A Guerra Estava Militarmente Perdida?
Mensagem de António Graça de Abreu, de 29 de Maio:
Uma boa polémica – Beja Santos e António Graça de Abreu
Confesso que é com algum desprazer que me sento uma vez mais diante do computador para alinhar o texto que se segue. Mas tem de ser.
Não gosto de polémicas, não gosto de ter razão, porque a minha razão pode ser sempre diferente da razão do meu irmão. E Mário Beja Santos é meu irmão nas coisas da guerra da Guiné. Somos irmãos até porque escrevemos ambos um livro com o mesmo título, o meu Diário da Guiné editado em 2007 e o Diário da Guiné do Mário, editado em 2008.
Mas a Guiné ainda me dói, vai doer até ao fim dos meus dias. Se alguma coisa aprendi (pós Guiné) lá pelos orientes mágicos onde despedacei, construí também a minha vida, é que, dia a dia, temos de agradecer aos deuses a magia de continuarmos vivos, de continuarmos a caminhar serenamente sobre a terra. A tranquilidade, a paz, o não remorso, agora aos sessenta e um anos, fazem parte de mim. A Guiné, a China estarão sempre cá dentro, por bem. Por isso, lavei as mãos antes de escrever.
Participámos todos numa guerra injusta. O entendimento que temos do conflito é naturalmente plural, cada homem é um mundo. Isto não significa que não haja análises distorcidas, falsidades, juízos que não correspondem, de modo nenhum, às realidades que todos vivemos.
Custa-me ler que, em 2008, ainda haja pessoas convencidas de que em 1973/74 a guerra da Guiné estava militarmente perdida, de que havia um colapso militar, de que os homens do PAIGC que então lutavam heroicamente pela liberdade e independência da sua terra, possuíam armamento superior e haviam já derrotado militarmente as tropas portuguesas. Porque as tropas portuguesas éramos todos nós que estávamos lá, no terreno, mais 400.000 guineenses que viviam ao nosso lado. Não estávamos derrotados.
Vamos ler as palavras do General Carlos Azeredo, como nós combatente na Guiné, em José Freire Antunes (ed.), As Guerras de África, vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pag. 385:
“A guerra na Guiné era mais complicada mas não estava perdida, e a maior parte da população estava connosco. Em cinco quintos da população nós tínhamos três a nosso lado, um indeciso e um ao lado do PAIGC.”
Isto é verdade ou é mentira? É verdade, gostemos ou não de Carlos Azeredo. Numa guerra de guerrilha é fundamental o estar junto das populações, tê-las sob nosso controlo, sermos aceites por elas. Qualquer manual de guerrilha explica isto. Assim se ganham, assim se perdem as guerras. Porque perderam os americanos a guerra no Vietname, porque é que não a podem ganhar, agora no Iraque?
Em 1973/74 as tropas portuguesas na Guiné não eram esses militares do ar condicionado em Bissau que nunca passaram de Nhacra ou do Cumeré, esses coronéis ou brigadeiros que tudo sabiam sobre a guerra arrastando o traseiro pelas poltronas do Terreiro do Paço, não eram alguns ex-militares portugueses que haviam combatido na Guiné e que em 1973/74, a partir de Lisboa, acreditavam (ainda hoje acreditam!) no inacreditável, não eram uns tantos ministros ou diplomatas que debitavam ignorância e montanhas de incongruências sobre o conflito militar.
Vamos a factos.
Ao longo desta polémica tenho procurado, acima de tudo, os factos e não os argumentos.
A 12 de Fevereiro de 1974, escrevia eu no meu Diário, em Cufar, sul da Guiné:
Esta tarde fomos ao porto buscar um soldado de Cafine que pisou uma mina e ficou sem perna do joelho para baixo. Veio uma DO buscá-lo, o calvário do costume, hospital de Bissau, hospital Militar de Lisboa, inválido para toda a vida.
Muito resiste este meu povo! Hoje ao almoço, esparguete com rodelas de chouriço, ao jantar, arroz com pedacinhos de atum. Subalimentado, fora do mundo que lhe diz respeito, mal pago, com a invalidez ou a morte à frente dos olhos e continua a fazer a guerra.[1]
A 17 de Janeiro de 1974 escrevia eu no meu Diário, num aerograma que, no livro, tem a cópia do original:
Tivemos ontem ministerial visita, Baltazar Rebelo de Sousa, do Ultramar. Impressionantes medidas de segurança que o Sr. Ministro não lobrigou. Tropa emboscada em Catió, pára-quedistas que vieram de propósito de Bissau emboscados em Caboxanque, Fiats lá por cima a grande altitude, prontos a actuar, os heli-canhões protegendo os itinerários de passagem. Resumindo, lindo de ver! E o ministro, quando chegar a Lisboa é capaz de botar discurso e afirmar que se deslocou livremente por toda a Guiné, foi onde quis, contactou com as populações, etc., etc. (2)
Em nota de rodapé, na mesma página, inserida em 2006, cito Marcello Caetano:
"A Guiné portuguesa pôde ser visitada há dias de lés a lés, mais uma vez, pelo Ministro do Ultramar, com numerosa comitiva, no meio do carinho e do aplauso das populações."
