1. Mensagem do nosso camarada Jorge Araújo (ex-Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974), com data de 27 de Outubro de 2014:
Caríssimos Camarada Luís Graça,
Os meus melhores cumprimentos.
Durante os treze meses em que o contingente da CART 3494 marcou presença no Xime, permitiram-nos quantificar um vasto leque de ocorrências, em muitas delas colocando o universo do seu efectivo em situação difícil, como é possível conferir pelas sucessivas narrativas que produzi e já publicadas anteriormente (ver postes).
Os factos a que me reporto no presente texto, sendo específicos à participação numa acção concreta – a Operação «Guarida 18», realizada em 03FEV1973 – eles pretendem sinalizar quão problemática sempre foi a Actividade Operacional naquela região, com destaque para a segurança terrestre e marítima, patrulhamentos, emboscadas e diferentes operações, reforçando os testemunhos incríveis de outras épocas.
Com efeito, para a minha história cronológica, a participação nesta operação coincidiu com a última missão em que estive envolvido nesse território – o XIME… e que missão. Este relato é ainda a resposta prometida aos camaradas João Silva e Hélder Valério que, a seu tempo [P12141], me questionaram sobre este tema.
A ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CART 3494
(A OPERAÇÃO «GUARIDA 18» –– XIME-03FEV1973)
A minha última missão… entre a Ponta Varela e Lisboa
I– O XIME - DESTINO DA CART 3494 EM 1972
I.1 -ASPECTOS SOCIOGEOGRÁFICOS
ACART 3494, a terceira e última unidade operacional do contingente do BART 3873, chegou à localidade do Xime no dia 28JAN1972, 6.ª feira, um dia depois de ter concluído no C.I.M. [Centro de Instrução Militar], na Ilha de Bolama, o seu período de I.A.O., realizado entre 28DEC1971 e 27JAN1972. A deslocação da Companhia, bem como das restantes unidades do Batalhão, foi feita em L.D.G. [Lancha de Desembarque Grande] até ao seu Cais.Aí chegados, a CCS, a CART 3492 e a CART 3493 seguiram em coluna-auto para os seus respectivos Aquartelamentos, respectivamente, em Bambadinca, Xitole e Mansambo, enquanto os militares da CART 3494 apenas tiveram necessidade de percorrer [+/-] duzentos e cinquenta metros para se instalarem nos seus novos apartamentos no designado «Aquartelamento do Xime».
Mapa referente à distribuição geográfica do contingente do BART 3873
Foto 1 – Cais do Xime [Maio/1972]. Estrutura construída em troncos de palmeira, cravada no tarrafo do Rio Geba, encimada por um estrado de tábuas. Do lado esquerdo é a margem direita e do lado direito a margem esquerda. O guindaste era utilizado no transfere de madeiras, animais e outros objectos mais pesados, dos barcos para o cais ou vice-versa. A localidade imediatamente a seguir ao Xime, para leste, era Bambadinca, sede do BART.
I.2 -MISSÕES
De entre as diversas missões atribuídas diariamente à CART 3494, sobressaía a relacionada com o conceito «segurança», por efeito da sua situação sociogeográfica, merecendo destaque a rede hidrográfica, com a qual se estabelecia a fronteira terrestre, de que são exemplos os rios Geba e Corubal [mapa e foto 1].
Vinte e quatro sobre vinte e quatro horas, aquele que é o fundamento de qualquer missão militar em contexto de guerra, o efectivo da CART 3494 desenvolvia as suas missões/acções de modo a garantir a normal circulação no interface das duas principais vias de comunicação com a Zona Leste do território da Guiné: a marítima e a terrestre, assumindo, para o efeito, papel relevante não só a nível do que se considerava reabastecimento, como na protecção de pessoas e bens, quer fossem unidades militares ou elementos civis.
No contexto estritamente militar todos os Batalhões e/ou Companhias Independentes, vindos de Bissau, ou no seu regresso para a capital, tinham, nesta época, obrigatoriamente de passar pelo Xime, localidade situada na margem esquerda do Rio Geba e, por isso, considerada o “fim da linha”, uma vez que a via marítima era o meio mais exequível de ligar os dois pontos, em particular por razões operacionais. Desta relevância global, o Xime e consequentemente o contingente militar ali instalado, era considerado elemento estratégico por excelência nas suas dimensões política, militar e económica.
