IN MEMORIAM
Paulo Fragoso
Ex-Soldado At Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Bula, 1969/71)
Ex-Soldado At Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Bula, 1969/71)
1. Mensagem do nosso camarada Francisco Baptista (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), com data de 10 de Fevereiro de 2021:
Hoje, cerca das 12 horas, o Zamith Passos comunicou-me que tinha morrido o nosso camarada Paulo Fragoso.
O Fragoso foi um soldado da CCAÇ 2616, do 3.º Pelotão, que estava a ser comandado pelo furriel Ferreira, quando em Março de 1970, fui para a companhia, e alguns meses depois, passou a ser pelo alferes Pina, que tal como eu, foi em rendição individual.
Estive com ele em três almoços da companhia, já nesta década, falámos algumas vezes e entre outras coisas disse-me que gostaria muito de encontrar o ex-alferes Pina, num dos almoços da companhia. Um dia ainda lhe disse, que se me dessem o nome completo dele, talvez eu conseguisse comunicar com ele. Nunca ninguém mo conseguiu dar.
O Pina, era um beirão de Seia, com as suas peculiaridades, não se misturava muito com a classe de sargentos e, com a de oficiais, o estritamente necessário. Enquanto furriéis, alferes e outros graduados se entretinham a jogar poker, king ou sueca, no bar de sargentos e oficiais, ele preferia ir para a caserna dos soldados falar com eles ou jogar às cartas, sendo muito popular entre todos.
Há mais de um ano, por intermédio do Zamith Passos, o grande comunicador e agregador da companhia, eu e o Paulo Fragoso passámos a trocar vídeos, mais ou menos alegres, para desconfinar, pelo Whatsap, e outras vezes a falar por telefone. Tivemos a última conversa há cerca de um mês, ele estava como eu, de boa saúde.
A sua partida, talvez provocada pelo covid, que está a matar tanta gente, ele só esteve oito a dez dias no hospital, deixou-me triste.
Ele era, sempre foi um bom camarada, que gostava do convívio de todos, soube que há já alguns anos tinha tentado fazer encontros da companhia. Com o tempo tinha-me começado a lembrar de alguma interação, sempre brincalhona, com ele, no quartel, em Buba. Éramos amigos, gostei muito que ele tivesses querido estabelecer uma relação mais próxima comigo.
Morava em Lisboa e foi durante muitos anos carpinteiro no Hospital do Rego.
Paz à tua alma, meu amigo e que os teus camaradas nunca te esqueçam.
Até sempre!
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Nota do editor
Os editores e a tertúlia deste Blogue endereçam à família deste nosso camarada as mais sentidas condolências.
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Nota do editor
Último poste da série de 9 de Fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21873: In Memoriam (389): Mamadu Camará, a "Onça Vigilante" do Pel Caç Nat 52 (Mário Beja Santos, ex-Alf Mil)
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