Discurso de Marcello Caetano na Conferência Anual da Acção Nacional Popular proferido em 16 de Fevereiro de 1974, em Depoimento, Rio de Janeiro, Ed. Record, 1974, pag. 211.
Era este o governo de Portugal. Baltazar Rebelo de Sousa, ministro do Ultramar (pai do nosso conhecido Marcelo Rebelo de Sousa que, de resto, deve o seu nome de baptismo a Marcello Caetano, seu padrinho) voou de helicóptero de Bissau para Cufar, Cadique, Caboxanque e Cacine. Claro que tínhamos tropas emboscadas nos itinerários de passagem do Ministro, que viajou acompanhado do governador General Bettencourt Rodrigues, e noutros helicópteros, de uns tantos jornalistas. Lembro-me do José Mensurado e de uma equipa da RTP.
Gostemos ou não, com umas tantas mentiras pelo meio, a verdade é que o ministro do Ultramar, em Fevereiro de 1974 andou por Cufar, pelo Cantanhez, por Cacine. A "superioridade militar" dos guerrilheiros do PAIGC não se fez sentir.
Agora o meu irmão Mário Beja Santos, para justificar a tese da derrota militar das tropas portuguesas na Guiné, cita as memórias (memórias escritas quase trinta anos depois, o que por vezes tolda o entendimento!) do embaixador José Manuel Villas-Boas onde o diplomata diz:
"Eu iria a Londres como seu (de Rui Patrício ministro dos Negócios Estrangeiros) emissário pessoal e devia tornar claro aos guineenses que representava o próprio Ministro dos Negócios Estrangeiros. Resumindo: eu seria portador de uma oferta de independência à Guiné-Bissau, a troco de um cessar-fogo."
Os meus caros tertulianos e o Beja Santos não sei se repararam na utilização do tempo condicional na prosa do embaixador Villas-Boas: "Eu iria a Londres…" Foi ou não foi com estas propostas? Existem ou não actas destas reuniões? De resto, – e estamos a falar de negociações antes do 25 de Abril, – como é possível um Presidente do Conselho, ou primeiro-ministro, como Marcello Caetano discursar em Fevereiro de 1974 na Conferência Anual da Acção Nacional enaltecendo a visita do seu ministro do Ultramar à Guiné e um mês antes, em Janeiro de 1974, enviar um embaixador a Londres e delegar-lhe a capacidade de negociar com o PAIGC "a oferta da independência à Guiné-Bissau, a troco de um cessar fogo".
Será que Marcelo Caetano havia enlouquecido? Será que desconhecia as diligências de Rui Patrício, seu ministro dos Negócios Estrangeiros? Quem acredita em tamanha desgovernação em questões absolutamente fundamentais? Creio que só o meu irmão Mário Beja Santos.
De resto, eu conheço o embaixador José Manuel Villas-Boas, agora na reforma na sua bonita casa, um turismo de habitação em Caminha. Depois de uma passagem atribulada pela África do Sul, foi enviado "de castigo" como embaixador para Pequim que, nos anos oitenta do século passado, o nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros considerava um mau posto. Fiquemos por aqui.
Penso que existe uma evidente confusão que o Beja Santos confirma no seu texto no blog ao ligar o "antes" e o "depois" desses meses de Abril e Maio de 1974. A oferta de independência a troco do cessar-fogo surge nos primeiros dias a seguir a 25 de Abril de 1974. Quando há uma revolução em Portugal que tem como um dos principais objectivos acabar com as guerras em África é claro que as tropas portugueses na Guiné querem a paz, querem regressar a casa, o mais depressa possível, e dizer adeus à pátria de Amílcar Cabral e Nino Vieira.
Estávamos fartos da guerra e a moral não era muito elevada. Isto não significa, de modo algum, que a guerra estivesse militarmente perdida.
As negociações posteriores em Londres com o PAIGC, em Maio de 1974, creio, já com o Mário Soares, o Almeida Santos e o Almeida Bruno, e o José Araújo e o Pedro Pires pelo PAIGC esclarecem o contexto em que, para bem e para mal, evoluiu o situação política na Guiné. A propósito destas primeiras negociações pode-se consultar o depoimento do general Almeida Bruno em Rui Rodrigues (coord.), Os Últimos Guerreiros do Império, Amadora, 1995. Pp.87 e 88.
