quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20391: (De)Caras (144): A liberdade que as motos e as motorizadas nos davam... Ia-se de Bissau a Safim, Nhacra, Ensalma, João Landim... (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS/BCAC 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)



Foto nº 1 >  Guiné > Região de Bissau >  11 de março de 1968 > Ponte sobre o rio Mansoa, em Ensalmá (, inaugurada em 1952). De motorizada, o fur mil SAM Riquito (Peugeot) e o alf mil SAM Virgílio Teixeira (Honda)


Foto nº 2 > Guiné > Região de Bissau > 11 de agosto de 1968 > Rio Mansoa, João Landim, junto à "famosa jangada"---


Foto nº 3 > Guiné > Região de Bissau > Nhacra, piscina do quartel, 11 de março de 1968


Foto nº 4 >  Guiné > Região de Bissau > Nhacra, piscina do quartel, 11 de março de 1968: um salto mortal...


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira  (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Comentário ao poste P20386 , com data de 27 nov 2019, 23h33,  de Virgílio Teixeira,   ex-al mil SAM, CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1965/67) (*):


Luís, só agora estou a ver estas fotos, excelentes, e de motas a sério, bem como esta mensagem.

Virgílio Teixeira (*)
A minha foto de Safim, está correcta, é em março de 1968, quando o meu batalhão esteve um mês em Brá. Era uma Peugeot, acho que de 50 cc, uma coisa de dar gás, mas que me levava a todo o lado.

Virgílio Teixeira (*)
Depois temos outra em Bissau, na minha nova Honda de 50 cc, ali ao lado era onde se realizava o famoso mercado de Bandim.

Não sei se já foi enviada, estão tantas em postes, mas esta em João Landim (Foto nº 2), junto à jangada que me levou para a outra margem, já não sei o nome do local. Jugudul,  talvez, A mota, que não sei a marca, era de um outro militar, furriel, que está junto de mim.

Tenho outra que também junto, numa outra altura, em que estou eu e o meu Furriel Riquito, na ponte de Ensalma (foto nº 1), e são ambas minhas, a Peugeot e a Honda, mais nova, que tinha lugar para passageiro.

Vejo agora que não tinham matrículas, não devia ser preciso, há aqui uns anos de diferença, ou as motas tinham que ter a matricula ?!

Ambas foram compradas na mesma casa aqui referida, era o representante da Peugeot, e outras marcas e comprei lá ambas, acho que custaram uns 5 contos cada. Não sei o que fiz delas, penso que as deixei por lá, não vendi nada, isso eu sei.

António Martins de Matos (*)
Com aquela de 200 cc [, do ten pilav António Martins de Matos] (*), podia 'abrir' à vontade, e fugir dos turras que por acaso aparecessem, o que não foi o caso.

Em Nhacra no meu tempo, não se comia ostras em parte nenhuma, e em Safim, eram camarões, e talvez ostras, mas não me lembro. Ostras comia por todas as esplanadas em Bissau.

Em Nhacra ia dar uns mergulhos à piscina do quartel, lá de cima da prancha. Junto duas fotos, para os devidos efeitos, estão todas fracas, mas ainda não tinha os dons da fotografia {Fotos nº 3 e 4].

Não parava de contar aventuras, mas tenho receio (medo!) que me venham a dizer que eu fazia a guerra a andar de motorizada, quer pelas aldeias e cidades à volta de Bissau, ou a percorrer o Pilão.

Eduardo Jorge Ferreira
 (1952-2019) e Jorge Pinto (*)
Como se pode ver, quem podia, comprava uma, porque era uma grande independência para a gente desfrutar por todo o lado, sem horários, sem stress [, como era o caso do alf mil Polícia Aérea, Eduardo Jorge Ferreira (1952-2'0199]

Por agora é tudo, gostei de ver novamente as minhas fotos nas minhas loucuras pela Guiné. Tempos, de saudade, pois tinha muito menos idade, e por tudo o mais que não posso aqui  'introduzir' !

P.S. Ressalvo, quaisquer erros, omissões e outras bestialidades que possa ter escrito em cada foto.

Um abraço, podes publicar o meu comentário, se for de interesse.

Um abraço, Virgilio



Guiné > Bissau > Carta de Bissau (1949) > Escala de 1/50 mil > Posição relativa de Bissau, Bissalanca, Safim, Ensalma, Nhacra, ... De Nhacra a Bissau eram cerca de 20 km. De Bissalanca a Nhacra, por Safim, devia ser um pouco mais... E não havia problemas de segurança na região de Bissau, até ao fim da guerra... 

