Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971 > Reabastecimento do aquartelamento e povoação através do Nordatlas e do lançamento de géneros por paraquedas, durante a época das chuvas. Fotos do Álbum de Amaral Bernardo, ex-alf mil médico, CCS / BCAÇ 2930 (Catió, 1970/72)... Esteve em 1971 em Bedanda, onde foi rendido em Dezembro de 1971 pelo Mário Bravo.
(...) "Estive em Bedanda, durante 13 meses, sob o comando do capitão de cavalaria Ayala Botto [, CCAÇ 6]. Um grande comandante, um verdadeiro oficial de cavalaria... que nos derretia com mimos: ovos liofilizados e outras delícias, que vinham de Lisboa, de uma fábrica da família...
"Estive primeiro em Cacine, que era deslumbrante... Percorri todo o sul, acabando em Bolama, depois de passar por Bedanda, Gadamael, Guileje, Tite... A CÇAÇ 6 tinha fulas e um pelotão de balantas... Em Bedanda, os tipos do PAIGC apareciam nas minhas consultas, nas calmas, disfarçados com a população...
"Bedanda, no tempo das chuvas, era inacessível por terra, transformava-se numa ilha. Ficava entre dois rios, o Cumbijã, a oeste e o seu afluente, o Ungariol, a leste e a norte... Era abasteciada pelos fuzileiros e pela força aérea...
"Em 2005 falei com o Nino sobre os ataques a Bedanda, quando ele era o comandante da região sul... Havia malta na tabanca que lhe fazia sinais de luz (com uma lanterna) para orientação do tiro... À terceira, eles acertavam todas...
"Os melhores abrigos, à prova do 120, eram os de Guileje... Mas o Spínola proibiu a construção de mais bunkers, queria que o pessoal fosse todo para as valas... Foram tempos muitos duros, tive uma [grande] actividade como médico... e eu próprio cheguei a desejar secretamente ser ferido para poder ser evacuado dali" (...) (Amaral Bernardo, membro da nossa Tabanca Grande, desde Fevereiro de 2007; poste P7802).
"Estive primeiro em Cacine, que era deslumbrante... Percorri todo o sul, acabando em Bolama, depois de passar por Bedanda, Gadamael, Guileje, Tite... A CÇAÇ 6 tinha fulas e um pelotão de balantas... Em Bedanda, os tipos do PAIGC apareciam nas minhas consultas, nas calmas, disfarçados com a população...
"Bedanda, no tempo das chuvas, era inacessível por terra, transformava-se numa ilha. Ficava entre dois rios, o Cumbijã, a oeste e o seu afluente, o Ungariol, a leste e a norte... Era abasteciada pelos fuzileiros e pela força aérea...
"Em 2005 falei com o Nino sobre os ataques a Bedanda, quando ele era o comandante da região sul... Havia malta na tabanca que lhe fazia sinais de luz (com uma lanterna) para orientação do tiro... À terceira, eles acertavam todas...
"Os melhores abrigos, à prova do 120, eram os de Guileje... Mas o Spínola proibiu a construção de mais bunkers, queria que o pessoal fosse todo para as valas... Foram tempos muitos duros, tive uma [grande] actividade como médico... e eu próprio cheguei a desejar secretamente ser ferido para poder ser evacuado dali" (...) (Amaral Bernardo, membro da nossa Tabanca Grande, desde Fevereiro de 2007; poste P7802).
Foto (e legenda): © Amaral Bernardo (2011). Todos os direitos reservados.
Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 135/199 > O temível obus 14... mais um elemento da guarnição africana do Pel Art, que dependia da BAC 1 (Bissau).
Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 127/199 > Invólucros de munições deixadas em anteriores ataques do IN ao aquartelamento.
Escreveu o João Martins no poste P9947: (...) Terminada a instrução que fui dar ao BAC [Bateria de Artilharia de Campanha, nº 1], em Bissau, fui colocado em Bedanda onde já se encontrava um pelotão com três obuses 14 cm.
Tive que fazer novamente as malas e apanhar uma aviioneta Dornier [DO 27] que, passando por Catió onde tirei algumas fotografias que já não sei identificar, acabou por aterrar em Bedanda. Sem dúvida um dos locais da Guiné que me deixou mais saudades.
Fazia a sua defesa a Companhia de Caçadores 6, do recrutamento da Província, um pelotão de milícia, e o pelotão de artilharia. A população era particularmente simpática e notava-se que tinha tido muito contacto com portugueses da metrópole. Aliás, a casa colonial existente, a do chefe de posto, era imponente.