Agora algumas respostas directas ao meu irmão Mário Beja Santos.
Ponto Um:
Não denegri, de modo algum, a ausência de quadros superiores do PAIGC no interior da Guiné ao longo da guerra. Limitei-me a constatar o facto de, por necessidade, quase todos eles viverem na Guiné-Conakry.
E atenção, Mário Beja Santos, quanto escreves no nosso blog que na fase final do conflito, as nossas tropas não respondiam aos ataques do PAIGC, o que segundo as tuas palavras "era uma nova inferioridade", digo-te, meu caro, que a tua afirmação é falsa e porque é falsa põe em causa, por completo, todos nós, 60.000 homens que combateram na Guiné em 1973 e até 25 de Abril de 1974. Fiquemos também por aqui, escrevo com punhos de renda, pela elevação necessário que acho dever ter o nosso blog.
Ponto Dois:
Não pertenço a nenhuma clique nem claque, nem Opus Dei, nem Maçonaria, nem Sociedade Protectora dos Animais. Não sou de esquerda, nem de direita, gosto muito pouco de política. Sou apenas sócio do Sporting e membro do PEN Club Português. Vivo, por gosto, semi-exilado nesta casinha de aldeia, em S. Miguel de Alcainça, nos arredores de Mafra, rodeado de livros, muita China, música e sossego. Tenho todo o gosto em te convidar, Mário, para vires um dia até minha casa.
Ponto três:
Agora vou ter de desenvolver o tema por mais umas páginas:
Insistes, meu caro Beja Santos, no blog, a 25.05.2008 na superioridade do armamento do PAIGC e, como sempre, na guerra militarmente perdida.
És muito teimoso, meu irmão. Não sou eu que te vou responder às questões, peço emprestadas as palavras do general João de Almeida Bruno, que tal como afirmas a propósito do Carlos Fabião "conhecia a Guiné como ninguém". Cito o depoimento oral de Almeida Bruno publicado por José Freire Antunes (ed.), As Guerras de África, vol. II, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp. 721 e 722:
"Acho que o exército português estava bem equipado para o tipo de guerra no teatro de operações da Guiné. A Força Aérea estava bem, a Marinha e as forças terrestres também. O meu batalhão de comandos africanos estava muito bem equipado. Todo o material que tínhamos era o melhor material soviético que existia e que foi capturado ao inimigo. (…) A Kalashnikov, a Degtyarev e os RPGs 3 e 7 eram excelentes armas. As milícias também estavam equipadas com armamento capturado. (…) Não havia parte nenhuma do território onde nós não fôssemos. Nem o célebre Morés. Isso é pura fantasia. Claro que eles tinham lá bi-grupos, claro que nós íamos lá, claro que eles tinham baixas e nós também. Mas eles não dominavam. Em guerra subversiva a dominação é a dominação das populações. E as populações eram dominadas por nós, totalmente enquadradas pelas milícias. Agora dizem-me: 'Mas eles à noite iam às tabancas e pediam para eles lhes darem umas cervejas, e eles davam'. É muito natural que isso acontecesse, não digo que não. Mas o Cacheu, era nosso, Bigene também, todos os pontos fundamentais eram nossos.
(…) a Guiné não estava perdida militarmente. A Guiné estava perdida porque a solução não era militar mas política e nós já tínhamos perdido a solução política. (…) Daí até dizer que em Julho de 1973 estávamos à beira de uma derrocada, parece-me falso. Eu digo que é mentira porque eu fui a Kumbamory, no Senegal. Fui, rebentei com Kumbamory e Guidage passou a estar aberta.
(…) Se saíssem aviões da Guiné-Conakry lá teríamos de fazer uma segunda operação Mar Verde. E se viessem Mig da Guiné-Conakry o governo teria de comprar Mirage que pudessem ir à Guiné bombardear. E estavam a ser negociados.
(…) Eu perdi o meu gosto pela Guiné a partir do momento em que vi que a nossa solução política estava perdida, porque os políticos de Lisboa não tinham entendido a nossa mensagem. Quando percebi que tinha perdida essa batalha, só vi uma hipótese: derrubar o regime. Aderi e ajudei a derrubar o regime por razões de seriedade comigo próprio e para com todos quantos sob o meu comando combateram e morrerem em África."
Então, meu caro Mário Beja Santos?
Pois, eu sei que Carlos Fabião disse "Com a chegada dos Strella, a guerra acabou." No nosso blog tu citas esta frase totalmente fora de um contexto. Vamos então até à citação completa do general Carlos Fabião que regressou a Portugal em 1971 (corrijam-me se estou enganado!) e nos últimos três anos de guerra perdeu o contacto com o quotidiano da Guiné. Eis o seu depoimento oral a 30 de Janeiro de 1995, publicado por José Freire Antunes (ed.), As Guerras de África, vol. I, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp. 374.
