quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20439: Feliz Natal de 2019 e Bom Ano Novo de 2020 (2): José Belo, o nosso camarada que tem o privilégio de ser vizinho do Pai Natal...


Foto nº 1 > "Mesmo que dentro do Círculo Polar Ártico o Natal é sempre quente !"... Mas aqui, na Lapónia sueca, até a rena tem nome bem português: "Chaparro “: e o dono diz  "poder garantir que é o único com esse nome entre os muitos milhares de alimárias locais"....


Foto nº2  >  A sede da Tabanca da Lapónia... Na  Lapónia sueca, esta é a casa da família Belo:  "uma casa com pão e vinho sobre a mesa e um cheirinho a alecrim!... ou seja, é uma casa  portuguesa, com certeza".

Fotos (e legendas): © José Belo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Mensagem natalícia de José Belo, o nosso grã-tabanqueiro têm o privilégio de ser vizinho do Pai Natal. 

Recorde-se que ele:

(i) é  régulo da Tabanca da Lapónia, membro da Tabanca Grande, tem mais de 135 referências no nosso blogue:

(ii) jurista, vive na Suécia há mais de 4 décadas, e onde constituiu família: continua a ter uma pontinha de orgulho nas suas velhas raízes portuguesas,


(iii) foi alf mil inf da CCAÇ 2381, Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70;


(iv) está reformado com  cap inf;

(v) reparte os dias do ano entre a Suécia, o círculo polar ártico, e Key West, na Flórida, EUA, onde a família tem negócios;



De: Joseph Belo
Date: segunda, 9/12/2019 à(s) 16:31
Subject: Votos de Natal

"Mesmo que dentro do Círculo Polar Árctico o Natal é sempre quente !" (Foto nº 1)

Tendo como vizinho próximo a casa do Pai Natal situada,  junto à  cidadezinha finlandesa de Rovaniemi (, a viajar-se em linha reta, seräo cerca de 350 quilómetros, o que nas distäncias da Lapónia não é nada tendo em conta que o meu vizinho mais próximo vive a 279 quilómetros da minha casa), näo posso deixar de "retransmitir" a todos os camaradas e suas famílias uma mensagem de Paz e Felicidade, vinda das...origens.

Nestes momentos tão especiais é impossível não deixar de recordar todos os camaradas da Guiné que já näo estão entre nós.

No entanto devemos lembrar-nos que, como nas matas e picadas de então,eram sempre os melhores de entre nós que seguiam à frente.

Mas este é um período do ano em que os pensamentos deverão prioritizar as novas gerações, os netos e crianças em geral.

Com tudo o resto que tantas vezes nos "confunde", quase é fácil de ser esquecido que talvez o melhor presente que por nós foi dado aos netos é o facto de não serem obrigados a partir para guerras distantes nos melhores anos das suas vidas.

Para todos os camaradas e familiares os votos de um Feliz Natal e um Bom Novo Ano! 

J.Belo

PS - Já regressei de Key West, Flórida, já estou de novo na Suécia (Foto nº 2) . (Apesar de ser cada vez mais difícil o afastamento do Sloppy Joe´s Bar, dos seus daiquiris,e não menos de algumas clientes).

Para mais seria indesculpável passar o Natal à beira da piscina, entre palmeiras (algumas de plástico!) iluminadas com lâmpadas coloridas quando a minha casa na Lapónia está a umas poucas centenas de quilómetros da casa do...Pai Natal na Lapónia finlandesa.

Torna-se mais fácil para ele trazer-me os inúmeros presentes que (obviamente!!!) tenho mais do que...direito!
___________

Nota do editor:

Último poste da série >  9 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20431: Feliz Natal de 2019 e Bom Ano Novo de 2020 (1): João Crisóstomo e Vilma Kracun (Nova Iorque)

22 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tabanca Grande Luís Graça disse...

Zé, é bom (e útil) saber que até na Lapónia sueca há um português, a quem a gente pode "pòr uma cunha" ao vizinho Pai Natal...

O seu a seu dono, já retifiquei as fotos, ou melhor, já lhe pus as devidas legendas... Agora é só esperar pelo Pai Natal, que chega mais depressa à Tabanca da Lapónia do que que à Tabanca de Candoz...

