1971/72), e no HM 241 (1972/74).
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Nota do editor:
Último poste da série > 11 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15842: Notas de leitura (815): “A Marinha em África (1955-1975), Especificidades”, publicação da Academia da Marinha, 2014 (Mário Beja Santos)
3 comentários:
Abílio:
Dá um "alfabravo" aos manos, adorei essa dos "Magros do capim"!... Felicito-te por puxares esta "carroça", não é por acaso que és o mano mais novo... Mas, como tropa, é preciso que alguém mande, ou melhor, lidere... (Como sabes, há uma liderança entre chefia e liderança, tu como era, lá no QG: eram mais os chefes... que os índios!
Um beijinho para a tua filha, Cláudia, que vos escreveu um prefácio tão bonito...
E já agora diz-nos onde ou como é que o vosso livro pode ser comprado... Por exemplo, pelo correio... Manda o preço de capa (+ portes de correio) e a morada...
Um bom domningo!...Luís
PS -Vou vos "roubar" uma história para publicar no blogue, pode ser ? É também uma forma de promover o livro que, se calhar, com uma família tão grande como a vossa, mais os amigos, já está esgotado... Ou não ?
Grande sofrimento e angústia dos pais destes camaradas, que ao longo de vários anos viram os seus filhos partir para a guerra. Os meus progenitores viram abalar para a guerra três dos seus filhos, Angola, Guiné e Moçambique, felizmente todos voltaram sãos e salvos.
Abílio Magro
13 Mar 2016 19:40
Caro Luís:
Obrigado pelas tuas palavras referentes ao "livreco" SEIS IRMÃOS EM ÁFRICA que mais não é do que uma compilação de textos que por aí andam em blogues, livros e quejandos.
Quanto ao prefácio da minha filha, julgo que ela terá talvez comprado um dicionário novo e a "coisa" saiu "jeitosa".
Como já te tinha dito, tratou-se de uma edição "familiar" de apenas 100 exemplares destinados a oferecer a familiares e amigos. Calharam 16-17 exemplares a cada "combatente" que, atendendo ao "preço" bastante convidativo, terão já sido todos "vendidos". Daí podendo-se concluir tratar-se de um verdadeiro "best seller" a necessitar de nova edição.
O livro, portanto, não esteve, não está e nem estará à venda, a não ser que surjam inúmeras solicitações, provenientes das mais diversas latitudes e, nesse caso, poderemos pensar numa segunda edição, desta feita com um preço não tão convidativo (a vida está má), mas não cremos que isso venha a suceder.
Em relação ao "descarado roubo" de histórias, sendo embora proibida por lei, achamos que a sua publicação no blogue "Luis Graça & Camaradas da Guiné", não se trata de qualquer crime, mas antes pelo contrário e conferirá à "obra" a projecção internacional que ela merece. Assim, ouso falar pelos seis "capineiros" autorizando a publicação no blogue.
Um abraço do.
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