Tive que fazer novamente as malas e apanhar uma aviioneta Dornier [DO 27] que, passando por Catió onde tirei algumas fotografias que já não sei identificar, acabou por aterrar em Bedanda. Sem dúvida um dos locais da Guiné que me deixou mais saudades.
Fazia a sua defesa a Companhia de Caçadores 6, do recrutamento da Província, um pelotão de milícia, e o pelotão de artilharia. A população era particularmente simpática e notava-se que tinha tido muito contacto com portugueses da metrópole. Aliás, a casa colonial existente, a do chefe de posto, era imponente.
Bedanda fica numa colina bastante elevada, atendendo aos padrões de altitude que normalmente se encontram na Guiné. Não sendo uma fortificação inexpugnável, não oferecia quaisquer vantagens ao inimigo que se colocaría sempre numa cota inferior. Por isso, os ataques eram pouco frequentes o que nos permitia respirar…
Atendendo ao “clima” relativamente ameno que se fazia, visitava com muita frequência a tabanca e cheguei mesmo a ir à pesca e a tomar banho no rio Ungariol, afluente do rio Cumbijã, na esperança de não me tornar um isco para os jacarés. (...)
Fotos (e legendas): © João José Alves Martins (2012). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto B113
Foto B117
Fotos (e legendas): © António Teixeira (2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Lista, por ordem alfabética (e não exaustiva), dos "bedandenses", referidos no nosso blogue (e em geral, membros da Tabanca Grande), ex-combatentes que estiveram em (ou passaram por) Bedanda, na maior parte dos casos integrando a 4ª CCAÇ (1961/66) ou a CCAÇ 6 (1967/74). É pena que não haja nenhum dos camaradas do recrutamento local.
- Amaral Bernardo, ex-alf mil médico, CCS/BCAÇ 2930 (Catió, 1970/72), esteve na CCAÇ 2726, uma companhia independente, açoriana, que guarneceu Cacine (1970/72); passou também cerca de um ano (1971) em Bedanda (CCAÇ 6); tem cerca de meia centena de referências no blogue;
- António Teixeira, "Tony" (1948-2013), ex-alf mil, CCAÇ 3459/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 6, Bedanda (1971/73);António Henriques Campos Teixeira, nascido em 21/6/1948, falecido em 25/11/2013); era professor de educação física, reformado; vivi ame Espinho; tem mais de meia centenas de referências no blogue.
- Aurélio Manuel Trindade, ex-cap inf, cmdt, 4ª CCAÇ / CCAÇ 6 (Bedanda, julho 1965/julho 1967), hoje ten gen ref, autor de (sob o pseudónimo Manduel Andrezo) " Panteras à Solta! (ed. autor, c. 2020, 447 pp.;
- Artur José (Miranda) Ferreira, ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 6, Bedanda, 1968/70;
- Belmiro da Silva Pereira (1946-2022) ex-alf mil, CCAÇ 6, Bedanda (1969/71); , natural de Peniche, era médico reformado; tem 4 referências no blogue;
- Carlos (Pinto) Azevedo, ex-1º cabo, CCAÇ 6, Bedanda (1971/72); contemporâneo do Fernando Sousa e do Dr. Amaral Bernardo; "tive dois Capitães na Companhia em Bedanda, o Sr. Capitão Carlos Ayala Botto e o Sr. Capitão Gastão Silva, dois Homens com um H Grande";
- Carlos Ayala Botto, ex-cap cav, cmdt, CCAÇ 6, Bedanda (1971/72), ajudante de campo do General Spínola, hoje cor cav ref; "Soube do seu blogue e aqui estou a apresentar-me: Carlos Ayala Botto, estive na Guiné entre 1970 e 1973 e actualmente sou Coronel na Reforma. Na altura era capitão de Cavalaria mas mesmo assim fui nomeado Cmdt da CCAÇ 6 em Bedanda onde estive cerca de 20 meses." (Poste P1407);
- Fernando de Jesus Sousa, ex-1.º cabo, CCAÇ 6, Bedanda (1970/71); DFA, autor
autor de "Quatro Rios e um Destino” (Chiado Editora, 2014); tem 30 referências no blogue; - Hugo Moura Ferreira, ex-alf mil, CCAÇ 1621 (Cufar) e CCAÇ 6 (Bedanda) (Novembro de 1966 / novembro de 1968); tem 60 referências no blogue;
