terça-feira, 16 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22011: Recortes de imprensa (114): O Capitão cubano Pedro Rodriguez Peralta, "preso político antes do 25 de Abril", "prisioneiro de guerra" depois... libertado em 15 de setembro de 1974 (Diário de Lisboa, 16 de setembro de 1974)


Citação:
(1974), "Diário de Lisboa", n.º 18563, Ano 54, Segunda, 16 de Setembro de 1974, Fundação Mário Soares / DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_4810 (2021-3-15) (*)



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Recorte do Diário de Lisboa, edição de 16 de setembro de 1974, pp. 1 e 10 (com a devida vénia...) (*)


Guiné > Bissau > HM 241 > 14 de setembro de 1974 > Os últimos prisioneiros portugueses. Entre eles, o nosso camarada, membro da Tabanca Grande, António da Silva Batista (1950-2016), o último do lado direito. O Fortunato Dias é o terceiro, também a contar da direita.


Os sete camaradas nossos que foram trocados por 35 militantes ou simpatizantes do PAIGC, presos pelas NT, não eram, segundo as autoridades militares portugueses da época, "prisioneiros de guerra"...

Essa figura jurídica não existia... Não podia haver "prisioneiros de guerra" pela simples razão de que, para o regime de Salazar (e de Caetano), Portugal não estava em guerra contra nenhum país estrangeiro. Tinha uma "guerra de subversão", nas suas províncias ultramarinas, apoiada por algumas potências estrangeiras, mas limitava-se a responder, para manter a paz e a ordem, contra os que, internamente, alimentavam essa guerra...

Nessa medida, a Convenção de Genebra não se aplicava (ou não tinha que se aplicar, do ponto de vista legal) no TO da Guiné (e noutros teatros de operações, Angola e Moçambique)... Militar português capturado pelos "nossos inimigos" era classificado como "retido pelo IN"... Elemento subversivo ("terrorista") capturado pelas NT devia ser tratado como um vulgar "preso de delito comum" (e entregue depois à PIDE/DGS, para obtenção de informações relevantes pata a "segurança interna")... Era, grosso modo, essa a "doutrina vigente"...

Mas honra seja feita ao gen Spínola que era um dos que, dentro da Junta de Salvação Nacional, se opunham à libertação do Peralta enquanto não fosse garantida a entrega dos 7 prisioneiros portugueses pelo PAIGC. O que veio a acontecer no dia 14 de setembro de 1974, em Aldeia Formosa (Quebo).

Foto de Duarte Dias Fortunato (2016). Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (**)


2. Comentário do editor LG:

As declarações do Peralta ao "Diário de Lisboa", em 15 de setembro de 1974, momentos antes de embarcar no avião para Madrid que o levaria de regresso a Havana, quase cinco anos depois da sua captura no corredor de Guileje, na Guiné, em 18 de novembro de 1969 por forças do BCP 12, comandadas pelo cap pára João de Bessa, têm de ser entendidas no contexto da época: era um tipo educado, e, mais do que isso, amável e até sedutor; estava naturalmente agradecido aos seus captores (e aos serviços de saúde militares) que lhe salvaram a vida, e às autoridades que o libertaram, depois de cinco anos de "estadia forçada, não prevista" em Portugal, e a maior parte do tempo sob a "custódia" da polícia política do antigo regime... (que ele alega que o terá torturado, física e moralmente, e é de todo provável.) Acabou por ser condenado em 2 anos e 2 meses, pelo tribunal militar, por posse ilegal... de arma de fogo!

Tinha havido em 25 de Abril de 1974 uma mudança de regime em Portugal. Peralta foi "politicamente correto", como lhe convinha.  E não se esqueceu de agradecer aos profssionais de saúde portugueses que fizeram tudo para o salvar e tratar, quer em Bissau quer depois em Lisboa (Hospital-prisão de Caxias, Hospital Militar Principal, Hospital da Cruz Vermelha).

"Tratamento VIP" em Bissau e em Lisboa, apesar de ter passado pela Trafaria e por Caxias... Por exemplo, o Hospital da Cruz Vermelha (onde foi internado em maio de 1973) não era para todos (e muito menos para os combatentes portugueses feridos na guerra de África)... Por lá passou Salazar (cujo internamento em 1968 custou ao Estado Português o equivalemte a 1,5 milhões de euros)... E por lá passava o escol médico-cirúrgico  da época. Simples curiosidade: quem pagou a conta do Peralta? O advogado, sabemo-lo, que foi contratado pela embaixada de  Cuba... (Os dois países mantêm relações diplomáticas  há mais de 100 anos, ou seja, desde 1919, independentemente dos regimes políticos que se sucederam, num e no outro lado.)