Obrigado, Zé, pelos teus votos natalícios... As tuas fotos são únicas e dão um toque de magia ao nosso blogue nesta altura, tão saborosa, do ano... em pleno solstício do inverno.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Estão 12 graus abaixo de zero em Kiruna, lá para as bandas da Tabanca da Lapónia... E cai neve, fraca... Mas o J. Belo diz que já apanhou menos 43... Pois, em Lisboa estão 13 graus, neste momento. E esta quarta-feira vai ser de chuva fraca...Em Empada, na Guiné-Bissau,a esta hora (6h) estão 21 e vai chegar aos 33... e o céu parcialmente nebulado. Como é que querem que haja Natal em Empada com estas temperaturas ?!...

Querem me dera 3 dias a nevar, que é coisa que não vejo há muitos anos...

PS - Em Key West Florida, è uma da noite, e estão 26 graus celsius...O Zé Belo tem razão, o Pai Natal "derrete" com tanto calor...

Alberto Branquinho disse...


Abaixo as palmeiras de plástico !!!

Vivam as neves de Kiruna (apesar do aquecimento global).

e... um grande abraço (pré-natalício) ao José Belo.

Deste que se assina:
Alberto Branquinho

Anónimo disse...

Meu Amigo e Camarada Alberto Branquinho

Essa do aquecimento global terá a ver com a presciente descrição do Eça de Queiroz quanto ao “Sol de ananases “ ????

Um grande abraço do J.Belo

(Gostaria de assinar este comentário ,tendo em conta o literário interlocutor,com um título condigno com a deontologia da criação de renas.
Infelizmente,nas minhas óbvias limitações,só me vem à mente ....”Renano”-demasiado político...”Renal”-demasiado hospitalar...”Renario”-demasiada rima com Legionário...”Renatico”-também demasiado próximo dos reumáticos das nossas idades...”Renas-cido”-demasiado neo-salazarismo.........Enfim... as tais limitações.)

Valdemar Silva disse...

Um Natal sem neve, não é Natal. Foi assim que nos habituaram, sabendo-se que não nevaria, prós lados de Belém (não a 'selfiética'), nem haveria pinheiros nórdicos e vaquinhas.
Mas, agora, até os chineses festejam o Natal, que nem os jesuítas do séc. XVI se lembrariam, mesmo não sendo cristãos. Não podemos esquecer que se trata duma festa religiosa cristã muita 'apanhada' pela globalização comercial. Até nos postais de Boas Festas desapareceu a imagem do nascimento do menino Jesus, para dar lugar à do gorducho homem coca-cola.
Feliz Natal por aí J. Belo, e como a Lapónia Finlandesa está perto haverá um BAARI
aberto para um 'Porto Velhotes'.
Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Juvenal Amado disse...

Bom Natal e um bom Ano Novo que se aproxima.

Um abraço

Alberto Branquinho disse...


Ó camarada José Belo!


Referente à "deontologia da criação de renas"?! HOM'ESSA!!
Aí vai: nascença/renascença/renacrescença. Serve?

E "sol de ananases" estava ele em Goa on the day before yesterday. Apesar de lá não ser, exactamente, o tempo dele.
Abraço
Alberto Branquinho

Anónimo disse...

Ilustre Alberto Branquinho

As palavras sábias que me envias-te (para em respeito com a tua humildade tão natural não as chamar de geniais )quanto aos meus problemas deontológicos relacionados com a criação de renas em liberdade total (um pouco como as minhas vizinhas do Estoril da adolescência)...

“Nascença/ Renascença/ Nascensa”

infelizmente desde há muito estão gravadas na enorme pedra que serve de base ao alambique onde destilo a minha vodka caseira com um teor de álcool de 94 por cento.(Obviamente para fins medicinais!)

Outras palavras mais virginais (com o mais virginais lá volto a esta estranha associação com as meninas minhas vizinhas do Estoril) terão que ser usadas nesta dialéctica entre renas e deontologia.
Sabes...são alimárias muito sensíveis aos costumes.

Com o proverbial respeito assina

J.Belo

Anónimo disse...

Meu Amigo e Camarada Juvenal Amado

Aproveito esta inesperada oportunidade para te dar um grande abraço de parabéns pelo nascimento do teu Neto.
Li também o fantástico poema que a esse respeito escreves-te.