- João Martins, ex-alf mil art, Pel Art / BAC1 (Bissum, Piche, Bedanda, Gadamael e Guileje, 1967/69); tem mais de 60 referências no blogue:
- Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, CCAÇ 3398 (Buba, 1971/72) e CCAÇ 6, Onças Negras (Bedanda, 1972/73); foi redator-coordenador do jornal de caserna "O Seis do Cantanhez", criado e dirigido pelo Cap Gastão e Silva, cmdt da CCAÇ 6, tendo entre outros membros da redação, o saudoso alf mil António Teixeira , "Tony"(1948-2013); natiual do Cadaval, é advogado, e régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, Porto das Barcas, Atalaia, Lourinhã; tem 60 referências no blogue:
- Jorge Freire, ex-cap inf, CCaç 153, e 4ª CCaç, Bissau, Gabu, Bedanda, 1961/63); vive nos EUA, tem cerca de 20 referências no blogue, onde é conhecido como George Freire; nome completo, Renato Jorge Cardoso Matias Freire;
- Jorge Zacarias Rodrigues da Rocha, 2ª Companhia do BCAÇ 4612/72, Jugudul (1972/74); engenheiro técnico civil na REFER-EP, esteve em Bedanda entre junho e setembro de 1974; presumimos que foisse alf ou fur mil:
- José (Conde) Figueiral, ex-alf mil, CCÇ 6, Bedanda (1970/72);tem 10 referências no blogue;
- José Vermelho, ex-fur mil, CCAÇ 3520, Cacine, CCAÇ 6, Bedanda, e CIM Bolama (1971/73); tem 8 referências no blogue;
- Manuel Mendes, ex-sold. CCAÇ 728 (Catió, Cachil, Bedanda e Bissau, 1964/66); conhecido como o "Lisboa", era o "soldado 29", do 3º pelotão;
- Mário Silva Bravo, ex-alf mil médico, CCAÇ 6, Bedanda, e HM 241, Bissau (1971/72); O Mário Bravo, ortopedista reformado, tem 55 referências no blogue;
- Mário (José Lopes) de Azevedo, ex-fur mil art, Pel Art, CCAÇ 6, Bedanda (1970/72); tem um dezena de referências no blogue;
- Rui Santos, ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama (1963/65); tem mais de 3 dezenas de referências no blogue;
- Tibério Borges, ex-alf mil inf MA, CCAÇ 2726, Cacine, Cameconde, Gadamael e Bedanda (1970/72); tem 10 referências no blogue; sobre Bedanda escreveu: "Em Bedanda a companhia era de africanos com excepção da maioria dos graduados. Fui encontrar, imaginem, o Zé Cavaco, que é meu conterrâneo. O mundo é pequeno. Apenas fui tapar um buraco durante um mês. Alguém que foi de férias ou que chegou ao fim da comissão. Quem sabe se doente! Pode ser que um dia saiba mais coisas através do Zeca. Sei que o Comandante era o Capitão Ayala Boto. Nesta unidade havia um padre."(Poste P15059);
- Vasco Santos, ex-1º cabo op cripto, CCAÇ 6, Bedanda (1972/73); tem 38 referências no blogue; foi, com o Hugo Moura Ferreira, o organizador do 4º encontr0 dos bedandenses (Mealhada, 2014); nome completo: Vasco David de Sousa Santos.
- Lassana Jaló (ferido em combate e a viver em Portugal);
- Gualdino José da Silva (ex-fur mil, de 1967/69);
- João António Carapau (que foi alf mil médico em 1967/68, hoje conceituado pediatra, reformado do Hospital da Estefânia, vivendo na Portela);
- Renato Vieira de Sousa (ex-cap inf, cmdt, 1967/68, hoje cor inf ref, vivendo em Lisboa);
- Victor Luz (fur mil, 1967/68);
- Eduardo Cesário Rodrigues (de alcunha, "Salazar") (ex-alf mil, 1967/68);
- Aníbal Magalhães Marques (1972/74);
- Amadeu M. Rodrigues Pinho (ex-alf mil, 1967/68);
- António Rodrigues (O Capitão do Estandarte: o último Alferes / Capitão, fiel depositário do estandarte e da Cruz de Guerra da CCÇ 6);
- Carlos Nuno Carronda Rodrigues (ex-alf mil, hoje cor 'comandpo' ref; membro da Magnífica Tabanca da Linha)
- e outros... Ver lista dos inscritos e dos participantes no encontro de Peniche em 2013 (Poste P12109).
11 comentários:
Sem dúvida que esta guerra (da Guiné) vai ficar tão esmiuçada, aqui neste blog, que é melhor que não apareça qualquer historiador que se diga digno de crédito, que não tenha que vir beber aqui o essencial.