Teve igualmente tratamento VIP por parte de alguns movimentos e partidos da chamada extrema esquerda revolucionária de então. Nas declarações que faz ao "Diário de Lisboa", acima reproduzidas, há referências às manifestações em prol da sua libertação, que se sucederam frente ao Hospital da Estrela, e que ele consideram excessivas... “O povo português libertará o capitão Peralta”, escrevia o MRPP num comunicado em que pedia “Todos à Estrela”, a 26 de maio de 1974.

Terá havido também pressões norte-americanas, e igualmente do Vaticano e da Bélgica, para o Peralta ser trocado  por um alegado agente da CIA, preso e condenado em Havana, Lawrence Kirby Lunt (e não Hunt), casado com uma belga... Ao que parece acabou por ser também usado como moeda de troca com o PAIGC que tinha, nas suas prisões, 7 militares portugueses ainda por entregar. (**).

Quanto ao seu "estatuto" nas fileiras do PAIGC, não sabemos o que é que as autoridades portuguesas, antes e depois do 25 de Abril, apuraram... Ele não foi, como pretende dar a entender um simples observador com "livre trânsito" nas "áreas libertadas"... Não, ele devia ter tido outra missão, quer como "consultor militar", quer como "instrutor militar"...  

Muito provavelmente o seu advogado, com larga experiência na defesa de presos potlíticos nos tribunais plenários do Portugal de então, deve tê-lo aconselhado a nunca admitir que era um combatente integrado nas fileiras do PAIGC, estatuto, de resto,  que o próprio Amílcar Cabral não gostava de atribuir aos cubanos, até porque isso significava "menorizar" os seus combatentes, os seus militantes, nacionalistas guineenses... 

Mas a verdade é que o Peralta estava, ao que parece, armado quando foi ferido e, depois, capturado. Se terá percorrrido ou não os 1800 metros na mata, a sangrar (com 4 balázios, de 7,92 mm, da temível metralhadora MG 42 do então 1.º cabo pára Regageles), não  o sabemos... Nem sabemos  se os seus captores confirmaram esta versão no Tribunal Militar de Santa Clara onde o Peralta foi condenado a 2 anos e 2 meses de prisão... 

E a propósito, o Bessa e o Ragageles encontraram-se com o Peralta, 40 anos depois, em Lisboa, em Belém, num gesto de grande nobreza, pouco vulgar, e  que merece ser aplaudido [, foto à esquerda]. 

Aliás, o Peralta já tinha estado em Portugal e na Guiné-Bissau, vinte anos depois da sua captura, tendo reonstituído a sua odisseia, a convite do Expresso ("Cubano prisioneiro de guerra" | Texto de José Manuel Saraiva | "Expresso", 16 de março de 1996).

[Foto acima: da direita para a esquerda, Ragageles, Peralta e Bessa,  junto ao monumento dos combatentes do Ultramar. Foto: cortesia da página do Facebook Paraquedistas não são arremachos, 16 de novembro de 2018.]

Poutro lado, foi recebido por Fidel Castro, em Havana, com um herói, passando de resto a figurar, no discurso de propagando do regime castrista, com o mais célebre célebre dos 437 combatentes (sic) (***)  que terão combatido, no TO da Guiné, nas fileiras do PAIGC, entre 1966 e 1974, e dos quais oficialmemte morreram  nove. (Achamos que o número, 437,  pode estar inflacionado; mas admitindo que está correto, a taxa de letalidade terá sido de 2%; desconhecemos o número de feridos.)

Por fim, subscrevemos o que se escreveu na supracita página do Facebook a propósito do sucesso da Op Jove: 

(...) "Uma das mais brilhantes missões executadas durante a Guerra Colonial coube aos militares do BCP 12 (Companhias 121 e 122). Brilhante não pela quantidade de baixas produzidas ao inimigo, ou ao volume de material capturado, mas pela primeira vez, no território da Guiné, era capturado um militar estrangeiro, que sob o rótulo de "conselheiro militar" participava na luta armada ao lado dos guerrilheiros do PAIGC.

"Este êxito sem paralelo, caso obtido por outras tropas, seria mencionado até à exaustão. Mas os Paraquedistas, perfeitos na humildade e na modéstia, sóbrios e decentes quanto decorosos e convenientes, cumpriram a missão, sem grande exibicionismo ou ostentação." (...). 

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(**) Vd. poste de 29 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15911: (Ex)citações (306): A propósito da última troca de prisioneiros, em Aldeia Formosa, no dia 14 de setembro de 1974....Prisioneiros, não, "retidos pelo IN"...

(***) Dora Pérez Sáez - Recuerdan misión militar cubana en Guinea Bissau: Internacionalistas cubanos de La Habana y Pinar del Río que combatieron en Guinea Bissau y Cabo Verde se reunieron en la Casa Central de las FAR". Juventud Rebelde. ,martes 29 mayo 2007 | 12:43:23 am.

