1961 > Chegada a um porto ultramarino (talvez Luanda), de um contingente militar oriundo da metrópole. [ Foto, alegadamente do porto de Bissau, adquirida na Papelaria Benfica, junto ao estádio Sarmento Rodrigues... Em 1961, o porto de Bissau não tinha grandes condições para a atracagem de naivos de maior calado do que, por exemplo, os da classe Manuel Alfredo, Alfredo da Silva ou Ana Mafada. Também parece que não havia carris nem grandes guindastes.].
A foto é do nosso camarada açoriano, ex-fur mil Durval Faria, um dos primeiros de nós, a partir para a Guiné, logo em 1962... Pertenceu à CCAÇ 274 / BCAÇ 356 (1962/64)... O Durval Faria chama-lhe Companhia de Caçadores Especiais nº 274, constituída por militares das lhas de São Miguel e Santa Maria]
Foto do Mural do Facebook, do nosso camarada Durval Faria (Lagoa, S. Miguel, Açores) (Aqui reproduzidas com a devida vénia...). O Durval Faria é membro da nossa Tabanca Grande
1. Comentário de António J. Pereira da Costa ao poste P16628 (**)
[António José Pereira da Costa, cor art ref (ex-alf art , CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-cap art e cmdt , CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74; tem mais de 110 referências no nosso blogue]
Olá, Camaradas
Desertor é o militar "que deserta". Isto é, o que foi incorporado, está nas fileiras e as abandona, ao fim de algum tempo.
Ponho à consideração do blog que "puxe pelas memórias" e tente lembrar-se de quantos militares desertaram nas unidades a que cada um pertenceu. Creio que o número de desertores "na frente de batalha", foi absolutamente residual, creio que por falta de confiança no "tratamento" que o inimigo lhes daria.
nenhum
Este tipo de deserção levanta a questão do "patriotismo" do nosso povo. É um conceito escorregadio que se poderia medir pelo número de "voluntários". No fundo, "aquilo da tropa era uma chatice". Pagavam uma miséria, davam comida que até podia ser em quantidade mas, às vezes, não era assim tão boa e era muito diferente da de "lá de casa". (A questão da comida é/era importante.).
Ensinavam(?) coisas que não interessavam para nada e até mandavam fazer ginástica que só servia para cansar e chatear. Ukék eutouakiafazer? Uké isso da pátria?
Este tipo de desertores era frequente e, quando punidos pelo crime, não entendiam o que tinha passado e alegavam que não tinham cometido crime nenhum e até diziam:
- Eu não fugi. Precisava de ir para sustentar a família.
A legislação sobre "amparos" era e tinha de ser muito restritiva. E tudo acabava no embarque para o TO de alguma PU.
Desertores "ideológicos", nas unidades territoriais, era poucos. Poderemos lançar mais um inquérito, pois assistimos a casos de deserção sem regresso e, na minha opinião, são estes os verdadeiros desertores, os que se recusaram a fazer a guerra e preferiram deixar o país definitivamente e reiniciar a vida noutro país. Claro que a consulta às ordens de serviço das unidades não permite destrinças entre as diferentes situações.
Para ser sincero, desconfio um bocado do número de desertores, se for aplicada a definição exacta dos regulamentos.
Para se ser desertor - naquele tempo e hoje - é necessário ter-se sido incorporado. Era, nos termos da lei do tempo, um crime "essencialmente militar", ou seja, um crime que só os militares podiam cometer. Hoje a legislação mudou e não existe este tipo de crimes.
Se se não era incorporado, era-se civil e, quanto muito, deixava de se cumprir "um dever de cidadania", como se diz hoje.
Neste âmbito, considerando que os membros do blog são ex-militares, teremos de tomar como verdadeiros os elementos fornecidos pelos investigadores, relativos àquelas duas situações. Seria bom que eles indicassem o seu método de trabalho, técnica de interpretação de elementos disponíveis e fontes consultadas.
Aqui, era interessante consultarmos as histórias das unidades, onde as deserções em face do inimigo deverão vir assinaladas e, talvez, personificadas.
O tal inquérito sobre esta matéria seria interessante...
Para a maioria dos membros do blog, dada a curta permanência na "metrópole", será difícil fornecer números de desertores nas unidades do continente e ilhas. (***)
2. Comentário do editor:
Seguimos a sugestão do nosso amigo e camarada Tó Zé, abrindo um inquérito 'on line' no sítio do costume, o canto superior da coluna da esquerda...