Foto 2 – Cais do Xime [Agosto/1972]. Vêm-se civis e militares. As cabras preparam-se para seguir viagem até Bissau.
Foto 3 – Cais do Xime [Julho/1972]. Quando da chegada de algum contingente militar ao Xime [de ou para Bissau], sempre que possível, elementos da CART 3494 estavam no Cais para os receber. Na foto, da esquerda para a direita, os ex-Alferes Maurício Viegas, CMDT do 20.º Pelotão de Artilharia; Manuel Carneiro e Manuel Gomes e o ex-Cap Pereira da Costa, CMDT da CART 3494 [de 22Jun1972 a 10Nov1972].
Estas actividades diárias que sempre foram consideradas de alto risco, principalmente porque visavam garantir a segurança possível ao tráfego rodoviário que circulava no troço que ligava o Xime a Bambadinca, e que deste se ramificava até ao extremo leste do território, de que são exemplos: Bafatá, Nova Lamego, Piche, Canquelifá, Galomaro, Mansambo, Xitole, Saltinho, entre outras localidades,influenciavam, e de que maneira, o nosso quotidiano, por atribuir-nos uma dupla responsabilidade, na justa medida em que fazia depende do nosso sucesso o sucesso dos outros.
Daí terem ocorrido nos primeiros dez meses dois combates com grupos de guerrilheiros do PAIGC, de que resultaram baixas para ambos os lados, entre mortos e feridos, na sequência de duas emboscadas na Ponta Coli, a primeira no dia 22Abr1972 e a segunda no dia 01Dec1972 [vd. P9698 + P9802 + P12232].
Para além desta missão importante, outras faziam parte da nossa “agenda” como sejam patrulhamentos, emboscadas, segurança a embarcações que navegavam no Rio Geba, com chegada ou saída do Xime. Acresce a tudo isto a realização de outras missões com objectivos mais específicos, denominadas «Operações/Acções», com recurso à mobilização de maior número de meios humanos e logísticos, algumas vezes fazendo apelo a apoios aéreos. É desta actividade mais problemática que vos dou conta no ponto seguinte.
II– A OPERAÇÃO «GUARIDA 18» –– XIME-03FEV1973
- a minha última missão… entre a Ponta Varela e Lisboa -
Quarenta e um anos depois, revisitei a História do BART 3873, em particular as memórias [e as imagens!] das grandes experiências contabilizadas no contexto da actividade operacional da CART 3494, no Xime. Este recuo no tempo foi influenciado pela publicação dos diferentes fascículos que têm vindo a acontecer de modo faseado no blogue, documento do nosso camarada António Duarte [ex-Fur.Mil. da CART 3493/CCAÇ 12, que nos viria a substituir no Xime].Para o efeito, recuperámos os dois últimos [10.º/Fev1973-P13699 e 11.º/Mar1973-P13751], onde estão inventariados, entre outros, os principais factos e feitos das subunidades.
Porque em alguns deles estive envolvido e porque a história nada nos conta em relação aos detalhes [não podia, porque o historiador/relator limitava-se a analisar o seu conteúdo e/ou a transcrever o que chegava ao seu gabinete de trabalho, provavelmente com censura pelo meio], aqui vos deixo o antes, durante e depois daquela que viria a ser a minha última missão no Xime e que, para além desse valor numérico, selou um espaço e um tempo carregado de muitíssimo significado pessoal, e também colectivo.
Reza o documento dactilografado da História da Unidade [BART 3873], no 10.º fascículo; Fevereiro de 1973, ponto 74. «NOSSAS TROPAS»; alínea a) Acções e Operações Mais Importantes; o seguinte:
- “Acção «GUARIDA 18» de 030500 a 031130 com patrulhamento, emboscada e montagem de armadilhas na região de PTA VARELA. Intervieram 03 Gr Comb da CCAÇ 12 e 03 (-) da CART 3494. O IN teve 02 mortos e 01 ferido confirmados e as NT 01 ferido ligeiro” (p.46).
