1. Mensagem de L.G., enviada em primeira mão a toda a tertúlia:
Amigos & Camaradas:
Felizmente temos (e tivemos no TO da Guiné) boas (e às vezes grandes…) cabeças… Gostava de receber os vossos comentários sobre este longo, frontal, polémico, mas sempre lúcido, fraterno e generoso comentário do Idálio Reis (o tal sobrevivente de Gandembel/Balana, aliás, todos nós somos sobreviventes, com tudo o que isso implica de heróico, humano e miserável, porque quem sobre-vive, já não vive)…
Felizmente que nesta caserna plural que é a nossa, já não precisamos de cerrar fileiras, de fazer apelo ao espírito de corpo, de pensar pelo mesmo diapasão… A guerra acabou, mas para muitos de nós a Pátria foi e continua a ser madrasta…
O post é este e ainda está fresquinho: 12 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P867: Que madrasta Pátria é esta ! (ou o meu comentário à carta do Padre Mário de Oliveira (Idálio Reis).
Espero que o nosso camarada Mário Dias, o veterano dos comandos (1) – que eu tive um especial prazer em conhecer pessoalmente, neste último 10 de Junho, a par do João Parreira, do António Duarte e do Carlos Fortunato, entre outros, incluindo um camarada do grupo dos comandos, os Panteras (de que lamentavelmente não fixei o nome e que me disse ter ganho recentemente uma batalha contra um terrível inimigo, que é a doença!) – volte em breve ao nosso convívio, com as suas magníficas memórias da Bissau de antes da guerra e o seu entranhado amor à Guiné (onde viveu, de 1952 a 1966)...
Mário, que fique claro: este blogue não tem nenhum orientação editorial político-ideológica (o que não é sinónimo de ausência de valores) e julgo já termos dado (todos!!) prova de maturidade e de pluralismo… Este é o blogue da inclusão, e não da exclusão, pelo que não temos que concordar com tudo e com todos…
Mário de Oliveira, ou Padre Mário tout court: Espero os teus comentários ao Idálio Reis… A propósito, eu queria pôr uma foto tua, de menino e moço, fardado de capelão, na nossa fotogaleria; se calhar é pedir-te muito, pior do que ir a Fátima, a pé…
Idálio: tenho que te dar uma nota, aí vai: vinte valores!... Venham agora as estórias das tuas mil e uma noites de Cansissé, antes do inferno de Gandembel e de Balana… Porque em Cansissé, segundo dizia a lenda, não se bebia impunemente a água da fonte dos Fulas… Era verdade ?
2. Comentário do José Martins:
Acabo de ler, em diagonal, ao teu comentário. Digo que em diagonal, pois quase me é impossivel, entre a conferência de um balancete e uma análise financeira, fazer uma análise profunda e interior, que o teu texto deixa antever.
Pelo que li, este texto merece uma divullgação mais vasta.Pode ser considerado libelo acusatório...Pode ser um grito de impotência .... Mas é, sobretudo, um grito de libertação e verdade!
Os meus parabéns e um forte abraço.
José Martins
(ex-Furriel Miliciano, CCAÇ 5 - Canjadude, 1968/1970)
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Notas de L.G.
(1) Vd. post de 17 de Novembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCXCIV: Apresenta-se o comando Mário Dias, 'pai da velhice'
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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