INQUÉRITO 'ON LINE': "NA MINHA UNIDADE (COMPANHIA OU EQUIVALENTE) NÃO HÁ CASOS DE DESERÇÃO"
1. Nenhum, na metrópole
2. Nenhum, no TO da Guiné
3. Um, na metrópole
4. Dois, na metrópole
5. Três ou mais, na metrópole
6. Um, no TO da Guiné
7. Dois, no TO da Guiné
8. Três ou mais, no TO da Guiné
A responder até 3/11/2016, 5ª feira, 15h34.
______________
(...) Os historiadores do Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra, vão apresentar os dados finais do estudo no colóquio "O (as)salto da memória: histórias, narrativas e silenciamentos da deserção e do exílio", que se realiza na quinta-feira, no qual será também apresentada documentação inédita sobre desertores da Guerra Colonial.
De acordo com os investigadores, o número definitivo do novo estudo sobre militares que desertaram da Guerra Colonial "pode pecar por defeito" porque ainda não é possível contabilizar os dados referentes a todos os territórios e o estudo tem como base apenas fontes do Exército.
O Código de Justiça Militar definia como desertor aquele que não comparecia na instalação militar a que pertencia num prazo limite de oito dias.
Segundo Miguel Cardina, para compreender o fenómeno da recusa de ir à guerra, além dos militares que desertaram, é preciso também considerar os refratários - jovens que faziam a inspeção mas que fugiam antes da incorporação - e os faltosos, que nem sequer faziam a inspeção militar.
"Temos dados que indicam que entre 1967 e 1969 cerca de dois por cento dos jovens que são chamados à inspeção foram refratários. Este número é certamente superior ao número dos desertores. Os faltosos são aqueles que nem sequer se apresentam à inspeção. Dados de 1985 do Estado-Maior do Exército indicam que cerca de 200 mil terão abandonado o país. Na década de 1970, cerca de vinte por cento dos jovens que deveriam fazer a inspeção já não se encontravam no país", indicou o historiador do CES.
Para Miguel Cardina, o "processo de afastamento e fuga" da estrutura militar deve ser estudado com profundidade e, por isso, o estudo começa pelos desertores - porque não existiam números conhecidos até ao momento - mas frisou que é preciso considerar as outras categorias: os refratários e os faltosos.
"Temos de colocar estas três categorias na mesma equação, sabendo que elas são diferentes e têm uma ligação com o fenómeno da guerra, também ela diferente. É natural que, no quadro dos faltosos, a guerra possa estar presente mas não tem o mesmo peso que tem nos refratários e também nos desertores", explicou.
Segundo o historiador, o "fenómeno dos faltosos" cruza-se com o fenómeno da emigração, sendo que uma boa parte destes jovens não estavam a "fugir da guerra" mas também da falta de perspetivas de futuro, ou seja, "a guerra podia ser" uma das motivações para o ato de emigrar. (...)
(***) Último poste da série > 24 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16631: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (14): A maldição de Cancolim e a CCAÇ 3489 que teve dois casos (o capitão e um alferes) de "abandono" (no período de férias) e um de "deserção" para as fileiras do IN, o sold at inf José António Almeida Rodrigues (1950-2016)
1. Comentário de António J. Pereira da Costa ao poste P16628 (**)
[António José Pereira da Costa, cor art ref (ex-alf art , CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-cap art e cmdt , CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74; tem mais de 110 referências no nosso blogue]
Olá, Camaradas
Desertor é o militar "que deserta". Isto é, o que foi incorporado, está nas fileiras e as abandona, ao fim de algum tempo.
Ponho à consideração do blog que "puxe pelas memórias" e tente lembrar-se de quantos militares desertaram nas unidades a que cada um pertenceu. Creio que o número de desertores "na frente de batalha", foi absolutamente residual, creio que por falta de confiança no "tratamento" que o inimigo lhes daria.
Podemos lançar um inquérito "à Luís Graça" com a pergunta quantos camaradas desertaram na minha unidade no TO daquela PU?
As cinco hipóteses:
nenhum
um
dois
três
mais de três
Não se aceitam respostas do tipo "não sei/não me lembro", uma vez que um caso de deserção numa companhia era um caso muito falado.
Será de excluir a deserção dos naturais da PU? Ou deverão ter um tratamento estatístico à parte?
No fundo, estavam nas mesmas condições dos que desertavam nas unidades metropolitanas. Há também o caso dos que desertavam "para trabalhar". Tive vários casos de homens que desertavam - ausentavam-se por mais de 8 dias se eram prontos ou mais de 15 dias na recruta - para irem trabalhar nas colheitas e outros trabalhos agrícolas e depois, finda a tarefa, voltavam.