Decididamente o PAIGC nunca optou pela guerrilha urbana...Pelo menos, não consta que tenha morto ou apanhado à mão algum militar que circulava, de moto, ou de motorizada, pela região de Bissau, na maior das calmas... Afinal de contas, Bissau era uma "ilha" e uma "fortaleza"...

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019).
______________

Nota do editor:

Vd. último poste da série > 27 de novembro de 2019  > Guiné 61/74 - P20386: (De)Caras (117): Eu e o saudoso Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019), prontos para ir a Nhacra, de motorizada, comer umas ostras (Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)

19 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não sei quanto custa hoje uma motorizada de 50 cc... Tu pagaste em 1968 cinco contos, o equivalente hoje a 1.662,49 €... Tratando-se de pesos,tens que abater 10%... Números redondos: 1.500 euros...

Uma questão: sentiste-te sempre seguro nas tuas voltinhas pela "ilha" de Bissau ? Foi oportuna a tua intervenção... Obrigado. E que seja em memória do meu amigo, conterrâneo e camarada Eduardo. Luis

Carlos Vinhal disse...

Por estas fotos se vê que havia várias Guinés, várias guerras e vários guerreiros. Eu tive galo, de Mansabá a Bissau eram praticamente 100Km e tinha-se de passar pelo "Carreiro", ali para os lados de Mamboncó, um local tão bonito quanto trágico, onde perderam a vida, em emboscadas a colunas auto, dezenas de rapazes da nossa idade, dois deles da minha CART 2732.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Anónimo disse...

Este mapa agora já posso ver, como fui ao Cumeré, em janeiro de 1985, fomos por estrada, apesar de se fazer de um salto de Bissau ao Cumeré, cambando o rio. Que rio é este? Mansoa?
Para se ir nos anos 67-68-69 até Nhacra, só havia um itinerário seguro, Bissalanca, Safim depois de passar Ensalma, lá estava o quartel de Nhacra. Acho que deveriam ser uns 40 km.
O Luís pergunta-me sobre as minhas voltinhas pela 'ilha' de Bissau! Se falas nas minhas andanças pelas estradas que já atrás referi, nunca senti qualquer insegurança, apesar de passar por locais onde não se via nada a não ser a paisagem.
Mas julgo que te referes às minhas voltas pelo Pilão!
Assim indo directo ao assunto, nunca senti qualquer insegurança (talvez devido à ingenuidade, que não deveria existir, pois já andava na casa dos 24 a 26 anos).
Tanto é, que como disse e repito, fiquei lá com 'amigas' noites inteiras, e a motorizada na porta da tabanca, acho que todos me conheciam, não havia muitas motas nessa altura, e as minhas companheiras, as raparigas já mulheres e mulheres até com filhos, deviam fazer algum pacto com os 'seus amigos' e ninguém me incomodava. Nós éramos quase familia, nunca tive outro comportamento bruto ou machista, eu acho que elas gostavam de me ver e ficar comigo, e pode parecer estranho, eu não era freguês de pagar nada (dinheiro vivo). Não sei se isto é normal, devia levar qualquer coisa de prenda ou comer e ficávamos por ali. Não era 'prostituição' no seu significado real, eu tinha muito a contar, mas vamos ficar por aqui, porque tenho a certeza que poucos iriam acreditar, e não quero levar mais porrada em cima.
.../... continua

Virgilio Teixeira




Anónimo disse...

Eu cheguei ontem a casa já tarde, e depois abri o blogue, e como é lógico fiquei agradado de voltar a ver as minhas fotos, da minha boa vida na guerra da Guiné.
E já sem muito discernimento e com sono, escrevi aquele pequeno texto, e ainda bem que foi oportuna a minha intervenção.
Carlos Vinhal, é verdade que havia duas guerras, agora ao fim de 50 anos já sei mais do que sabia lá, talvez andei desfasado, mas senti na pele os ataques aos aquartelamentos, não foi fácil andar perdido dois dias num Sintex nos rios e no cu de judas, que ainda nem sei onde andávamos, 4 pessoas, sem rádio, sem nada. As patrulhas (indevidas), as minhas rondas como Oficial de Dia, todas as semanas, pelos Postos das sentinelas, a maioria estava a dormir, depois levava uma garrafa de uísque e ali se passavam horas a ver a noite cerrada. Par não falar nas colunas de reabastecimentos a Bafatá, Banbadinca, ou compras de vacas em outros sitios já referidos, o perigo estava lá, felizmente passou ao largo.
E podia continuar, mas nada comparado com a tropa em operações a sério. Tenho agora bem visível a diferença entre ambas as realidades, mas não tinha na altura. Se não, não fazia tanta coisa estúpida.
Por outro lado tanta gente que por lá passou, e também não fizeram grande guerra. Agora por acaso vem a propósito o nosso malogrado camarada já falecido, o conterrâneo do Luís, o alf mil Polícia Aérea, Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019].
Julgo que ele não teve uma vida mais complicada do que a minha, mas não vamos agora falar com quem já não consta da lista dos vivos. Morreu tão cedo, e não sei porquê!