30 comentários:

Antº Rosinha disse...

A quantidade de cubanos que teriam lutado em Angola ao lado do MPLA, contra a UNITA, esses sim é que pelo empenho directo na luta, devem encher enormes listas de herois cubanos anti-facsistas, anti-colonialistas, anti-capitalistas, anti-imperialistas e anti-fantoches.

Que era a alcunha com que nos apelidavam aos portugueses e aos comandos africanos, as emissoras do Leste "colonialistas,imperialistas e fantoches"

O que perdeu a lingua portuguesa com o fim da guerra fria, tanta emissora à volta do mundo a falar português, mas bom português! que pena!

Foi um dos meus grandes passatempos agarrado ao meu transistor à beira da fogueira, ouvir falar português! com diversos sotaques!

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Gostava de saber quantos cubanos passaram pela Guiném duranta a guerra colonial... Os 437 citados pelo diário da juventuda comunista, "Juventud Rebelde", de 29 de maio de 2007, parecem-me exagerados... Possivelmente, neste númeo (437) podem estar incluídos "ccoperantes" que chegaram depois da partida dos português, u seja, a partir setekmbro de 1974:

"Recuerdan misión militar cubana en Guinea Bissau: Internacionalistas cubanos de La Habana y Pinar del Río que combatieron en Guinea Bissau y Cabo Verde se reunieron en la Casa Central de las FAR"


por Dora Pérez Sáez
dora@juventudrebelde.cu

29 de Mayo del 2007 0:43:23 CDT

"Jorge Risquet, miembro del Comité Central del Partido, conversa con el coronel Pedro Rodríguez Peralta, uno de los 437 cubanos que combatió en Guinea Bissau. Foto: Franklin Reyes [, foto que não aparece na edição digital]

"El primer encuentro de internacionalistas cubanos residentes en Ciudad de La Habana, La Habana y Pinar del Río que combatieron en Guinea Bissau y Cabo Verde desde 1966 hasta 1975 se efectuó en la Casa Central de las FAR.

"En el encuentro participaron 190 combatientes que lucharon junto al Partido Africano para la Independencia de Guinea y Cabo Verde (PAIGC) y su líder, Amílcar Cabral, hasta que alcanzaron su independencia. (...)

"En Guinea Bissau combatieron 437 cubanos, de los cuales murieron nueve. Desde el fin de la misión hasta el momento, han fallecido otros 51 compañeros.

"El acto contó con la presencia de Jorge Risquet Valdés, miembro del Comité Central del Partido." [, entretanto falecido em 2015,aos 85 anos[

Fonte:

http://www.juventudrebelde.cu/cuba/2007-05-29/recuerdan-mision-militar-cubana-en-guinea-bissau/

Carlos Vinhal disse...

A afirmação do Capitão Peralta de que não combatia contra o povo português, era um slogan bem conhecido do Amílcar Cabral. Ninguém terá perguntado ao Peralta quem o feriu, se o povo português, representado pelos valorosos paraquedistas portugueses, se o Governo fascista e colonialista, representado pelos valorosos paraquedistas portugueses?
Como diz o ditado, quando o mar bate na rocha que se "prejudica" é o mexilhão.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Anónimo disse...

Carlos Vinhal, inteiramente de acordo, e mais, o slogan foi usado até à exaustão.Apesar de tudo o capitão Peralta foi bem tratado em Portugal (pelos perigosos colonialistas) e teve direito a defesa.

Já o mesmo não se pode dizer do tratamento que os cubanos deram aos meus companheiros da Força Aérea, abatidos em Cabinda quando iam fazer uma evacuação de emergência perto de Sanga Mongo.Para além de terem sidos "abonados no ar" foram abonados em terra a pontapé e ao murro, despojados dos relógios roupa e fios que tinham ao pescoço.Repito pelos cubanos.Depois em Ponta Negra já na prisão a "festa continuou com epítetos de cão colonialista, bandido...Isto durou alguns dias até chegar alguém graduado do MPLA, não sei precisar se o Lucio Lara ou José Maria.

Ora aqui está a diferença de tratamento.Tenho dúvidas que se algum paraquedista fosse capturado pelos cubanos tivesse sido tratado da mesma forma que o cap Peralta foi.
Abraço
Carlos Gaspar

vidas

Anónimo disse...

Acho graça as declarações do peralta
Então os milhares de militares não eram portugueses.? Ele há cada uma! Fica lhe bem, está babuzeira. Gostei do poste do parque da cidade, da minha terra, os meus parabéns ao autor e comentarista. Agora esta do cubano..... Virgílio Teixeira

Manuel Luís Lomba disse...

