1. O nosso camarada António Matos, ex-Alf Mil Minas e Armadilhas da CCAÇ 2790, Bula, 1970/72, enviou-nos a seguinte mensagem:
Os guineenses têm uma esperança de vida de 47 anos!
Camaradas,
Aqui fica uma reflexão minha:
Não sei se hoje é noite de luar mas as imagens ontem transmitidas no programa "Dar a vida sem morrer " da Catarina Furtado, suscitaram-me a sensibilidade e levaram-me a ouvir Moonlight Sonata de Beethoven que recomendo vivamente (ver link abaixo).
Infelizmente, aquela é a realidade guineense e, julgo, todos nos deveremos ter sentido espezinhados nos nossos íntimos, amarfanhados nos nossos corações, sem que, contudo, esses tão cristãos sentimentos resolvam, por si sós seja o que for.
Aquelas caras daquelas mulheres-meninas;
Aquelas caras daqueles meninos(as) num inqualificável abandono aos mais elementares direitos à saúde;
Aquele médico "louco" que vai batalhando num campo de batalha onde o inimigo é incomensuravelmente mais poderoso;
A ternura que a repórter-embaixadora ia lançando em pequenos carinhos às crianças e às mães sofredoras;
Todo aquele cenário enfim, é demasiado indigno do séc. XXI, e a proximidade que mantivemos em tempos com aquela terra torna-nos mais ávidos de justiça e clamorosos por dignidade humana tão ausente na Guiné.
Em tempos de guerra assiste-se, por vezes, a verdadeiros actos de grandiosidade moral. Porém, são momentos raros pois aquela realidade sobrepõe, as mais das vezes, a preservação da integridade física do beligerante às necessidades primárias das vítimas inocentes.
Fica-me esta reflexão no intuito de provocar outras e outras e outras...
Aqui fica uma reflexão minha:
Não sei se hoje é noite de luar mas as imagens ontem transmitidas no programa "Dar a vida sem morrer " da Catarina Furtado, suscitaram-me a sensibilidade e levaram-me a ouvir Moonlight Sonata de Beethoven que recomendo vivamente (ver link abaixo).
Infelizmente, aquela é a realidade guineense e, julgo, todos nos deveremos ter sentido espezinhados nos nossos íntimos, amarfanhados nos nossos corações, sem que, contudo, esses tão cristãos sentimentos resolvam, por si sós seja o que for.
Aquelas caras daquelas mulheres-meninas;
Aquelas caras daqueles meninos(as) num inqualificável abandono aos mais elementares direitos à saúde;
Aquele médico "louco" que vai batalhando num campo de batalha onde o inimigo é incomensuravelmente mais poderoso;
A ternura que a repórter-embaixadora ia lançando em pequenos carinhos às crianças e às mães sofredoras;
Todo aquele cenário enfim, é demasiado indigno do séc. XXI, e a proximidade que mantivemos em tempos com aquela terra torna-nos mais ávidos de justiça e clamorosos por dignidade humana tão ausente na Guiné.
Em tempos de guerra assiste-se, por vezes, a verdadeiros actos de grandiosidade moral. Porém, são momentos raros pois aquela realidade sobrepõe, as mais das vezes, a preservação da integridade física do beligerante às necessidades primárias das vítimas inocentes.
Fica-me esta reflexão no intuito de provocar outras e outras e outras...
Abraços,
António Matos
Alf Mil Minas Arm da CCAÇ 2790
__________
Nota do editor
Vd. último poste desta série em: 30 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5184: Controvérsias (33): Carta Aberta ao Senhor Ministro da Defesa Nacional (José Martins)
1 comentário:
Eis um somatório de parágrafos a merecerem, cada um deles, a identidade de "post" e de uma reflexão profunda.
Qu vá directo, não pelo número de comentários...,mas pelo seu conteúdo para um lugar de destaque no Blog.
Parabéns e obrigado,
Vasco A.R. da Gama
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