O que seguidamente se relata traduz a verdade dos factos vividos na primeira pessoa, e é nessa qualidade que tomei a iniciativa de os tornar públicos, com o objectivo de ampliar os elementos historiográficos da minha CART 3494/BART 3873.
Tomei conhecimento desta Acção/Operação na véspera, dia 02Fev1973, 6.ª feira, de modo informal/formal [não sei como classificá-lo] directamente do meu CMDT de Companhia.Registei a informação e na sequência do diálogo que estabelecemos recordei-lhe que tinha sido combinado entre nós que pela manhã do dia seguinte, sábado, seguiria para Bafatá com o objectivo de apanhar transporte aéreo para Bissau e depois para Lisboa, esta viagem agendada para o dia 05Fev73, data do início do meu segundo período de férias.
Na impossibilidade de se poder cumprir com o acordado anteriormente, causa/efeito atribuído ao reduzido número de quadros de comando, naquele período, na Companhia, levou a quea minha presença fosse considerada imprescindível naquela missão, acabando por respeitar [obviamente] a decisão tomada. Entretanto, para minimizar eventuais prejuízos que pudessem vir a ocorrer por redução do tempo útil até ao embarque para Lisboa, foi acertado novo compromisso. Este sugeria que antes do início da operação, deixasse tudo preparado com “mala feita” para que, após a sua conclusão, seguisse de imediato para Bafatá ainda a tempo de se concretizar o plano anterior. E foi isto o que veio a acontecer.
No sábado de madrugada, dia 03FEV1973, do aquartelamento do Xime saiu uma força mista de cerca de cento e trinta militares, entre guineenses e continentais, operacionais da CCAÇ 12 e CART 3494, conforme referi anteriormente.
Sector L1 [Bambadinca] – XIME > Zona de intervenção da CART 3494, com particular destaque para o território à esquerda da linha vermelha
A missão estava a decorrer com normalidade, sem sinais no terreno que suscitassem alertas particulares, ainda que a atenção/concentração fossem, como sempre, conceitos a respeitar.Eis senão quando o que se considerava ser uma possibilidade meramente académica aconteceu mesmo.
Numa coluna mista, em que os diferentes grupos de africanos e europeus se encontravam intercalados na progressão, neste caso numa frente que podia, a espaços, atingir algumas centenas de metros, as dúvidas/incertezas eram maiores, desfeitas quase sempre a partir do equipamento e/ou do vestuário.
Em determinado momento do itinerário utilizado pelas NT, na zona da Ponta Varela, na parte inferior (sopé) de um terreno com declive acentuado, avistei um elemento do PAIGC, com farda escura, vagueando por ali aleatoriamente. Ainda lhe fiz sinal do cimo do declive mas não sei se me viu, uma vez que a progressão continuava o seu curso… e ele por lá ficou.
Com este facto na memória, e sem certezas quanto ao que deveria ter feito e não fizera, eis que percorrida uma vintena de metros (+/-), ao contornar uma zona de vegetação com passagem por uma clareira, aqui fiquei diante de um outro vulto humano, de camuflado amarelado e portador de um RPG7. Ficámos frente-a-frente a uma distância a rondar os dez metros, havendo ainda tempo para trocámos olhares, num lapso de tempo que não é possível contabilizar, mas que impunha uma decisão pronta. Ao meu primeiro sinal [tiro] iniciou-se o «jogo de sobrevivência» que caracteriza estes contextos, e que o episódio anterior me tinha servido de alerta.
[…] Ao ficar sem munições naquela situação [clareira] ou devido à arma ter-se encravado (?!) [não houve oportunidade para saber a verdadeira razão], procurei proteger-me atrás de uma árvore ali próxima para trocar de carregador, tendo-me caído nas costas, alguns segundos depois, um pequeno tronco dessa árvore, mas sem consequências físicas para além do natural susto. À minha frente, mas próximo da vegetação, o cabo Miranda, especialista de dilagramas, contemplava os acontecimentos em perfeito estado hipnótico [?], pois não saiu da sua posição vertical enquanto decorreu o combate.
A vida na guerra tem destas coisas.