José Passo, ex-director dos Serviços de Informação da PIDE, em depoimento registado pelo Coronel Manuel Bernardo Amaro in "Memórias da Revolução", diz textualmente:
- Ele (capitão Peralta) passou a estar feito connosco. Prontificou-se a voltar para a Guiné, para combater a guerrilha (...)

Considerando o tratamento VIP que lhe deram, cada um tire as suas ilacções...

Essa que não combatiam os portugueses, mas o regime, é treta repelente, mesmo que dito por aqueles "portuguesinhos" que materializam apoios psicológicos e físicos aos então nossos IN´s. Não me consta que alguma vez montaram minas ou emboscaram o Salazar e o Marcelo Caetano...

O Capitão Salgueiro Maia mudou o regime, disparando uma rajada... sobre a bandeira da janela da biblioteca do quartel do Carmo!...

Abraço e cuidem-se!
Manuel Luís Lomba

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Tudo isto é uma treta relativamente ao nosso 'amigo Peralta'.
Diz ele que não combatia o povo português!
Mas com as armas que o Amílcar lhe facultou, lutou contra o exército português.
O exército português era composto por quem? Americanos, suecos, canadianos, senegaleses?
Eram portugueses, os verdadeiros portugueses de então. Não os traidores.
E diz ele que não lutou contra nós?
Como dizem aí atrás, não consta que o Peralta tentasse um golpe contra os governantes!

Nada disto faz sentido, foi tratado como um fidalgo, ainda lhe vão levantar uma estátua no Marquês substituindo este por aquele, já nada me admira.

Nem sei porque perco tempo com esta treta toda!

VT.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Zeca Macedo, em relaçãoàs tretas, mentiras, mentirolas, erros, omissões, branqueamentos, etc., relativamente aos "doia lados da contenda"... Concordo contigo: temos que fazer um esforço por cumprir e fazer cumprir as 10 (dez) regras editoriais... De vez em quando voltamos aqui a (re)lembrá-las:

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2011/07/guine-6374-p8588-excitacoes-143.html


(...) "Neste espaço, de informação e de conhecimento, mas também de partilha e de convívio, decidimos pautar o nosso comportamento (bloguístico) de acordo com algumas regras ou valores, sobretudo de natureza ética:

(i) respeito uns pelos outros, pelas vivências, valores, sentimentos, memórias e opiniões uns dos outros (hoje e ontem);

(ii) manifestação serena mas franca dos nossos pontos de vista, mesmo quando discordamos, saudavelmente, uns dos outros (o mesmo é dizer: que evitaremos as picardias, as polémicas acaloradas, os insultos, a insinuação, a maledicência, a violência verbal, a difamação, os juízos de intenção, etc.);

(iii) socialização/partilha da informação e do conhecimento sobre a história da guerra do Ultramar, guerra colonial ou luta de libertação (como cada um preferir);

(iv) carinho e amizade pelo nossos dois povos, o povo guineense e o povo português (sem esquecer o povo cabo-verdiano!);

(v) respeito pelo inimigo de ontem, o PAIGC, por um lado, e as Forças Armadas Portuguesas, por outro;

(vi) recusa da responsabilidade colectiva (dos portugueses, dos guineenses, dos fulas, dos balantas, etc.), mas também recusa da tentação de julgar (e muito menos de criminalizar) os comportamentos dos combatentes, de um lado e de outro;

(vii) não-intromissão, por parte dos portugueses, na vida política interna da actual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo);

(viii) respeito acima de tudo pela verdade dos factos;

(ix) liberdade de expressão (entre nós não há dogmas nem tabus); mas também direito ao bom nome;

(x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos. (...)

Hélder Valério disse...

Já faz tempo que não comento.
E agora também não vou alongar-me.
Apenas constato que há algum tempo tenho vindo a assistir ao progressivo avanço de certas posições, conceitos, opiniões, tantas vezes colocados de forma agressiva e suscetíveis de concitarem os aplausos de prosélitos, mas no sentido de se vitimizarem, invertendo as situações que afinal parecem querer "desmistificar".

Fez-me lembrar o "meu Tenente Guilherme" (numa formulação possessiva já praticada aqui no Blogue) aquando do 1º Ciclo do CSM em Santarém.
Em determinado dia, numa preleção "psico-social" aos instruendos do seu Esquadrão, depois de nos "preparar" para a mais que provável possibilidade de ir-mos na maioria para a Guiné, discorreu sobre como deveríamos lidar com algum "nativo" que viesse falar do "Partido". Aí disse que nos deveríamos munir de um pedaço de telha e, exemplificando, bater com o pedaço na perna, partindo-o e que deveríamos dizer "partido? partido é isto! olha bem, isto é que é o partido!".
Uma linda lição de demagogia, de distorção de conceitos, de menorização da capacidade de inteligência dos outros.
Assim me faz lembrar algumas ideias que vou lendo.
Já agora, e de passagem, disseram-me que o "meu Tenente Guilherme" teria sido o melhor classificado do seu Curso e como tal foi fazer umas formações, umas especializações no exterior, em "países amigos" e que, por tal, não chegou a ir a África, embora tenha depois atingido um lugar alto na hierarquia militar.