Este tipo de deserção levanta a questão do "patriotismo" do nosso povo. É um conceito escorregadio que se poderia medir pelo número de "voluntários". No fundo, "aquilo da tropa era uma chatice". Pagavam uma miséria, davam comida que até podia ser em quantidade mas, às vezes, não era assim tão boa e era muito diferente da de "lá de casa". (A questão da comida é/era importante.).
O ambiente do quartel (caserna e refeitório) tinha muito que se lhe dissesse...
Ensinavam(?) coisas que não interessavam para nada e até mandavam fazer ginástica que só servia para cansar e chatear. Ukék eutouakiafazer? Uké isso da pátria?
Este tipo de desertores era frequente e, quando punidos pelo crime, não entendiam o que tinha passado e alegavam que não tinham cometido crime nenhum e até diziam:
- Eu não fugi. Precisava de ir para sustentar a família.
A legislação sobre "amparos" era e tinha de ser muito restritiva. E tudo acabava no embarque para o TO de alguma PU.
Desertores "ideológicos", nas unidades territoriais, era poucos. Poderemos lançar mais um inquérito, pois assistimos a casos de deserção sem regresso e, na minha opinião, são estes os verdadeiros desertores, os que se recusaram a fazer a guerra e preferiram deixar o país definitivamente e reiniciar a vida noutro país. Claro que a consulta às ordens de serviço das unidades não permite destrinças entre as diferentes situações.
Para ser sincero, desconfio um bocado do número de desertores, se for aplicada a definição exacta dos regulamentos.
Parece-me que estamos a referir como "desertor" qualquer homem que fugiu ao serviço militar, quer tenha fugido adolescente - antes de "dar o nome" [, faltoso] - quer o tenha dado e tenha fugido quando a incorporação se aproximava [refratário].
Estes números são muito consideráveis, mas creio que não sejam determináveis com grande exactidão. Julgo que os serviços não os controlavam, nem para efeito de estatística, o que poderia medir a impopularidade da guerra ou patriotismo do povo. Este resultado poderia ser decepcionante para os "guerristas".
Para se ser desertor - naquele tempo e hoje - é necessário ter-se sido incorporado. Era, nos termos da lei do tempo, um crime "essencialmente militar", ou seja, um crime que só os militares podiam cometer. Hoje a legislação mudou e não existe este tipo de crimes.
Se se não era incorporado, era-se civil e, quanto muito, deixava de se cumprir "um dever de cidadania", como se diz hoje.
Neste âmbito, considerando que os membros do blog são ex-militares, teremos de tomar como verdadeiros os elementos fornecidos pelos investigadores, relativos àquelas duas situações. Seria bom que eles indicassem o seu método de trabalho, técnica de interpretação de elementos disponíveis e fontes consultadas.
Aqui, era interessante consultarmos as histórias das unidades, onde as deserções em face do inimigo deverão vir assinaladas e, talvez, personificadas.
O tal inquérito sobre esta matéria seria interessante...
Para a maioria dos membros do blog, dada a curta permanência na "metrópole", será difícil fornecer números de desertores nas unidades do continente e ilhas. (***)
2. Comentário do editor:
Seguimos a sugestão do nosso amigo e camarada Tó Zé, abrindo um inquérito 'on line' no sítio do costume, o canto superior da coluna da esquerda...
Vamos considerar também as eventuais situações de deserção na metrópole, aquando da formação da companhia (ou equivalente). Pode haver um caso ou outro onde seja difícil obter elementos fiáveis: por exemplo, na minha CCAÇ 2590, futura CCAÇ 12, éramos cerca de 60 e tal graduados e especialistas que se juntaram no Campo Militar de Santa Margarida para "formar a companhia". Não posso garantir que alguém não tenha comparecido (, sendo dado nesse caso como desertor). Mas penso que não. Era uma unidade "atípica" que se foi juntar aos seus praças, do recrutamento local, já recrutas (cerca de 1 centena). Demos-lhes a instrução de especialidade e fizemos com eles a IAO. Não houve deserções no tempo em que lá estive (maio de 1969/março de 1971). Fomos substituídos por outros graduados e especialistas, em rendição individual.
Já no caso da CCAÇ 2402 / BCAÇ 2851, (Có, Mansabá e Olossato, 1968/70), por exemplos, sabemos que houve, na véspera do embarque, a deserção de um oficial miliciano (ou aspirante a oficial miliciano).