Repetindo-me, sinto profundo orgulho nas “portas que Abril abriu “ e não menos de ter humildemente contribuído para que os NETOS de todos nós não sejam obrigados a sacrificar a sua vida em guerras longe da Pátria.

Um grande abraço ao Avô

J.Belo

Anónimo disse...

Joao Crisostomo
quarta, 11/12 / 2019, 15:15

Caro José Belo,

Vejo que és um activo e entusiasta participante neste nosso blogue “Luis Graca e Camaradas da Guiné”, enriquecendo-o ainda mais com a tua experiência e oportunas entradas para benefício de todos os que o seguem.

Sei que vens de vez em quando à Florida e pergunto-me se não virás um pouco mais para cima, para os lados de Nova Iorque… Gostava mesmo muito de te conhecer pessoalmente. Embora a minha casa seja muito modesta ( a minha juventude de educação franciscana levou-me a ficar sempre contente com pouco…) dizem que é “acolhedora” e é sempre com muita satisfação que recebo gentes de "todos os níveis e calibres” que me fazem o favor da sua amizade e para quem, tenho esta como primeira, aceitam esta frugalidade como uma coisa secundária e aceitável. Se vieres por aqui espero me dês essa satisfação também. É como um free “ bed and breakafst” , mas sem as amenidades de hotel, falta que tento compensar com o calor duma calorosa (and heartfelt) recepção .

Se receberes este podes-me dar uma resposta, para eu saber que tenho o teu endereço certo?

Porque a distancia e outras razões não me permitem fazê-lo pessoalmente, associo-me a todos os que te são queridos nos votos de que tu e eles tenham um Natal e um Ano Novo tão bons quanto possam desejar.

João Crisóstomo

PS : Se me quiseres “ajudar” ainda mais, dá-me o dia do teu aniversário e os teus contactos. Os meus ( just in case you want them) vou-tos enviar por mail, através do editor Luís Graça.

Nasci em Torres Vedras, a 22 de Junho, 1944.

Anónimo disse...

Meu Caro João Crisóstomo

Muito grato pelas palavras amigas e não menos pelo simpático convite.
Temos de certo modo raízes comuns no que diz respeito a TorresVedras.
O meu avô paterno foi um activo político republicano nessa zona onde também exercia a sua profissão de médico.
Muito interessado em arqueologia efectuou numerosas escavações na zona de Runa,Zambujal,Monte Redondo e Maxial,onde tinha uma quinta onde eu,muito jovem,passava férias inesquecíveis.
Foi também,depois de servir como Major Médico no Norte de Moçambique durante a primeira guerra mundial,Director do Lar Militar de Runa.
Sinto orgulho de o nome Belo estar deste modo ligado a Torres Vedras e localidades circundantes.
Vai encontrá-lo numa avenida da cidade, no museu arqueológico local,e em nome de rua que atravessa a vila do Maxial.
Estas são as “minhas” raízes Torreenses.
A minha vida “social” nestes últimos anos da minha vida tem sido (voluntariamente!) muito limitado.
O facto de ter escolhido viver numa casa situada no extremo do extremo norte da Laponia Sueca rodeado de infindáveis florestas,lagos e montanhas,para mais com o vizinho mais próximo a viver a quase 300 quilómetros da minha casa,serão exemplos suficientes de um certo “hermitismo” voluntário.
Os problemas não surgem quando falo(!) com as árvores na floresta.
Surgem quando as árvores.......me respondem!
Daí a necessidade de fugas até a casa em Key West/Florida e,não menos, aos daiquiris,amigos e amigas com quem convivo no,entre outros,Sloppy Joe’s Bar.
Quanto ao “passar” por pela zona de New York teria sido mais fácil uns anos atrás.
Tendo os meus filhos a dirigir os nossos escritórios no Colorado,Califórnia e Minnesota,algumas viagens fiz (de carro !) desde o extremo sul até estes States.
Muito interessantes experiências que são na verdade o método recomendável de ser conhecer os States...por dentro.
Confesso que ,hoje em dia, se me querem encontrar são obrigados a viajar até às Keys.

Será altura de parar quanto a estas conversas sobre o meu...umbigo. (Alberto Branquinho *dixit* )

Mas felizmente ,como em tudo na vida, estamos longe de ser os “originais “ que nos sempres julgamos.
Outros estimados Camaradas que por aqui escrevem e comentam aparentam (também!) julgar que o Universo circula em volta dos seus...umbigos.
(E lá voltamos ao facto de o meu Amigo e Camarada Alberto Branquinho ser o total responsável por tanta.....umbigalhada! )

Um grande abraço ao Amigo Torreense João Crisóstomo.
J.Belo

Anónimo disse...

