Odivelas > 16 de Junho de 2007 > Encontro dos Pel Caç Nat 51, 52, 53, 54, 55 e 56> "Uma imagem do que foi possivel juntar da formação inicial dos primeiros Pelotões de Caçadores Nativos, passados 41 anos do seu início em Bolama.
Pel Caç Nat 51 > Alf Mil Perneco (16), FurMil Carvalho (3) , Fur Mil Azevedo (1) , Fur Mil Castro (12) , 1ºCabo Ramos(4) e 1ºCabo Marques(6);
Pel Caç Nat 52 > Eu mesmo... (13), Fur Mil Vaz (15), Fur Mil Altino (11), Fur Mil Monteiro (10) e 1º Cabo Cunha (7);
Pel Caç Nat 54 > Fur Mil Viegas (9), FurMil Costa (2), 1º Cabo Januário (14) e 1º Cabo Coelho (8):
Pel Caç Nat 56 > Fur Mil Delgado (5).
"Para nosso desconsolo, e muito falamos nisso, não possível até agora encontrar os restantes elementos dos nossos pelotões que regressaram, porque tivemos algumas baixas, nem qualquer elemento do 53 e do 55".
Foto e legenda: © Henrique Matos (2007). Direitos reservados.
1. Mensagem, de 25 de Junho último, do Henrique Matos, que foi o 1º comandante do Pel Caç Nat 52 (mais tarde, em 1968/69, comandado pelo nosso camarada Beja Santos) (1).
Caros Luís Graça e Carlos Vinhal:
A minha entrada hoje não tem muita história, mas talvez interesse. A CCAÇ 1439, independente, de madeirenses, que o Pel Caç Nat 52 foi reforçar em Agosto de 67, tinha dois destacamentos: Missirá e Porto Gole.
Fazíamos reabastecimentos regulares aos destacamentos, picando sempre a estrada (aquilo não era bem uma estrada, sobretudo no tempo das chuvas) na ida e regressando de imediato a abrir para não dar tempo à colocação de minas, o que nem sempre aconteceu.
A propósito de Fé e aqui fica a minha homenagem ao Zé Teixeira pelo disse no Post 1873 que me comoveu (2), havia um Alf Mil desta companhia que cada vez que comandava um reabastecimento, ia previamente rezar a um capelita que por lá havia. Acontece que era o que tinha sempre mais problemas, pelo que tinha muitas diculdades a organizar a coluna. Só não se baldava quem não pudesse (os madeirenses eram religiosos mas a superstição era maior).
Esta companhia terminou a comissão de serviço em Abril de 67 e foi substituída pela CCaç 1661 que teve inicialmente como comandante o Cap Mil Namorado Rosa (arquitecto) e permaneu no Enxalé até 21 Dezembro, altura em que mudou a sede para Porto Gole.
Esta data foi retirada do Abel Rei que pertencia a esta companhia e escreveu o livro
já referido no Blogue, Entre o Paraíso e o Inferno: de Fá a Bissá. Memórias da Guiné (1), porque eu já lá não estava.
A CCAÇ 1439 celebrou este ano os 40 anos do seu regresso com um encontro (almoço) em Leiria onde também estive. A foto irá na próxima vez, para não encher muito, uma vez que vai em anexo a foto do encontro dos Pel Caç Nat.
Fui agora mesmo espreitar o Blogue e vejo as entradas do Beja Santos (3). Bom... ainda não sei o que dizer, caramba, também tenho emoções.
A propósito da foto com farda (4), a minha foi tirada em Angra do Heroísmo, quando estava no B.I.I.17 com equipamento emprestado e foi preciso mudar o emblema ou lá como aquilo se chama, pois o outro era de infantaria.
Uma nota para desanuviar: o Beja Santos não se reconhece na fotografia, por isso mesmo não assinou... e esta, hem! (como diria o saudoso Fernando Pessa) [vd. pormenor assinalado a azul na foto do lado].
Vamos ter uma conversa por email pois tenho que lhe falar dos rapazes do nosso pelotão, do Luís Zagalo que bem conheci (Alf Mil da 1439, não é o que rezava...), de S. Jorge, minha terra, coisas que provavelmente não terão muito interesse para o Blogue.
Um abraço a todos
Henrique Matos
2. Comentário do editor blogue:
Ficamos a saber, graças ao histórico 1º comandante do Pel Caç Nat 52, que todos os Pel Caç Nat da série 50 se formaram ao mesmo tempo em Bolama, em meados de 1966. E que o primeiro sítio para onde foi destacado o Pel Caç Nat 52, chamava-se Enxalé, em frente ao Xime, do outro lado do Rio Geba... E que só depois é que foi para Missirá. Também sabemos que a malta dos Pel Caç Nat se reune anualmente. Seria bom que os os nossos tertulianos, que pertenceram a algumas dessas unidades, entrassem em contacto com o Henrique Matos. Estou-me a lembrar do Armindo Batata (Pel Caç Nat 51, Guileje e Cufar, 1969/70), Joaquim Mexia Alves (Pel Caç Nat 52, Mato Cão, 1972), Mário Armas de Sousa (Pel Caç Nat 54, Bambadinca e Missirá, 1968/70) ou Paulo Santiago (Pel Caç Nat 53, Saltinho, 1970/72), para além do Beja Santos.
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Notas de L.G.:
(1) Vd. post de 22 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1871: Tabanca Grande (15): Henrique Matos, ex-Comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé, 1966/68)
(2) Vd. post de 24 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1873: Reflexão sobre Fátima, o drama da guerra e o conflito com a Fé que nos inculcaram (Zé Teixeira)
(3) Vd. post de 25 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1879: Henrique Matos Francisco, brindo à tua chegada e à memória do nosso Pel Caç Nat 52 (Beja Santos)
(4) Vd. post de 25 de Junho de 2007> Guiné 63/74 - P1880: Uma farda universal para miliciano se identificar (Beja Santos)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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