terça-feira, 26 de setembro de 2006

Guiné 63/74 - P1117: Reabilitação de talhões e cemitérios militares nas antigas colónias (Jorge Santos)

Mensagem do nosso amigo e camarada Jorge Santos, o nosso ex-fuzileiro que esteve em Moçambique e que anima a página A Guerra Colonial, a mais antiga de todas:


Luís:

Segundo notícia publicada no Correio da Manhã de 9 de Janeiro de 2005, que anexo, estão sepultados em vários talhões e cemitérios das antigas colónias os seguintes combatentes: na Guiné, 630; em Moçambique, 1053; e emAngola, 1346.

O Ministério da Defesa fez na altura um protocolo com a Liga dos Combatentes. Seria interessante saber o que se fez, o que se faz e o que se vai fazer. E convém ter em atenção e lembrar que este processo já se arrasta desde 5 de Fevereiro de 2003. Mas creio que não é só à Liga dos Combatentes que se devem colocar questões: e então o que fazem as outras Associações de Ex-Combatentes? Qual tem sido o papel delas neste processo todo?

E os associados das várias Associações também têm uma palavra importante adizer. Basta que nas Assembleias Gerais façam aprovar uma moção a exigir dasDirecções uma intervenção junto de quem de direito sobre o caso dos camaradas que se encontram sepultados nos vários talhões e cemitérios das antigas colónias. Honra e respeito aos que tombaram nas várias frentes de combate.
Abraço,

Jorge Santos
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Notícia publicada no Correio da Manhã, de 9 de Janeiro de 2005

Defesa: Ministro assina protocolo com Liga dos Combatentes
Portas vai recuperar cemitérios do Ultramar


A poucos dias da pré-campanha eleitoral, o ministro da Defesa não quer deixar pendentes dossiês no seu Ministério. O último foi assinado ontem no Porto e estabelece um protocolo com a Liga dos Combatentes, tendo em vista recuperar talhões e cemitérios nas antigas colónias onde ficaram sepultados milhares de combatentes.

Paulo Portas assinou, por isso, um documento que prevê uma verba de 600 mil euros a distribuir por tranches até 2008. O ministro justificou a iniciativa com a frase: “Só merece respeito dos vivos quem honra os seus mortos”.

Os alvos são, por exemplo, as sepulturas sem nome ou os talhões votados ao abandono. Segundo o Ministério, pelo menos 3000 militares portugueses foram sepultados nas ex-colónias em mais de 300 locais diferentes. O processo que deu origem a este protocolo, iniciado a 5 de Fevereiro de 2003 e ontem concluído. Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo-Verde e até Timor-Leste são os países de acção do programa. No território nacional também está contemplada a recuperação da Cripta, no Alto de São João, em Lisboa, mas só deverá ser abrangida em 2006.

Já este ano, o protocolo com a Liga dos Combatentes prevê a recuperação do talhão no cemitério de Santana, em Luanda, Angola, os cemitério do Alto das Cruzes, na mesma cidade e o de São José de Lhanguene, em Maputo, Moçambique .

Em 2007 está ainda prevista a recuperações de talhões em Timor-Leste num processo coordenado pela tutela, pela pasta da Diplomacia – através dos consulados, embaixadas e adidos militares – bem como da Liga dos Combatentes, liderada pelo general Chito Rodrigues.

NOTAS DE UM PROTOCOLO

MILITARES

Segundo um levantamento feito pelo Ministério da Defesa, em Angola estão sepultados 1346 combatentes em 163 locais diferentes. Em Moçambique são 1053 e na Guiné são 630.

PAGAMENTOS

Só este ano, o Ministério compromete-se a pagar à Liga dos Combatentes 37 500 mil euros até 28 de Fevereiro, a mesma soma até 30 de Abril, 31 de Julho e 31 de Outubro.

SONDAGENS

O momento de pré-campanha levou Portas a comentar a sondagem do Expresso que dá ao seu partido 6,3 por cento: “Para mim é ouro”. Hoje tem um almoço em Santa Maria da Feira.

Cristina Rita / José Rodrigues

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