Guiné > Zona leste > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Pista de Bambadinca... Ao fundo, o muro do cemitério (1)...
Uma DO 27, onde se presume que o Arlindo Roda tenha apanhado boleia até Bafatá, onde foi apanhar o Dakota para Bissau... Também é possível ter ido diretamente para Bissau.. Em dia de sorte... Outros, como o Humberto Reis, tinham amigos pilotos na FAP... Eu cheguei a ter o cu sentado numa DO 27 ou num heli AL-III para um "desenfianço" até Bissau.. Acabei por ir barco da "Casa Gouveia", rio Geba abaixo... Apareceu, à última hora, alguma mulher grávida, ou algum doente civil ou algum militar "mais estrelado" do que eu, que apanhou a minha boleia... Perdi, nessa altura, a minha (única) oportunidade de "andar de cu tremido" em DO 27 ou em heli AL III.
Guiné > Zona leste > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Pista de Bambadinca... Ao fundo, o muro do cemitério (2)...
Guiné > Zona leste > Batatá (?) > Aeródromo > c. 1970 > Viagem do fur mil Arlindo T. Roda, da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71), de Bambadinca, de DO 27, até Bafatá, e de Bafatá, em Dakota, até Bissalanca, Bissau, onde foi apanhar o avião da TAP, no seu mês de férias... Não sei se a sequência está correta... Nem sei se as fotos, com o Dakota, são de Bafatá ou de Bissalanca... Peço a ajuda da malta da FAP...
Guiné > Zona leste > Batatá > Aeródromo > c. 1970 > Dois T6 G na pista, prontos a descolar. O fotógrafo está de camuflado, deve ter ido de Bambadinca a Bafatá, em serviço... Presumo, portanto, que o aeródromo seja o de Bafatá... onde não tenho ideia de alguma vez ter posto os pés... (E eu ia com frequência a Bafatá City!).
Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Subsetor do Xime > 1970 > CCAÇ 12 (1969/71) > 1970 > Um helievacuação de feridos em combate, no decurso da
Op Boga Destemida (7 de fevereiro de 1970).
Fotos do álbum de Arlindo T. Roda, ex-fur mil da CCAÇ 12 (1969/71).
Fotos: © Arlindo T. Roda (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: L.G.]
1. Comentário de António Martins Matos (ex-ten pilav, BA 12, Bissalanca, 1972/74; hoje ten gen ref)
[, foto à esquerda, junto a uma DO 27, embora fosse sobretudo piloto do caça-bombardeiro, Fiat G-91] (*)
Caros amigos
Analisando o tema com atenção verifica-se que há dois tipos de "[gloriosos] malucos das máquinas voadoras", os que só são "malucos" por terem escolhido a profissão de piloto e que sempre a encararam com rigor e profissionalismo ( ainda que até possam fazer parte de patrulhas acrobáticas) e ... "alguns outros ".
Esses "outros", quando longe das vistas e do enquadramento hierárquico, por vezes têm tendência a "apardalar".
Não sei do Honório, penso que metade do que dizem dele é apenas lenda, mas sei de, no meu tempo de Guiné e no Leste, dois "gloriosos malucos" perderam a vida em demonstrações pró pessoal terrestre, arriscaram e ...morreram.
Dir-me-ão, eram "gloriosos malucos das máquinas voadoras", o risco era a sua profissão. Pena foi que levassem com eles o José Valoura e o António Madeira, não tinham que morrer, só queriam participar na "maluqueira".... para mais tarde recordar.
Para alguns o Honório (paz à sua alma) pode ter sido uma lenda... mas está longe de "valorizar a memória dos nossos camaradas da FAP".
Querem valorizar a FAP? Escrevam sobre o Tcor Almeida Brito, Maj Mantovani Filipe, Fur Baltasar da Silva, Fur Carvalho Ferreira, a Enfermeira Paraquedista Celeste Costa ...
Abraços
AMM
2. Comentário de Hélder de Sousa (fur mil trms TST,
Piche e
Bissau, nov 1970 / nov 1972)
[, foto à direita, em Piche] (*):
Parece-me que a expressão "gloriosos malucos das máquinas voadoras", que é o título em português de um filme que presta homenagem a todos aqueles que dedicaram a sua vida (em muitos casos, literalmente) à aviação, talvez não tenha sido muito bem compreendido.