Hélder Sousa

Valdemar Silva disse...

Luís Lomba
Essa do Peralta estar feito com o José Passo foi bem mantida em segredo, que nem o Fidel desconfiou e o recebeu com honras de herói. É para rir.
'..não consta...emboscadas ao Salazar..', e o atentado em 1937 salvando-se por milagre não conta. Esta é para rir por terem prendido e torturado uns "PCs" que confessaram tudo e até terem sidos eles que tinham pegado fogo à água do chafariz.

Abraço e saúde
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

José Macedo, respeitando a sua opinião mas não estando de acordo com ela, faz sempre a apologia do PAIGC.

Quanto às regras e o comportamento em relação aos restantes camaradas neste blogue o Exmo. Editor Luis Graça já relembrou e chamou a atenção para o cumprimento como ética das mesmas.

Agora vamos ao que penso não bater certo nas suas observações.Que eu saiba na sua totalidade todos os fuzileiros especiais eram e continuam a ser voluntários.O que quer dizer que para além de cumprirem o serviço militar como os outros,se voluntariaram para uma força especial.

Tendo o José Macedo pertencido à Marinha Portuguesa e servido nos fuzileiros porquê essa má vontade (que já observei noutros posts) contra os seus camaradas de armas e fazendo a apologia do IN (que eu respeito) mas neste caso ainda pior porque de trata
de alguém que embora combatendo pelo PAIGC pertencia a um exército estrangeiro.

Será esteve que esteve de má vontade nos fuzileiros?Foi obrigado a integrar essa força especial?Faz-me confusão.

Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Não sendo,nem sequer, historiador amador,fui simples testemunha presencial de algo aqui referido em comentário.
É lamentável ter-se perdido a oportunidade de recordar que,e dentro do mesmo contexto em que o “Capitão Salgueiro Maia mudou o regime,disparando uma rajada sobre a bandeira da janela da biblioteca do Quartel do Carmo”........a umas escassas centenas de metros mais acima,e também a umas escassas horas do acontecimento,elementos da polícia política do regime da ditadura dispararam armas automáticas,não sobre paredes como no caso do Quartel do Carmo mas sobre os manifestantes que se encontravam na rua frente ao edifício do comando desta polícia.
Houve 4 mortos e umas dezenas de feridos entre os manifestantes.

Há todo um mundo de valores nesta diferença entre disparar para paredes e disparar sobre manifestantes.

Estes são factos, independentemente dos nossos gostos pessoais ou outros tipos de patrioteirismos de ocasião.

Citar como fonte de informação argumentativa um ex-director dos serviços de informação da PIDE,desde logo aproveitado por um militar ávido de vender livros “históricos” a uma clientela mais do que suspeita nas suas especificidades é,pelo menos,nunca se ter consultado o material mais primário (!) dos serviços de contra-informação de qualquer organização político-polícial.

Mas o que é “isso” para os verdadeiros portugueses?
A tão ridícula,por primitiva,distinção entre portugueses de primeira e os “outros”.
Os pobres dos “outros” que o são....unicamente pelo critério político-iluminado de não pensarem como eu!

E, dentro destes patrioteirismos profundos,exclusivistas,de purezas de ideais,raízes e sangues......será menos patrioteiro o chamar-se à atenção para o facto de o nosso primeiro Rei ( talvez o mais importante de uma História digna do maior orgulho como é a nossa) ter sido ao mesmo tempo o nosso primeiro mestiço ?
Pai Francês e Mãe Galega.
Que me desculpem os que confundem detalhes “de jornada” com outros valores mais profundos que definem o termo.....português.

Um abraço
J.Belo

Anónimo disse...

Mais um comentário do J.Belo com lufadas de ar fresco.
Lufadas muito apropriadas na sua ironia.
É pena ser simples comentário em vez de um poste.
Este fazia falta para um equilíbrio que prima pela ausência.

Rui Santos Silva

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Tomar como credível, sem o sujeitar ao "contraditório", o testemunho de um agente da polícia política não pode ser prática correta, ética, metodológica e epistemologicamente falando, de nenhum cientista social (historiador, sociólogo, antropólogo)...

As declarações pou confissões obtidas sob efeito de tortura (pu coação física) não podem ser tomadas como "sérias" por nenhum investigador no domínio das ciências socais e humanas... Se algum dos leitores já foi submetido alguma vez a tortura (ou coação física, como por exemplo, um assalto à mão armada), sabe bem que o leque de escolhas comportamentais da vítima é muito limitado...