O nosso inquérito desta semana contempla as duas situações: a hipótese de deserção ter ocorrido na metrópole e ou já no TO da Guiné. Podem e devem ser dadas duas respostas: por exemplo, 1. Nenhum [caso], na metrópole; e 2. Nenhum [caso], no TO da Guiné. Ou então: 3. Um [caso], na metrópole; e 2. Nenhum [caso], no TO da Guiné.
INQUÉRITO 'ON LINE': "NA MINHA UNIDADE (COMPANHIA OU EQUIVALENTE) NÃO HÁ CASOS DE DESERÇÃO"
1. Nenhum, na metrópole
2. Nenhum, no TO da Guiné
3. Um, na metrópole
4. Dois, na metrópole
5. Três ou mais, na metrópole
6. Um, no TO da Guiné
7. Dois, no TO da Guiné
8. Três ou mais, no TO da Guiné
A responder até 3/11/2016, 5ª feira, 15h34.
______________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 21 de julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8583: Facebook...ando (11): Partidas e chegadas... (Durval Faria, ex-Fur Mil, CCAÇ 274, Fulacunda, 1962/64)
(**) Vd. poste de 22 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16628: Recortes de imprensa (83): Guerra colonial: mais de 200 mil refratários, mais de 8 mil desertores... e faltosos, não se sabe..., segundo estudo em curso conduzido pelos historiadores Miguel Cardina e Susana Martins (Lusa / DN - Diário de Notícias / Expresso, de ontem(*) Vd. poste de 21 de julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8583: Facebook...ando (11): Partidas e chegadas... (Durval Faria, ex-Fur Mil, CCAÇ 274, Fulacunda, 1962/64)
(...) Os historiadores do Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra, vão apresentar os dados finais do estudo no colóquio "O (as)salto da memória: histórias, narrativas e silenciamentos da deserção e do exílio", que se realiza na quinta-feira, no qual será também apresentada documentação inédita sobre desertores da Guerra Colonial.
De acordo com os investigadores, o número definitivo do novo estudo sobre militares que desertaram da Guerra Colonial "pode pecar por defeito" porque ainda não é possível contabilizar os dados referentes a todos os territórios e o estudo tem como base apenas fontes do Exército.
O Código de Justiça Militar definia como desertor aquele que não comparecia na instalação militar a que pertencia num prazo limite de oito dias.
Segundo Miguel Cardina, para compreender o fenómeno da recusa de ir à guerra, além dos militares que desertaram, é preciso também considerar os refratários - jovens que faziam a inspeção mas que fugiam antes da incorporação - e os faltosos, que nem sequer faziam a inspeção militar.
"Temos dados que indicam que entre 1967 e 1969 cerca de dois por cento dos jovens que são chamados à inspeção foram refratários. Este número é certamente superior ao número dos desertores. Os faltosos são aqueles que nem sequer se apresentam à inspeção. Dados de 1985 do Estado-Maior do Exército indicam que cerca de 200 mil terão abandonado o país. Na década de 1970, cerca de vinte por cento dos jovens que deveriam fazer a inspeção já não se encontravam no país", indicou o historiador do CES.
Para Miguel Cardina, o "processo de afastamento e fuga" da estrutura militar deve ser estudado com profundidade e, por isso, o estudo começa pelos desertores - porque não existiam números conhecidos até ao momento - mas frisou que é preciso considerar as outras categorias: os refratários e os faltosos.
"Temos de colocar estas três categorias na mesma equação, sabendo que elas são diferentes e têm uma ligação com o fenómeno da guerra, também ela diferente. É natural que, no quadro dos faltosos, a guerra possa estar presente mas não tem o mesmo peso que tem nos refratários e também nos desertores", explicou.
Segundo o historiador, o "fenómeno dos faltosos" cruza-se com o fenómeno da emigração, sendo que uma boa parte destes jovens não estavam a "fugir da guerra" mas também da falta de perspetivas de futuro, ou seja, "a guerra podia ser" uma das motivações para o ato de emigrar. (...)
