sábado, 8 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23683: Companhias e outras subunidades sem representantes na Tabanca Grande (6): CART 240, mobilizada pelo GACA 2 (Bissau, Varela, Susana, Quinhámel, jul61 / out63)


Torres Novas > GACA 2 > Fevereiro de 1960 > Da esquerda para a direita: três aspirantes a oficiais milicianos [1- O nosso Jorge Picado; 2- Trancas de Carvalho (colega do ISA - Instituto Superior de Agronomia); 3-Almada Negreiros] e um alferes QP (, o quarto, no lado direito). (*)

Foto do álbum do Jorge Picado, que dez anos  depois seria mobilizado para o CTIG como cap mil (CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa,  CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72).

Foto (e legenda): © Jorge Picado  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Temos muito poucas referências ao GACA 2 (Grupo de Artilharia Contra Aeronaves nº 2), em Torres Novas. E menos ainda à CART 240, que foi por ele mobilizada.  

Desta subunidade, não temos nem uma única imagem, nem sequer do brasão ou guião. Nem sabemos qual era a sua divisa... 

Não temos também nenhum representante, desta subunidade que foi reforçar o CTIG, em meados de 1961. 

No entanto, sabemos que os ex-militares da CART 240 se terão encontrado, em 15 de junho de 2010, em Torres Novas, no seu 14.º Convívio. O organizador era o António Pereira (contactos: 249 825 476 – 939 375 240). A notícia foi dada pelo blogue "Leste de Angola", em 17 de abril de 2010. E nós lemos a notícia, tardia, no Arquivo.pt.

No GACA 2, em fevereiro de 1960, por lá andou o nosso querido amigo e camarada, Jorge Picado, a dar recruta... (*)


Companhia de Artilharia n.º 240 

Identificação:  CArt 240

Unidade Mob: GACA 2 - Torres Novas
Cmdt: Cap Art Manuel Fernando Ribeiro da Silva | Cap Mil Inf António Gomes de Oliveira e Sousa

Divisa: 

Partida: Embarque em 30jul61; desembarque em 30jul61 | Regresso: Embarque em 19out63


Síntese da Actividade Operacional

Foi colocada em Bissau, onde manteve a sua sede durante toda a comissão, sendo integrada no dispositivo e manobra do BCaç 236, a fim de colaborar na segurança e defesa das instalações e das populações da área.

Em princípios de fev62, destacou um pelotão para guarnecer a povoação de Varela, em substituição da CCaç 74, o qual ficou integrado no dispositivo do BCaç 239.

Em finais de fev63, o pelotão foi transferido para Susana, recolhendo a Bissau no mês seguinte.

A companhia destacou ainda pelotões para Quinhámel, de princípios de agosto de 62 a meados de setembro de 62 e novamente a partir de abr63, e para Nhacra, a partir de meados de jul63.

De 1 a 27jun63, foi atribuída em reforço do BCaç 356, com vista à realização da operação "Seta", na região do Quínara, nas áreas de Iusse, Bissássema, Nova Sintra e Jabadá.

Em 180ut63, foi rendida pela CArt 564, a fim de efectuar o embarque de regresso. (**)

Observações - Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002,. pág. 433
_________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 23 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12891: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (24): Um longo percurso que começou em Vendas Novas, passando por Cascais, Torres Novas, Queluz, Lisboa, acabando em Mafra (Jorge Picado)

(**) Último poste da série > 2 de outubro de 2022 > Guiné 61/74 - P23661: Companhias e outras subunidades sem representantes na Tabanca Grande (5): CCS / BCAÇ 697 (Fá Mandinga, 1964/66)

1 comentário:

Carlos Vinhal disse...

Em 13 de Outubro de 1969, uma segunda-feira à tarde, apresentei-me na Secretaria do GACA 2, Torres Novas, ainda com a diagonal de Instruendo do CSM, sendo promovido, na hora, à mais importante patente do Exército Português, Cabo Miliciano, tendo como testemunhas, sargentos e furriéis que me aplicaram uma multa de 5$00. À noite, eu e todos os chegados de novo naquele dia, fomos alvo de uma praxe que incluiu uma formatura geral frente ao "Comandante", com desfile e tudo. Seguiu-se uma "inspecção médica" onde poucos foram dados como aptos. Aos "doentes" foram passadas guias de marcha para no dia seguinte irem ao "hospital militar". De regresso aos quartos, tínhamos as camas todas desmontadas, colchões, mantas e malas espalhadas por todo o lado.
No dia 20, na segunda-feira seguinte, rumámos, alguns de nós, a Tancos para frequentarmos o XXXIII Curso de Minas e Armadilhas.
Do GACA 2 retenho o meu primeiro sargento de dia de qualquer coisa, num fim de semana com o quartel de prevenção, suponho que por causa das eleições previstas para esse mês.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira