sexta-feira, 20 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8303: Agenda cultural (123): Lançamento do Livro: "Picadas e caminhos da vida na Guiné",


1. Amigos e Camaradas da Guiné, não esqueçam que hoje, dia 20 de Maio (6ª feira), pelas 18h00, vai ser apresentado o novo livro: "Picadas e caminhos da vida na Guiné”, da Autoria do nosso Camarada Fernando de Sousa Henriques - ex-Alf Mil OpEsp / RANGER na CCAÇ 3545 / BCAÇ 3883 (Canquelifá, 1972/74).


CONVITE: Lançamento do Livro: "Picadas e caminhos da vida na Guiné"
O nosso Amigo e Camarada Fernando Henriques tem o prazer de convidar todos para o Lançamento do seu novo Livro com o Título: “Picadas e caminhos da vida na Guiné”, que irá ter lugar 20 de Maio (6ª feira), 20 de Maio (6ª feira), pelas 18h00, no Museu Militar do Porto, sito à Rua do Heroísmo, nº 329 – Porto.
Por favor divulguem o mais possível a realização deste evento não só junto das vossas rodas de amigos, como de outras Entidades e Organizações com quem se relacionem.

Foi o Coronel Castro Neves, Capitão em Canquelifá e Comandante da Companhia, que foi render a do Fernando Henriques, que escreveu o Prefácio do Livro.
Ele vem de propósito de Lisboa para estar nesta Cerimónia.
O mesmo acontece com o Coronel Raul Folques dos Comandos Africanos que irá fazer a apresentação do Livro. Homem que, ainda capitão em Guiné, “safou" em Março de1974 o Fernando Henriques e demais Camaradas da sua Companhia, dos ataques e do cerco que as forças do PAIGC (comandadas, ali no Leste e na altura, pelo Nino Vieira e pelo Ansumane Mané) tinham montado ao seu aquartelamento.
Ele pensa que não podia ter escolhido nem outras, nem melhores pessoas, para colaborarem com ele, eu desde o primeiro momento se mostraram prontos e disponíveis, para colaborarem no lançamento do livro.

Sobre o Autor:
Fernando de Sousa Henriques nasceu em Estarreja (Aveiro) em 1949.
Formou-se, no Porto, em Química e, posteriormente, em Electrotecnia.
Como Alferes do CIOE e adjunto do Comandante de Companhia, parte, em Março de 1972, rumo à Guiné, donde só regressa em Julho de 1974.
Foi Professor, tendo passado por Empresas como a Mobil Oil Portuguesa e os C.T.T., até se fixar, como Assessor, na Administração Portuária.
Mantém a sua actividade de Engenheiro.
Relato de viagem rocambolesca de retorno a um País – Guiné (Bissau) – passados que foram mais de 36 anos. Paralelamente, procura relembrar as vivências doutros tempos difíceis e “sofridos” em que, em nome do Dever, se combatia e sofria. Utilizando a terminologia e o calão da altura, descreve a viagem de um pequeno grupo que pretendia revisitar os locais onde cada um dos seus elementos tinha estado em tempo de Guerra.
Interessante o conjunto de situações e de coincidências que acabam por ter lugar naquele longo e intenso deambular por Terras do Fim do Mundo e onde foram recebidos calorosamente pelas suas Gentes. Já não há lugar para ódios ou racismo, mas sim para um apertar de mãos, como irmãos. Foi assim o encontro com antigos Combatentes, ainda vivos, independentemente do lado por que tinham combatido, que acabava invariavelmente em fortes e fraternos abraços.
Percorrendo as, outrora tão amadas como temidas, Picadas, refere continuamente pessoas a precisarem urgentemente de ajuda para ultrapassarem as condições de apenas sobrevivência em que vivem, à margem do Mundo – aquele mesmo onde se apregoa a solidariedade e a amizade entre as Pessoas e os Povos.

Outras Obras Publicadas:
- Um Icebergue chamado 25 de Abril
- No Ocaso da Guerra do Ultramar
- Nandinho - Os primeiros 6 anos dos últimos 60 … (Conto infantil)
____________
Notas de M.R.:
Vd. Também sobre este evento:

31 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P8024: Tabanca Grande (274): Fernando de Sousa Henriques, ex-Alf Mil Op Esp /RANGER da CCAÇ 3545 / BCAÇ 3883 (Canquelifá, 1972/74)

Vd. o último poste desta série em:

14 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8272: Agenda cultural (122): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro)

4 comentários:

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Porque estive algum tempo na zona interessei-me pelo livro que o Fernando Henriques escreveu com o título "No ocaso da guerra" e achei-o muito interessante. Disso dei conta em tempo oportuno.

Quanto a este novo livro pois tenho bastante curiosidade em acompanhar o relato da viagem e dos encontros e desencontros.

Apenas uma pequena observação ao artigo: o então Capitão Castro Caldas não foi render a Companhia do Fernando Henriques, a inversa é que é a verdadeira.
O Capitão Castro Caldas comandava a companhia instalada em Canquelifá, pertencente ao BCAV 2922 com sede em Piche, que fez a sua comissão de 70 a 72.

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Camarigo Helder Valério
Desculpa a correcção, o Capitão chama-se Castro Neves (hoje Cor.Cav. Ref.), e comandava a CCav.2748 do BCav. 2922, companhia sediada em Canquelifá e rendida pela CCaç.3544 do F. Henriques, que era comandada pelo Cap. Peixinho de Cristo (Falecido em acidente de viacção).Abraço

Luís Borrega

Pagamico disse...

Foi bonita a festa, houve poesia canções e empolgamento na intervenção do Coronel Raul Folques. Já na parte final enquanto decorria o Porto de Honra até choveram tremoços na cabeça do autor (ceguinho seja eu se isto não for verdade) valeu a pena a caminhada de minha casa até ao Museu Militar.
Este comentário está um tanto ou quanto codificado se quiserem o honorável ranger Magalhães Ribeiro está habilitado e por mim autorizado a descodifica-lo.
Um abraço e muita saúde para todos nós.
Amilcar Dias

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

O Luís Borrêga tem razão, o nome do Capitão é Castro Neves, como está escrito no texto de apresentação e não 'Caldas' como inadvertidamente escrevi, por ser à pressa, por não reler o que se escreve e que por uma questão de 'simpatia' saiu então o 'caldas'.

Não era essa a questão fulcral.
O nome estava certo, o que não estava era a sequência no tempo e isso é que importa: ao tempo a Companhia presente no terreno, em Canquelifá, era a CCav 2748, comandada por Cap. Castro Neves e a CCaç 3544 comandada pelo Cap. Peixinho de Cristo, a que o Fernando Henriques pertencia como Alf. Mil. de Oper, Esp. é que a foi render.

Abraços
Hélder S.