Eu andava por Bissau às vezes, uns dias por mês, não passei lá a minha comissão!

Espero ter contribuido com o pouco que conheço, para dar uma achega a este tema das motorizadas e as voltinhas por Bissau, ilha ou outras ilhas.

Por falar em 'ILHAS' ando agora nas minhas foto reportagens pelo Porto, a apanhar em cada Rua as ('ilhas' - habitações), ainda existentes, e tenho muitas fotos, não tantas como queria, mas há muita ilha ainda por erradicar. Muitas não faço, porque os moradores não querem nem deixam fotografar a miséria!

Abraço

Virgilio Teixeira






Anónimo disse...

“Várias Guinés,várias guerras,várias gentes”

Concordando em absoluto com o comentador não se deve esquecer que , e quanto às “gentes”,todas as “variantes” seriam necessárias para se obter a tal....Guiné Melhor.

Mas não trocaria o Destacamento de Mampata,perdido no meio da mata ,junto à picada de Aldeia Formosa para
Gandembel ou Buba ..........nem os Camaradas que comigo tal hotel compartilharam....pelo bordel mais “rascamente apifado “ de Bissau,incluindo as resguardadas piscinas de uma certa retaguarda.

Abraço do J.Belo

Anónimo disse...

As história das idas às putas em Bissau, de motorizada, tornam-se repetitivas.

Às noites de putanheiro motorizado soma-se agora uma detalhada lista de todos os restantes perigos enfrentados,qual padeira de Aljubarrota.

A)-Perdido dois dias numa sintex num rio algures na Guiné.
B)-Patrulhas individas.(patrulhas a quê?)
C)-As rondas semanais de Oficial de Dia aos postos das sentinelas.
D)-As colunas de abastecimentos a Bafatá e Bambadinca.
E)-As compras das vacas algures. (presume-se que no meio da mata,em território dominado pelo inimigo)

Os que, como eu, fazíamos parte de uma Companhia de Comandos em 69/71 nunca aqui viríamos descrever todos os nossos "feitos".
Fossem eles nas putas,nas cervejas ou na mata.
Porque ás putas também íamos e cervejas nas esplanadas também bebíamos.
Só uma das coisas nunca houve a coragem de fazer:
As saídas para a compra das vaquinhas e,certamente,a perigosa escolta no regresso.
De todo o grande Porto os putos de Miragaia seguem estas histórias com especial interesse.
Pergunte-lhes.

Manuel Teixeira.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A questão é de saber, se três ou quatro anos depois, a partir de 1972, se podia continuar a circular pela "ilha de Bissau", sem restrições de segurança... Parece que sim, a avaliar pelo testemunho do Jorge Pires que foi, com o Eduardo Jorge Ferreira, de motorizada, possivelmente em 1973, comer ostras, em Nhacra, onde se resto havia não só um quartel como a nova estação da Emissora Regional da Guiné, que emitia em onda média e onda curta, inaugurada em abril de 1972 pelo ministro do Ultramar, Silva Cunha...

Logo em maio desse ano, houve uma flagelação a Nhacra e ao centro emissor... O PAIGC alega, em comunicado distribuído internacionalmente, em francês, com data de 11/6/1972, que "a maior parte das instalações ficaram destruídas" (sic), mas a gente sabe como o Amílcar Cabral era perito na arte da propaganda... Terá havido outra flagelação, também sem consequências, segundo o lado português, em agosto de 1972... A verdade é que o PFA - Programa das Forças Armadas,o PIFAS, continuou a ser emitido todos os dias, a partir de Nhacra...