Chegado ao aquartelamento, são e salvo, dei cumprimento ao plano pré-definido, seguindo para Bafatá e depois para Bissau, onde pernoitei.
No dia 05FEV1973, à hora marcada, lá estava eu no Aeroporto de Bissalanca [hoje Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira], aguardando, ansiosamente, por outro momento pleno de significado: gozar o segundo período de férias em Lisboa, até ao dia 10Mar1973, em família. Era a última etapa do itinerário iniciado na Ponta Varela (Xime) e concluído em Lisboa, quarenta e oito horas depois.
Foto 5 – Aeroporto de Bissalanca [05FEV1973]. Momento de descontracção, antes do embarque na TAP para gozo do segundo período de trinta e cinco dias de férias. A mala vermelha, outra companheira que me acompanhou durante o serviço militar de três anos, está hoje cheia de histórias e de memórias.
III– O REGRESSO AO XIME
III.1 - A viagem em sentido contrário ou o regresso às origens
De regresso a Bissau no dia previsto [10Mar1973], para cumprir a derradeira etapa [que seria superior a um ano], a expectativa era chegar ao Xime o mais rápido possível, uma vez que não era funcional andar com a bagagem de um lado para outro na capital, situação que dificultava, em muito, a nossa mobilidade.
De entre as várias hipóteses, a mais rápida e a mais barata era ir à boleia, por via marítima claro está, utilizando um dos barcos que diariamente sulcavam as águas do Geba até ao Xime, ou até Bambadinca.
E assim foi, basta observar a imagem abaixo.
Foto 6 – Bissau (Cais) [11MAR1973]. Preparação da saída da embarcação que nos levou até ao Xime, vendo-se à direita a mala vermelha transportando mais histórias, agora das férias, e uma caixa de “pilhas recarregadas” para ajudar a resistir às adversidades que certamente ainda teríamos de suportar, superando-as. Os militares que se vêm na foto são: o ex-furriel Faia (CCS/BART 3873) e o outro, em camuflado, um elemento da CART 3494.
III.2 - Chegada ao Xime
Chegados ao Xime, foi com espanto que soubemos da transferência da CART 3494 para Mansambo,no dia 06Mar1973, substituindo a CART 3493, que foi deslocada para Cobumba. Por sua vez, a CCAÇ 12, sediada em Bambadinca, e que era uma Companhia de Intervenção do CAOP 2, substituiria a CART 3494 no Xime.
III.3 - Chegada a Mansambo
Depois de uma viagem atribulada no regresso ao mato, com estadia de uma noite em Bambadinca, eis-nos a caminho de um novo aposento, ainda desconhecido para nós: Mansambo.O baptismo foi um refrescante banho na fonte, local de visita e de paragem obrigatória para o colectivo da CART 3494 (fotos abaixo).
Um abraço,
Jorge Araújo.
Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494
6 comentários:
Caro Jorge Araújo
Mais um relato completo, com muitos pormenores interessantes.
Hoje, a esta distância, para quem não viveu esses tempos e essas situações, pode parecer inconcebível a participação numa acção dessas na véspera das férias, mas a verdade é que foi assim mesmo.
Já agora, e porque parece que tenho o hábito de perguntar por 'estados de alma', como foi que passaste essas férias? Demoraste a 'desligar'? Não te sentiste um tanto 'estranho' nos meios que frequentaste?
Abraço
Hélder S.
Foi o meu batismo de fogo na mata a 3 de fevereiro. Tinha chegado de férias em finais de Dezembro, e fui a Cabuca apresentar-me na Ccav 3404, já com guia de marcha para a 12, onde cheguei em janeiro de 73. O dia não recordo mas sei que na noite em se soube que o Amílcar Cabral tinha morrido já lá estava. Na manhã de dia 3 de fevereiro, bem cedo, quando me dirigia à messe conjunta da 12 em Bambadinca, fui informado para ir buscar a arma porque íamos fazer uma operação lá para os lados do Xime. A viagem em Berliet foi rápida e segura, o fresquinho da manhã despertou-me.