Não é preciso recuar muitos séculos no tempo para lembrar, entre nós, os métodos da Santa Inquisição, de triste memória… A delação, por simples ciúme ou inveja de vizinhos, podia levar um português à tortura e à fogueira...

Acusado de crimes contra a segurança do Estado, o cubano Peralta apanhou 2 anos e 2 meses de prisão... no 1º Tribunal MilitarbTerritorial de Lisboa, ao fim de 4 anos de detenção… às mãos da PIDE/DGD… Afinak, e ao que parece, foi condenado por "simples" posse ilegal de arma de guerra… (Cito de cor, não li o processo, nem estou iinteressado, mas já deve estar disponível para consulta dos investigadores.)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Temos de reconhecer,por outro lado, o Peralta teve a "sorte" de ter tido um dos mais brilhantes e corajosos advogados da época... O Manuel João da Palma Carlos. Não era um tipo qualquer... E tem nome de rua, com todo o mérito, em concelhos como Cascais e Oeiras.

Cite-se excertos de um poste do sítio "Ruas com História":
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Há Homens e Mulheres que, pelo seu passado, merecem ser recordados, Manuel João da Palma Carlos é um desses exemplos.


Ruas com História > Posted Junho 24, 2017

https://ruascomhistoria.wordpress.com/2017/06/24/ha-homens-e-mulheres-que-pelo-seu-passado-merecem-ser-recordados-manuel-joao-da-palma-carlos-e-um-desses-exemplos/


MANUEL JOÃO DA PALMA CARLOS, Advogado e Político, nasceu na Freguesia de Bucelas (Loures), a 24-06-1915, e faleceu, vítima de um incêndio no Lar, em Birre, (Cascais), a 01-11-2001. Era filho de Manuel Carlos e de Auta Vaz Velho da Palma, ambos Professores Primários, e irmão do Professor Adelino da Palma Carlos.

Enquanto estudante foi Presidente da Direcção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa em 1935-1936. Passou de modo fugaz pela Maçonaria. Pertenceu à Acção Anticlerical e Antifascista e à Federação das Juventudes Comunistas.

Preso em 1936, esteve deportado em Angra do Heroísmo durante oito meses, sem julgamento. Concluiu o curso de Direito em 1939. Foi Chefe de Secretaria Judicial no Vimioso e em Mértola. Colabora na revista jurídica Procural. Preterido por motivos políticos em concurso para Delegado do Procurador da República, decide-se a partir de 1941 pelo exercício da Advocacia. Nesta altura reata os laços com o PCP, interrompidos desde a sua prisão. É um dos subscritores do requerimento para realização da reunião de 08 de Outubro de 1945 no Centro Escolar Republicano Almirante Reis, onde é criado o MUD, cuja comissão de juristas vem a integrar.

Participa activamente na campanha eleitoral de Norton de Matos, vindo a ser preso, de novo e em consequência, durante um mês. Em 1957 o governo impede a candidatura da lista oposicionista por Lisboa, de que fazia parte e que organizara. É, ainda, nesse ano, um dos principais impulsionadores públicos da candidatura de Cunha Leal às eleições presidenciais de 1958. Face à recusa deste, é sondado pelo PCP para que se candidate, não aceitando. Integra, por fim, a comissão central da candidatura de Arlindo Vicente.

Intervém intensamente como defensor de presos políticos nos Tribunais Plenários até 25 de Abril de 1974. A sua acção destemida e um carácter turbulento fazem dele um Advogado aguerrido e temido, preferido pelos dirigentes comunistas. É, por exemplo, Advogado de Francisco Miguel, entre 1947 e 1972. Em 1960, no julgamento de Alda Nogueira, chega a despir a toga como protesto contra as arbitrariedades dos juízes. Em 1957, a sua acção em tribunal leva-o a passar, por determinação dos juízes, de Advogado a réu e é julgado sumarissimamente por alegadas ofensas ao Tribunal.

Em 1953 é Advogado no caso do massacre de trabalhadores negros em São Tomé e em 1960 é convidado a tomar a seu cargo a defesa de nacionalistas angolanos, sendo proibido pelo governo não só de se deslocar a Luanda, como de advogar fora da Comarca de Lisboa, o que se mantém durante três anos. Em 1969, fez parte da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos

Já no início da década de setenta é Advogado do Capitão cubano Carlos Peralta, capturado na Guiné. (...)

Exerceu funções como Procurador-Geral da República, foi embaixador em Cuba e Presidente do Conselho de Administração da RTP.

Manuel João da Palma Carlos, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade em 2000.

O seu nome faz parte da Toponímia de: Cascais (Freguesia do Estoril); Oeiras (Freguesia de Carnaxide). (...)

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Manuel Luís Lomba disse...

Não sintonizamos a mesma onda. Cumpre-me esclarecer.

