Lourinhã > Zambujeira e Serra do Calvo > 25 de fevereiro de 2018 > "Homenagem da Zambuejira e Serra do Calvo aos seus combantentes"... Monumento inaugurado em 5 de outubro de 2013 (e não em 2015, segundo lapso do nosso colaborador permanente José Martins.). Foi uma patriótica iniciativa do Clube Desportivo, Cultural e Recreativo da Zambujeira de Serra Local.
Desconhece-se o autor do painel de azulejos que representa a partida, no T/T Niassa, no Cais da Rocha Conde de Óbidos, em Lisboa, de um contingente militar que parte para África. Ao canto inferior esquerdo a quadra: "Adeus, terras da Metrópole / Que eu vou pró Ultramar /, Não me chorem, mas alegrem [-me], / Que eu hei-de regressar"... No chão, em calçada portuguesa, lê-se: "Em defesa da Pátria". Abaixo do panel, há um livro metálico com os nomes de todos os nossos camaradas, naturais das duas povoações, que combateram no Ultramar.
Lourinhã > Zambujeira e Serra do Calvo > 25 de fevereiro de 2018 > Bolo do 35º aniversário do Clube Desportivo, Cultural e Recreativo da Zambujeira e Serra do Calvo
Lourinhã > Zambujeira e Serra do Calvo > 25 de fevereiro de 2018 > Festa do 35º aniversário do Clube Desportivo, Cultural e Recreativo da Zambujeira e Serra do Calvo > Atuação do Grupo de Caquinhos > Silvinho Pereira, ex-combatente m Moçambique, em 1968 - 1970: natural da Serra do Calvo, e meu amigo de infância, é autor de "Diário de um combatente: nas sendas da floresta" (Lisboa, Chiado Editora, 2013, 422 pp.) (*)
Lourinhã > Zambujeira e Serra do Calvo > 25 de fevereiro de 2018 > Festa do 35º aniversário do Clube Desportivo, Cultural e Recreativo da Zambujeira e Serra do Calvo > Atuação do Grupo de Caquinhos > À esquerda, o João Pereira, outro ex-combatente, em Angola, onde foi alf mil, entre 1969 e 1971, se não erro; é natural da Zambujeira e é outro velho amigo.É maestro do grupo coral local.
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Fica agora mais visível, o monumento, a escasso quilómetro e meio do Dino Parque da Lourinhã (que tem sede na povoação da Abelheira)...Seguindo da Lourinhã até à Zambujeira, mesmo no centro da povoação, fica o Clube Desportivo, Cultural e Recreativo da Zambujeira e Serra do Calvo. O monumento fica ao lado, do lado esquerdo. Quilómetro e meio depois temos o Dino Parque da Lourinhã. Zambujeira e Serra do Calvo são terras "siamesas", física e simbolicamente ligadas, não havendo hoje qualquer "rivalidade", como no passado. (**)
Quem lá for, ao Dino Parque, por este itinerário, pode parar na Zambujeira para tirar uma foto. Passámos por lá, no passado dia 25, almoçámos no clube local, que comemorava justamente o seu 35º aniversário. É um clube dinâmico, que tem à frente uma mulher de armas, a minha amiga Maria Matos, empresária. É um terra simpática, de gente empreendedora, onde gosto de ir, e nomeadamente à sua festa anual.
Conheço lá vários camaradas que estiveram na Guiné, Angola e Moçambique. Descobri agora mais um o empresário José Correia, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 1496 / BCAÇ 1876 (Bissum, Pirada e Bula, 1966/67), que convidei para integrar a nossa Tabanca Grande. Infelizmente não usa Internet nem tem email, como a grande maioria dos nossos camaradas de armas.
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 1 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15064: Memória dos lugares (317): Zambujeira e Serra do Calvo, concelho da Lourinhã: mais duas terras que prestam uma justa homenagem aos seus combatentes
(**) Último poste da série > 1 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18274: Memória dos lugares (374): Gadamael, c.1967/68, ao tempo da CART 1659, 'Zorba' (Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620, Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68)
1 comentário:
O Silvino Pereira e o João Pereira, um da Zambujeira e outro da Serra do Calvo, encontraram-se um dia, a 6 de maio de 1965, não erro, com mais dois amigos e conterrâneos, o Luís Pereira e o António Calçada... Três deles deles têm o apelido Pereira mas não familiares... Nesses tempos já recuados, em conversa, interrogaram-se sobro futuro... O que viria a ser deles, dali a 5, 10, 20 anos... Estava-se em plena guerra colonial (na altura, dizia-se "guerra do ultramar"...). E eles estavam à bica... Acho que um era de 1943 (talvez o Luís), outro de 44 (o Silvino), outro de 45 (creio que o João), sendo o António o mais novo (1946)...Depois de uma conversa filosófica, à mesa, ficou combinado, e selado em pacto "quase de sangue" que voltariam a encontrar-se decinco em cinco anos, naquele dia, independentemente do dia da semana...
E assim tem acontecido... Encontraram-se em 6 de maio de 1970, dois já feito a guerra na Guiné, o Luís, e em Moçambique (o Silvino), o João já estava ou ia para Angola (o João)... Faltavao António que foi parar à Guiné...
Voltaram a encontrar-se em 6 de maio de 1975, em tempos acalorados e fracturantes... E continuaram a encontrar-se até 2015... Neste ano, houve um que quebrou o pacto por indisponibilidade (a desculpa foi os netos)... reuniram-se os outros 3... Almoçaram, fizeram o balanço de uma amizade a 4 e decidiram, por fim, desvincular-se do compromisso...
Voltarão a encontrar-se, por certo, já que continuam amigos, mas "obrigatoriamente" nesse dia 6 de maio dos anos terminados em 5 ou 0...
É uma história fantástica que merecia figurar em livro!... Foi o João que ma contou, à mesa, mo dia 25 de fevereiro de 2018, no Clube da terra...
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