(***) Último poste da série > 24 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16631: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (14): A maldição de Cancolim e a CCAÇ 3489 que teve dois casos (o capitão e um alferes) de "abandono" (no período de férias) e um de "deserção" para as fileiras do IN, o sold at inf José António Almeida Rodrigues (1950-2016)
9 comentários:
Sugere-se a leitura do seguuinte texto do nosso camarada Raul Albino, o primeiro relatiovo à hitsória da sua unidade, a CCAÇ 2402:
15 DE NOVEMBRO DE 2006
Guiné 63/74 - P1282: História da CCAÇ 2402 (Raul Albino) (1): duas baixas de vulto, Beja Santos e Medeiros Ferreira
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2006/11/guin-6374-p1282-histria-da-cca-2402.html
Historiadores americanos apontam para um taxa de deserção da ordem dos 11% durante a Guerra Civil Norte-Americana (1864), um taxa alta quando comparada com a da II Guerra Mundial (4,5%) e da da guerra do Vietname (5,2%).
https://legacy.wlu.ca/documents/61432/Minerva.pdf
Fui o primeiro a votar, e assinalei 1 e 2.
O segundo votante no inquérito foi assinalou a resposta "3. Um [caso], na metrópole"...
Presume-se que não tenha havido mais nenhum caso... Assim sendo, o respondente deveria ter assinalado também a hipótese de resposta "2. Nenhum [caso[], no TO da Guiné".
Deve haver sempre duas respostas (que são complementares); iu nºao houvbe nenhum caso de deserçºão, quer cá (i) quer lá (2)... Ou houve um caso cá (3) e três lá (8)...
É preciso de estar sempre de pé atrás... com a "guerra dos números"... E ter em conta os "contextos" (políticos, geográficos)... No TO da Guiné não era f+acil desertar... Fugia-se para onde ? E mesmo cá, só com muitas "cumplicidades"... e dinheiro... Como chegar a França, atravessando uma Espanha franquista ?...
A contestação à guerra do Vietname pode ter-se traduzido num nº mais elevado de deserções (não na frente de batalha, mas na retaguarda...). Na época, os desertores norte-americanos tinham um país vizinho, "pacifista", que os acolhia, o Canadá... Como a Suécia, mais distante de nós, também acolheu alguns (quantos ?) desertores portugueses, mais politizados e com "bons contactos"...
Parece que, na guerra na Argélia, que durou vários anos (1954-1962), e foi sangernta (muito mais do que a nossa "guerra do ultramar") e também dividiu muito a França, a opinião pública, os intelectuais e os jovens, o nº de desertores foi considerado baixo: à volta de 100 por ano...As forças em presença, do lado francês, foram crescendo de ano para ano:
50 000 (1954)
100 000 (1955)
300 000 (1956)
500 000 (1958)
750 000 (1960)
950 000 (1962)
https://fr.wikipedia.org/wiki/Guerre_d%27Alg%C3%A9rie
https://fr.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9sertion
Olá Luís
Parece-me que, se logo à segunda resposta detectaste 2minhoca" é porque...
Or melhora.
Um Ab.
TZ
Olá Luís
Parece-me que, se logo à segunda resposta detectaste "minhoca" é porque...
Or melhora.
Um Ab.
TZ
Meu caro Tó Zé, isto aqui é como na roleta russa... Não dá para treinar e melhorar... Trabalha-se em cima do arame, sem rede. sempre com uma "bala na câmara"... Mas aceito, muito humildemente, a tua sugestão,a de aprender com os erros e melhorar... Ab. grande. LG
Na foto apresentada, não me parece que seja o Porto de Bissau.
Quanto ao resto, pessoalmente não conheci ninguém das minhas relações que
tivesse desertado.
Abraço
Valdemar Queiroz
Valdemar, em relação à foto eu sempre tive as minhas dúvidas se se tratava realmente do porto de Bissau, em 1961... Na época não deveria ter ainO infra-estruturas modernas de modo a permitir o desembarque directo das NT em navios de grande calado... O leito do canal tinha, de resto, como tem hoje, problemas de assoreamento no canal do Geba, entre a cidade de Bissau e o Ilhéu do Rei.
O nosso veteraníssimo Rui Santos, que é "um pouco mais novo" do que o Durval Faria também diz que a foto não é, de facto, do porto de Bissau... Na sua chegada a Bissau em 20 de setembro de 1963, no N/M Manuel Alfredo, "este navio acostou ao Cais, bem como o faziam outros com o mesmo calado, caso do Alfredo da Silva, Ana Mafada, entre outros."
E acrescenta: "Mais tarde foi construido um cais bastante maior, onde já acostavam navios de maior calado, portanto a foto 2 não é de Bissau, pois também não existiam carris, nem guindastes."
Só podia ser, então, de Luanda... As papelarias em Bissau deveriam ter "postais ilustrados" deste tipo para vender à malta...
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2011/07/guine-6374-p8583-facebookando-11.html
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