quarta-feira, 29 de abril de 2020

Guiné 61/74 - P20922: Manuscrito(s) (Luís Graça) (184): Parabéns, amiga e camarada Giselda Pessoa (Lisboa); parabéns amiga M... (Costa Nova do Prado, Ílhavo)...


Capa do livro "Nós, enfermeiras paraquedistas", org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2015 439 pp.; isbn: 9789898647351, preço. c. 19 €. A Giselda Pessoa, que tem vários depoimentos neste livro (*), foi a primeira camarada, no feminino, a integrar a nossa Tabanca Grande (**).



1. Mensagem de Luís Graça (***):

Giselda: É o nosso pequeno contributo para a tua festa... Só te faltava fazer anos em plena pandemia... Só te faltava, de resto,  uma pademia como esta para pores no teu currículo... 


Mesmo "aquarentenados", e sem podermos ir a Monte Real este ano,  temos que continuar a celebrar a camaradagem e a amizade. Luís & Alice

Giselda, a nossa querida enfermeira,
Não ficou no céu da Guiné (e)strelada (*),
É de há muito nossa grã-tabanqueira,
Por todos nós sempre acarinhada.

Com as demais, poucas, paraquedistas,
Abriu portas à mulher portuguesa,
Ninguém lhes diz que foram feministas,
Nem ela quer títulos de nobreza.

Faz hoje anos, mas aquarentenada,
Só lhe faltava uma pandemia,
Mas estará bem-apessoada,
P’ra nosso descanso e alegria.

Muita saúde e uma longa vida,
É o que a nossa Tabanca te deseja,
Toda a malta te está reconhecida,
E diz: “Que p’ró ano a gente cá ‘steja”.


Com um "balaio" cheio de telebeijinhos e telechicorações da malta toda!.

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2. Também faz anos hoje uma amiga, nossa, do peito... Aqui vão uns versinhos para ela  que está, como todos nós,"em casa", por causa da pandemia de COVID-19... Este ano não podemos sentar-nos à mesa para celebrar. Tivemos que recorrer à videoconferência:


E Deus apontou na agenda… o teu pedido

(Soneto para a nossa amiga M…,
que hoje faz anos
e, que está, que pena, 
em casa de quarentena,
na Costa Nova do Prado, Ílhavo)

 

Quem nos diz que Deus castiga sem pau nem pedra,
Dev’ estar a pensar nesta nova pandemia,
Que me ameaça a vida e a alegria
Na Costa Nova, onde agora a doença medra.

Mas, meu Deus, porquê logo eu, confinada ?
Se o tal vírus é a tua ira divina,
Vou aplacá-la, mesmo no fundo de uma ravina,
Mas poupa-me, qu’eu sempre fui bem comportada!

Não, a doença não é castigo de um tal deus,
Que, a ser perfeito, não é cego, surdo e mudo,
E vai poupar-me a mim e a todos os meus.

E logo hoje: celebro mais um aniversário,
E pensava que tinha direito a tudo…
Mas, vá lá, só quero chegar… ao centenário!

29 de abril de 2020

Dos amigos Luís & Alice,

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