Temos camaradas desse tempo que poderão acrescentar algo mais sobre esta história...a começar pela mlata que trabalhou no PIFAS.

Antº Rosinha disse...

A foto nº 1 é numa ponte, mas não pode ser no rio Mansoa, porque o rio Mansoa só tinha uma ponte nesse tempo, mas junto à vila de Mansoa.

A chamada ponte de Ensalma é sobre o canal do Ipernal, aí sim era uma ponte (elevadiça) e a única saída da Ilha de Luanda por terra.

De restp só se saía de jangada em João Landim, ou pelo Geba de barco ou de avião no aeroporto.

Hoje já tem ponte em João Landim, e se não fosse o "azar" de Luis Cabral, já havia outra ponte no Ipernal a ligar Cumere e Nhacra.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Curiosa esta ponte de Ensalmá, levediça (foto nº1),inaugurada em 1952, no mandato do governador capitão de engenharia, António Rodrigues Serrão. Após a independência foi construida uma outra estrutura.

Escreveu aqui o Mário Dias, há 13 anos atrás (!):

(...) "Uma outra obra de grande importância e que em muito veio facilitar o acesso ao interior foi a ponte de Ensalmá, na estrada que liga a Mansoa, evitando-se a jangada que anteriormente servia para atravessar o canal que separa a ilha Bissau do continente. O local da “cambança” era na antiga estrada para Nhacra que passava por Santa Luzia.

"Esta ponte foi, na a época, considerada uma bela obra de engenharia por ter o tramo central móvel, permitindo a sua elevação sempre que houvesse uma embarcação a navegar por aquele ponto do canal, de grande importância para o transporte de mercadorias, produtos agrícolas e pessoas. O sistema que fazia erguer o tabuleiro era, assaz, engenhoso e simples não necessitando de motor ou dispositivo semelhante. Um simples contrapeso movimentado ao longo de enorme barra que acompanhava exteriormente o tabuleiro, era o responsável pelo “milagre”. Talvez algum dos camaradas da tertúlia tenha chegado a observar directamente como isto acontecia sempre que uma embarcação passava.

"Segundo recentemente me informaram, esta ponte já não é usada, pois uma outra foi construída para a substituir, e pelo canal, completamente assoreado, já não passam barcos. Mas fica o registo para a história." (...)

15 DE MARÇO DE 2006
Guiné 63/74 - P611: Memórias do antigamente (Mário Dias) (3): O progresso chega a Bissau ()(

José Botelho Colaço disse...

Será esta é a mesma píscina que conheci em Nhacra em 1964, a que eu conheci não me lembro de ter prancha para saltos era em campo aberto alimentada por um pequreno riacho de agua cristalina que desaguava na píscina e desaguava para fora novamente por esse motivo a agua estava sempre limpa. Em Prtugal nos anos 70 conheci uma que me fazia lembrar a de Nhacra ficava no rio homem no caminho pedestre de Albergaria para a portagem da potela do homem, uma bacia no leito do rio homem cavada pela própria natureza no meio das rochas a que os residentes daquela zona chamavam a píscina.

Anónimo disse...

Felizmente que em alguns comentários se referem,e constroem, pontes.
Em alguns dos outros as "pontes" queimam-se em estranho fenómeno de auto-incineracäo.

Um comentador até referiu a "Padeira de Aljubarrota".
O que levará alguns sonhadores a recordarem a "Ala dos Namorados".
Somando-se a eles os romänticos militares da Guiné e as putas do Piläo obtemos um granel digno da minha Arma da Infantaria.

Mas o que lá se passava entre os romänticos militares e as "ditas-cujas" näo era,(e aqui cito outro comentador)......."Näo era prostituicäo no seu significado real".

Os mais eruditos gostam sempre de salientar que desde os tempos mais distantes sempre existiu uma certa simbiose entre soldados e putas.
Mas essa da... "näo prostituicäo no seu significado real"?
Porque,em verdade,as raparigas vivem só do...amor... e do ar que respiram.
E näo vamos referir os outros comparticipantes no negócio.
Mas,e voltando aos terrenos mais (moralmente) elevados da citada "Ala dos Namorados",ao dizer-se---Näo paguei---mas....
Os,como eu,menos conhecedores destas "coisas mundanas" perguntam-se:
-O que levará a esta necessidade, por parte dos que väo ás putas, de sempre dizer...Näo paguei!