"Quando apareceram os Strella, a guerra da Guiné acabou. Deixámos de ter possibilidade de acção. Não é fácil dizer que a situação estava perdida, embora haja gente que faça análises pouco sérias, na minha opinião. Se me disserem que a guerra colonial estava perdida na Guiné, eu digo que estava. Se me disserem que a guerra colonial não estava perdida na Guiné, eu digo que não estava."
Em que ficamos, general Carlos Fabião? Não posso deixar de admirar o seu rigor de análise. O general sabia muito bem que a guerra não tinha acabado e que não deixámos de ter possibilidade de acção. Muita coisa se alterou, é verdade, mas continuaram a realizar-se operações de grande envergadura até Abril de 1974. E com muito apoio aéreo, mesmo com os Strella que nunca mais mandaram nenhum avião abaixo. Já incluí no blog a referência no meu Diário a uma delas, a operação Estrela Telúrica no Cantanhez, no Natal de 1973/ Ano Novo de 1974.
Seria curioso e importante aparecerem aqui no blog pilotos ou pessoal da força aérea explicando como voavam entre Junho de 1973 e Abril de 1974, depois dos Strella, explicando como bombardeavam, como iam com os helicópteros ao mato colocar tropa ou fazer evacuações. Eu sei alguma coisa, em Cufar estive dentro disso tudo.
Carlos Fabião foi um grande combatente na Guiné, mas nestas palavras a análise justa não faz parte do seu discurso. Assim, com este Carlos Fabião não nos entendemos. Se estivesse vivo, talvez concordasse com as teses do Mário Beja Santos, e talvez assinasse por baixo o texto do general Almeida Bruno.
No entanto, eu acredito no general Carlos Fabião quando ele fala na compra de armamento.
O Beja Santos no blog, a 25.05.2008 diz textualmente.
" Os diplomatas portugueses, como veremos adiante, desde a segunda metade de 1973 tudo fizeram para adquirir o armamento compatível. Foi recusado sem sofismas, a diplomacia ocidental afastara-se definitivamente do colonialismo português."
Haverá um fundinho de verdade nesta afirmação mas admira-me sempre a segurança e certeza do Mário Beja Santos ao defender as suas teses. Era aos diplomatas, aos embaixadores portugueses no estrangeiro que Marcello Caetano pedia para comprarem armas? Não é estranho? Não existiriam outros circuitos muito mais eficientes?
Para concluir, e porque a prosa já vai longa, vou transcrever as palavras do General Carlos Fabião exactamente a propósito da compra de armamento, no mesmo depoimento, ob. cit., idem, pag. 371:
"Os russos prestavam auxílio ao PAIGC, mas também faziam o mesmo a nós, se quiséssemos. Vendiam armas a quem lhes pagasse. A Bélgica não vendia nada, a Holanda não vendia nada. O circuito era feito à boca dos aviões. As armas russas eram vendidas através da Norte Importadora, do Zoio, e destinavam-se formalmente à polícia do Uruguai, mas eram descarregadas em Lisboa. Comprei também armas à França. Pode ser que um dia fale, porque andei metido nisso."
Gostava de com este meu texto dar por encerrada a polémica.
Eu sei que o Beja Santos vem aí com o Nixon, os Red Eye, o Rui Patrício, o governo de Marcello Caetano, os quarenta pilotos do PAIGC para pilotar os Migs, as "doutas opiniões (de Costa Gomes!) acerca da redução dos quartéis em pontos nevrálgicos da Guiné".
Como tudo isto são hipóteses e argumentos nunca concretizados no terreno, não vale a pena mais polémica. Posso eventualmente errar num ou outro ponto, mas procuro os factos, a realidade do nosso dia a dia. Por isso escrevi um Diário da Guiné.
Uma saudação fraterna a todos os tertulianos e ao Mário Beja Santos.
António Graça de Abreu
S. Miguel de Alcainça, 29 de Maio de 2008
Ano do Rato
__________
Notas de A. Graça de Abreu:
(1) António Graça de Abreu, Diário da Guiné, Terra, Sangue e Água Pura, Lisboa, Guerra e Paz Editores, 2007, pag. 193;
(2) Idem, ibidem, pag. 184
__________
Notas:
1. Repomos a mensagem do A. Graça de Abreu na sequência cronológica que, por lapso do co-editor, não foi respeitada;
2 Adapatação do texto e sublinhados da responsabilidade de vb.
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30 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2803: A guerra estava militarmente perdida ? (2): Não, não estava, nós é que estávamos fartos da guerra (António Graça de Abreu)
17 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2767: A guerra estava militarmente perdida ? (1): Sobre este tema o António Graça de Abreu pode falar de cátedra (Vitor Junqueira)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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