Camarada José Belo.

Ao ler o que aqui escreveu sobre Torres Vedras verifico que esqueceu a existência de um importante edifício comercial na Cidade com o nome do seu avô.
O mundo é pequeno porque certamente nos cruzamos no caminho que levava à Quinta das Lapas em Monte Redondo,propriedade da família do Conde de Tarouca,por si frequentemente visitada quando bastante jovem.
Familiares meus trabalhavam na Quinta.
Estará informado da recente morte da sua amiga e conhecida cantora de fado Teresa Tarouca,por nós conhecida como a Terezinha Tarouca?
Tristemente os anos e a vida passam.

Ao seu dispor
Manuel Teixeira

Anónimo disse...
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José Teixeira disse...

Meu caro comandante das forças sediadas em Mampatá Forrea.
Belos tempos que o tempo não consegue apagar. Na realidade foi para nós, pelo menos para mim, uma feliz possibilidade de conhecer, in loco, a realidade do povo da Guiné com toda a sua singularidade de costumes e afetos que me ajudaram a ser o que sou hoje.
Neste Natal que se aproxima quero que vás junto do pai Natal que os americanos criaram aí tão longe e tão perto da tua casa de Kiruna, na terra das renas e lhe peças para ele descer ao povoado, entrar na cabeça dos políticos e dizer-lhe para ganharem juízo, para que o próximo ano seja um tempo de busca da felicidade para todos nós.
Um Bom Natal e feliz ano novo para ti e para os que te são queridos.
Zé Teixeira , ou seja o "dotor" como tu me chamavas.

Anónimo disse...

Meu Caro Doutor

Bravo companheiro de muitos perigos em combate e,não menos,bravo nos seus “contactos “ com as bajudas de “mama firmada” do nosso Destacamento de Mampata.
O único de entre todos os meus Camaradas militares ,e na altura eram muitos ( e “célebres“!), que teve a coragem e amizade,muito para além das “políticas” de conveniências várias, de me visitar precisamente na época de Natal quando eu estava como preso político na cadeia de Custoias.
São pequenas-grandes coisas que se não esquecem no resto da vida!
Este é definitivamente...um outro Natal.
Muita água,tanto límpida com suja,passou sob as pontes.
Sem dúvida estamos mais velhos mas a amizade é a mesma!

Como escrevi quanto ao comentário do Canarada e Amigo Juvenal Amado,o melhor presente de Natal dado aos nossos netos e restantes crianças no nosso Portugal é o facto de não serem obrigados em futuro previsível de combater longe da Pátria guerras não suas.

Para Ti e Família os sinceros votos de tudo o de melhor neste Natal e no Novo Ano.

Um abraço do comandante dos “Quilh... Negros” de Mampata!
J.Belo

Alberto Branquinho disse...


José Belo + José Teixeira

Vossemecês fizeram vir lágrimas aos olhos, carago!

Abraços (1 para cada 1)
Alberto Branquinho

Anónimo disse...
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José Teixeira disse...

Alberto Branquinho.
Quando éramos mancebos tínhamos sonhos, projetos de vida...sentimentos, compromissos de afeto e amor. Arrastados para a guerra parece que os sentimentos se esfumaram, os projetos de vida se adiaram, os sonhos se abafaram, mas não. Pelo menos para mim. Ser enfermeiro foi uma vantagem, confesso.
Pela vida fora, depois de passada a tormenta, ao olharmos para trás, verificamos que fizemos muita coisa boa no meio daquela guerra, que parece que apenas alguns queriam fazer. Sobretudo aprendemos o valor da palavra camarada e o José Belo para além de comandante foi um grande camarada.
Se analisarmos os conteúdos deste nosso blogue em profundidade, encontramos tantas coisas boas que os nossos soldados fizeram no interregno das guerras que eram forçados a fazer e mesmo em combate.
Haja alguém que se debruce sobre o tema "sentimentos da nossa gente" e escreva um livro.

Um feliz Natsal para tki e quantos te são queridos.
Zé Teixeira

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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