"Näo pagava.Levava alguns presentes ou coisas de comer".
(Esqueceu-se de acrescentar : Levava coisas de comer a famílias esfomeadas!)

Abraco do J.Belo




Valdemar Silva disse...

M. Teixeira e J. Belo.
Quase que me apetecia botar palavra, mas ainda não descobri se o 'já hábito' é aquilo que vulgarmente se diz 'é treta pra chatear', que desconfio cá que, pese embora o voltar à liça seja uma tentativa com a repetição pretender dar um certo aval ao anteriormente dito.
Doutra forma, normalmente, aparece uma espécie de selo de garantia que é um 'palavra d'honra qu'é verdade' ou 'se calhar não acreditam' ou, ainda, 'quero lá saber se acreditam ou não', finalizando com um 'não admito que duvide'.

Valdemar Queiroz

p.s. J. Belo havia aquele cantarolar de alta gabarolice:
Primeiro ir às putas sem dinheiro
Segundo era …..até ao fundo
Terceiro limpar ….. ao reposteiro

Anónimo disse...

Caro Senhor J. Belo,

Não o conheço, nem o senhor a mim, por isso fique lá com os seus comentários incompreensíveis,
e deixe-me viver o que me resta e fique com os seus pesadelos lá pela Lapónia.

Será que os seus comentários, de agora e de antes, os seus e de alguns outros, são aquilo que se costuma dizer cá na minha terra de 'dor de cotovelo'?

E da minha parte não me merece mais nenhuma consideração nem perda de tempo.

Você não percebeu nada do que eu tentei dizer, e já vi que não tem capacidade para mais, por isso Ponto Final. E passe bem...

Sem cumprimentos, nem Ab,

Virgilio Teixeira




Anónimo disse...

Caro Luís,

Está visto que não posso vir aqui comentar nada, há muita malta, que não está bem com a vida, e como acontece no Futebol, vêm aqui, vomitar e vociferar todo o seu ódio àqueles que não são do seu grupo ( em sentido lato), e eu francamente já não tenho idade nem paciência para isto, por muito que ache piada a tanta arrogância nos feitos e nos combates em terras da Guiné.

Eu agora percebi, também não sou assim tão esperto, que quando perguntavas atrás se me sentia seguro nas minhas voltinhas pela 'ilha' de Bissau, querias referir-te mesmo à Ilha de Bissau, que nem sabia que se tratava de ilha, ou fosse conhecida como tal.

Entendi, que com as 'voltinhas' estavas a referir-te mesmo à zona do Pilão, que com muito orgulho lá passei bons momentos, que alguma malta não entende, ou vomita ódio por não ter tido esse privilégio, que eu, não o tendo pedido, tinha mesmo, quer se goste ou não.
Eu achava que estes nossos 'camaradas' como se chama no Blogue, era gente com quem se podia conversar, mas alguns não sei o que os leva a tanta inveja,pois é disso que se trata. Tinha privilégios sim, mas fiz a parte que me competia nesta guerra suja, e outros, e muitos, não o fizeram.

E esta conversa tão desprovida de moral, só a falar de 'putas e mais putas' para gente da nossa idade, não fica bem, pelo menos a mim, e não sou nenhum puritano, só que tenho algum tento na escrita, pois isto é lido por tanta gente e não me sinto confortável. Acabem lá com este tipo de linguagem inapropriada, para não abandalhar este Blogue, que será a nossa história, para os nossos descendentes.

Julgo que afinal te referias às voltinhas por Safim, Nhacra etc, e não pelo Pilão, e assim não teria escrito mais nada, mas já respondi que nunca me senti minimamente apertado, como se demonstra por outros comentários de outra gente e de outros tempos mais recentes. Mas não havia assim muita gente, os bravos soldados das guerras do mato, que me acompanhassem , a maioria das vezes ia sozinho, convidava alguns mas não queriam, tinham medo de sair da sua toca!
E eram operacionais, como aqui se dividem as pessoas, os bons e os maus.

Um Ab,

Virgilio Teixeira





Anónimo disse...



Lá volta mais uma vez nos seus comentários com o já célebre....Ponto Final!
Isso pode impressionar os meninos da sua rua mas, pouco mais.

Quanto à introducäo das conversas e relatos contínuos sobre as suas putas,foi o senhor que teve a honra de o "introduzir" neste blogue.
Ao dar-se ao trabalho de ler o que por aqui anteriormente se tem escrito ficará surpreendido com tanto "do amor" que ia acontecendo pelas Tabancas e Destacamentos.
Mas eram as nossas Tabancas,os nossos Destacamentos,o mato.
Tudo ficava em... família.

