quinta-feira, 6 de julho de 2023

Guiné 61/74 - P24454: S(C)em comentários (11): "Na imensidão da Lapónia a Natureza é uma das terapias espirituais" (José Belo)


Foto e legenda: Joseph Belo (2023) > "Na imensidão da Lapónia a Natureza é uma das terapias espirituais". 


1. Escrevi há dias (no passado dia 25 de junho...) ao José Belo, na sequência do assunto do(s) alce(s) que andava(m) a rondar a porta da Tabanca da Lapónia (*):

"José, será publicada, logo-logo (que possível...), o teu escrito, sem necessidade de invocares o democrático e universal direito de resposta em defesa da honra da tua bicharada de estimação, neste  caso o alce, que é um bicho cornudo, não é peixe e muito menos cherne (...).  

Que uma senhora, em Portugal,  mande "seguir o cherne", está no seu pleno direito, mesmo sabendo-se que era a esposa legítima de um candidato a primeiro-ministro. É "lobbying", mesmo que  encapotado.  De qualquer modo. seguir ou não o cherne, é uma decisão de cada eleitor num país livre e democrático. Mas na Suécia, que é uma monarquia constitucional, não passava pela cabeça de ninguém mandar "seguir o alce", confundindo-o com o cherne... Vou até à capital fazer uma Ressonância Magnética à cornadura... Cuida-te!... Luís

Em resposta, no mesmo dia, às 20:56, o nosso correspondente no círculo polar ártico (deve haver poucos blogues que se deem ao luxo de ter um correspondente naquela parte do planeta), mandou-me este "miminho de prosa" que eu transcrevo abaixo, e que só posso agradecer-lhe, desvanecido, por revelar desvelo, carinho e até empatia  em relação à minha pessoa que, como qualquer ser humano, também precisa (e consome) "cuidados de saúde" como, por exemplo, "ressonâncias magnéticas à cornadura" para detetar eventuais demências precoces como a "doença do Alemao".

Felizmente, José, não tenho nenhuma "neuropatia" (a avaliar pela bateria de testes e exames que me fizeram, uma neurologista, uma psiquiatra, uma hematologista, uma imagiologista,  um neuropsicólogo, um ortopedista e um fisiatra, para além da minha médica de família e do meu "personal trainer"...), pelo que não há razão nenhuma para o bom (mas preguiçoso) irã do poilão da Tabanca Grande não me escolher a mim (discriminando-me pela positiva), apontar-me o dedo e dizer-me, como o Jesus Cristo:  "Larga as canadinas e anda!"... (Zé, um milagresinho, depois do teu miminho, também me dava agora jeito, mesmo sabendo que na Tabanca da Lapónia é feio meter cunhas, e que, como diz o provérbio popular português, "quando Deus não quer, os santos não  ajudam"). (**)




2. Mensagem do J. Belo (régulo vitalício da Tabanca da Lapónia):

"Data - 25 jun 2023, 20:56

Assunto - Os cuidados com a saúde

Luís, aparentemente as maleitas näo estão a dar-te descanso.

Tendo em conta o que escreves,  estás a seguir as coisas de perto com as respectivas terapias.

Na imensidão da Lapónia a Natureza é uma das terapias espirituais. Alguns atiram-me à cara os meus privilégios económicos com os negócios,  sem compreenderem que o verdadeiro privilégio que disponho é esta natureza indiscritível.

Tu tens o nosso mar do Oeste que também é uma terapia espiritual e física."
____________

Notas do editor:

(*) Vd., poste de 20 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24418: (In)citações (251): Sigamos o alce, que vem pachorrentamente pastar à porta do Joseph Belo, à hora do jantar...

(**) Último poste da série > 27 de junho de 2023 > Guiné 61/74 - P24434: S(C)em comentários (10): eu vi morrer na IAO, no CIM de Bolama, em 10/7/1972, no treino de dilagrama, o alferes Carlos Figueiredo e o soldado José Mata (António Carvalho, ex-fur mil enf, CART 6520/72, Mampatá, 1972/74)

8 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

São de uma crueldade certeira os provérbios populares portugueses: "Teme a velhice, porque ela nunca vem só"... Ou então: "A doença vem a cavalo e vai a pé"... Ou ainda: "Erros de médico e calceteiro a terra os cobre"...

Por isso, Hipócrates já recomendava há 25 séculos atrás : "Cabeça fria, pés quentes, boa urina, merda para medicina"...

Cuidem-se, rapazes (e "prigas", como aqui os saloios). Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

..."prigas", como dizem aqui os saloios na terra do "mê" pai).

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Ou como me dizia há dias uma "priga" do meu tempo: ... Eu gostavá de ir ao "bailo" mas o "mê" pai não me deixava quando estava com a "bobodêra"...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

... "bobedêra", assim é que é
...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Sim, Zé, talvez pior que as "doenças", ainda seja a "mania das doenças"...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

... Mas, cuidado!, "médico novo e puta velha, todos gostam de experimentar"...

José Botelho Colaço disse...

Quem canta seu mal espanta.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

... E quem não canta, é porque perdeu o pio ou lhe cortaram o bico...