Caros amigos,
Como aqui foi noticiado (P9077), realizou-se na 4.ª feira, 23 do corrente, a quinta conferência no âmbito do ciclo de conferências “Os Açores e a Guerra do Ultramar: história e memória(s) – 1961 - 1974.
A sessão começou com a apresentação do livro do nosso camarada, há meses falecido, Fernando de Sousa Henriques, antigo Alf Mil Op Esp/RANGER na CCAÇ 3545/BCAÇ 3883 (Canquelifá, 1972/74) e presidente da Liga de Combatentes, Núcleo de S. Miguel. A apresentação esteve a cargo do General na reforma, Luciano Garcia Lopes (que foi comandante da 15.ª CCMDS na Guiné), que, em palavras sentidas, deu o seu testemunho sobre o carácter e personalidade do amigo Fernando Henriques e por fim leu um texto do Coronel CMD reformado Raul Socorro Folques, apresentado aquando do lançamento do livro no Continente. O irmão de Fernando Henriques, dirigiu palavras de agradecimento, quer ao Gen. Garcia Lopes, quer à Comissão Organizadora.
Seguiu-se a conferência de Jorge Félix Furtado Dias, que comandou, em 1973, um Esquadrão de Cavalaria a Cavalo no Leste de Angola, com sede no Munhango. Tratou- se de uma conferência muito interessante, até pelo desconhecimento que a maioria dos participantes tinha sobre a utilização da tropa a cavalo na Guerra do Ultramar.
Além disso, o camarada Furtado Dias utilizou um tipo de discurso acessível, acompanhado de um power-point com imagens significativas da actuação dos nossos cavaleiros no Leste de Angola. Os praças, furriéis e alferes eram de mobilização local, sendo só o capitão do Quadro Permanente. A partir da sua própria experiência como Comandante de Esquadrão salientou também os pontos fortes e fracos da intervenção da Cavalaria a cavalo naquelas circunstâncias.
O período reservado ao debate foi muito participado.
A Comissão Organizadora está já a preparar a próxima conferência, que se realizará em Janeiro.
Um abraço,
Carlos Cordeiro
A partir da esquerda: o Gen. Ref. Luciano Garcia Lopes lendo o seu texto de apresentação do livro; o Cor. Ref. Salgado Martins (membro da Comissão Organizadora) - que comandou na Guiné a CCaç 4544/73 e a 3.ª CCaç do BCaç 4612/72 - e o irmão de Fernando Henriques.
Panorâmicas da assistência
Jorge Félix Furtado Dias proferindo a sua conferência.
____________Nota de CV:
Vd. último poste da série de 22 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9077: Agenda Cultural (170): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (8): Acção a Cavalo em África, por Jorge Félix Furtado Dias, dia 23 de Novembro de 2011 no Anfiteatro C da Universidade dos Açores (Carlos Cordeiro)
6 comentários:
Um abraço de parabens ao Carlos Cordeiro, pot mais uma jornada sobre a nossa presença em África.
Aos leitores convem lembrar o livro de Fernando de Sousa Henriques que se chama nas PICADAS E CAMINHOS DA GUINÉ.
Outras obras:
- Um Icebergue chamado 25 de Abril
- No Ocaso da Guerra do Ultramar
- Nandinho - Os primeiros 6 anos dos últimos 60 … (Conto infantil)
Só uma pequena rectificação:O Coronel Salgado Martins,foi o comandante da 3ª C.Caç do B.Caç.4612/72 e não 4512.
Foi nosso comandante em Mansoa e Gadamael
O então Capitão de Artilharia José Manuel Salgado Martins foi render o Capitão Miliciano de Infantaria João Manuel da Matos e Silva Mendonça (meu amigo)pqrq este ir comandar a CCaç 5 - Gatos Pretos de Canjadude.
Obrigado. O dedo foi à tecla errada. O Carlos Vinhal, sempre atento, já fez o favor de rectificar. É importante chamar-se a atenção para estes lapsos, dada a importância do blogue até como fonte de investigação.
Um abraço,
Carlos Cordeiro
Cros amigos,
Mais um legado para a história desta vez com um tema bem pouco conhecido entre nós. O sucesso destas conferências é bem evidente no número de pessoas que continuam a comparecer. Portanto não é de admirar que o nosso camarada e particular amigo Carlos Cordeiro se sinta compensado e, porque não dizê-lo, orgulhoso com esta sua iniciativa.
Sinto pena que os OCS continuem arredidos destas iniciativas,ao não prestarem um pouco mais de atenção a estes e outros temas parecidos. Nos Açores, se o fizessem, serviriam bem melhor a história daquelas ilhas.
Como sabemos os nossos militares eram acompanhados por pessoal médico, pelo menos um enfermeiro. Os cavalos, acredito, eram acompanhados por pessoal com alguma formação veterinária. A pergunta que faço é se havia escola militar para formação de pessoal veterinário? E onde?
Um abraço amigo,
José Câmara
O seu a seu dono é devido...
Ontem, Domingo, no noticiário para a emigração, a RTPI (Notícias dos Açores) fez uma pequena alusão a este conferência.
A apresentação do livro foi a parte importante da peça jornalística.
Mesmo assim foi melhor que nada.
Um abraço amigo,
José Câmara
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