segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24621: A minha máquina fotográfica (21): A primeira que levei para o CTIG era uma Canon Demi 1.7, uma câmara de meio-quadro ("demi", em francês) que proporcionava 72 fotografias num rolo completo de filme de 35 mm (António Alves da Cruz, ex-fur mil, 1.ª C/BCAÇ 4513/72, Buba, 1973/74)


A minha primeira máquina fotográfica: a Canon demi 1.7, lançada no Japão em 1963... 

Vd. Canon Camera Museum: A Olympus-Pen, em setembro de 1959, foi a primeira câmera, no Japão a oferecer o formato meio quadro ("half-frame"), que dobrava o número de exposições em um rolo de filme 35mm. A Canon também iniciou o desenvolvimento de uma câmera "half-frame" compacta e de aparência luxuosa. 

A Canon Demi que daqui resultou, oferecia recursos de alto desempenho numa máquina  de bolso, analógica: incluíam um visor direto, uma lente 28mm f/2.8 (5 elementos em 3 grupos) e um medidor de exposição de selénio com agulha combinada que usava um programa de valor de luz atrás da lente para medição precisa. Quando a Canon Demi foi lançada, já existiam doze modelos concorrentes no mercado. A Demi, porém, tornou-se muito  popular. “Demi” vem da palavra francesa que significa “metade”.

Foto: Câmera de Filme 35mm Canon Demi S 30mm f/1.7 Half Frame. Fonte: Ebay (com a devida vénia...)





 

António Alves da Cruz, foto atual:
lisboeta, vive em Almada


1. Mensagem do António Alves da Cruz, novo tabanqueiro, nº 880 (foi fur mil , 1ª C/BCAÇ 4513/72, Buba, mar 73 / set 74)

Data - segunda, 28/08/2023

Assunto - Fotos

Bom dia

Luís, a diferença de resolução em várias fotos e slides é que a primeira máquina que levei (*) era uma Canon Demi 1.7, que tinha a particularidade de dobrar os rolos ou seja rolo 36/72. Na foto como era revelada ficava normal, no slide como a própria pelicula é revelada e colocada no caixilho ficava metade do tamanho.

Os "slides" que vou enviar por altura da entrega de Buba já foram com outra máquina. Não é necessário criar nenhum álbum. 

3 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Os brasileiros dizem "eslaides"... Nós ainda não grafámos a palavra em portuguès, "slaides"... Escrevemos "slides", palavra de origem inglesa... Mas já vem nos dicionários, como "neologismo"...

Nas palavras estrangeiros, costumo usar aspas, "slides" ou em itálico slide... Mas noutros já aportuguesei: poste em vez de "post"...

E já ninguém se arre+pia quando diz ou ouve dizer ou escreve..."chofer" (do francês "chauffeur".

https://dicionario.priberam.org/chofer

Em bom português a gente se entende...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Quantos centenas de milhares ou até milhões de "slides" e fotos da(s) guerra(s) de África (Angola, Guiné, Moçambique...) não se perderam já ou se estão a perder e se vão perder definitivamente, com o desaparecimento físico dos seus proprietários ?!...

Quando morre alguém na família, é costume fazer-se uma "limpeza tide" (sic) aos seus pertences: roupa, sapatos, papeis, cartas, fotografias, livros, recvordaçóes e outros obetos pessoais....

É uma pena os nossos arquivos públicos (a começar pelo Arquivo Histórico Militar, e os departamentos de história, sociologia, etolnogia, fotografia, etc. das nossas universidades, não criarem uma maneira fácil, cómoda, barata, conveniente, amigável, gratificante... de os portugueses poderem fazer chegar às gerações futuras o "bau das suas memórias" para "memória futura"...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em cada companhia havia, quando muito 3 ou 4 militares que tinham máquina fotográfica e faziam "slides". O filme tinha que ir para o estrangeiro, Suécia ou Alemanha. Ficava caro. Só alferes e furriéis se podiam dar a esse luxo. Os capitáes tinham mais que fazer do que andar de máquina a tiracolo...

Hoje, bem digitalizadas, as imagens dos "slides" (ou diapositivos) são em geral de excelente qualidade, se os "slides" não tiverem apanhado humidade, calor, lixo, dedadas... ao longo destes anos todos.