No meu comentário e no referido ao director da PIDE, eu cito um depoimento e as suas fontes.
E limitei-me a desafiar os vossos comentários.

Não manifestei a minha anuência, mas acredito: é próprio do prisioneiro recorrer a todos os estratagemas para se libertar.

A evocação do "expediente" com que o Capitão Salgueiro Maia derrubou o regime põe em foco apenas a estrutura mental do "nosso" Capitão e a do Capitão Pedro Peralta.

Cuba era uma ditadura e aquele seu capitão não ousará imitar aquele "nosso" capitão.

Meu caro J. Belo: Saberes mais e melhor que eu será natural; mas essa mortandade na sede da PIDE também aconteceu por erro ou omissão da "ordem de operações" da Mudança do Regime. Não era um objectivo...

A malta que veio do RCav 3 de Estremoz foi que resolveu o assunto.

Abraço - e continuem a fazer provas de vida.
Manuel Luís Lomba

Anónimo disse...

Caro Luís Lomba

As comunicações por escrito à distância de Continentes são de facto limitadas e passíveis de mal entendidos tanto de forma como principalmente de “substância intencional “.
Problemas que não surgem em conversas “cara a cara” em que os esclarecimentos,por imediatos,são fáceis.
Torna-se agora mais fácil para mim a “interpretação” de o por Ti escrito.

Um abraço do J.Belo

Anónimo disse...

Meu caro José Macedo vamos lá esclarecer (neste caso eu) as palavras que tomou como insultuosas contra a sua pessoa e nada disso estava no meu pensamento.

Quando me referi a "alguém que embora combatendo pelo PAIGC pertencia a um exército estrangeiro" referia-a-me evidentemente ao cap. Peralta.Uma vez que o que estava em causa no post, era ele o Cap. Peralta.Talvez eu devesse voltar a mencionar o mome dele mais abaixo.

Não pus em causa a sua participação e acção nos Fuzileiros, que penso em boa hora o levaram a alistar-se.A história e as condecorações da Institução falam por si.

Mas o que eu queria dizer com a frase "não bate certo" "faz-me confusão" "má vontade" era o seguinte; para mim o facto de o José Macedo ter pertencido aos fuzileiros e questionar alguns post s (RETIRO O SEMPRE) de outros camaradas pelo menos pareceu-me como
tal.Continuo a seguir
Carlos Gaspar








Para terminar por favor José Macedo não mencione palavras que eu não escrevi, como
essa da traição.Não escrevi nada disso.

Anónimo disse...

José Macedo gostaria que me desse "feed Back" da minha resposta e fui esclarecedor!
Abraço
Carlos Gaspar

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Uma sugestão para o nosso leitor (e camarada) Carlos Gaspar no sentido de conhecer um pouco melhor o Zeca Macedo: tem 23 referências no nosso blogue:

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Zeca%20Macedo

O Zeca Macedo, como ele gosta de ser tratado, é membro da Tabanca Grande desde 23 de fevereiro de 2008, há mais de 19 mil e tal postes atrás... E eu tenho o prazer de o ter conhecido há meio século (!), não na Guiné, donde eu já tinha regressado, mas na minha terra, Lourinhã, quando ele se preparava para entrar nos Fuzileiros Navais...

E depois tive o privilégio de o reencontrarm duas vezes, em 2016 e 2017, em Monte Real, nos Encontros Nacionais da Tabanca Grande, e de conhecer a sua simpatiquíssima esposa, Goretti... bem como o irmão Agnelo Macedo e a esposa Delfina...

O Agnelo Macedo era na altura, há quatro anos atrás, capitão de mar e guerra, na reserva, e antigo diretor do Centro de Apoio Social de Lisboa do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (2013-2016)... De facto o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é Grande...

Faço daqui votos para que ainda nos possamos reencontrar proximamente, quem sabe na Lourinhã, ou em Monte Real, ou em Cabo Verde, terra que também está sempre no meu coração.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Sei do orgulho que o Zeca Macedo tem por ter servido nos Fuzileiros Especiais... Recordo uma chamada atenção que ele me fez há muitos anos quando o apresenteu à Tabanca Grande... Ei-la aqui:

(...) Luis:

Obrigado por me teres apresentado oficialmente na Tabanca Grande. Só tenho um reparo a fazer: chamaste-me, Ex-Segundo Tenente Fuzileiro. Não há Ex-Fuzileiros. Como deves saber, Fuzileiro Uma Vez, Fuzileiro Para Sempre.

Falei hoje com o Coronel Raul Folques, que conheci na Guiné e que foi comandante de uma Companhia de Comandos Africanos, em Brá. Matámos as saudades sobre os tempos passados na Guiné e algumas operacões que fizeram na Cobiana, que ficava na área de Cacheu, Frente Cantchungo-Biambe, que era onde estive estacionado com o DFE 21.

