Eduardo Estrela, membro da Tabanca do Algarve
1. Comentário do nosso amigo e camarada o Eduardo Estrela [ ex- fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima, 1969/71)
Caro Luis! Acabo de ler o teu comentário na sequência da apresentação do livro do Gonçalo Inocentes. (*)
(*) Vd. poste de 22 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21383: Notas de leitura (1309): "O Cântico das Costureiras", de Gonçalo Inocentes (Matheos) - Parte III (Luís Graça): a conquista da Ponta de Jabadá, em 29/1/1965, importante posição na defesa do rio Geba
No que diz respeito ao Batalhão de Farim [ BCAÇ 2879, 1969/71] onde a minha CCaç 14 estava integrada como Companhia de reforço, havia dois médicos. Um em Farim e outro em Cuntima. (**)
Eram, tal como os da tua zona, mais médicos civis do que militares, pois nunca saíam para o mato. Mas o Fur Mil Enf da minha Companhia, o Ilídio Vaz, era um operacional como nós. Estabeleceu uma escala com a sua malta da enfermagem e alinhava em todas quando chegava a sua vez. (***)
Quanto ao Inocentes, infelizmente e apesar dele morar em Faro, não o conheço. Mando-lhe daqui um forte abraço extensivo a toda a Tabanca.
Eduardo Estrela.
____________
Notas do editor:
(...) Recorde-se que, no meu tempo (1969/71), haveria (, quando havia!) um médico por batalhão. E que ficava no "bem bom" da sede do batalhão, a trabalhar na "psico", nunca ou raramente saindo para o mato em operações... Era mais médico "civil" do que "militar",,, O mesmo se aplicava ao furriel enfermeiro... (Estamos a falar do tempo de Spínola, em que aumentaram os efectivos militares e o país não tinha médicos suficientes para mandar para a guerra; por outro lado, a política "Por uma Guiné Melhor" absorvia uma grande parte dos recursos sanitários das Forças Armadas.)
Aqui, nesta época [, 1964/65], no tempo ainda da malta do caqui amarelo, há um médico para cada 150/160 homens (=1 companhia), e que dorme no mato, nos mesmos buracos dos "infantes"... E participa em operações, como a conquista da Ponta de Jabadá! (...)
Aqui, nesta época [, 1964/65], no tempo ainda da malta do caqui amarelo, há um médico para cada 150/160 homens (=1 companhia), e que dorme no mato, nos mesmos buracos dos "infantes"... E participa em operações, como a conquista da Ponta de Jabadá! (...)
(**) Vd. poste de 18 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11724: Os nossos médicos (50): Os batalhões que passaram pelo setor de Farim tinham um número variável de médicos, de 1 a 4... Quanto ao HM 241, era só... o melhor da África Ocidental (Carlos Silva, 1969/71)
(...) BCav 490 - 1º Batalhão sediado em Farim, 1964/65. Pois na sua HU consta na data do embarque 4 médicos adstritos às unidades. a saber:
CCS - 1 médico
CCav 487 - 1 médico
CCav 488 - 1 médico, Jumbembem do qual existe 1 foto no meu site
CCav 489 - 1 médico Cuntima
Nota: Não sei se os outros 2 médicos estavam em Farim, há aqui camaradas tabanqueiros desta Unidade que podem esclarecer. (...)
(...) BCaç 2879 (1969/71) - 5º Batalhão sediado em Farim. Já referi no post anterior. Apenas 1 médico integrou o Batalhão, embora no sector pelo menos durante um ano lá estivessem estado 2, um em Farim e outro em Cuntima. (...)
(***) Último poste da série> 3 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21132: Os nossos médicos (88): Fernando António Maymone Martins, especialista de cardiologia pediátrica, ex-alf mil, CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, e HM 241, Bissau, 1968/70
CCS - 1 médico
CCav 487 - 1 médico
CCav 488 - 1 médico, Jumbembem do qual existe 1 foto no meu site
CCav 489 - 1 médico Cuntima
Nota: Não sei se os outros 2 médicos estavam em Farim, há aqui camaradas tabanqueiros desta Unidade que podem esclarecer. (...)
(***) Último poste da série> 3 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21132: Os nossos médicos (88): Fernando António Maymone Martins, especialista de cardiologia pediátrica, ex-alf mil, CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, e HM 241, Bissau, 1968/70
4 comentários:
No inicio da guerra do ultramar era assim por cada 150 homens uma companhia ía um médico, porque é que havia um médico por cada 150 homens porque o estado português rechamou os médicos que já tinham cumprido o serviço militar, ou aqueles que ao abrigo dos estudos universitários adiavam a chamada ao serviço militar, (só que essa mina esgotou-se em pouco tempo) caso da minha companhia de caç. 557 o Dr. Rogério da Silva Leitão se fosse vivo teria hoje 85 anos.
Evolução do nº de médicos (Portugal, de 1960 a 2017)
Ano | Médicos (em milhares)
1960 = 7,1
1970 = 8,2
1980 = 19,3
1990 = 28,0
2000 = 32,5
2010 = 41,4
2017 = 51,9
Fonte: Graça (2020)
Evolução do nº enfermeiros (Portugal, de 1960 a 2017)
Ano | Enfermeiros (em milhares)
1960 = 9,5
1970 = 13,8
1980 = 22,1
1990 = 28,2
2000 = 39,5
2010 = 62,4
2017 = 71,6
Fonte: Graça (2020)
1 médico por companhia, 4 por batalhão (600/700 homens) era o rácio que estava estipulado em 1961... Mas com um milhão de homens mobilizadados (incluindo os do recrutamento local, era humanamente impossível atingir esse rácio mesmo que,por absurdo, se recrutasse todos os médicos existentes em 1970: pouco mais de 8 mil...
Enviar um comentário