O médico Amaral Bernardes ouviu do Nino em 2005: Havia malta na tabanca que lhe fazia sinais de luz (com uma lanterna) para orientação do tiro... À terceira, eles acertavam todas...
Se com uma simples lanterna orientavam o tiro concluímos que o IN estava por perto.
E pela quantidade de invólucros da foto presente, chegamos à conclusão que aquela guerra era o PAIGC, Cubanos e soviéticos deitavam os foguetes e nós apanhávamos as canas, de tantos invólucros recolhidos.
Não é humor (apenas) da minha parte.
Antº. Rosinha eu também reparei nos cunhetes, manga deles.
Parecem ser de granadas de canhão s/recuo. Para abandonar os cunhetes não deveriam ter necessidade deles para o próximo transporte das granadas, quer dizer que tinham granadas de canhão s/recuo para muito tempo.
Este nosso blogue tem literatura sobre a guerra na Guiné que dava para uma grande série de televisão.
O próprio título "Tabanca Grande" dava perfeitamente para uma série documental ou até de ficção. E até se podia, ainda, ir filmar em locais com as nossas instalações de pé ou recuperáveis.
Eu ofereço-me para actor da personagem principal, em velho, evidentemente, por já não aguentar com uma bajuda ao colo.
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
O 'Nino' adorava fazer esse tipo de confidências... Só é pena que se tenha deixado assassinar (selvaticament) sem nunca ter ditado, para a posteridade as suas memórias... Não estaria à espera de morrer tão cedo,,,,
Recordo-me de lhe ter ouvido outra das confidências, "ao vivo e a cores"...
Quando 'Nino' entrou em Guileje, em 25 de Maio, limitou-se a constatar que as NT e a população já não estavam lá... Frustado ou não, acabou por abrir uma garrafa de uísque de Dimple, das muitas bebidas que lá ficaram, e que nem sequer os tugas destruíram, por falta de tempo...
Na audiência que concedeu a um grupo de participantes do Simpósio Internacional de Guileje, a 6 de Março de 2008 (e em que eu estive presente, embora tendo feito tudo para não o cumprimentar...), o então presidente da República da Guiné-Bissau, João 'Nino' Vieira, não deixou de evocar esse episódio, com alguma graça e sentido de humor, ao dirigir-se expressamente ao Cor Art Ref Alexandre Coutinho e Lima:
- Senhor coronel, em Guileje tive a honra de beber da sua garrafa de uísque!
Bravata ou não, aqui fica mais esta... Mas co caso de Bedanda, deveria ser verdade: Bedanda estava rodeada, por quase todos os lados, pela gente do PAIGC e população sobre o seu controlo... E, mais, as "mulheres do amto" (nmedamente oriundas de Cobumba) estava autorizadas a lá ir fazer negócio: vendiam arroz, mancarra, mandioca, etc, compravam cana e tabaco e traziam também "novidades" para a guerrilha... Mas ocontrário também era verdadeiro: algumas davam informações preciosas aos militares, à milícia, ao régulo, aos comerciamentes... Isto pelo menos ao tempo do cap inf Aurélio Manuel Trindade (meados de 1965/meados de 1967)...
Difícil de acreditar é como Bedanda, que era um polo económico importante antes da guerra (a capital do arroz, a par de Caitó...), ficou praticamente isolado pela guerrilha, e era alvo de ataques frequentes do PAIGC: emboscadas, minas, flagelações, etc... LG
Valdemar, na foto diz invólucros tu dizes cunhetes,eu, armas pesadas de infantaria, nunca vi canhões a não ser na recruta um canhão com recuo, filho único, inutil, vindo da 2ª grande guerra.
Pergunto, aqueles tubos pretos da fotografia, talvez centenas, qual é a função? transporte das granadas apenas? se for o caso, quantas granadas podem caber ali?
Só conheci mauser e fbp, morteiro (na mão de outros)e caçadeiras poucas.
Explica se souberes sobre aqueles tubos pretos.