Um abraço amigo

Zeca Macedo (...)

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2 DE JULHO DE 2008
Guiné 63/74 - P3014: Fuzileiro uma vez, fuzileiro para sempre (José Macedo, EUA)

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2008/07/guin-6374-p3014-fuzileiro-uma-vez.html

Anónimo disse...

Luis Graça, obrigado pelos teus comentários, que aliás estou de acordo com eles.Não me move nada contra o José Macedo.O que despoletou esta falsa polémica quanto a mim foi que me pareceu que o José defendia no seu comentário, o cap Peralta, (que aliás está no seu pleno direito de o fazer.Nem todos de estamos de acordo quanto aos mais variados temas em relação ao nosso passado de combatentes o que é salutar e natural.

Acontece é que eu por razões óvias que já referi no teu blogue (no nosso lembrei-me agora que gostas mais do nosso) não morro de amores pelos cubanos (será trauma?Não sei).E não esqueço o que aconteceu aos meus colegas dos helicópteros em Cabinda.

Admito que talvez por omissão na parte final do meu comentário do nome do cap. Peralta tenha levado a esta situação.

Repito não está em causa a honra do José Macedo nem a sua Portugalidade como membro da Marinha e dos fuzileiros, que aliás penso que expressei bem na resposta que já lhe enviei.

Para ser mais expressivo (admito ter pensado que se estava a enaltecer a figura do cap. Peralta) e falando em sentido figurado fiquei como o touro na arena só vi o vermelho.
Um abraço
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Luis devo dizer mais, nunca poderia dizer nada contra, uma vez que tenho amigos e família cujos elementos fizeram fizeram carreira militar nos Fuzileiros.
Abraço
Carlos Gaspar

Valdemar Silva disse...

Ó Carlos Gaspar, essa figurada é mesmo por embirrar com o vermelho.
Mas já não tens idade para fazer birras, e os touros até são daltónicos e, por isso, têm muita dificuldade de distinguir o vermelho.
Os touros são conservadores, não gostam de ser incomodados, só atacam o movimento.
A cor vermelha da capa, utilizado nas touradas, é para não ser muito visível as marcas do sangue derramado pelo animal. Calhando para não assustar as criancinhas.

Abraço
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

OK. Valdemar, essa á boa.Não percebo nada de touros, mas pelo menos com a tua achega fiquei a saber que o que os motiva é o movimento.Neste caso o vermelho para mim era o Peralta.Estás sempre atento não perdes uma.
Abraço
Carlos Gaspar

Anónimo disse...

Luis Graça, voltando um pouco atrás, a essa figura impar da advogacia, o Dr. Palma Carlos e de oposição ao governo da altura ou regime como lhe queiram chamar.Prova-se que a bússula em Portugal oscila muitas vezes.


Como figura competente e prestigiada antes e depois do 25 de Abril, Isso não impediu que os "novos principes" o impedissem de governar, levando-o a bater com a porta quando esteve no governo pós-25 de abril.Porque (agora) nessa altura já era muito à direita.

Um abraço
Carlos Gaspar

Valdemar Silva disse...

Ó Carlos Gaspar, estás covid ado ou quê?
Não era esse Palma Carlos.
Estás a querer referir o Adelino Palma Carlos, e qual bater com a porta qual quê. Adivinhou ou fazia parte da golpada do Spínola saiu e foi à vida dele.
Vou aproveitar esta nosso troca post para me referir à questão levantada pelo Luís Lomba querendo imitar os carcereiros quando levam baile dos presos, e no caso do Peralta disseram-lhe que 'o capitão Peralta passou a estar connosco' e não sei quê 'voltar pra Guiné combater a guerrilha'. O Luís Lomba sabe muito bem, melhor dizendo ouvi dizer, o que são os prisioneiros "rachados" e o que são os outros, os presos por combaterem por causas, que seria o caso do cap. Peralta.
Desses que são presos por combaterem causas, lembro-me há alguns anos um antigo prisioneiro torturado na ditadura militar brasileira ser entrevistado, e quanto ao 'mas você sempre estava chamando fulha da puta ao policial', ao que ele respondeu 'então me estando a apertar os co.... com um alicate queria que lhe chamasse de queridinho não faz isso não'

Abraço
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Valdemar, obrigado pela correcção.Continuo a dizer não perdes uma.Tens razão, referi o irmão errado neste caso.São ambos Palma Carlos.

Olha falando em sentido figurado não há como um navegador para corrigir os erros de pilotagem, quanto à navegação.
Abraço
Carlos Gaspar

Valdemar Silva disse...

Pois, são pequenas correcções sem pretensões de corrector oficial ou de armar ao pingarelho.

Abraço
Valdemar Queiroz