Ao introduzir todo o "Glamour do Piläo e do frenético "Bissau-By-Night" acabou por (ingenuamente?) abrir de par em par as portas desta decadência comentarista.
Näo venha agora culpar os outros...os inocentes!


Se acabar com as ridículas desccricöes das suas "originais" estadias no Piläo,mais ninguém isso recordará por näo se tratar de assunto de interësse básico.(Creio eu)
E repare,nós os militares que vivemos toda a Comissäo no mato teríamos certamente uma outra linguagem do que a usada nas piscinas de Bissau.
Talvez por (entäo) ter escolhido a profissäo militar a linguagem "da caserna" nunca me surpreendeu e,muito menos ofendeu.
Era assim que nos referìamos ás coisas...pelos nomes.

Teria sido um privilégio para mim o ter tido a oportunidade de ouvir um militar dizer:
-Quando me deslocar a Bissau (infelizmente näo de motorizada) vou fazer uma visita à vagina de uma profissional do sexo.

Mas,e se as geracöes futuras quiserem saber a verdade da história....seria antes:
-"Se conseguir (OBS/ SE CONSEGUIR!)) ir a Bissau vou ao pito de uma puta do Piläo!
Carágo,näo de uma mas de um comboio delas!"

Nos finais dos anos sessenta,as suas meninas profissionais do Piläo ainda näo eram chamadas de "profissionais do sexo" como hoje em dia.
Que pena.

Quanto às possíveis "dores de cotovelo" que muitos(!) de nós teräo ao lerem as suas täo especiais aventuras sentimentais atrevo-me a salientar que, as profissionais do sexo em Estocolmo e em Key West/Florida, além de serem "boas" profissionais e,näo menos,"boas" nos seus "empacotamentos" nao aceitam "presentinhos" em forma de comida,nem para consumo próprio ou dos familiares,e muito menos para os que as "protegem".
(Quanto às da Escandinávia deverá ser por estarem...sindicalizadas)

Mas concordo absolutamente consigo quando escreve: "Esta conversa täo desprovida de moral só a falar de putas e mais putas...para gente da nossa idade..."

É patética a conversa e,(os seus mais os meus) comentários o säo ainda mais.

Mas,e citando os seus Clássicos.. "É disto que o povo gosta!"


J.Belo









Anónimo disse...

PONTO FINAL !


Manuel Teixeira

Anónimo disse...

O nosso Fernando Pessoa e os...PONTOS FINAIS.

"Nem sempre um ponto final é um ponto final.
É possível,sempre,comecar um novo parágrafo,por isso se achar que precisa de voltar,volte!
Se perceber que precisa de seguir,siga!
Se estiver tudo errado,comece novamente.
Se estiver tudo certo,continue............"

E,mais uma vez em linguagem de caserna:
-Näo se pode dizer que o poeta "näo vai a todas"!

Um abraco do J.Belo

Anónimo disse...

Bem diz o Fernando Pessoa quanto aos pontos finais.
"Se achar que precisa de voltar,volte!"

E aqui estou para recordar ao Virgilio Teixeira, que agora escreve no seu comentário
"esta conversa desprovida de moral" se já releu as suas antigas histórias aqui publicadas sobre todos os seus problemas venéreos em Bissau e respectivos tratamentos dolorosos.
Assunto do maior interêsse para todos nós e para os futuros portugueses que tenham a honra de ler as suas perigosas aventuras.
O camarada J.Belo nos seus comentários, entre camaradas e para camaradas, utiliza a palavra "putas".
Aparentemente o termo de tal modo o assusta que de imediato procura os terrenos altos, dando hipocritamente gritinhos quanto à moral.
Leia novamente o que escreveu há tempos e para aqui enviou.
Verificará que foi você quem estabeleceu o nível justificativo dos comentários posteriormente surgidos.
E,já agora,quem teriam sido as virginais donzelas que lhe causaram os tais problemas que nos Comandos eram conhecidos como "esquentamentos"?
E lá acabo eu também por cair nos termos imorais da vil soldadesca operacional.

Manuel Teixeira.



Unknown disse...

Conheco bem essa piscina (Nhacra)a casa do meu avo fica frente a feira. Arnaldo Marques (papa).Lembro me do Pombo aviador.