Chegados ao Xime formamos em fila indiana e o 4º Grupo de combate de que fazia parte fechava a formação. O resto ... o Jorge descreve com mestria de quem esteve presente e ainda deve sentir o cheiro da mata e a adrenalina que subia pelo sangue e punha todos os sentidos no vermelho. Quem lá esteve não esquece!
João Silva ex- furriel mil at. inf
Mensagem enviada ao Jorge Araújo em 30 de outubro pp.
Jorge:
Antes de mais, e falando do futuro: boa continuação dos teus altos estudos...
Voltando ao passado, dá uma vista de olhos a este poste com mais um capítulo da história do BART 3873...
Onde se fala em: (i) "desmoralização" da CART 3494, explorada pelo IN em Mansambo; e ainda de (ii) cubanos na Ponta Varela...
Ouvi dizer (, o Espírito santo de orelha,) que tiveste um encontro do 3º grau com um destes "revolucionários internacionalistas"...
Es verdad ?
Bj para para tua senhora doutora. Um abraço fraterno para ti, Luis
PS - Vou abrir uma série "Postos Escolares Militares"... Excelente o teu álbum... Dei um "retoque" às fotos, como deves ter reparado... Ob
_________________
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2014/10/guiine-6374-p13820-historia-do-bart.html
Resposta do Jorge Araújo ao meu mail
30/10/2014
Caro Luís;
Quanto aos estudos (actividade académica), estou a precisar de reforma (...).
Relativamente ao assunto mais polémico... sim, es verdad...
O último texto que te enviei, e que aguarda publicação, com o título «A Actividade Operacional da CART 3494...» relata a minha última missão no Xime, ocorrida em 03FEV1973.
Como podes confirmar, refiro que estive frente a frente com um elemento IN. Não está explicito (não podia estar) o desenvolvimento da "coisa", mas de certo modo está implícito.
Quando dei de caras com ele, hesitei, pois a cor da pele era semelhante à minha. Deixei de ter dúvidas quando tomei consciência do modelo de camuflado e da arma (RPG7). Depois... aconteceu...
Deste episódio, decidiu o CMDT do BART dar-me um louvor, que consta na minha Caderneta Militar com todos os detalhes, mas sem fazer referência às origens do IN, nem tampouco me informaram/consultaram, uma vez que estava de férias em Lisboa. Depois, o meu louvor foi atribuído pelo Brigadeiro CMDT militar.
Por isso, quando na HU, do mês de Abril, se refere a presença de cubanos em Ponta Varela, já eu tinha confirmado tal... em 03FEV1973.
Mais detalhes... é só pedires.
Um abração,
Jorge Araújo.
PS. quando tiver um tempinho, faço um post sobre Sta. Cruz da Trapa.
Nova de Luís Graça para o Jorge Araújo sobre o tópico "Cubanos no Xime"...
31/10/2014
Quanto aos cubanos... No portal "Casa Comum", no Arquivo Amílcar Cabral" (projeto da Fundação Mário Sores) tem diverssos documenrtos, com listas de nomes, por regiões, dos "camaradas cubanos", dos médicos aos consultores de tiro. ,dos "morteiristas" aos condutores de camiões... Agora não consigo apanhar a URL (deve estar em manutenção)... Tenho a ideia de terem morrido 17 na Guiné... Connheci um (além do antigo embaixador em Conacri), em março de 2008, no Simpósio Internacional de Guiledje... o Ulisses Estrada, do tempo da Sierra Maestra, e que viu morrer em Madina do Boé o Domingos Ramos, atingido por um estilhaço de morteiro, nosso...
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2008/07/guin-6374-p3085-simpsio-internacional.html
Tens pelo menos 23 marcadores no blogue, sobre cubanos:
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/search/label/cubanos
Abraço. Hasta siempre, compañero!
Boa tarde a todos
Bom post Araújo. Obrigado. Ainda há dias recordei esta situação com o Candeias. Recordei-lhe que ele quando chegou ao Xime e depois a Bambadinca, onde ainda estava a ccaç 12, foi obrigado a pagar um carregador, pois com a pressa de o trocar em vez de guardar o vazio, deixou-o no mato. Curiosidades da nossa guerra.
Abraços
António Duarte - Cart 3593 e Ccaç 12
Enviar um comentário