Obrigado
Boa noite, estive em Bedanda 1963/64, os primeiros meses foram passados na antiga Missão do Sono, perto da povoaçâo Amedalai. na 4ª Cª de Cs Nativos depois fui destacado para a Zona Comercial (BEDANDA PRÓPROAMENTE DITA ) aí permaneci até Julho de 1964, indo depois para Bolama dar instrução. no meu tempo nunca tivemos Obuses, nem G-3 (teriamos umas 15/20, o restante armanento eram Mausers 1906 e 1937mm Lee Enfillg, Kropachec, 5 ou seis Madsen, morteiros 81 2un na Companhia que detinha mais 5 de 60 mmm, no meu destacamento tinhamos 2(dois) morteiros 60 3 Madsen, e depois recebemos 40 un de G-3, tinhamos também oito ou nove basucas, granadas de mão defensivas, ofensivas e incendiários, minas anti pessoal e anticarro, na Companhia havia gerador e iluminação, no meu destacamento eram petromax e candeeiros de petróleo, o destacamento como estava perto de Incala , Rosssum Hole, e Contumbum eramos atacados uma a duas vezes por semana, quer perto do arame quer com morteiro 82 e canhão sem recuo, Tenho saudades dos tiros assobiando aos ouvidos, eram muito melhor que PALAVRAS DE DETRIMENTO, Grande abraço a todps quue pasaram por Bedanda que não me sai da Memória, bem como de BOLAMA
Antº. Rosinha.
Julgo tratar-se de cunhetes, ou seja uma caixa de transporte, naquele caso, de uma granada que devia ser de canhão s/recuo. Deveria ter umas ranhuras para se aplicar uma "bandoleira"/corda para transporte a tiracolo. Não podiam ser invólucros, por notar-se perfeitamente ser uma caixa.
Uma imagem no P2520 também vemos estas caixas que são referenciadas como granadas de canhão s/recuo.
Para serem invólucros teriam de ser a "sobra" o que foi disparado, e nota-se perfeitamente que são caixas fechadas.
O que nos havíamos de lembrar às 02,47 horas do 28-08-2022, e a aguentar com o aumento do custo de vida.
Gandas malucos... e com mais ou menos bofes ainda por cá andamos a falar da porra da guerra na Guiné. E nunca nos vamos cansar.
Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Antº. Rosinha, eu por causa dos bofes não posso beber, doutra forma até parecia que estava com um grande bioxene eram 22,47 e não 02.47 horas.
Valdemar Queiroz
Antº Rosinha
Valdemar Queiroz
Aquelas "caixas" da foto,escurecidas,na realidade amarelas esverdeadas,são embalagens individuais de granadas do canhão s/r 82 B10.Eram metálicas e fechavam hermeticamente. Há um post meu com uma foto da arma e respectivas munições tirada no Reordenamento de Contabane onde estive destacado com o PelCaçNat 53.Meses antes de chegar à Guiné,houve uma acidente com a arma de que resultou a morte de um 2ºSarg do Pelotão.
Abraços
Santiago
Referi em qualquer lado, que o meu "quarto" no destacamento a 700 metros do Ungauriuol, era mesmo junto do murete que ficava a cerca de 20 metros da sebe de arame farpado, virado para as tabancas do IN(Incala, Rossum Holé, Contumbum, Bobedé e penso que Feribrique a memória já não é o que era), a mesa de cabeceira com um candeeiro a petróleo eram uns 5 cunhetes de granadas de morteiro 60, a porta para a sala de refeições, depois nessa parede a "cómoda" ... cunhetes de granadas de basuca uns 8 ou 10, mais uns quantos de morteiro 60, depois cunhetes de balas 7,9. outros de 7,63, e ainda para as Lee Enfield, e Kropachec, cunhetes de granadas incendiárias, defensivas e ofensivas, caixas com Trotil, e outras com explosivo plástico 808 rolos de cordão detonante e cordão lento. O nosso capelão excelente homem, chegou uma das vezes que lá passava, quis ver as nossas instalações e alarmado com "decoração" do meu quarto, foi chamar a atenção para o facto ao cte da Companhia na altur JOÃO JOSÉ RODRIGUES DE PASSOS salvo erro e o que foi feito .... NADA!!!!!
Comentário de 28 de agosto de 2022 às 23:11 não está assinado... ´´E do João José Rodrigues ?
Vi muitos nomes afectos á 4ª e á 6ª Cªs de Caçadores nativos, mas apenas um além de mim o Cap Freire, Sim pertenci e com grande orgulho á 4ª, dei o meu melhor, mas dos chefes que tive apenas um era digno desse nome que era o Cap Sacramento Marques, de resto, não havia "gente" á altura de comandar, fiz o que melhor entendi, como já aqui relatei neste blogue e noutros. mais não digo, que me aborrece que alguém cujo nome ´pertence á lista que enviaram, e o que não divulgo , disse ___ isso ainda foi feito pela "escumalha" da 4ª.
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