terça-feira, 31 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24809: As nossas geografias emocionais (14): Na fonte de Bafatá, nos anos 60, os almoços dançantes eram promovidos pela esposa do CMDT do Esq Rec Cav (Fernando Gouveia)


Fonte de Bafatá, 2010. Foto: © Fernando Gouveia

1. Mensagem do nosso camarada Fernando Gouveia, ex-Alf Mil Rec Inf do Cmd Agr 2957, Bafatá, 1968/70, com data de 29 de Outubro de 2022:

Olá Carlos,
Espero que esteja tudo bem convosco.
Sobre a fonte de Bafata, num comentário, já esclareci algumas coisas. Para completar o assunto mando-te uma foto de 2010 que seria bom ser publicada.
Desde já te agradeço.

Um grande abraço.
Fernando

2. Comentário de Fernando Gouveia no P24805:

Camaradas,
Passo a esclarecer:

1 - Os ditos "almoços dançantes" eram promovidos pela esposa do Capitão do Esq. de Cav, Capitão Campos[1] do Esq. que esteve antes do que é mencionado, penso que de 1967 a 1969.
2 - Quanto à fonte, que em 1968/69 estava num grau de conservação normal, quando fui lá em 2010 o terreno, por força das chuvas, tinha subido mais de um metro subterrando o tanque.
Também em 2010 já tinha desaparecido a placa com a data da construção.
3 - Tenho uma foto da fonte que tirei em 2010 e que vou fazer chegar ao Carlos Vinhal para publicação.

Abraços.
Fernando Gouveia

____________

Notas do editor:

[1] - O camarada Fernando Gouveia estará a refereir-se ao Cap Cav Carlos Fernando Valente de Ascenção Campos, CMDT do ERec 2350 que esteve em Bafatá e Piche entre Janeiro de 1968 e Novembro de 1969

Último poste da série de 30 de Outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24806: As nossas geografias emocionais (13): A fonte da Colina de Madina, 1945 (Manuel Coelho / Cherno Baldé / António Murta)

5 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A força da natureza, é impressionante. Obrigado, Fernando. LG

Cherno Baldé disse...

Caro Luís,

A força da incúria é ainda mais impressionante. Está imagem ilustra bem o que aconteceu com a GBissau no período pós-independência, abandono, incúria e desleixo totais.

Cherno AB

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cherno, já dito o memso no Facebook da Tabanca Grande, a propósito do que restava, em 2010, da fonte centenária (1918), de Bafatám em Boma:

"Impressionante, a força da natureza... lamentável a incúria dos homens!"...

Infelizmente, a insensibilidade face ao património edificado (ou material, já não do outro, o "imaterial) é geral, não é só na Guiné Mantenhas. LG

Valdemar Silva disse...

A conservação do património levou/leva muitos anos a ganhar apoiantes.
Veja-se o que aconteceu por cá, não fora o entusiasmo individual de certas pessoas na conservação do património encontrado, muito património teria desaparecido ou sequer teríamos tido conhecimento da sua existência.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Desmantelámos igrejas seculares para, com a pedra, construir outras... Aproveitámos a pedra dos romanos e dos mouros para as nossas construçóes... Deitámos abaixo as muralhas medievais das nossas vilas e cidades para construir os cemitérios públicos no séc. XIX...

Muitas câmaras municipais (julgo que a maior parte) não tem arqueólogos... O camartelo camarário (e as bulldozers dos construtores civis) tem feito muitos estragos no património do que está por baixo da terra que pisamos ... os vestígios de outros povos que, muito antes de nós, habitaram esta nossa terra (que na realidade náo é nossa)... Mas também de fósseis vegetais e animais... Só há pouco tempo despertámos para a impportância da paleontologia e da geologia...

Felizmente a UNESCO está em visas de aprovar o "aspiring" Geoparque do Oeste, na próxima primavera de 2024, uma iniciativa conjunta de diversos municípios da Estremadura (Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras)...

https://www.geoparqueoeste.com/