Ó régulo da
Lapónia,
Tamanha
escuridão
E tão grande solidão,
Fazem mal às cachimónias.
Fazem mal às cachimónias,
Tal como o
confinamento,
E eu saio ou
rebento,
Que de noite
tenho insónias.
E tão grande solidão,
Ó exilado de
guerra,
Já
esqueceste a tua terra,
Ó Belo, luso-lapão!
Com tamanha
escuridão,
Até
confundes as renas
Com as
malditas hienas,
A rondar o
casarão.
Ó régulo da
Lapónia,
Estamos os
dois confinados,
E ainda não vacinados,
Na nossa
santa parvónia!
Da Lourinhã
para a Lapónia
Em dia de anos do régulo da Tabanca de Um Homem Só,
4 de fevereiro de 2021,
Luís Graça
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Nota do editor:
Último poste da série > 9 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21753: Manuscrito(s) (Luís Graça) (196): Parabéns, Cristina Silva, filha do Jacinto Cristina, um dos bravos da Ponte Caium... Que as filhas dos nossos camaradas, também nossas filhas são...
6 comentários:
José Belo (by email)
4 fev 2021 12h39
Depois de tanto foguetear hoje... quase parece Mampatá em dia de Festa Brava!
Mas está-se a esquecer bebida indispensável tanto para festas,confinamentos e,näo menos,complemento essencial das vacinas.
Bourbon do Wild West encorpado e arredondado.
Ter em atencäo:
1) O bacon deve ser fumado.
2) Bem frito sem queimar.
3) Deve ficar toda a noite mergulhado no copo.(Importante!)
Este pequeno detalhe do "toda a noite" torna esta bebida näo muito popular na Escandinávia.
Um abraco.
J. Belo
Zé, o vagomestre da Tabanca Grande compromete-se a "postar" a tua receita, "complemento indispensável para a Vacina", ainda este fim de semana, devidamente ilustrada.
Espero que a Ordem dos Médicos ou dos Farmacêuticos não nos venha processar por exercício ilegal da "arte hipocrática"... Nunca se sabe, os bastonáriso das Ordens sanitárias andam muito suscetíveis...
Luís Graça (by email)
Data - 4 fev 2021 17:11
Assunto - O régulo da Tabanca de Um Homem Só
Amigos e camaradas:
Como sabem, o nosso Zé Belo, desde que conheceu as matas do Forreá, nunca mais teve poiso certo...Hoje faz anos, e por certo vocês já lhe deram ou vão ainda dar os parabéns. Tal como ao Mário Bravo, que esse a gente sabe que anda pelo Porto e arredores. Agora, a localização certa da Tabanca da Lapónia, é que é um bico de obra...
O que vale é que ele tem, o Zé Belo, como nós, o grande sentido de humor de caserna e não leva a mal que a gente lhe pregue uma partida no dia dos anos...
Ele há tempos, antes do Natal, mandou-nos uma prendida, o portal lá de uma terra próxima da tabanca dele, dispondo de um web câmera em tempo real... Uma coisa, aparentemente inocente, para promover o turismo local... Mas o que eu descobri é que o "olho eletrónico" foi montada pelo Big Brother Sueco quando os gajos ouviram dizer que a gente, os tabanqueiros da Guiné, estava a preparar-se para fazer lá o próximo Encontro Nacional da Tabanca Grande, o primeiro da era pós-Covid...
Eu imaginei logo a cena: levar Monte Real até 5 mil quilómetros mais a Norte (é só apnhar a autoestrada europeia e sstamos lá), matar-se um alce e umas renas e durante 3 dias ´+e comer e beber, vilangem!... Até o alambique ficar seco...
Acho que o Zé Belo, apesar de ser um homem de coragem , assustou-se, e já deve estar, a estas horas, em Key West, na Flórida, a beber o seu daiquiri... e a refrescar as ideias... "Porra, que estes gajos são como o vilão, dai-lhes um dedo, tomam-te logo a mão!"...
Então, fiquemos assim... Confinados mas não tramados, e esperançados, ou seja, à espera da era pós-Covid.
Um alfabravo fraterno, Luís
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Meu caro Zé Belo, comandante dos c... negros de Mampatá, (lembras-te?)
Lamento que o nosso cozinheiro o gigante Valente já se tenha finado. Se estivesse por cá pedir-lhe-ia para nos arranjar um bifinho (bifão) bem grelhado como o que foi sacado a que custo da vaca do nosso amigo "alfero Aliu que apareceu ferida durante a noite de 2 para 3 de Novembro de 1968 e mereceu uma tentativa de invasão a Mampatá por parte do inimigo à hora do almoço, para tentarem almoçar connosco. Tiveram de meter o rabo entre as pernas e fugir a sete pés, depois de queimarem onze casas, para salvarem a pele. Os bifes que estavam na frigideira desapareceram é verdade, mas não foram para o inimigo. Soube há cerca de um ano que os "djubis" Crianças aproveitaram a cerca de meia hora de luta para assaltarem a cozinha e roubar o petisco. Creio que não estavas em Mampatá. Tinhas sido evacuado.
O Guineense que me contou há um ano a parte final (o desvio dos Bifes) vive nos States e é segurança privado em Miami e está casado com uma neta do Alíu. Tinha cinco anos à data.
Boa continuação de um bom dia de anos e muita saúde para poderes pastorear as tuas renas.
Fraternal abraço do
Zé Teixeira
Meu Amigo José Teixeira e saudoso companheiro de incríveis aventuras.
Essa dos bifes recordo como se fosse hoje pois ainda foi no meu tempo em Mampatá (estás a ficar velhote nas "memórias" e....ainda bem!)
Do nosso cozinheiro Valente recordo-o como o Homem bom que ele sempre foi.
Um bom Camarada para todos e um bom representante das gentes de Torres Vedras.
Um abraco do J.Belo
Meu comandante Zé Belo.
O que não sabes é que fui eu que quando na noite anterior fazia a minha hora de ronda, pedi ao Rio Maior para mandar um tiro para vaca que andava entre as duas fiadas de arame farpado e tocava com os cornos no arame e fazia tilintar as garrafas ali colocadas.
Fraternal abraço.
J. Teixeira.
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