Digo isto por via do comentário de AMMatos.
É claro que, como em todas as situações, é preciso que tudo se faça com o maior profissionalismo e que sempre, ou quase sempre, que se pretende 'inventar', podem suceder percalços ou situações lamentáveis.
Não me parece que esta 'chamada à ribalta' do Honório possa ser usada para fazer clivagem entre uns 'pilotos malucos' que faziam exibicionismos e outros 'malucos pilotos' por terem seguido uma actividade tão cheia de riscos.
Não, nada disso. Acho que o Honório (que não conheci, de que não fui contemporâneo, logo não tenho nada 'empatado') foi credor de alguma fama que também creio ser algo romanceada mas não deixa de ser verdade que essa sua fama atravessou os tempos já que ouvi (não vi) histórias dele, mais ou menos no teor daquelas que já por aqui foram referidas. E sabe-se como o 'povo comum', desde tempos bem antigos, se pela por 'pão e circo'.
Não vejo que possa 'vir mal ao mundo' respigar esses 'pequenos' apontamentos.
Agora, também concordo que seria bom dar mais visibilidade, mais protagonismo, a outros valorosos elementos da FAP, como os que AMMatos cita mas acho que isso não pode vir assim, do "nada".
Se as suas histórias não aparecerem, se não as referirem, aqueles que com eles privaram, conviveram, etc., como irão elas chegar aqui? Inventadas? Mais ou menos no 'parece que', 'ouvi dizer que', etc.,? Logo a seguir aparecem os 'correctores' a dizer que "não falem do que não sabem, não estiveram lá", o costume.
Por exemplo, sobre as nossas valorosas enfermeiras paraquedistas não tem sido já por aqui referido quão importante foi o seu trabalho? A importância, tantas vezes decisiva, das suas intervenções? Desde as meramente 'curativas' às psicológicas? Claro que sim! Referidas em artigos próprios, em grande 'culpa' por causa da Giselda, mas não só, e em referências em artigos de memória de vários protagonistas.
E quanto a Pilotos? É verdade que foram mais salientados o Miguel Pessoa, o António Matos, o Jorge Félix (e talvez mais algum de que agora, neste momento, não me ocorre) porque estão vivos (e recomendam-se, felizmente!) mas também porque são interventivos.
Quanto a outros apenas aparecem nas referências às ocorrências que os vitimaram mas quem pode adiantar mais? Se houver, venham elas!
Abraços
Hélder S.
3. Comentário de L.G. (*)
No último ano da guerra, havia, no TO da Guiné, 46 aeronaves operacionais, menos 12 do que em 1971: seis TG6, doze D0 27, três C47 (Dakota), oito G91 (Fiat), quinze Al III (heli) e dois Nord-Atlas.
Havia, por outro lado, cerca de 60 pistas, 1 base aérea, 2 ou 3 aeródromos dignos desse nome... E, o mais importantes, havia sobretudo gente, preparada e qualificada (dos pilotos aos caçadores paraquedistas, dos melec às enfermeiras paraquedistas)...
Numa guerra, prolongada, de onze anos, travada em condições extremamente adversas para "homens e máquinas", pode dizer-se da FAP, com verdade... que
nunca tão poucos fizeram tanto com tão pouco (**)...
Saibamos honrar a memória de camaradas, da FAP, que morreram no TO da Guiné, nos últimos anos da guerra, e aqui tão justa e oportunamente evocados pelo António Martins Matos: ten-cor Almeida Brito, maj Mantovani Filipe, fur mil Baltasar da Silva, fur mil Carvalho Ferreira, enf paraquedista Celeste Costa... Faço votos para que surjam mais postes sobre estes camaradas de quem, de facto, temos falado tão pouco, no nosso blogue.
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 24 de outubro de 2013 >
Guiné 634/74 - P12198: Gloriosos Malucos das Máquinas Voadoras (24): Voando com o srgt mil pil Honório, no apoio a colunas logísticas para Beli e Madina do Boé (Vitor Oliveira, ex-1º cabo melec, BA 12, Bissalanca, 1967/69)
(**) Último poste da série > 25 de outubro de 2013 >
Guiné 63/74 - P12201: FAP (77): Fotos do destacamento de Nova Lamego (Vitor Oliveira, ex-1º cabo melec, BA 12, Bissalanca, 1967/69)